Papo rápido: terrorismo e o ISIS

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Não sei se estão comentando nas discussões públicas, mas a meu ver o principal problema sobre o ISIS é o novo paradigma que se estabeleceu. O Al Qaeda tinha uma rede altamente descentralizada e flexível, mas a partir do momento que foi infiltrada, e sempre é possível, perdeu sua força. Passado o momento de surpresa de 2001, aos poucos as autoridades foram conseguindo controlar as ameaças.

Com o ISIS é diferente. Essa rede não existe. O novo paradigma é que qualquer um pode cometer um ato como o de Orlando, sem nenhuma ajuda externa, em nome do ISIS, que este assumirá a autoria. Estamos mais vulneráveis do que nunca pois não há planejamento, não há rede a ser descoberta. O inimigo está realmente entre nós e nenhum lugar pode se considerar livre do perigo.

Ontem um militar que está participando da segurança dos Jogos Olímpicos comentou comigo que essas coisas não acontecem no Brasil. Não é o tipo de pensamento que me tranquiliza, principalmente vindo de quem deveria estar com uma mentalidade diferente e nos convencendo que o perigo existe.

Guerra ao terrorismo é um símbolo completamente inadequado. Guerra existe entre estados, onde é possível conquistar a vitória através da fixação de objetivos militares e políticos, como já ensinava Clausewitz. Esse foi o fenômeno que a humanidade chamou de guerra. O terrorismo não pode ser vencido dessa forma, nem de qualquer outra, pois é uma prática como é o assassinato, a violência, o ato de drogar-se. Usar o símbolo guerra com o terrorismo, como já se fez com as drogas, é uma grande besteira e só dificulta as ações pois estará sempre associada ao fracasso. Começar uma guerra ao terror é começar derrotado.

Qual a solução? Tratar como crime? Bem, é um crime, mas um crime de natureza muito especial. Mas é também um comportamento, uma mentalidade. De tudo que vi, não creio que haja uma solução definitiva para o problema. O homem ainda carece de um símbolo adequado para compreender o que é o enfrentamento da ameaça terrorista. Sinceramente, não tenho respostas, até porque o terrorismo se alimenta justamente do que há de mais precioso na democracia ocidental: a liberdade.

Chesterton ensinava que diante de problemas graves, o homem prático é de pouca valia. Quando aviões começam a cair, não é o mecânico que resolve, mas o projetista que tem que ver o que está errado com o projeto. Enquanto as autoridades políticas batem cabeça, é preciso que pessoas pensem, compreendam o novo paradigma e que imaginem soluções. Isso exige tempo, mas não vejo de outra forma. O meu ponto de partida seria entender que o terrorismo não é um substantivo, mas um verbo. Mas o que sei eu?

Enquanto isso, segue o show da cultura CNN.

 

Para quem pensava que o inimigo era Bush

Por Thomaz Favaron, Veja

A mensagem mais clara deixada pelo ataque é assustadora: o terrorismo na Índia assumiu uma nova fase, a do estilo Osama bin Laden. Esses atentados têm a característica de ser cometidos por militantes islâmicos bem treinados, dispostos a morrer, e o objetivo de causar a maior quantidade possível de vítimas civis. Os atacantes de Mumbai nem sequer apresentaram uma reivindicação que pudesse ser negociada pela polícia em troca da libertação de reféns. Um dos hóspedes que conseguiu escapar do hotel Taj Mahal contou que os terroristas estavam procurando pessoas com passaporte americano ou britânico e também os judeus.
Comento:
Existe uma delinqüência intelectual que circula pelo mundo é que o terrorismo islâmico seria uma reação ao bushismo, ignorando o que começou primeiro.
Quando o 11 de setembro foi planejado, o governo ainda era do liberal Bill Clinton, um espécie de pop star internacional. Bush assumiu e era ridicularizado pela imprensa, retratado como um grande bobo. Bin Laden foi claro em sua mensagem: o inimigo era o ocidente, eram os ditos valores ocidentais.
Bush comprou esta briga, até porque não tinha outra escolha depois de ter sido atacado no coração de seu país. Infelizmente ficou praticamente sozinho. A maioria das democracias ocidentais resolveu virar as costas e considerer que era um problema apenas dos americanos. O governo espanhol foi de uma covardia ímpar. Diante de um atentado que vitimou seu povo cedeu aos terroristas. Talvez um dia pague caro por isso.
Pois Obama ganhou, foi saudado nos quatro cantos do planetas e muita gente acha que estará entrando em um mundo mais seguro. Acho exatamente o contrário. O tempo dirá quem está certo. Particularmente, torço para que eu esteja errado. Embora não ache que esteja.

