E vence Obama

Não foi o massacre popular que estava se prevendo. Mesmo com toda simpatia da mídia e uma crise financeira sem precedentes, a margem da vitória de Obama, nos votos populares, não foi tão grande assim. Ganhou com folgas no colégio eleitoral, isso é verdade.

Os críticos de Obama se colocam em duas correntes.

A primeira corrente é que realmente teria rompido com seu passado (nem tão passado como a mídia andou vendendo) de anti-amaricanismo. Neste caso, daqui a algum tempo, os americanos apenas perceberiam que tinham eleito um candidato fraco.

Disseram-me esta semana que eu não precisaria me preocupar que algum maluco mataria Obama como mataram Kennedy. Tudo menos isso! A criação de mais um mito? Obrigado, prefiro que o americano se confronte daqui a quatro anos com seu erro.

Não tivesse um maluco matado Kennedy, o ex-presidente teria entrado na história como uma grande decepção, uma antecipação de Jimmy Carter. Como foi assassinado, transformou-se na promessa do que nunca seria.

Obama tem que ficar vivo por duas razões. Primeiro, a mais importante, é que não aceito a morte de um homem por uma causa, seja ela qual for. Segundo, porque é importante que um homem confronte com suas obras. Que não apareça nenhum louco para tirar a vida do futuro presidente, parafraseando Vargas, que não saia da vida para entrar na história.

A segunda corrente, defende que Obama seria o radical que se mostrava antes de adotar um pragmatismo maior na política. Teria escondido sua verdadeira  natureza apenas para vencer as eleições.

Neste caso, só haveria uma coisa a dizer. Que Deus nos ajude.

Hora do Partido Republicando sair de foco, se reorganizar, e voltar em 2012 rejuvenescido.Carregar o peso de um governo altamente impopular, uma impopularidade um tanto injusta, não é fácil. Ainda mais quando explode nas vésperas das eleições uma crise de tais proporções.

Ao final do processo, o que ficou de mais importante para mim foi o papel vexaminoso de parte da mídia americana. Levaram às últimas conseqüências o seu amor por uma causa e deixaram a objetividade de lado. A campanha contra Sarah Palin foi uma das coisas mais nojentas que já vi em um processo eleitoral. Foi uma campanha orquestrada para moer a reputação da governadora. Mas isso fica para um outro post.

4 pensamentos sobre “E vence Obama

  1. Eu quero saber de onde tiraram essa historia de o Obama ser um radical anti-americano. Ele provou não ser nada radical quando foi eleito o primeiro presidente negro da Harvard Law Review.
    Ele é uma pessoa conciliadora e que consegue resolver problemas de forma não-partidária. É isso que os EUA (e o mundo) precisam no momento.

  2. Sinceramente, eu fico parmo com a fé cega em torno de Obama. A fraude é tão evidente que me custa crer que seja possível não vê-la!

    Quer dizer que não há lugar nenhum onde se possa tirar que seja um radical anti-americano? Vou começar pelos que declararam publicamente torcer por sua eleição: Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Lula, Hamas e até mesmo o maluco do presidente do Irã.

    Mas se quer fatos, Olavo de Carvalho já os reuniu no artigo abaixo, e com as fontes!

    http://www.olavodecarvalho.org/semana/080911dce_fontes.html

    Não se engane. Obama é uma ilusão e um dia esta ilusão acabará.

  3. Todos esses citados, apoiariam qualquer um que não fosse o Bush e que se posicionasse contra a política do medo e do unilateralismo. Isso não quer dizer que o Obama seja anti-americano. Aliás, o Obama entende muito bem que a segurança dos EUA está atrelada à segurança de outros países.

    O Obama atraiu o apoio de todo tipo de gente, tanto dentro dos EUA, onde grupos demográficos que nunca antes haviam votado fora do partido republicano votaram nele, quanto no exterior. Cada um interpretanto a mensagem e o carisma dele de formas diferentes. Alguns se decepcionarão, outros verão que ele não necessariamente mudará muita coisa rapidamente.

    O que o Obama conseguiu foi acessar e articular uma disatisfação profunda que muitos americanos sentiam com a direção que o seu país tinha tomado nos ultimos 8 anos. O que eu conheci de americano pelo mundo afora que pedia desculpa quando confessava que era americano não é brincadeira. O americano, que sempre foi tão orgulhoso de seu país, tinha perdido esse orgulho. E o Obama conseguiu unir muita gente e devolver ao povo aquela atitude positiva e orgulho que tanto caracteriza o povo americano.

    Mas não é uma fé cega. Todas as pessoas que eu conheço que apoiam o Obama têm bem claro que ele não vai poder fazer grandes coisas imediatamente e que os problemas que ele está herdando são imensos. Ninguém tem ilusão alguma sobre isso. Mas ainda assim ninguém pode negar que só de conseguir ser eleito, de forma tão decisiva, é um achievement incrível e significativo. Se ele vai ser ou não um bom presidente ninguém sabe. Mas que ele fez história, isso ele fez. E temos que reconhecê-lo.

  4. Caminhamos a passos largos em direção ao abismo tenebroso e sem fundo, sem que nenhuma instituição ponha freio ou desacelere a locomotiva Brasil.

    Enquanto a corrupção corre solta, com uma prisão aqui e outra acolá; sabem-se lá quantos casos ainda não foram detectados pelas policias, autoridades invertem seu papel de estabelecer a ordem e se manifestam publicamente contra as leis vigentes, como se quisessem fazer a justiça com as próprias mãos, movidos pela falta de bom senso, característica do ódio ideológico. Determinados à vingança a qualquer custo, colocam lenha numa fogueira a muito extinta e que sabe-se lá a quem vai queimar no final da história.

    Enquanto o país cambaleia mal administrado, discute-se o indiscutível e juristas assim como juízes decretam a falência das leis, de suas interpretações e principalmente da credibilidade do sistema de leis, dos juízes e de todo o sistema judiciário, imprescindível na sobrevivência da democracia, desde que justo, eficiente e eficaz. A falta de bom senso ganha corpo dia a dia. É a casa-da-mãe-joana, cada um dizendo o que quer e insistindo que prevaleça sua opinião, não interessando os meios para tal. É o caos anunciado.

    De há muito já se sabia que os atuais governantes, totalmente despreparados para as funções que exercem, estabeleceram enorme desorganização nos poderes da republica, de tal forma não haver mais nenhuma credibilidade em nenhum deles.

    Quando não estão disputando algo, os três poderes, formam quadrilha para aprovar algum beneficio mutuo, proteger algum figurão vinculado aos governantes, e por aí vai.

    Cabe às Forças Armadas, única instituição ainda com alguma credibilidade, uma reflexão profunda, e uma verificação se realmente é a decisão acertada, nada fazer, não interferir, não intervir.

    Sem ser pessimista, não se pode vislumbrar um bom futuro com o atual estado de coisas. Parte da sociedade brasileira, já está se organizando por conta própria, infelizmente sob a forma do crime, amplamente favorecida pela impunidade reinante. É uma questão de tempo a anarquia generalizada.

    A omissão fará com que sejamos vítimas de nós mesmos.

    LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

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