5 dicas de cultura: hereges, new york, ressurreição e Alice Cooper!

A cultura em grande parte trata de cultivar o nosso espírito. Para isso precisamos de coisas boas, seja pela leitura ou artes em geral. Semanalmente trago aqui 5 pílulas que me instigam, me fazendo refletir sobre a vida e nosso papel no mundo.

1. Um livro: Hereges

Quer entender o mundo moderno? Comece por aqui. No início do século XX, mais de uma década antes da I Guerra Mundial, Chesterton examinou as idéias que dominavam o debate público de sua época e apontava onde iam chegar. Impressionante o grau de acerto. Praticamente um profeta dos tempos que vivemos.

Link para o livro: Hereges

2. Um disco que estou escutando: New York (Lou Reed)

Esse escutei pela primeira vez hoje, seguindo uma dica no twitter. Primeira audição achei excelente. Já candidato a um favorito. Não conheço muita coisa do Lou Reed, apenas os excelentes Transformer e Berlim.

3. Um filme: Ressurreição (2016)

Filme apropriado para esta época do ano, mostra um centurião romano que recebe a missão de investigar o desaparecimento do corpo de Jesus para impedir que se espalhasse a notícia que surgia sobre sua ressurreição. A Bíblia é uma fonte inesgotável de boas histórias. Se pelos menos a indústria americana não tivesse se perdido na ideologia e colocado seus preconceitos acima de seus interesses econômicos. O grande problema dos filmes baseados na Bíblia é que, corretamente divulgados, seriam sucesso absoluto, colocariam o universo marvel no chinelo. Mas aí seria demais para os sensíveis suportarem.

imagem de filme Ressurreição

4. Um ícone: Ressurreição (1645)

Sou grande admirador dos ícones, especialmente da Igreja Bizantina. Este ícone, pintado em plena renascença, mostra Jesus resgatando Adão e Eva do inferno, após a sua ressurreição. Obra de Youssef Al-Musawwer.

imagem de um icone bizantino mostrando Jesus ressussitado

5. Uma frase:

Nem preciso completar

5 Dicas da semana: naufrágios, momentos, REM

A cultura em grande parte trata de cultivar o nosso espírito. Para isso precisamos de coisas boas, seja pela leitura ou artes em geral. Semanalmente trago aqui 5 pílulas que me instigam, me fazendo refletir sobre a vida e nosso papel no mundo.

1. Um livro que estou lendo: Robson Crusoé

Um clássico que ainda não tinha lido. Impressionante como você se consegue colocar no lugar do náufrago mais famoso do mundo e acompanhar suas reflexões sobre a vida. Momentos de tranquilidade e angústia se sucedem, assim como a busca de entender os caminhos da providência. Na origem de seus infortuneos, não faltaram avisos, como se Deus tivesse dando oportunidades para evitar o destino que lhe estava reservado.

Link para o livro: Robson Cruzoé

2. Um disco que estou escutando: Appetite for the People (REM, 1992)

Disco bastante melódico e interessante. Gosto particularmente da sonoridade da bateria.

Faixas para prestar atenção: The Sidewinder Sleeps Tonight, Man on the Moon

https://open.spotify.com/embed/track/7tLTov4Ax1pyGcaV4qWrP5?utm_source=generator

3. Um conceito: Tipping Point

O ponto de mutação foi popularizado pelo livro do Malcolm Gladwell. Trata-se daquele momento que muda uma determinada tendência. Muitas vezes este momento não é percebido na hora e só depois de algum tempo percebemos a importância dele. Lembrou-me de um outro livro, do Stephen Zweig, momentos luminosos da história. Esta semana pensei muito no tipping point. Musk que o diga.

Link para o livro: Ponto de Mutação

4. Um pintor: William Turner

Chesterton escreveu em algum texto que os pintores ingleses dominaram a arte de pintar a natureza, especialmente o clima. Para mim o maior exemplo é o William Turner. Suas paisagens marítimas são arrebatadoras, e traduzem com perfeição a luta do homem com a natureza.

Naufrágio de um cargueiro

5. Uma frase:

“Ninguém cresce sozinho”
Shunji Nashimura

É a frase inspiradora do grupo Jacto, que fabrica máquinas e implementos agrícolas, entre outras coisas. Tem uma história muito bonita de um imigrante japonês que chegou ao Brasil sem um centavo no bolso, sem falar português e criou um império.

