O cara andava sumido, bem de acordo com sua pasta insignificante. Só serviu até agora para desalojar o Exército do anexo do Ministério da Defesa. Hoje resolveu aparecer com uma novidade. Aproveitar o excedente do alistamento militar para fazer serviço social. Obrigatório.
Fico pensando se as vezes não exagero com meu medo do estado. Diante de uma notícia destas, vejo que não. A cada dia o leviatã avança um pouco mais, se não em atos práticos, em idéias. E tem gente que acha lindo. Josias de Souza comentou que a idéia é excelente. Não é.
Serviço social obrigatório é coisa para quem tem dívida com a justiça. Então poderia ser voluntário? Poderia, mas aí seria um emprego comum, né?
Particularmente sou contra o serviço militar obrigatório. Acho que as Forças Armadas deveriam se adequar ao orçamento que possuem. Isto implica em redução do efetivo, mas não necessariamente em redução de força. Para isso precisaria trocar recrutas por soldados profissionais. Uma força mais enxuta mas com maior mobilidade. Não é possível gastar quase todo seu orçamento em pagamento de pessoal.
Argumentam que o serviço militar é a única forma de dar um pouco de cidadania para alguns milhares de jovens. Concordo, mas não é obrigação dos militares tentar consertar o que as escolas e a família deixaram de fazer. É o tipo de coisa que funciona bem melhor com o jovem de 12 a 14 anos, mas cantar o hino na escola era coisa da ditadura, não? Educação Física era coisa da ditadura. Educação Moral e Cívica era coisa da ditadura. E assim por diante.
Algo está errado quando a noção de cidadania passa a ser aprendida apenas no serviço militar. Tudo isso é fruto de uma sociedade sem valores, fruto de um relativismo que levou ao tudo pode e nada é proibido.
A proposta de Mangabeira Unger é descabida. Aliás, para que serve este senhor? Parte dos impostos que pagamos vai para sustentar a inutilidade de sua secretaria, criada apenas porque Lula não gostou de ser chamado de corrupto por Mangabeira. Este se vendeu. Pago por nosso dinheiro.