Fugindo do consenso

Editorial Folha:

Numa rara convergência, economistas de correntes rivais puseram-se de acordo sobre a necessidade de o governo reduzir as despesas de manutenção da máquina pública e, aproveitando-se também da disparada na arrecadação tributária, aumentar sua poupança para abater dívida, o superávit fiscal. Seria a melhor maneira de ampliar a eficácia do freio que o Banco Central, por meio da elevação da taxa básica de juros, começa a aplicar sobre a demanda.
Mas a idéia que entrou cristalina na engenhoca de fazer política do governo Lula -enquanto esta produzia aumentos salariais bilionários para o funcionalismo– saiu de lá enxertada. Transformou-se no Fundo Soberano do Brasil. O resultado da enxertia é uma poupança adicional modesta (meio ponto percentual do PIB) com destinação nebulosa. Pode ser usada para comprar dólares e investir em companhias brasileiras fora do país; pode abater dívida interna. Um fundo oficialmente confuso: “híbrido”, na palavra do ministro.

Comento:

Entendo patavinas de economia, mas acho que este tal fundo ainda vai dar muito o que falar. Ainda mais por ser criação da mente de Mantega.

Um pensamento sobre “Fugindo do consenso

  1. Saudações.
    Para entender o que vem a ser a novidade Fundo Soberano do Brasil é importante saber que não temos “poupança” nenhuma.
    Logo, o governo “quebrado” têm essa pressa em promover uma poupança adicional modesta (meio ponto percentual do PIB).
    A seguir, coloco uma “experiência pessoal” para facilitar o entendimento (da falta de poupança e necessidade da criação do Fundo), fugindo do “economês”:
    ***********************************************
    Outro dia, estava eu tomando cachaça num bar da Portelinha, quando três outros fregueses entraram.
    Um cego, o outro caolho e o chefão Juvenal Antena.

    O cego:
    Viu como o Brasil consegue investidores estrangeiros com a maior facilidade?
    O caolho:
    Que nada, eles vem para o Brasil encher o bolso, porque o Brasil paga os maiores juros do paneta.
    Juvenal Antena:
    Gente, o juro é a remuneração que o tomador de um empréstimo deve pagar ao dono do capital.
    Quanto maior o risco, maior o juros.
    Logo, se o Brasil tem alto risco, os juros terão de ser os maiores do planeta.

    O cego:
    É, mais a custa disso está cada dia aumentando o Superávit.
    Estamos batendo o recorde em cima de recorde, é a época de maior arrecadação.
    O caolho:
    Eu não gosto de falar, mas naquela época de 64 eles investiram direitinho, toda infra-estrutura que temos hoje devemos a ditadura.
    Hoje, estamos investindo zero em saúde, zero em segurança e zero em educação.
    Juvenal Antena:
    Superávit é o faturamento(ou lucro) superior às previsões realizadas para o período.
    Em orçamentos públicos, o superávit significa uma arrecadação superior à prevista.

    Mudei de lugar no balcão, para ficar longe dos três.

    Como eu já estava de cuca cheia, pensei:
    Têm-se superávit (entrou dinheiro pra caramba) e não investimos nada ….alguma coisa está errada.

    Gastamos tudo para pagar as dívidas !!!

    É como voce pagar sòmente o juros do cartão de crédito !!!

    Talvez seja por isso que os estrangeiros recebem tanto juros para “investir” aqui.

    Com certeza eles sabem que estamos a zero, mas como a ganância é grande…..vale a pena correr o risco !!!

    Ups.
    Somos um país de alto risco, sem poupança, sem lastro !!!

    Passando a régua………ESTAMOS QUEBRADOS !!!

    Voltei a tomar mais umas, para aliviar as minhas máguas, e justifico a minha próxima ida até lá no bar porque a favela “só tem amor pra dar” !!!

    Atenciosamente.

    Manoel Vigas

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