De volta!

Depois de um breve período de ausência, o blog volta ao normal. Tudo como antes, claro. Nada de “changee!!” neste espaço!

Pois é, Obama foi eleito. Pelo que acompanhei ficou parecendo que foi uma vitória arrasadora. Não foi. Mesmo com o apoio massacrante da imprensa, que negou-se a discuti-lo, passado ou presente, até o apoio mundial à sua candidatura, venceu com apoio de 52% do eleitorado contra 48% do velho que carregava o peso da impopularidade do governo Bush. Não lembro de um candidato de situação chegar tão longe com um panorama econômico tão adverso.

Não é que depois de sua eleição o New York Times resolveu chamá-lo de Barack Hussein Obama? Fazê-lo antes do pleito era quase um crime! Agora já não importa mais, né? A mídia está eufórica, conseguiu ver eleito o seu messias. Que fique bem claro este comprometimento. Saberá ela ser crítica ao seu governo como foi do atual presidente? Duvido. Os barões da mídia tentarão, como sempre, decidir o que é notícia e o que não é. O poder dos blogs em vencer o cerco da mídia tradicional será testado como nunca.

No Brasil, tudo como antes. Lula continua mandando, mas agora com certo receio de uma recessão que o colocaria em má situação para o fim de seu governo. Mitos se constroem. Mas de destroem também.

O STF parece realmente empenhado em desfazer o estado policial que se formou a sombra da popularidade do presidente. O que se pretendia um Eliot Ness brasileiro __ é bom lembrar que o americano fazia tudo extritamente dentro da lei, o que não foi o caso de Protógenes __ está as voltas com a lambança que arrumou. De paladino da justiça para investigado e, em um futuro próximo, processado, não demorou muito. Sinal que algumas instituições ainda resistem ao petralhismo que como um câncer espalha-se por todo o estado.

De quebra ainda sobrou para o juiz De Sanctris, aquele que afrontou o presidente do STF e que pretende fazer justiça social com suas decisões. É bom lembrar sempre o juiz de O Mercador de Veneza, um texto de Shakespeare, que é instigado a relaxar o cumprimento da lei para se atingir um bem maior:

__ (…) E eu lhe peço para moldar a lei à sua autoridade este uma única vez; para fazer um enorme bem, faça um mal mínimo e imponha limites à crueldade do propósito deste demônio.

__ Impossível; não há poder em Veneza que possa alterar um decreto sacramentado. Ficaria registrado como um precedente, e muitas ações legais equivocadas, uma vez dado esse exemplo, choveriam sobre o Estado.

A lei deve ser cumprida. Principalmente por quem é responsável por seu cumprimento.

Por fim, na excelente entrevista de Demétrio Magnoli na Veja da última semana, mais um entendimento sobre a diferença entre esquerda e direita. A esquerda estaria ligada a uma corrente política que expressa o entendimento de que a igualdade seria o maior valor de uma sociedade enquanto que a direita expressaria a corrente que defende a liberdade como este valor máximo.

Magliori fala destes dois conceitos dentro da acepção democrática, como fez quesão de frisar. É bom pensar na liberdade e igualdade como os dois extremos de uma concepção política, a maioria das pessoas não é nem 100% de esquerda, nem 100% de direita, mas uma mistura dependendo da maior importância que dá a um destes dois valores. Pelo próprio título do blog, é fácil perceber qual extremo este blog se aproxima mais.

Enfim, este é o panorama das duas últimas semanas. O principal fato político foi a vitória de Obama. Já chamam de fato histórico, mas é bom lembrar da banalização que este termo se tornou. É bom que os americanos se acautelem contra o mito que está sendo construído. Mitos não costumam ser bons para a democracia.

E vence Obama

Não foi o massacre popular que estava se prevendo. Mesmo com toda simpatia da mídia e uma crise financeira sem precedentes, a margem da vitória de Obama, nos votos populares, não foi tão grande assim. Ganhou com folgas no colégio eleitoral, isso é verdade.

Os críticos de Obama se colocam em duas correntes.

A primeira corrente é que realmente teria rompido com seu passado (nem tão passado como a mídia andou vendendo) de anti-amaricanismo. Neste caso, daqui a algum tempo, os americanos apenas perceberiam que tinham eleito um candidato fraco.

Disseram-me esta semana que eu não precisaria me preocupar que algum maluco mataria Obama como mataram Kennedy. Tudo menos isso! A criação de mais um mito? Obrigado, prefiro que o americano se confronte daqui a quatro anos com seu erro.

