Sem a menor lógica

E não é que o Brasil continua classificado no tal IDH como país de alto desenvolvimento humano! E somos o 7oº! Isso quer dizer que existe pelo menos 70 países, entre eles o Brasil, que estão em alto nível de desenvolvimento.

Não precisa muito esforço para dar uma olhado para os lados e ver o absurdo desta classificação. Basta ver que a Venezuela, com economia destruída, dependendo de um único produto e com violência recorde está à frente do país. Como? Basta dizer que os dados para o tal IDH são fornecidos pelos governos…

Não precisa ter lido George Orwell e sua A Revolução dos Bichos para saber que estatística em país socialista não vale um angu furado, como ensinou o porco Chalaça.

O pior é que a imprensa brasileira chegou em um nível de vagabundagem tal que é incapaz de apontar as incoerências. Como ser desenvolvido sem ter água potável? Como ser desenvolvido sem esgoto? Como ser desenvolvido sem educação? Sem saber fazer as quatro operações? Elegendo um analfabeto funcional como presidente da república?

Estou começando a me convencer que é realmente o fim dos tempos!

Férias?

Confesso que depois da decisão, ainda parcial, do STF eu chutei o balde. Não cheguei ainda ao ponto de um companheiro, também blogueiro, que em um momento de fúria apagou tudo que tinha escrito até então, mas a vontade foi grande. O desânimo é profundo com tudo que está acontecendo no país; a impressão é que nos últimos seis anos estamos regredindo uma eternidade; pior, muito pouca gente se dá conta da profundeza do abismo que estamos nos metendo.

A sensação que tenho agora é de derrota. A vulgaridade, a falta de vergonha, a imoralidade, tudo isso me venceu. Um povo amorfo é feliz com o pão e circo acompanham a tudo sem o menor sinal de reação; fomos comprados por esmolas e vendemos nossa dignidade. Não sei o que será deste país para as próximas gerações. Vou mais longe, não sei o que será deste mundo.

Por todos os lados vejo a hipocrisia, a perda dos valores. Nietszche estava certo quando descreveu o niilismo como a história da humanidade nos próximos dois séculos. Vejo que o mundo se perdeu na modernidade e no relativismo que veio com ela. Estamos abandonando a busca pela verdade, por toda a parte nos convencemos que ela é relativa, que não existe.

O indivíduo está cada vez mais diminuído, oprimido pelas ideologias e pelo poder sempre crescente do estado. Estamos entregando tudo que nos deveria ser mais caro em troca de uma falsa sensação de segurança. Estamos deixando de lutar por nosso destino, queremos que alguém tome as decisões por nós. O coletivismo tomou conta da humanidade e seu avanço parece infindável. O espetáculo que estou vendo remete às duas utopias narradas ainda no século passado. Huxley e Orwell estão mais presentes do que nunca.

Por dois anos tenho escrito sobre tudo isso. Não vejo muita novidade, estou escrevendo sobre as mesmas coisas, estou repetindo os mesmos pensamentos. Hora de recolher o time de campo e reavaliar tudo. Tem horas que escrever sobre o petralhismo, o politicamente correto, o pensamento esquerdista, a vulgaridade intelectual, tudo isso, enjoa. É isso que estou sentindo agora, enjoado do mundo.

Há esperança? Sempre. Por isso a fé é importante para mim. Por isso acreditar que a justiça não é deste mundo, que existe uma finalidade para tudo, nos faz seguir adiante diante de tanta iniquidade.

Para terminar deixo um pensamento de Santo Agostinho, de seu primeiro livro, mais atual do que nunca. Quando ele fala de fortuna, está se referindo ao destino; posteriormente ele se arrependeria do termo que usou.

Talvez o que vulgarmente se chama fortuna é regido por uma ordem secreta e o que chamamos acaso nos acontecimentos se deve ano nosso desconhecimento das suas razões e causas, e não há nenhum acontecimento particular feliz ou infeliz que não se harmonize e não seja coerente com o conjunto de tudo.

Mais uma boa coloção: quinto lugar em propina!

Pois é, parece que nos destacamos novamente. Somos o quinto lugar no mundo em pagamento do propina. Claro que isso não tem nada a ver com a presença do estado em praticamente tudo que se faz no país (até na educação de nossos filhos) e na burocracia inchada  e ineficiente. Claro que isso não tem nada a ver com a legislação confusa e asfixiante que temos por aqui e com a frouxidão moral que tomou conta da civilização brasileira; frouxidão que só aumentou no atual governo.

Este é o Brasil que está sendo construído para o futuro.

Ano chegando ao fim

2008 está chegando ao final. Agora é hora de desaceleração, mesmo na política. O brasileiro costuma ficar otimista nesta época do ano e a última pesquisa assim o revela. A maior parte acredita em um 2009 melhor, apesar dos indícios de recessão mundial. Mais uma vez o presidente é preservado dos efeitos da crise, sua blindagem atingiu um patamar místico. Pergunto-me se algum dia ela será arranhada ou realmente entrará para a história como o mais popular dos presidentes da república.