5 Notas de Sexta!

Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

1. Um disco que estou escutando: Nights of the Dead (Iron Maiden, 2020)

O que pode ter de novo em um disco ao vivo do Iron Maiden? Este vale por dois fatores. O primeiro é a seleção de músicas, divididas em 3 partes: guerra, religião e inferno. O segundo é a sonoridade. O som está sensacional. Como costuma dizer o Benjamin Back: eu agradeço a Deus todos os dias por viver no mesmo universo que o Iron Maiden!

2. Um livro que terminei: As Leis (Platão)

Por que ler livro de filosofia política escrito há 3 mil anos? Uma resposta simples: pela atualidade.

3. Uma corrida que assisti: GP Long Beach, 1981

Estou assistindo a temporada de 1981 (comecei a assisti F1 em 1983). Há anos que não assisto F1 e descobri o motivo. Não é pela falta de brasileiros, mas pela falta de competitividade. Que me desculpem, mas corrida que não tem 10 carros em condições de ganhar nem vale meu esforço. Esta corrida abriu o campeonato de 81 e o campeão Alan Jones levou. Destaque para a disputa entre Ricardo Patrese (Arrows) com o argentino Carlos Reitman (Williams) que fez uma ultrapassagem sensacional no circuito apertado em Miami (era chamado na época da Mônaco americana). Piquet chegou em terceiro, depois das duas Williams, quase 50 segundos depois. Ficava claro que as Williams tinham o melhor carro. Mas naquela época, não bastava ter o melhor equipamento para vencer…

4. Uma série que terminei: Friends

Os mais novos não sabem, mas houve uma época que assistíamos séries pela tv a cabo, sem streaming. Significava que tinha um horário certo para assistirmos os episódios e nem sempre conseguíamos ver. Friends passava no horário que eu jantava, e acabei vendo bastante episódio, mas não chegou na metade. Aliás, uma temporada tinha cerca de 20 episódios. Comecei a assistir na sequência pouco antes de pegar covid em agosto e terminei ontem. Divertimento despretensioso, mas numa época em que se podia fazer piadas de verdade.

5. Um pensamento que ando refletindo

Scream for me, Mexico City!!!

Bruce Dickinson

5 Notas de Sexta

Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

1. Um passatempo: montar quebra cabeças

Faziam alguns anos que não montava um quebra cabeças. Minhas filhas andavam pedindo para eu comprar um para montarmos juntos. Um bom rock tocando, diversão garantida. Apenas minha coluna não é mais como era antigamente…

2. Um disco que ando escutando: Foregn Affair (Tina Turner, 1989)

Pessoal se impressiona com as Lady Gaga da vida, que é excelente cantora, diga-se, mas ainda acho que com Tina Turner não dá para competir. Além da presença, da voz, a qualidade das músicas era muito superior a estas divas de hoje. Sério. Esse disco então, simplesmente perfeito. Que rainha!

3. Um livro que terminei: O Defensor (G. K. Chesterton)

Chesterton viveu a transição para o século XX e viu com muita clareza onde as correntes de pensamento que tomaram as mentes dos intelectuais iria dar. Neste livro, em vários ensaios, ele defende as coisas mais triviais, e que estavam sob ataque severo de uma mentalidade que desejava fazer tábula rasa de tudo que herdaram de seus antepassados.

4. Uma série que estou assistindo: The Crown (temporada 4)

Sim, Mrs Tatcher dá as caras! Só assisti os dois primeiros episódios, mas me divertir muito com o contraste entre a classe média da primeira Ministro e da aristocracia de Elizabeth II. Além disso, ainda temos uma Diana tocante; ainda mais quando sabemos onde aquilo tudo vai dar.

5. Um pensamento que ando refletindo

A pseudociência é, portanto, serva da ideologia. A política é sua ferramenta.

Benjamin Wiker

5 Notas de Sexta

Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

1. Um filme que re-assisti: O Raio Verde

O Raio Verde é o quinto filme de Eric Rohmer da série Comédias e Provérbios, e um dos retratos mais devastadores que conheço sobre a solidão humana, que pode acontecer mesmo no meio de uma multidão. Um dos seus mais belos filmes.

2. Um disco que ando escutando: Talking Book (Stevie Wonder, 1972)

Nunca parei para escutar Stevie Wonder. Comecei pelo início de sua fase mais soul, nos anos 70. Bem interessante.

