O Caso do ITA: O ensinamento de um velho professor e uma palavra de João Paulo II.

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Um professor do Instituto Militar de Engenharia (IME) contava o seguinte causo:

Quando entrei no IME, há duas décadas atrás, me achava o dono do mundo. Meu orgulho estava nas alturas e andava pelos corredores com o nariz empinado, certo de que era um verdadeiro mestre. Ensinava equações diferenciais como se estivesse brincando em um parque; passava problemas tenebrosos para os alunos resolverem em casa. Era temido, e por isso, respeitado. Só uma coisa me incomodava, o maldito crachá. Tínhamos que usar um crachá o tempo todo e eu simplesmente não gostava daquela porcaria. O Instituto é pequeno, não demorava muito para todos nós nos conhecermos. Achava aquilo um exagero dos militares, talvez um recalque por ter de utilizar uma plaqueta, não sei. O fato é que depois de um tempo, reclamei com o decano, um velho professor de materiais, muito respeitado por todos. Ele me escutou pacientemente, sorriu e disse uma frase que nunca esqueci: “é uma prova de maturidade obedecer as regras da instituição que você escolheu pertencer voluntariamente“. Em seguida, ele virou as costas e foi para sua aula. Eu fiquei alguns minutos imóvel, sem saber o que dizer. Aquelas palavras martelavam a minha cabeça; fui dormir com elas. O fato é que nunca mais reclamei do maldito crachá e também nunca esqueci da lição que aquele bom homem me deu.

Lembrei desse causo quando li sobre a polêmica na formatura no ITA. Não tenho mais nada a dizer sobre o caso.


PS: Tenho mais uma coisa a dizer, me ocorreu agora. Lembrei de uma lição de João Paulo II. Dizia ele que uma decisão moral se reflete de duas formas, uma ação prática com suas consequências e, no longo prazo, pela formação de nosso carácter. Ou seja, ela não se esgota naquele instante. É uma ilusão tomarmos atitudes e acharmos que elas não têm influência em quem nós nos tornamos. Somos também o produto de nossas atitudes.

39 pensamentos sobre “O Caso do ITA: O ensinamento de um velho professor e uma palavra de João Paulo II.

  1. Eu responderia: “É uma prova de maturidade maior ainda questionar as regras injustas da instituição que você escolheu pertencer voluntariamente.”

    Questionar regras injustas é uma forma de trabalhar para o melhoramento da instituição.

  2. É uma prova de maturidade saber diferenciar o incômodo e a relevância de usar ou não um crachá e ser perseguido, injuriado, sofrer preconceito, ter seus direitos diminuídos, tudo por causa de sua opção sexual… Putz, cada uma…

  3. É importante respeitar as regras das instituição, ou você vai maquiado, de vestido e salto para o trabalho? Sua vida pessoal é problema seu, impor suas escolhas a alguém ou uma instituição outra. Foi uma grande falta de respeito!

  4. Creio que deve haver o devido respeito às instituições.
    Se fosse numa empresa privada estaria fora naquele momento, pois não houve o discernimento necessário.
    Ninguém faz da sua vida o que quer e, para isso, existem os direitos e deveres. Entrar em trajes indecentes numa igreja, num quartel, num aniversário de criança ou num estádio de futebol é indecente e será sempre.
    Com esse ato não terá o respeito dos colegas, pois a sociedade é cruel e quem fica maculado por ela sofrerá bastante preconceito. Ele irá sentir as consequências do seu ato no instante que procurar trabalho e ouvir a triste frase: INFELIZMENTE O SENHOR NÃO ESTÁ NO PERFIL DE NOSSA EMPRESA!

  5. Acho interessante a defesa intransigente que alguns fazem da “liberdade de expressão” dentro das instituições militares, como se isso fosse uma opressão.
    Por que será que os embaixadores não atendem nos seus postos vestindo bermudas cor-de-rosa? ou os aeronautas assumidamente gays não pilotam de mini-saia?
    Porque toda a profissão tem suas regras de conduta, ora essa.

  6. O que se discute não é o fato da pessoa ser gay, mas a falta de respeito com os colegas que estavam se formando e com a instituição. Com certeza, a resposta virá de outras empresas que não aceitam tais comportamentos.