Sobre o bolsa-ditadura

Um artigo irretocável no Estadão hoje, autoria de Denis Rosenfield, professor de filosofia da UFRGS. Um trecho:

Imaginem se Lenin e Trotsky, tendo fracassado em sua tentativa de derrubar o regime czarista, viessem a pleitear, anos depois, uma “bolsa-ditadura”, resultante do seu insucesso. As autoridades governamentais russas deveriam pagar por não terem sido derrubadas e assassinadas! Pode-se estar ou não de acordo com esses revolucionários, pode-se ou não estar de acordo com as suas posições, em todo caso não se pode dizer que não fossem coerentes com seus projetos, tendo, no caso de Trotsky, dado a vida por sua causa. Morreu no México, com uma picareta cravada em sua cabeça, num golpe desferido por um agente de Stalin, que terminou sua vida num suave repouso na Cuba castrista. Tinham dignidade moral, o que não se vê nos revolucionários brasileiros da “bolsa-ditadura”.

Para ler o artigo completo, clique aqui.

As duas faces de Dilma

1211374us_papa_e_lula_267_400Na primeira foto, temos Dilma posando de católica para ganhar a simpatia dos católicos brasileiros. Por baixo deste véu de rapina seu coraçãozinho vermelho devia fervendo, mas tudo por uma causa né?

curriculumvitae-dilmaroussefNesta segunda temos a Dilma verdadeira. A terrorista que tentou implantar uma ditadura comunista no Brasil.

É claro que existem alguns iludidos que acreditam que é possível conciliar catolicismo com comunismo. A estes só lembro o que disse Jesus: meu reino não é deste mundo.

Uma segunda pérola de Nelson Ascher

Não tem nem uma semana e Nelson Ascher nos presenteia com mais um texto brilhante, em mais um e-mail para Reinaldo Azevedo. Trata de um dos temas que me são mais caros, o relativismo moral. Neste mundo sem verdades, um terrorista islãmico tem o mesmo valor de um soldado americano, a prisão de Guantánamo é o equivalente de Auschwitz, Suez é o mesmo que a Primavera de Praga. No fundo, argumenta o autor, o que os pensadores de hoje, em sua maioria, querem é fugir da discussão. Mais do que tudo, não querem refletir sobre as considerações éticas e morais que pairam sobre determinados posicionamentos.

Segue um trecho:

Os “direitomistas” são, de fato, absolutistas para os quais aqueles que, por acidente, violam ocasionalmente um direito humano secundário não se diferenciam em nada daqueles que o fazem programática, sistematicamente e em grande escala. Segundo eles, o “perfeito” é, de fato, inimigo do “bom”, e eles não aceitam nada que não seja perfeito. A lógica do mal menor lhes é totalmente estranha, talvez abominável. São eles que, atualmente, empenham-se em provar que os aliados, por terem bombardeado Dresden ou Hiroxima, são tão ruins, talvez piores, do que os nazistas e os militaristas japoneses. Se alguém não é santo, então é demônio — e os demônios são, afinal, todos iguais.

Não deixem de ler o texto integral na aba de Artigos Diversos, aqui mesmo no blog.

Discussão sobre Guantánamo

i1_a3b1Obama prometeu desativar Guantánamo. Esta é uma das maiores críticas ao governo Bush; segundo muitos, a prisão violaria os direitos humanos pois estaria em confronto com a Convenção de Genebra e a Constituição Americana.

