5 Notas de Sexta: Dom Literário, A Livraria, The Band e Crônicas de Nárnia

Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

Um canal que tenho escutado

Apesar de ser do youtube e instagram, acompanho principalmente por áudio o conteúdo excelente do canal Dom Literário, com temas como simbolismo, astrologia, formação do imaginário, sempre dentro do panorama da literatura. Como é bom escutar sobre os grandes livros!

Um filme que assisti

Quase por acaso achei este filme interessante na Netfli, A Livraria. Mostra como o poder de um sistema, quando reunido, consegue destruir a iniciativa de uma pessoa, por mais meritória que seja. Um filme que me deixou um gosto amargo e mostra muito o que é Brasil hoje.

Um disco que estou escutando

Na verdade é um box. O show na íntegra do The Band em encerramento da sua maravilhosa, embora curta, carreira. A banda tocou à perfeição. Que coisa maravilhosa.

Um livro que reli esta semana

Inspirado por uma live do canal Dom Literário, li esta semana a primeira crônica do C S Lewis (na ordem de publicação), O Leão, o Feiticeira e o Guarda-Roupa. Desta vez prestei atenção ao incrível clima da crônica. Você fica tenso esperando cada aparição de Aslam. Trabalho de um gênio.

Pensamento da semana

Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem.

Nelson Rodrigues

5 Notas da Semana: Jethru Tull, Rohmer, C S Lewis, Hazony e Pessoa

Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

Um disco que estou escutando

Depois da preciosidade que é Aqualung, o Jethru Tull lança Thick As a Brick (1972), que pode ser traduzido como “burro como uma porta”. Ian Anderson nunca aceitou o rótulo de conceitual para Aqualung e fez este disco maravilhoso, que na verdade é apenas uma única música. Uma ironia aos críticos, como que dizendo: conceitual? Isso é conceitual!

Uma série que terminei

Vivemos a febre das séries no streaming, mas no cinema existem diversas. Na década de 80, Eric Rohmer filmou Comédidas e Provérbios, uma sequência de 6 filmes que meditam sobre os dilemas amorosos de jovens franceses na modernidade. Seis filmes deliciosos que mostram a insuficiência da vida sem compromissos, baseado apenas na realização dos desejos.

Um livro que estou lendo

O israelense Yuran Hazony escreveu A Virtude do Nacionalismo, onde faz a defesa do nacionalismo diante de sua contraparte, o imperialismo. Ele rejeita a noção que as guerras do século XX foram produtos dos estados-nacionais e sem consequência da ação do imperialismo, a crença de um organismo que congregue nações do mundo inteiro em torno de um projeto único para a humanidade. Bem interessante.

Uma discussão que assisti

Enquanto tem gente perdendo tempo com live da Anitta, eu usei o meu para assistir uma excelente discussão no canal Instituto Dom Literário, no instagram, sobre As Crônicas de Nárnia. A alegria de Lewis (e Chesterton) é terapia para os dias que vivemos.

Um pensamento que andei meditando

Os deuses vendem quando dão

Compra-se a glória com desgraça

Fernando Pessoa

5 Notas da Semana

Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

Um disco que andei escutando

Halfway to Sanity (Ramones). Um disco considerado menor na biografia da banda, virou praticamente o meu hit especial da quarentena brasileira. Tanto pelo título do disco, como pela música de abertura, talvez minha favorita do Ramones: I Wanna Live. Muito legal a participação da Debbie Harry em uma das faixas e a belíssima A Real Cool Time.

Um filme que assisti

Pauline na Praia, do Eric Rohmer. Terceiro filme da série Comédias e provérbios, que filmou na década de 80. Para mim, a chave para entender esta série é a insuficiência de uma vida sem um norte moral. Eles retratam uma juventude francesa na década de 80 que simplesmente queria viver a vida sem nenhuma amarra seja da tradição, família ou nação. O resultado é o tédio e uma certa insipidez da própria vida. Marion, Henri e Pierre são puro ego, colocando-se no centro do mundo e gerando expectativas nos outros que nunca serão cumpridas.