3. Um livro que estou lendo: Tempos Difíceis

Faziam alguns anos que não lia Dickens. Um pecado! Tempos Difíceis começa com uma declaração de guerra contra os sentimentos por um racionalista: fatos, fatos, tudo são fatos! Estou ainda no início, onde a pequena Jupe é “adotada” por um professor que só pensa em fatos e se horroriza quando vê os filhos brincando num circo.

4. Uma série que assisti: Emily em Paris

Adorei. Principalmente pela forma como mostra como as duas culturas, americana e francesa, lidam de forma diferente com o tempo. Escrevi sobre a série aqui.

5. Um pensamento que ando refletindo

Ai de vós os que ao mau chamais bom, e ao bom mau!

Is 5,20

5 Notas de Sexta!

Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

1. Um pod cast que escutei: Discos que você ouve da primeira à última faixa

B3 é formado por Benjamin Back, João Marcello Bôscoli e André Barcinski e tem por foco falar principalmente de música. Neste podcast eles discutem discos que consideram perfeitos e se percebe o gosto eclético da turma. Bem legal de escutar.

2. Um disco que ando escutando: Rocket to Russia (Ramones, 1977)

Sempre foi um dos meus favoritos. No podcast do B3 é o primeiro a ser citado o que despertou minha saudade de escutá-lo, o que tenho feito há dois dias. Para mim é o disco que o Ramones afirmaram categoricamente suas raízes nos anos 50 e 60; sem perder a energia, é claro!

3. Um livro que estou lendo: As Lei (Platão)

Este mês dei uma emplacada em Platão, impulsionado por alguns ensaios de Voegelin. Depois de reler Protágoras, iniciei o maior diálogo de Platão, o único em que Sócrates não aparece, o que indica que se trata das idéias do próprio autor. No Livro II ele faz uma impressionante analogia entre uma assembléia legislativa e um banquete, entre direitos e vinho!

4. Uma corrida de F1 que assisti: GP da Alemanha, 1981

Uma corrida sensacional em que Prost, Alan Jones, Carlos Roitman e Piquet disputaram as primeiras posições até o fim. Não faltaram ultrapassagens no circuito de alta velocidade de Nurburgring. Só lamento que a televisão da época não tinha ainda todos os recursos que tem hoje para acompanhar uma corrida. Piquet dá uma aula sobre a importância de poupar equipamento.

Na largada, Piquet
caindo para sétimo.

5. Uma salmo que ando refletindo

A divina bondade é o fim de todas as coisas

Santo Tomás de Aquino

Notas de Sexta!

Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

1. Um filme que assisti: Mais ou Menos Grávida (For Keeps, 1988)

Título horroroso em português (nota mental: escrever um artigo sobre esses títulos que distorcem o entendimento do filme), mas uma bela estória sobre a forma como nos conectado e superamos as dificuldades que a vida nos impõe. Eu sou eu e minhas circunstâncias, já dizia Ortega Y Gasset.

2. Um disco que ando escutando: Once Upon a Time (Simple Minds, 1985)

Um dos melhores discos de rock dos anos 80. Gosto de tudo que a banda fez nesta década, especialmente do clima das músicas, as linhas de baixo, os vocais de Kerr e a guitarra delicada de Burchil.

3. Um livro que estou lendo: As Viagens de Gulliver

O livro é muito conhecido e pouco lido. Muita gente acha que trata-se apenas de uma viagem, em que Gulliver encontra humanos em miniatura e se torna gigante. Em realidade são várias viagens em que se troca constantemente o ponto de vista, em uma sátira maravilhosa da sociedade do início do século XVIII, sob influência já do iluminismo.

4. Um ensaio que estou lendo: A Sabedoria e a Magia do Extremo: uma meditação

Em um de seus últimos escritos, Eric Voegelin discute o sonho da utopia e a operação mágica que é realizada para que este sonho apareça como uma possibilidade real. Com direito à análise de um soneto de Shakespeare.

5. Uma frase que ando refletindo

Tudo isso o mundo sabe bem, mas ninguém sabe bem

Evitar o céu que leva aos homens para este inferno

Shakespeare

Notas de Sexta!