  7. Infelizmente, vivemos na sociedade uma crise de moralidade. Não cabe aqui discutir sobre opção sexual, pois cada um tem a sua, nem tão pouco sobre ideologismo. Cabe nesse caso levantar a ideia de conduta, procedimento e respeito a um ato solene de uma instituição renomada. Local que acredito que não seja permitido vandalismo, movimentos ideológicos hipócritas, anarquismos como se vê em instituições públicas hoje em dia. Lá a obrigação do aluno é estudar e produzir conhecimento. Se o estudante não se adequou ao regramento do instituto, deve se preparar para outro estabelecimento de ensino (pois não discuto sua capacidade intelectual) e não fazer show se fazendo de vítima social, pois eu duvido que ele apresente seu currículo para uma multinacional travestido daquela forma.

  8. Eu diria mais: antes de acusar alguém ou uma instituição, PROVE. O ônus da prova cabe a quem acusa… caso contrário, arque com as consequências dessa acusação…

  9. Ninguém é obrigado a pertencer a uma instituição, com exceção dos soldados conscritos. Ao adentrar voluntariamente em uma instituição está implícito que as regras deverão ser cumpridas. As instituições, como organizações sociais, primam por terem um comportamento previsível e valores conhecidos e permanentes. No momento que elas se adaptam aos desvios de suas normas elas deixam de serem previsíveis e também de serem instituições.
    Weslei Antonio Maretti

  10. Brasileiro é tão mal educado que acha que todos têm que aceitar a sua falta de educação.
    Não respeitam, pai, nem mãe, nem professor, nem fila, nem velhinho, e nem velhinha, por isso um ser sem noção se achou no direito de afrontar uma instituição a qual ele já conhecia as regras e decidiu fazer parte dela, mas, como uma criança mimada, acho que poderia afrontar as regras, a qual ele quis antes se submeter. A ele nada foi imposto. Ele entrou para a instituição por livre escolha. Respeite as regras e será respeitado.

  11. Interessante reflexão: “uma decisão moral se reflete de duas formas, uma ação prática com suas consequências e, no longo prazo, pela formação de nosso carácter”. Quando os milicos, em 1996, tomaram a decisão de invadir o H8 com dezenas de PAs, uma consequencia de longo prazo é que ao menos uma pessoa (eu) desenvolveu uma ojeriza pelo comando da FAB.

  12. Ao longo de 31 anos de carreira militar e há 3 anos educando no ITA, uma lição aprendi. Antes de quebrar as regras, respeite-as, entenda-as, e se ainda assim crer que precisam ser mudadas, empenhe-se em cumpri-las para que possa ser ouvido e se tornar o principal ator da evolução… parece ter dado certo em várias situações críticas protagonizadas por importantes personagens da história. Esta é a atitude esperada de nossos formandos, em respeito a si mesmos e aos que contribuiem com suas formações acadêmicas.

  13. Voltamos novamente aos “Direitos e Deveres” da instituição e como disse a “Míriam”, ele conhecia as regras e deve ter assinado algum Termo de Conduta, portanto nada de chiliques e cumpra-o.
    – Não posso ir fazer um “intercâmbio” em outro país e querer mudar as regras do dono da casa. Tenho que me adaptar (estou precisando).
    – Concordo com o Fausto Ivan quando diz “Antes de quebrar a regras respeite-as” e procure uma medida “civilizada” de provar o contrário.
    – Esse negócio de crachá é chato mesmo e me incomoda muito.
    Trabalho em construção civil e estávamos fazendo uma obra numa grande “Cervejaria” onde era Norma usar permanentemente o uso do tal crachá (fora de padrões técnicos da Norma Regulamentadora Nº 32 do Ministério do Trabalho).
    Ora, a Norma 32 diz: “Nas atividades em que o trabalhador manipula máquinas e equipamentos, o empregador não só pode como deve proibir o uso de adornos, como medida de segurança”, e no caso o crachá se caracterizava como adorno, portanto um perigo à integridade física do trabalhador, pois poderia se enroscar em algum maquinário.
    Foi uma maneira que conseguirmos a permissão de não usar o crachá.
    “NÃO PODEMOS SOBREPOR NOSSA VONTADE, SE EXISTEM NORMAS A SEREM CUMPRIDAS”.
    Esse rapaz foi muito “GAIATO E MAL EDUCADO”.

