Calote à caminho

Depois do Equador, é a vez de Paraguai, Bolívia e Venezuela anunciarem que irão rever as respectivas dívidas externas. Isto inclui empréstimos feitos pelo BNDES. Mais uma vez se evidencia um dos grandes problemas de bancos públicos, a sua utilização por partidos políticos.

O BNDES transformou-se em uma instituição a serviço do PT, dentro dos objetivos propostos pelo Fórum de São Paulo. Na prática, procura colaborar com os governos companheiros, os governos de esquerda. Não vejo nenhuma surpreza no futuro calote, embora muito ainda se dependa da capacidade do brasileiro de se indignar em ver um banco público brasileiro financiando projetos políticos dos amigos do presidente da república.

Particularmente não acredito muito nesta indignação. Estamos satisfeitos com o pão e circo.

Lula cobra de Corrêa? Sei não…

Uma das coisas marcantes do governo Lula é sua incrível capacidade de ceder para os amigos do Foro de São Paulo. Claro que para quem acompanha as atividades desta entidade subestimada pela mídia brasileira não se surpreende. Usando o teorema de Romário: são todos parceiros.

O que se esconde então na suposta alopração de Lula? Será que o brasileiro não se sente mais tão seguro quanto antes? O que não faz uma crise econômica, não é? Basta ver o desespeiro do outro colega, o de Caracas, com o barril de petróleo chegando a menos de 40 doláres…

Parece que a marolinha vai mesmo estourar por aqui…

Será?

Agora é a Petrobrás no Equador

Globo:

O governo do Equador fez novas ameaças à Petrobras ontem, dizendo que encerrará antecipadamente o contrato se a empresa não cumprir as políticas governamentais e não assinar “o mais cedo possível” um novo acordo para continuar no país.

– Parece-me que a Petrobras estendeu de forma incompreensível a negociação, não foi um problema do Estado equatoriano ou do governo – afirmou o ministro de Minas e Petróleo do Equador, Galo Chiriboga.

Comentário rápido:

Esse é o ideal de negociação de um perfeito idiota latino americano. Não adiante nem perder tempo, o governo brasileiro vai ceder e a empresa de “capital misto” chamada Petrobrás vai ser novamente assaltada. E o acionista que se f…

Foro? Que é isso? Delírio da direita!

Globo:

BUENOS AIRES. Depois do fracasso do projeto de reforma constitucional do presidente da Venezuela, Hugo Chávez (após ter sido derrotado nas urnas ele aprovou pacote de medidas por decreto), e em meio à delicada crise política em que está mergulhada a Bolívia, entre outros motivos pelas divergências em torno à nova Constituição que Evo Morales pretende implementar, o governo do presidente equatoriano, Rafael Correa, tentará vencer hoje o referendo sobre a nova Carta do país.

Segundo pesquisas, o mais provável é que Correa conquiste uma importante vitória eleitoral, apesar da intensa campanha da oposição, que nas últimas semanas acusou o governo de ter modificado o texto constitucional aprovado na Assembléia Constituinte, pela maioria governista. Líderes opositores como León Roldós, político da velha guarda, denunciaram publicamente o governo Correa e acusaram o presidente de buscar fortalecer seu projeto político, concentrando todo o poder em suas mãos.

Um fato e uma mentira

Globo:

O presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou nesta terça-feira que o Estado assuma os projetos milionários concessionados à construtora brasileira Odebrecht no país, em meio a uma disputa envolvendo uma hidrelétrica que pode azedar as relações entre os dois países.