Um livro que li

The Guernsey Literary and Potato Pie Society. Guernsey é uma ilha britânica no canal da mancha que foi ocupada por nazistas na II Guerra Mundial. O livro é um romance escrito de forma epistolar (por cartas) muito interessante, tanto pela estória como pelas discussões literárias e narrativas sobre a ocupação, que indica como seria uma Inglaterra ocupada se houvesse acontecido.

Um canal do Youtube que ando assistindo

Para quem gosta de literatura, especialmente os clássicos, a Tatiana Feltrin é excelente (confira aqui). São muitos livros comentados, dicas e projetos em andamento, com comentários parciais de obras que ela está lendo. Acima de tudo, comentários espirituosos de quem ama a literatura e consegue passar toda essa empolgação em suas falas.

Um Pensamento que andei meditando

Well, I wanna live
I want to live my life
I wanna live
Well, I want to live my life

The Ramones

5 Notas da Semana

Um dos meus esforços ao longo da semana é me libertar da prisão do dia-a-dia, de ficar preso na rotina e nas circunstâncias como acontecimentos políticos, brigas de redes sociais, discussões rasas e etc. Uma forma de fazer isso é através da cultura, buscando aquele universal que os grandes criadores nos fornecem; mas nem só de alta cultura vive o homem; sempre há tempo para a cultura popular ou cultura pop (são coisas, muitas vezes, distintas).

Nesse espaço, separo 5 notas sobre o que andei fazendo na semana. Espero que gostem!

Um filme que assisti

Dois Papas (Two Popes, 2019). Uma situação curiosa. Fernando Meirelles fez um filme sobre o Papa Francisco, por quem tem admiração. Supostamente, era para ser o polo positivo, em contraste com o sisudo e sem carisma Bento XVI. Os conservadores católicos odiaram, especialmente pela visão pessimista sobre o alemão. Permito-me discordar de muita gente melhor do que eu. Intencionalmente ou não, Meirelles acabou mostrando um Ratzinger humano, com dificuldade de se comunicar além do esteriótipo que lhe foi criado. Adorei o filme.

Uma série que comecei a assistir

Fleabag. Ainda estou um tanto confuso em relação ao que pensar sobre a personagem principal desta série diferente, que mostra uma mulher de 30 anos espirituosa, mas que claramente não sabe lidar com seus problemas e acaba com um comportamento auto-destrutivo. A forma como ela se relaciona com o espectador, através da quebra da quarta parede, é engenhosa.

Um poema que comecei a estudar

Waste Land. T S Eliot é um dos melhores poetas da modernidade e soube captar como ninguém o vazio existencial do século XX, que só foi se revelar por inteiro em 1939. Escrito em 1922, dividido em 5 partes, este poema é uma reflexão sobre os dilemas espiritual de um mundo sem Deus, gerando o vazio que seria explorado cada vez mais pelos ídolos que surgiam, entre os quais, a política.

Um canal do youtube que ando assistindo

De Sola. Canal de humor dedicado ao futebol, com Cazé e Pedro fazendo um humor de primeira, com inteligência, captando o espírito de cada um dos grandes clubes brasileiros. O Gordinho da Vila compondo novos hinos para os clubes é sensacional.

Um Pensamento que ando meditando

Who is the third who walks always beside you?

T S Eliot, The Waste Land

E vocês? O que fizeram de interessante? Adoraria saber! Comentem!