  14. O homem é um ser lamentável, pois ninguém é obrigado a se submeter ao regimento de cada instituição. O rapaz foi quem escolheu o ITA, portanto ou molda-se, ou foda-se e vai-te embora. Teve 5 anos para sair do armário, resolveu justamente o momento da formatura, babaca. Quer publicidade? Enfia um abacaxi no c… , e sai cantando como um galo, oops galinha, de briga. Estudei 7 anos numa Escola Militar, eu escolhi, mas antes de lá estar, já sabia perfeitamente que homem é macho e mulher é fêmea, e ponto final. Continuação de um bom dia a todos.

  15. Olha…não entendo como deixaram ele receber o diploma daquele jeito ridículo. Poderia ter amenizado se estivesse vestido como uma mulher que receberia um diploma, mas estava como alguém que queria criar desordem ou aparecer na mídia.

  16. bom o site: http://www.polemicaparaiba.com.br publicou uma materia com a seguinte posição do COMAER: “O Comaer informou, por email, que nas formaturas do ITA apenas os alunos militares têm uniforme definido, sendo previsto para formandos civis apenas o traje de passeio.”
    Como ele era aluno civil ele podia ir vestido do jeito que quisesse, em momento nenhum infringiu regras de conduta.

  17. Existem vários cursos superiores de engenharias renomados espalhados pelo país, e todos sabem que o IME e o ITA são instituições militares que existem regras. Acho que ele quis ter seus cinco minutos de fama. Não tenho nada contra o homossexualismo, mas, se ele quis ter um diploma do ITA, teria que aceitar as regras.

  18. NADA CONTRA ser homosexual. E’ da natureza de cada um. As pessoas são o que são. Eu fiz turma IME ITA no curso de vestibular, mas nunca sonhei ser militar porque não e’ da minha natureza.Sabia que aquela turma de alunos era mais bem preparada, por isso a frequentava. Passei em terceiro lugar de minha primeira opção e conclui’ meu curso na CEFET ( CELSO SUCKOW DA FONSECA) .Ser militar tem suas regras e temos que respeitar qualquer instituição que seja.Não preciso estar la’ dentro pra saber que toda regra tem que ser cumprida, Fica quem quer ficar.Sou eng. Mecãnico,mas sei se tivesse feito IME ou ITA estaria mais bem preparado.
    Meu irmão guarde sua opção sexual pra voce e seja feliz.Ate’ na família da gente e de militares tem pessoas do seu gosto. Não se pode afrontar algo de tamanha envergadura. Você foi homem pra cacete pra chegar onde chegou.Aproveite o que de melhor
    ela lhe deu..,CONHECIMENTO.

  19. A opção sexual dele, do tal aluno, é personalíssima, portanto, ninguém o obriga a tê-la.
    Nessa trilha, então, caberia a ele respeitar regras estabelecidas dentro desse voluntariado.
    Mas, a grande verdade é que há uma necessidade gigantesca de afrontar sistemas, de seguir na contramão das regras sociais, enfim, de desafiar o que está firmado, como se as opções e alternativas desses sujeitos fossem as melhores para todo o resto.
    Duvido que ele atreveria se apresentar em uma entrevista de emprego no qual sonhou a vida toda, em cima de saltos altos e vestidinho decotado….
    Fez o que fez porque acredita saber onde pisa.
    No fundo, um coitado.

  20. Caro José Eduardo.
    Traje passeio é Blazer Fino, Calça Jeans. Sapato ou tênis cinza/preto
    Ele entrou trajado de passista de escola de samba na ala “GAIOLA DAS LOUCAS”. Como de fato é: Um “Porra Loca”.
    Não teve a conduta certa para um momento formal. Foi mesmo escancarado e esculhambado apenas para chamar a atenção e desrespeitar a instituição.

  21. aqui tem várias pessoas falando em contrapor o que acha “errado” no ponto de vista deles, e é por isso que hoje está essa bagunça, ninguém respeita mais ninguém, as escolas não ensinam mais nada, os alunos saem do colégio semianalfabeto.