São 6 anos de petismo. É muita coisa. Como já disse antes, de vez em quando falta o ânimo para escrever. Tem horas que realmente enche o saco de ficar falando desta gente. O povo brasileiro está fazendo seu próprio futuro, e este futuro é triste. Faz parte da liberdade de escolha, de decidir o caminho a seguir. Pior é limitar esta liberdade, é querer decidir pelo povo. Nunca funcionou.

Diante de tudo que aconteceu nestes anos e diante da popularidade do governo mais corrupto e vulgar da história do Brasil, ver dia após dia que a maioria de nós aprova tudo o que está acontecendo acaba trazendo uma certeza: nós merecemos.

O Brasil merece o destino que está trilhando.

Dengue parte LXXIII

JB:

O Ministério da Defesa vai colocar à disposição 2.321 militares para trabalharem nas ações de combate ao mosquito transmissor da dengue. Atuarão como agentes de educação nas comunidades e, se necessário, no combate direto ao mosquito.

Este ano, Marinha e Aeronáutica também vão participar. A Marinha fornecerá 201 militares e a Aeronáutica, 270. O Exército cederá 1.850 homens. As Forças Armadas atuarão nos 10 estados que mais apresentam municípios em alerta ou com risco de epidemia.

dengue-1Comento:

Este é o retrato da gestão de Temportão no Ministério da Saúde. Como sabemos, o prezado ministro está muito ocupado fazendo campanha pelo aborto e tentando patrulhar nossos hábitos e costumes para se interessar por esta coisa abjeta chamada realidade.

E ano após ano, em uma repetição deprimente, nos encontramos no mesmo ponto: a epidemia de dengue.

Este é mais um retrato da incompetência do governo atual.

E mais uma vez as Forças Armadas são mobilizadas para fazer o que o poder público, com seus impostos extorsivos, não consegue fazer.

Artigo de Gandra Martins

Na aba de artigos diversos, acrescentei um que recebi por e-mail. Trata-se de um texto do ex-ministro Gandra Martins que explora os exageros que as políticas em favor das minorias estão causando no Brasil. Vale a pena ler na íntegra. Segue um trecho:

Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Liberdade Social

Em mais uma página das referências deste blogueiro, trato da abordagem de Stork e Echevarría sobre a liberdade social. No capítulo 6 do livro Fundamentos de Antropologia, os autores falam da liberdade, da tolerIância, da pluraridade, do permissivismo, do autoritarismo e do politicamente correto. Não deixem de ler aqui. Segue um trecho:

Se prega um mundo onde tudo __ palavras, conteúdos, realidade __ exista para evitar um compromisso elevado. A verdade se transforma em opinião e o paradigma de sabedoria é o talk show, onde se discute polêmicas sempre com o pressuposto que não se chegará a nenhum acordo. Uma discussão etérea entre posturas. Afirmar a verdade é ser denominado “fundamentalista”; o respeito a uma moral se reduz a uma convicção subjetiva e incomunicável.

Fala de Sanctis: Essa porcaria vem de um juiz!

A Constituição não é mais importante que o povo, os sentimentos e as aspirações do Brasil. É um modelo, nada mais que isso, contém um resumo das nossas idéias. Não é possível inverter e transformar o povo em modelo e a Constituição em representado. (…) A Constituição tem o seu valor naquele documento, que não passa de um documento; nós somos os valores, e não pode ser interpretado de outra forma: nós somos a Constituição, como dizia Carl Schmitt [jurista alemão].

Essa é a essência da justiça achada na rua, ou na sarjeta como costuma dizer Reinaldo Azevedo. De Sanctis parece não entender que a constituição é a expressão da vontade popular dentro de um regime de representatividade. Não é um texto alienígena que foi jogado goela abaixo. Foi o resultado de um processo de redemocratização em que representantes eleitos pelo povo brasileiro discutiram e votaram a carta que fez vinte anos recentemente.

Particularmente acho a carta um desastre, o que não implica que deva ser rasgada. Existe espaço, dentro do regime democrático e das leis, para alterá-la, para aperfeiçoá-la. O que não se pode fazer é ignorá-la, torturá-la para atender uma visão toda pessoal da justiça. Imagine o que aconteceria se todo juiz pudesse escolher qual artigo vale e qual não vale mais? Todo ordenamento jurídico iria para as cucuias, como observou Shakespeare em o Mercador de Veneza. Não custa lembrar sempre:

__ (…) E eu lhe peço para moldar a lei à sua autoridade este uma única vez; para fazer um enorme bem, faça um mal mínimo e imponha limites à crueldade do propósito deste demônio.

__ Impossível; não há poder em Veneza que possa alterar um decreto sacramentado. Ficaria registrado como um precedente, e muitas ações legais equivocadas, uma vez dado esse exemplo, choveriam sobre o Estado.



Uma coisa aprendi depois de ver as conseqüências das ideologias humanistas, sempre que alguém falar no povo, é este que sofrerá as conseqüências. E como existem aqueles que julgam ter uma procuração para falar em nome dele! Este juiz acredita que possui esta procuração, que a posição que ocupa é de alguma forma uma expressão de vontade popular. Não é. Para o povo é de uma insignificância sem tamanho, uma nulidade completa.

De Sanctis é apenas mais uma expressão do relativismo que marca nossa época. No fundo quer o poder absoluto, o poder de estar acima da lei. Pois não está. Até mesmo um juiz, e principalmente este, deveria saber disso.