5 Notas de Sexta: shopping com Becky Bloom, Sacred Heart, Cultura e um certo capote.

Olá, novamente retomo para as 5 notas de sexta. Destaques da semana:

  1. Um filme que assisti: Os Delírios de Consumo de Becky Bloom. O tema é importante, mas a execução é pavorosa. Sou bem condescendente com essas comédias, mas esta não desceu.
  2. Um disco que estou escutando: Sacred Heart (1985), do Dio. Último disco com Vivian Campbell na guitarra e mantém a pegada dos dois primeiros. Dio ficou bem melhor que o Sabbath depois do divórcio.
  3. Um livro que achei no sebo: Filosofia da Cultura, do Luiz Sergio Coelho de Sampaio. Um verdadeiro achado, que procurava há algum tempo. Ainda vou dominar o conceito da hiperdialética.
  4. Um conto que reli: O Capote, do Gógol. Um dos contos mais importantes da literatura russa. O próprio Dostoiévsky costumava dizer que eram todos filhos do Capote.
  5. Um pensamento

Hoje em dia, cada um crê que o fato de se tocar na sua pessoa redunda em ofensa a toda sociedade.

Gógol, em O Capote.

5 Notas de Sexta: Green Book, Mr Beck, o horror e um gênio brasileiro

5 Notas sobre o que andei me ocupando nestas duas semanas que passaram.

  1. Um filme que assisti: Green Book. O oscar foi merecido. Baita filme, que mostra bem como superar o preconceito a partir da dignidade e como duas pessoas podem construir uma sólida amizade quando se respeitam.
  2. Um disco que andei reescutando. Rough and Ready, do Jeff Beck. Que baita album. Já escrevi sobre ele aqui.
  3. Um conto que li: A Colônia Penal, do Kafka. Uma pequena obra prima. Pode ser lido por várias chaves. Para mim, mostra bem o efeito desumanizador da ideologia em um espírito medíocre (o oficial).
  4. Um tema que andei estudando: a lógica hiperdialética, descoberta genial de um brasileiro, o filósofo Luis Sérgio Coelho de Sampaio. Alguém ainda vai estudar seriamente a teoria dele.
  5. Um pensamento:

O bom escritor é o que nos seus livros nos leva a um reencontro com o que temos em nós de mais profundo e verdadeiro.

Herberto Sales

A máquina imaginada por Kafka

5 Notas de Sexta: Black Sabbath, um Padre, uma extraordinária mulher e cerveja artesanal!

Fazia tempo, mas aqui estamos novamente. Cinco notas fresquinhas!

1. Uma peça que terminei: Hedda Gabler (Ibsen). Vou confessar uma coisa. Ibsen é o autor que amaria odiar. Não consegui. Foi um gênio absoluto. Hedda é uma das personagens mais fascinantes de toda história do teatro. Mesmo.

2. Um disco que ando escutando: Master of Reality (Black Sabbath). Animado pela leitura da biografia do Mick Wall sobre o Sabbath, escutei várias vezes este disco. O primeiro gravado sem sobras da época de clubes, com composições feitas especificamente para o disco. Pesado.

3. Um livro que estou lendo: Magnetized By God (Padre Robert Lauder). Eu conheci o trabalho do Padre no youtube, onde ele comenta livros que tratam de temas católicos, ou como gosta de dizer, do mistério católico. O livro é curto, mas sensacional. Trata das artes e como elas podem refletir um convite de Deus para que nos juntemos a Ele. Coisa fina.

4. Um local para Happy Hour. Desde que voltei à Brasília tenho experimentado restaurantes e bares que não conhecia. Um deles está se transformando rapidamente em nossa casa. O Beer Club, na 402 sul. Cervejas especiais, um ótimo ambiente, bom atendimento e boa música. Excelente combinação.

5. Um pensamento

If we “listen” to art we may hear God’s voice

Padre Robert E Lauder

 

Blanchet como Hedda

Notas de Sexta: Shakespeare, GOT, passado e um pedaço da mente

Bom dia!

5 Notas para esta sexta-feira, última de maio!

1. Uma peça que li:

Bem Está o que Bem Acaba (Shakespeare). Uma das chamadas peças “problemáticas” de Shakespeare. Pode até ser quando você lê no sentido literal, mas se entrar na interpretação simbólica verás claramente a tentativa de desfazer o casamento entre o Céu e a Terra.

2. Uma série que estou vendo:

Game of Thrones. Primeira temporada. Isso mesmo, assisti o episódio 1 na mesma hora que passou o último. Falar o que? Sou assim.