  22. Concordo que as regras, normas, leis, enfim tudo o que rege a sociedade, ou parte dela, conforme a sua aplicação, possa e deva ser alterada. Entretanto, daí vai uma distância muito grande, como dito na publicação, aquele que ingressou voluntariamente na Instituição (e por conseguinte, aceitando e sujeito a suas normas) querer impor sua vontade, como se a sua vontade fosse a mais importante. Não é! As regras mudam por aqueles a quem cabem mudá-las; por seus administradores. Os alunos podem até apresentar sugestões que, se consideradas pertinentes e aceitas, poderão alterar as normas até então vigentes, porém serão os administradores que irão validá-las. Interessante que tais manifestações de indisciplina são vistas pelos politicamente corretos (argh!) como demonstrações a serem aplaudidas; normalmente envolvem organizações militares. No entanto ninguém se propõe a protagonizar tal estardalhaço por não aceitar as regras de um clube recreativo, do condomínio onde mora… Vivemos numa sociedade organizada, por termos normas que a organizam, caso contrário, vira anarquia. Não está satisfeito? Amadureça, como dito na publicação, ou pede pra sair.

  23. Caro Fernando, todos sabemos que nos quartéis existem homossexuais.
    Conheço alguns Militares, Juízes, Médicos que são homossexuais, meus amigos, pessoas decentes, sérias e muito bem educadas.
    No ambiente de trabalho deles você não vê diferença nenhuma, pois se comportam dentro das regras da instituição a que fazem parte.
    Saem de lá vão para “clubinhos” e soltam a franga da maneira que gostam.
    Alguns “Zés Doidins” influenciados pela esquerda querem tirar sarro justamente contra os militares onde nutrem um ódio sem razão, até porque muitos não eram nascidos e não conhecem a história verdadeira.
    Esse rapaz, não digo que foi infantil, mas teve uma péssima ideia de fazer protesto justamente em hora imprópria.
    NÃO QUERIA A CARREIRA MILITAR? FOSSE FAZER UM CURSO DE COSTUREIRO.

  24. Se um juiz no Fórum vai trabalhar vestido de mulher ou de bermuda, camiseta regata e chinelos, estaria certo? Se um grande executivo, um grande profissional, também estaria?
    Vamos parar de patifaria e respeitar as poucas Instituições sérias deste País!

  25. O rapaz que se formou, deveria sofrer uma sanção simples, e deveriam revogar a diplomação dele, pois se não respeita a instituição, não merece ter o título da instituição, simples.

  26. Vale lembrar que a principal polêmica (a formatura em si) não é o ponto principal da situação toda… O jovem formando era militar, entrou na instituição como um e deveria ter se formado como um… Durante a formação fez questão de desafiar a instituição pra chamar atenção pra sua causa. Infringiu os regulamentos dos militares inúmeras vezes (vale relembrar, ele era um) e se disse ser perseguido por isso… SIM, PERSEGUIDO, ASSIM COMO QUALQUER OUTRO MILITAR QUE INFRINJA OS REGULAMENTOS. Muito fácil colocar a culpa de sua perseguição na sua escolha sexual (também conhecido como vitimismo). Lamentável ter conseguido se formar como civil, e trilhando um caminho que também é contra as regras.

  27. Vale lembrar que a principal polêmica (a formatura em si) não é o ponto principal da situação toda… O jovem formando era militar, entrou na instituição como um e deveria ter se formado como um… Durante a formação fez questão de desafiar a instituição pra chamar atenção pra sua causa. Infringiu os regulamentos dos militares inúmeras vezes (vale relembrar, ele era um) e se disse ser perseguido por isso… SIM, PERSEGUIDO, ASSIM COMO QUALQUER OUTRO MILITAR QUE INFRINJA OS REGULAMENTOS. Muito fácil colocar a culpa de sua perseguição na sua escolha sexual (também conhecido como vitimismo). Lamentável ter conseguido se formar como civil, e trilhando um caminho que também é contra as regras.

  28. Momento infeliz de um idiota que apenas queria alguns minutos de fama. Opções e ideologias à parte, é triste ver o futuro profissional de um país entregue a ativistas insanos e anarquistas medíocres…

  29. na minha opinião o erro foi não ter expulsado na segunda transgressão,pelo ele teria tomado outro rumo na vida,ninguém o obrigou a entrar na instituição.

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