Situação na USP


A grande mídia está evitando o assunto, mas a tendência é mudar agora com a intervenção da polícia. Provavelmente do lado errado. Qual é o lado errado? Normalmente o que Suplicy tomar, e ele já tomou.

Fazem duas semanas que um grupo de 300 estudantes invadiu a reitoria da USP. De início bradaram que estavam defendendo a autonomia da Universidade, que estaria sido ameaçado por Serra. Nunca esteve. O governador só quer que os gastos do orçamento de 1,9 Bilhões de reais sejam lançado no sistema de acompanhamento financeiro do estado, o SIAFEN.

O grupo de pseudo-estudantes depredou a reitoria e invadiu arquivos confidenciais dos alunos da Universidade. O comportamento da magnífica reitora (Suely Vilela) é uma vergonha para o cargo que ocupa. Sem qualquer negociação atendeu a todas as reivindicações. Sim, a esta altura o discurso pela autonomia já tinha caído e surgido uma lista de pedidos. Não foi capaz nem de desligar a internet do prédio, permitindo que os invasores mantivessem um blog. Depois de 12 dias, diante da ameaça da procuradoria de ser processada por prevaricação, pediu à justiça a reintegração de posse.

Se tivesse vergonha na cara, o que aparentemente não tem, já teria renunciado. Professores e alunos de verdade têm se manifestado por e-mails em defesa da ordem legal. Muitos sofrem ameaças. O foco da desordem é a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanos. Estão ligados ao sindicato de funcionários, PT, PSOL, PSTU e adjacências. E é claro às idéias sectárias de sempre.

A grande questão é que uma minoria de alunos e professores constantemente promovem greves e paralisações impedindo que à maioria assista suas aulas. E ninguém pode fazer nada, nem mesmo o governador (as universidades são estaduais) para não feria a autonomia da instituição.

Que autonomia é esta que coloca este grupo acima das leis?

A expectativa dos baderneiros agora é resistir à polícia. Tudo que desejam é alguns safanões para mostrar a brutalidade da polícia e se colocar como movimento estudantil, uma espécie de Maio de 68 uspiana.

Como escrevi no início, o intragável Suplicy já foi lá mostrar solidariedade aos vândalos, da mesma forma que defendeu outros na semana passada, que saquearam lojas e destruíram carros. Acusou a brutalidade da polícia na ocasião.

Alguns professores, a maioria da FFLCH, hipotecaram sua solidariedade e condenam qualquer intervenção da polícia. O bando invade um prédio público, promove baderna, invade dados confidências de alunos, e a polícia não pode intervir? Não só deve, como o grupelho deve ser processado pelos crimes praticados.

O orçamento de 2 Bilhões de reais não sai do além. Sai de milhões de paulistas que esperam, pelo menos, que seja utilizado para os fins a que se destina: a educação da futura elite paulista e do Brasil. Pelo que se viu do comportamento da reitora e dos professores “humanistas” é mais uma montanha de dinheiro jogado fora.

Se na USP é assim, imagino o resto.

Um pensamento sobre “Situação na USP

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