Fiz um exercício de pura curiosidade. Apliquei ao Brasil o modelo eleitoral americano no resultado das eleições 2006 em primeiro turno. Por que em primeiro? Porque não haveria a necessidade do segundo já que o vencedor conseguiria a maioria do colégio eleitoral. A petralhada pode ficar tranqüila, Lula ainda seria eleito com 268 cadeira contra 245 de Alckmin.
Eu também já tinha feito essa conta, e fiz calculei também a relação de habitantes por deputado. É um absurdo São Paulo ser tão mal representado quando comparado com Roraima, por exemplo. Esses valores mínimo e máximo de deputados é outra coisa que não dá pra entender. Mas pra ficar mais próximo do que acontece nos EUA, você teria que acrescentar três delegados para cada estado, já que cada um tem direito a três senadores por aqui. 😉 Lá o total é de 538 delegados: 435 equivalentes aos membros da Câmara dos Representantes, 100 correspondentes ao Senado e três delegados do Distrito de Columbia.
Bruno,
Realmente a divisão de deputados entre os estado conduz a mais uma imperfeição do sistema. O argumento é que os três maiores estados poderiam se reunir para legislar apenas em favor deles o que inviabilizaria a federação. O que não dizem que o papel de evitar esta distorção é justamente feito pelo senado que possui três senadores independente da população.
A balança distorcida causa o fato de São Paulo carregar grande parte do país nas costas pois arrecada mais de 40% dos impostos e fica com menos de 10%.
Outro problema do sistema atual é que os estados mais populosos não têm como evitar outra distorção, a regional. As regiões Norte e Nordeste controlam mais de 2/3 do Senado Federal.
O que suscita uma interessante pergunta, com tanta representação política por que os estados do Norte e Nordeste ainda são tão pobres? Afinal, a representação política deles ajuda ou atrapalha?