3. Um jogo que revi:

Flamengo 3 x 0 Santos (1983). Final de Brasileirão, 155 mil pessoas, último jogo de Zico antes de ir para a Udinese. Na verdade, não revi, foi a primeira vez que assisti pois em 1983 eu escutei o jogo inteiro abraçado ao rádio. Tinha 10 anos. Lembro que Adílio foi considerado o melhor da partida. Discordo. Foi Leandro.

4. Um disco que estou revisitando:

Piece of Mind (Iron Maiden). O Iron entrava na maioridade a partir deste disco, balanceando mais o peso com o progressivo. O resultado é aquele metal melódico (termo horroroso) que acostumamos tanto a gostar.

5. Um pensamento

Bem está o que bem acaba

Willie S.

5 Notas de Sexta: Imaginação, contos, janela de Overton, Janela Indiscreta e Chesterton

O que andou acontecendo na semana? Vamos à nossas 5 notas de sexta:

1. Uma série que comecei a assistir: Anne with an E. Faz tempo que desejava começar a assistir esta série, que mostra uma menina que se apoia na imaginação para lidar com a realidade hostil de uma orfã que nunca experimentou o amor dos pais. Gostando bastante.

2. Um conto que li: La Busca de Averroes, do Borges. Impressionante a capacidade deste argentino em ser profundo com tão poucas palavras. Gênio.

3. Um conceito que andei refletindo: a Janela de Overton. Em tempos de redes sociais e pressão direta sobre os atores políticos, este conceito é fundamental para entender as janelas de oportunidades para novas políticas públicas.

4. Um filme que assisti: A Janela Indiscreta. Não lembrava que este filme é também uma discussão sobre o amor e os problemas de fazer um casamento funcionar no ambiente da modernidade. (Mentira, o filme é uma contemplação da Grace Kelly. Que presente de Deus!)

5. Uma frase para a semana:

A coisa mais extraordinária do mundo é um homem comum, uma mulher comum e seus filhos comuns.

Chesterton

5 Notas de Sexta: Vingadores, Bachman, Jesus, cinema e a engenharia

Bom dia, amigos!

Todas as sextas eu divido com vocês 5 notas sobre o que andei me ocupando durante a semana. Dicas preciosas para quem se interessa pela cultura!

1. Um filme que assisti: Vingadores, Ultimato.

O fim dos 3 arcos que compõem o universo marvel até aqui precisava de um fim grandioso, e isso o filme entregou muito bem, especialmente na batalha final. Também tinha que dar soluções para personagens que enfrentavam o envelhecimento dos atores. Resolvido. Ou seja, diversão.

2. Um disco que estou escutando: Any Road, do Randy Bachman

Randy Bachman foi um dos fundadores do Guess Who. Saiu no início dos anos 70 e formou o seminal Bachman-Turner Overdrive, com aquele som setentão rasgado que tanto gosto. Neste disco de 2014, pode experimentar estilos que não combinavam com o som do BTO, como as baladas e tons mais para o jazz. Ficou bem legal o resultado.

3. Um livro que terminei: Jesus de Nazaré, do Bento XVI.

Terceira vez que leio. Na verdade, a obra tem 3 partes. Uma que trata da infância de Jesus, outra que trata de sua vida pública e esta que trata da Paixão. Decidi que todo natal leio a primeira e na quaresma as outras 2. Para o resto da vida. Acreditem, o livro é inesgotável em riqueza e profundidade.

4. Uma página que descobri: personacinema.com.br

Aqui o assunto são as mensagens dos filmes, especialmente os com conteúdos filosóficos. Muito bem escrito e abordando filmes que não são muito tratados na mídia tradicional como Malik, Rohmer, Kielowski, Surukov, etc.

5. Uma frase que andei meditando.

Dita pelo Ministro Tarcisio em recente programa do Roda Vida, lema da engenharia militar brasileira:

“Não vivemos em vão.”

Lema de quem deseja deixar um legado.