Não tivesse um maluco matado Kennedy, o ex-presidente teria entrado na história como uma grande decepção, uma antecipação de Jimmy Carter. Como foi assassinado, transformou-se na promessa do que nunca seria.

Obama tem que ficar vivo por duas razões. Primeiro, a mais importante, é que não aceito a morte de um homem por uma causa, seja ela qual for. Segundo, porque é importante que um homem confronte com suas obras. Que não apareça nenhum louco para tirar a vida do futuro presidente, parafraseando Vargas, que não saia da vida para entrar na história.

A segunda corrente, defende que Obama seria o radical que se mostrava antes de adotar um pragmatismo maior na política. Teria escondido sua verdadeira  natureza apenas para vencer as eleições.

Neste caso, só haveria uma coisa a dizer. Que Deus nos ajude.

Hora do Partido Republicando sair de foco, se reorganizar, e voltar em 2012 rejuvenescido.Carregar o peso de um governo altamente impopular, uma impopularidade um tanto injusta, não é fácil. Ainda mais quando explode nas vésperas das eleições uma crise de tais proporções.

Ao final do processo, o que ficou de mais importante para mim foi o papel vexaminoso de parte da mídia americana. Levaram às últimas conseqüências o seu amor por uma causa e deixaram a objetividade de lado. A campanha contra Sarah Palin foi uma das coisas mais nojentas que já vi em um processo eleitoral. Foi uma campanha orquestrada para moer a reputação da governadora. Mas isso fica para um outro post.

Milagres da fé Obâmica

Este texto é de Olavo de Carvalho. Reproduzo aqui para tentar mostrar o absurdo que é a eleição de Obama. Tirem suas próprias conclusões.

Nunca se viu coisa semelhante na história da humanidade.

Em guerra contra o Islam revolucionário, o país já quase vencedor prepara-se para nomear  comandante-em-chefe um político apoiado entusiasticamente pela Al-Qaeda, pelo Hamas, pela Organização de libertação Palestina, pelo presidente iraniano Ahmadinejad, por Muammar Khadafi, por Fidel Castro, por Hugo Chávez e por todas as forças anti-americanas, pró-comunistas e pró-terroristas do mundo, sem nenhuma exceção visível.

É exatamente como se, em plena guerra do Vietnã, se colocasse na Casa Branca um queridinho de Ho-Chi-Minh.

No entanto, se você sugerir, mesmo suavemente, que tantos inimigos dos EUA estão a favor de Obama porque ele deve estar pelo menos um pouquinho a favor deles, metade do eleitorado americano dirá que você é um maldito racista e uma boa parcela da outra metade o chamará de desequilibrado, de paranóico, de teórico da conspiração.

Está proibido aplicar a Obama a velha regra de bom senso: “O amigo do meu inimigo é meu inimigo”. Para provar sanidade, o cidadão americano tem de acreditar piamente que Obama não fará nada, absolutamente nada em favor dos comunistas e islamofascistas que o amam, mas fará tudo para defender a nação que ele mesmo chama de nazista e a Constituição que, segundo ele, é causa de males horríveis.

Se você acha que a aposta na fé obâmica é alta demais e que seria mais prudente investigar um pouco a vida do sujeito, saiba que isso se tornou praticamente inviável: ele mandou bloquear, nos EUA e no Quênia, o acesso a todos os seus documentos, mesmo sobre a sua vida pública, desde a sua certidão de nascimento até a lista dos pequenos doadores da sua campanha, passando pelo seu histórico escolar em Harvard e Columbia, que é alegado ao mesmo tempo como prova definitiva dos altos dons intelectuais da criatura, só negados, evidentemente, por racistas contumazes. A mídia considera um insulto e uma presunção doentia qualquer tentativa de examinar esses papéis, e três tribunais, da Pensilvânia, de Washington e de Ohio, já sentenciaram que o cidadão comum não tem nenhum direito de averiguar sequer a nacionalidade de Barack Hussein Obama. É preciso acreditar nele sob palavra, ou cair fora da sociedade decente.

