A ameaça nuclear

Estudando a história parece incrível que a Europa não imaginou, em 1914, que estivesse as vésperas de uma carnificina humana. Mas estava.

Estudando a história, parece incrível que o mundo não imaginou, em 1939, que se envolveria no maior conflito bélico da história. Mas se envolveu.

Os indícios estavam todos presentes, a conclusão parece óbvia hoje, décadas depois. Alguns homens perceberam, tentaram fazer o alerta, foram ignorados.

Não tenho explicação para o que aconteceu. Acredito que a humanidade fechou os olhos diante de uma realidade que não desejava encarar. Preferiu ignorar os alertas, chamar de loucos homens como Churchill, que já apontava para o desastre eminente. Mas existiu sim uma seqüência de fatos que apontavam para a destruição, bastava abrir os olhos para ver.

Quando explodiram as bombas nucleares, não foi mais possível esconder o pessimismo. A guerra terminara com uma realidade ainda mais assustadora, um país, os Estados Unidos, dispunham de uma arma de destruição nunca antes imaginada, um verdadeiro prenúncio de um apocalipse.
Logo a União Soviética tinha a sua, seguido da China.

Desta vez não houve espaço para dúvidas, o perigo era real. Soviéticos e americanos basearam sua defesa em um ponto em comum: se atacados, a reação seria devastadora. Era o que ficou conhecido como doutrina da Destruição Mútua Assegurada. Não havia como evitar um primeiro ataque, garantiam-se com a certeza do segundo.

Com a queda do muro de Berlim, e fim da União Soviética, o mundo suspirou aliviado. Acabara a ameaça. Os Estados Unidos já não tinham o gigante do leste como adversário, agora seriam aliados em uma nova realidade de um mundo globalizado.

Seria este o fim da ameaça? Alguns indícios parecem preocupantes.

A Índia e o Paquistão, inimigos históricos, possuem a bomba. Pior, são vizinhos, e o segundo encontra-se em convulsão social.

A Rússia começa a dar sinais de totalitarismo renascente. Putin está armando uma forma de se perpetuar no poder, agora como primeiro ministro, com um presidente fraco. Acreditar que o governo russo está satisfeito com um papel menor na política global é ir longe demais no otimismo.

A China sempre será uma incógnita. Apesar de um capitalismo controlado, em áreas específicas, ainda é um regime totalitário, e socialista. Um regime que aponta por uma busca do lugar hegemônico hoje ocupado pelos americanos.

Regimes delinqüentes estão avançando, o Coréia do Norte já possui um artefato. O Irã busca desenvolver sua tecnologia, até a Venezuela quer entrar no jogo. O que será do mundo quando os loucos possuírem tecnologia nuclear?

De que serve a doutrina da Destruição Mútua Assegurada para um fundamentalista? Para quem acredita no suicídio como forma de santa de guerrear?

Outro ponto importante, que pouco foi falado até aqui, é lembrado por Jeffrey Nyquist, um sociólogo americano, especialista em geopolítica. Com a proliferação das armas nucleares, como saber de onde partiu um ataque? Como saber se a Rússia ou a China, ou ambos, realizaram um ataque a Nova Iorque contando com a provável culpa dos fundamentalistas? Impossível? São nações pacíficas? Não existe isso no totalitarismo, terá a humanidade esquecido as lições de Hitler, Lênin e Stalin? Terão os milhões de cadáveres caídos no esquecimento da história?

O ocidente está hoje muito mais vulnerável do que durante a Guerra Fria. O inimigo é incerto, a ameaça difusa. O próprio americano não acredita na hipótese nuclear, em uma futura destruição.
Os indícios estão aí, e novamente vejo a humanidade fechando os olhos para uma ameaça real. Assustadoramente real.

Um pensamento sobre “A ameaça nuclear

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