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1. Um restaurante que revisitei: Família Mancini

O trabalho levou-me para São Paulo esta semana. Eu e dois amigos chegamos no hotel, no Ibirapuera, às sete e meia da noite. Onde jantar? Lembrei-me do Restaurante Família Mancini, bem próximo. Cantina italiana de primeira, numa rua que foi reformada pela própria família. Pena que os bares estavam fechados e meus amigos não puderam ver a rua em sua condição natural da noite paulista.

2. Um livro que terminei de reler: As Seis Doenças do Espírito Contemporâneo, do Constantin Noica

Noica afirma que além das doenças físicas e psíquicas, existem também as doenças do espírito e estas doenças são exatamente seis. São as combinações possíveis entre ausência ou recusa dos sentidos geral, particular ou suas determinações. Ainda vou montar o quadro comparativo das seis!

3. Um filme que assisti: Um Olhar a Cada Dia (ou O Olhar de Ulisses)

Filme do cineasta grego Theo Angelopoulos. Confesso que não é um filme fácil de assistir e interpretar. Trata-se de um cinema evocativo, em que cenas do passado, presente e sonhos se misturam, nem sempre de forma clara. O tema do filme é uma odisséia de um cineasta grego pelos balcãs no auge das guerras provocadas pelo fim do comunismo.

Que cena!

4. Um disco que andei escutando: Street Fighting Years, do Simple Minds

O Simple Minds é uma das minhas bandas favoritas dos anos 80, mas confesso que não tinha parado ainda para escutar este disco de 89.

5. Uma frase que ando refletindo

The first thing God created was the journey, then came doubt, and nostalgia.

Niko, em Um Olhar a cada Dia

Notas de Sexta

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Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

1. Uma disco que andei escutando bastante: High and Mighty (Uriah Heep)

Este é um dos trabalhos mais subestimados do Heep, inclusive pela própria banda. David Byron seria expulso logo a seguir por seus problemas com álcool e o ambiente já não estava bom. No entanto, considero um baita disco. A sonoridade está muito boa, o que ressalta a bateria de Keerslake, assim como os demais instrumentos. Gosto muito das composições e nessa discordo da crítica.

2. Um livro que estou lendo: O Reacionário (Nelson Rodrigues)

Trata-se de uma série de crônicas que em que Nelson relembra episódios de sua vida, pensamentos, mudanças na sociedade, tudo com o excepcional domínio que tinha de nossa língua. Particularmente tocante é a crônica em que descobre que sua filha nascera cega.

3. Um filme que assisti: O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas

Sete amigos iniciam a vida adulta após formarem na faculdade. Trata-se do início da maturidade, aquele momento em que existe uma tensão entre ilusões e realidade, que precisam ter algum equilíbrio.

4. Uma pizzaria que conheci aqui em Brasília: Don Giovanni

Já é minha favorita. Pizza italiana, do jeito que eu gosto: massa fina e crocante. O dono é italiano legítimo, o ambiente é agradável e tudo muito saboroso. Uma curiosidade é que ao longo do tempo, várias sugestões de clientes entraram no cardápio com o seus nomes.

5. Uma frase que ando refletindo

A ilusão moderna de abolir a condição humana é a raiz de sua própria tragédia.

Autor (quase) desconhecido

Notas de Sexta!


Olá pessoal!

Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

1. Uma banda que escutei bastante: Uriah Heep

Lee Kerslake, baterista da banda, nos deixou. Há alguns anos que lutava contra um câncer, que o obrigou a deixar as baquetas. Um dos meus bateristas favoritos. Deu uma repassada em parte do trabalho dele na fase de outro do Uriah Heep.

2. Um livro que terminei: A Anatomia da Crítica, do Northrop Frye

Escrito na década de 50, este livro mostra a necessidade da crítica literária expandir seus horizontes além do estruturalismo que dominava, e ainda domina, os estudos de literatura. Fascinantes suas observações sobre como uma obra se comunica com o todo da literatura através dos símbolos e arquétipos.

3. Um documentários que assisti: O Dilema das Redes

O documentário da net tem uma tese bem construída e convincente, mas peca ao não abrir espaço para o outro lado, o que acaba tornando-a, mesmo se estiver certa, em uma simples peça de propaganda.

4. Um canal que acompanho no youtube: Verbal to Visual

Este canal ensina a usar o desenho como forma de expressão e anotações. Para quem deseja trabalhar mais o poder criativo do cérebro. Só clicar aqui.

5. Uma frase que ando refletindo

A originalidade reside na maneira nova de exprimir as coisas já ditas

Antoine Albalat