O problema é que tanto a Convenção quanto a Constituição não foram feitas levando em consideração o terrorismo, uma criação humana muito mais recente. Reinaldo Azevedo tem tratado do tema em seu blog. Hoje publicou um e-mail que recebeu de Nelson Ascher, que passou a fazer parte do espaço de artigos deste blog. Diz Ascher:

Ora, o terrorista não-americano julgado e solto nos EUA seria recompensado não apenas com a liberdade, mas com um dos bens mais cobiçados no mundo: o direito de residir ali. Há pessoas honestas que esperam anos para conseguir um visto, e há pessoas ousadas que arriscam a vida para entrar ilegalmente nos EUA. O melhor método, porém, é viajar para o Afeganistão ou Iraque, matar soldados americanos ou afegãos e/ou iraquianos, ser capturado pelos ianques e solto em Nova York. Este, sim, é que é o prêmio — ou seja, o terror compensa.

A íntegra pode ser consultada aqui.

Um cena histórica

No momento em que membros graduados do governo petralha do Brasil estão em plena campanha contra militares, acusando alguns de tortura durante o regime militar. O ideal desse povo, os terrroristas, era implantar um regime cubano no Brasil. A foto abaixo é um exemplo do que aconteceu e que acontece até hoje em Cuba.

Esta imagem mostra bem a banalização do mal. Vemos um padre, colaborando com terroristas, encomendando a alma de um pobre diabo. Vejam que o sujeito que será executado não tem nada de burguês, é apenas mais uma a ser destruído para construir o homem novo do ideal socialista.

Ao fundo um repórter pode para o soldado chegar um pouco para o lado para poder bater uma boa foto do assassinato. Vejam a expressão dos terroristas. Puro enfado. Não há nada demais para eles na execução de seu próprio povo.

Para fechar a cena retratada, um copo de papel jogado ao chão, dando um ar assim pitoresco ao acontecido. Este é o sonho socialista. Este é o sonho dos que hoje falam em direitos humanos no Brasil.

Ação dúbia do governo

JB:

BRASÍLIA – A anistia de torturadores dividiu o governo federal. Enquanto a Advocacia Geral da União (AGU) _ baseada em tese do Ministério da Defesa _ contesta na Justiça Federal de São Paulo a ação da Procuradoria da República contra os coronéis Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, o Ministério da Justiça decidiu ir à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) defender a responsabilização dos torturadores.

–A decisão da AGU, na antevéspera da audiência da OEA, complica a defesa do Brasil perante aquela Corte – diz o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Pires Abrão, designado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, para explicar, no próximo dia 27, em Wachington, as ações da pasta na reparação aos perseguidos pela ditadura militar. – Tortura é um crime imprescritível e o Brasil precisa responsabilizar quem cometeu.

Comento:

Ontem mesmo já comentava que de nada adiantava a união assumir a defesa do Cel Ustra se membros graduados do governo continuassem agindo para persegui-los. Afinal, qual é a posição do governo? É a favor da revisão unilateral da lei de anistia ou não? Se é, que segurOs 'heróis' que pretendiam transformar o Brasil em ditadura comunistae Tarso Genro, o mais vergonhoso ministro da justiça que já se viu no país. Que o desautorize, assim como a comissão dos direitos humanos, aquela que existe para proteger ex-terroristas e bandidos.

Tortura é crime hediondo? E assassinato? Sequestro? Execução?

Não estou dizendo que Cel Ustra tenha torturado alguém, muito pelo contrário. O problema é que o processo é viciado desde a origem. Foi condenado por um juiz sem prova nenhuma, apenas o depoimento de um contra o outro. Cumprindo-se os princípios de ampla defesa, de presunção da inocência, é muito difícil condenar ninguém por tortura acontecida há 20 anos.

O mesmo não se pode dizer, por exemplo, do sequestro do embaixador americano. Existe confissão pública, até mesmo livros e filme. Vão condenar Gabeira e Franklin Martins? E Dilma Rousseff? Vai pagar por seus crimes? Ah, estavam lutando por uma causa! Pois quem torturou, se torturou, também estava lutando por uma, esta menos nociva para a humanidade do que a dos que combatiam.