Rápido no gatilho:

Pois é, Lula gosta de falar grosso com Bush. Só aceitamos levar bordoada de país de terceira linha… isso sim é evolução! Azedar o que? Está tudo combinado desde a criação do Foro de São Paulo. Ah, mas este tal foro não tem força nenhuma… é só para trocar alguma idéias socialistas entre alguns chefes de estado…

Retrato da democracia venezuelana

Por Samy Adghirni, na Folha:
O chileno José Miguel Vivanco, 47, chefe da divisão das Américas da Human Rights Watch (HRW), estava um tanto desnorteado ao chegar na manhã de ontem no aeroporto de Guarulhos. Seu celular não funcionava -os agentes venezuelanos que o expulsaram do país confiscaram a bateria- e ele não tinha idéia de onde ir ao sair da sala de desembarque. Depois de comprar um telefone no aeroporto, ele e seu colega americano Daniel Wilkinson, 38, contataram o escritório da HRW em Washington, que organizou seu regresso aos EUA, num vôo que sairia ontem à noite. Enquanto esperavam a volta, eles passaram a tarde em um hotel do centro de Guarulhos. Vivanco relatou à Folha os detalhes de sua conturbada saída de Caracas.
FOLHA – Como foi a sua expulsão?
JOSÉ MIGUEL VIVANCO – Na quinta, fomos jantar num restaurante italiano, Daniel Wilkinson e eu. Eram cerca de 22h15 quando voltamos ao hotel. Subimos até o 14º andar, e, quando saímos do elevador, nos deparamos com uns 20 agentes diante das portas dos nossos quartos.
Uns estavam fardados com roupa militar, outros estavam à paisana, com armas à cintura. O chefe nos leu uma declaração informando que estávamos intimados a deixar o país imediatamente, sob acusação de termos insultado o governo. Argumentei que aquilo não era verdade, em vão. Tentei mandar um torpedo ao embaixador do Chile, mas um dos capangas me arrancou brutalmente o Blackberry das mãos.
O aparelho me foi devolvido sem bateria, e o do Daniel foi destruído pelos agentes. Pedi então para fazer as malas, e me disseram que os agentes já haviam entrado no quarto e empacotado nossas coisas. Nos colocaram em jipes, e fomos levados a toda velocidade até o aeroporto num comboio de motos e carros com sirene.
FOLHA – Vocês sabiam aonde iam?
VIVANCO – Perguntamos várias vezes, mas não responderam. O comboio entrou diretamente na pista, sem passar pela alfândega ou balcão de embarque, e só entendemos qual seria nosso destino depois de sermos desembarcados na frente de um avião da Varig.

Só lembrando: Lula disse uma vez que na Venezuela de Chávez existia democracia até demais…

Autonomia

Pelo que se apresenta na maioria dos jornais brasileiros a luta dos governadores a meia lua boliviana parece coisa de uns aloprados. Várias vezes foi possível ler de confronto entre os camponeses bolivianos com os governadores, como se 6 dúzia de governadores conseguissem parar uma multidão dessas. O recado da nossa mídia é que o povo boliviano está com Evo. Fosse assim a crise teria sido debelada em um instante, não?

O blog do Amorim mostra um vídeo sobre o tamanho do apoio que a automia, não confundir com separatismo, tem nos estados da meia lua.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ffT1YkK2K_8]
E no Brasil temos um povo amorfo que assiste sem se importar os desmandos do atual governo. Sindicatos, estudantes, organizações de classe, empresários; todos comprados com o dinheiro que pagamos de impostos.

Tem hora que da vontade realmente de desistir.

Governo Vagabundo!

Estadão:

Para demonstrar que não interferiria no conflito interno boliviano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou a diplomacia brasileira a negar asilo político ao governador do Departamento de Pando, Leopoldo Fernández. A prisão de Fernández havia sido determinada no domingo pelo gabinete de Evo, mas foi adiada por temor de sua detenção prejudicasse o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) – que se reuniu segunda-feira, no Chile – a seu governo. Fernández foi detido terça-feira.

Comento:

Este mesmo governo deu asilo político a um terrorista das FARC; mais, deu emprego a sua esposa. Este mesmo governo deportou dois boxeadores cubanos de volta para o inferno. E é chamado de moderado!! Será que fica realmente tão difícil chamar as coisas pelo nome?

É bom lembrar também que boa parte deste governo já recebeu um dia asilo político de outros países. Alguns tantos por prática de atos terroristas. Já Lula nunca precisou não é mesmo? Afinal, foi até preso…