A lei da Anistia já se aproxima de 30 anos. Atingiu o objetivo que foi proposto, permimtiu a transição para um regime mais democrático (aqui tenho minhas dúvidas), sem conflitos na sociedade. Os perseguidos do  Regime Militar retornaram e se deram muito bem. Foram eleitos governadores, senadores, deputados, até mesmo presidente como é o caso de FHC.

Se há uma injustiça, esta gritante, é que os que estavam ao lado da lei estejam hoje bem pior dos que pegaram em armas para instituir uma ditadura comunista no Brasil. Temos 60 mil processos na comissão de distribuição de dinheiro do contribuinte, também conhecida como comissão de anistia. A família de um soldado que foi assassinado por comunistas recebe uma pensão de Cabo. Carlos Heitor Cony recebe um pensão polpuda. Assim como Ziraldo que fez fama e fortuna satirizando o governo militar.

Tudo muito próprio de um país que não possui valores para cultuar e usar como farol em dias tão difíceis.  Perdeu-se a noção de proporção, de bom senso. O resultado é este aí.

Muito cuidado!

Globo:

SÃO PAULO. A União assumiu a defesa dos coronéis da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, alvos de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) pela tortura de presos políticos e a morte de pelo menos 64 deles entre 1970 e 1976, período em que comandaram o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/Codi) do Exército.

Na prática, segundo fontes do Ministério Público, significa que o governo optou pela defesa dos acusados, quando poderia se manter neutro ou até mesmo se posicionar a favor das punições. Agora a União também é ré na ação.

Comento:

A União está atrasada, muito atrasada. O Coronel Ustra já tem uma condenação para recorrer, processos já caminham há algum tempo. Onde esteve neste tempo todo? É bom lembrar que vários ministros do atual governo deram aval e pediram em público a condenação dos militares. Até hoje não foram desautorizados pelo presidente da república.

Agora que a União admite defender os militares, como vai ficar Tarso Genro? Vai continuar pedindo a revisão da lei de anistia? E a secretaria de direitos humanos? Vai continuar investindo contra Ustra?

É bom que os acusados analisem bem este oferecimento de defesa. Em se tratando de um governo petista é bom sempre esperar o pior. A chance de estar errada é quase nula.

O que o Cel Ustra deseja, e merece, é o apoio do Exército Brasileiro. Não se trata aqui de pedir que seus comandantes afronte a lei ou a democracia, mas que se manifestem em solidariedade para um militar que passou para a reserva com todas as honras previstas. Que possui uma medalha do pacificador com palma, o que significa que arriscou sua vida no cumprimento do dever.

Ao se omitir, ao negar qualquer palavra em defesa de Ustra, o comando da Força passa a imagem que na hora que mais precisa, abandona o subordinado. Que o indivíduo não é importante; isto é fatal para uma instituição militar. O soldado tem que ter a confiança em seus superiores para poder cumprir suas missões.

Que o Exército aproveite a oportunidade, em que a própria União colocou-se como réu no processo, e coloque-se de público em defesa do Cel Ustra. É a oportunidade de contraditar a grande mentira que se construiu no Brasil.

OAB quer rever lei da anistia

Do blog do Noblat:

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ingressou nesta terça-feira com ação para que o STF (Supremo Tribunal Federal) declare que a Lei da Anistia não deve beneficiar responsáveis por crimes de tortura no período da ditadura militar. O presidente da OAB, Cezar Britto, defende que o Supremo decida se os crimes praticados por militares e policiais durante a ditadura, como a tortura, estão cobertos pela Lei de Anistia.

Comento:

Eu falei que não iria parar no Cel Ustra, não falei? Cada dia avança um pouco mais a covardia contra os militares. Qual o sentido desta ação da OAB? Houve tortura durante o regime militar? Tudo indica que sim, houveram excessos. Só que houveram também assassinatos, sequestros, atentados terroristas. Morreu gente nas mãos dos que pretendiam implantar uma ditadura comunista no Brasil.

Sequestro é um crime hediondo. No entanto temos sequestradores em altos postos da República. Por que a OAB não entra com um pedido de revisão para estes casos também? Por que a OAB não pergunta ao STF se assassinatos também estão cobertos pela lei da Anistia.

E o silêncio das Forças Armadas grita nos quartéis…