Mas a palavra dele também não esclarece nada. Ele já inventou tantas lorotas sobre sua vida (que foi membro da Comissão de Bancos do Senado, que seu tio libertou Auschwitz, que seu pai foi pastor de cabras), já omitiu tantos dados essenciais (que foi membro de um partido socialista, que é primo do genocida Raila Odinga, que fez campanha para ele no Quênia, que seu irmão está à míngua numa favela em Mombasa, que sua tia é imigrante ilegal nos EUA), e já camuflou de tal modo suas ligações com a Acorn, com o terrorista William Ayers, com o agitador islâmico Louis Farrakhan, com o vigarista Tony Resko, etc., que tentar descobrir a verdadeira biografia dele é quase missão impossível. Seu próprio livro de memórias, que lhe rendeu a fama de escritor, é de autoria duvidosa: exames realizados com métodos computadorizados de investigação autoral concluíram que não foi escrito por Obama, mas sim por William Ayers.

Resta a hipótese de tentar descobrir alguma coisa através de testemunhas. O que elas contam é interessante. A avó diz que ele nasceu no Quênia e não no Havaí como ele afirma, seus irmãos quenianos dizem que ele é muçulmano e não cristão como afirma, sua irmã diz que ele nasceu num hospital quando ele afirma que nasceu em outro, o patrocinador de seus estudos em Harvard diz que o dinheiro para isso foi fornecido por um notório agitador pró-terrorista, velhos conhecidos contam que ele sempre estava ao lado de Frank Marshall Davis quando este vendia cocaína. Até agora, o único testemunho seriamente desmentido foi o de um maluco de Minnesota que disse ter tido relações sexuais com o então senador Barack Obama – o que, se fosse verdade, não comportaria um milionésimo do risco para a segurança nacional contido nos outros depoimentos.

A essa altura, você pode perguntar: Mas por que os eleitores hão de confiar sob palavra num sujeito que não tem palavra nenhuma, que não se sabe com certeza nem onde nasceu, que esconde dois terços da sua vida e mente sobre o terceiro terço, que é amado por todos os que odeiam o país e mal consegue disfarçar suas afeições pelos amigos deles? Você, aí no Brasil, pode perguntar isso, mas, se estiver nos EUA, pergunte em voz baixa. Se você expuser suspeitas de maneira muito audível, o governo investigará seus antecedentes em busca de crimes hediondos como dívidas de imposto e multas de trânsitos não pagas, como fez com Joe Encanador, ou então o levará para a cadeia como fez com com Brent Garner, de Lawrence, Estado do Kansas ( www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=79513). Você corre também o risco de ter sua garagem vandalizada ou levar uns sopapos, como aconteceu com vários militantes republicanos.

A resposta à pergunta sobre os motivos de uma confiança tão despropositada  constitui-se de quatro elementos:

1. A grande mídia, quase toda pertencente a adeptos e patrocinadores de Obama, não publica nada do que se sabe de grave contra ele, mas faz um alarde dos diabos em torno das menores insignificâncias que possam sujar a imagem dos seus adversários. A duplicidade de tratamento, que começou nos jornais e na TV, acabou por se impregnar na sociedade inteira como um hábito normal. Exemplo I: O boneco enforcado de Sarah Palin foi saudado pela própria polícia como uma inocente tirada de bom-humor. No dia seguinte dois moleques fizeram um boneco enforcado de Obama — e foram presos. Exemplo II: A jovem militante republicana Ashley Todd, após dizer-se assaltada, surrada e marcada a canivete com um “B” na face direita tão logo o assaltante percebera seu distintivo da campanha McCain, sofreu um bombardeio de insultos na mídia e rapidinho mudou de idéia, jurando que inventara a história toda. Ashley não explicou se foi apenas assaltada e surrada, tendo feito ela própria o corte no rosto, se houve apenas uma surra sem assalto nem corte ou se não houve coisa nenhuma e ela mesma se esmurrou até ficar de olho roxo e, não contente com semelhante desatino, em seguida escavou o “B” na própria face. Embora o desmentido sumário e cheio de lacunas soasse muito mais inverossímil do que a história originária, foi instantaneamente aceito como verdade final pela mídia inteira, sem mais perguntas, ficando portanto provado que esses republicanos são malvados o bastante para desfigurar o próprio rosto só para poder lançar a culpa num negro e, por tabela, no santíssimo Barack Obama. Exemplo III: Faltavam sinais de violência contra a militância obamista, mas logo foram providenciados. Dois jovens skinheads que pensavam em dar uns tiros em Obama, sem ter tomado ainda a menor providência nesse sentido, foram denunciados pela própria mãe. Embora seja virtualmente impossível encontrar algum skinhead nas assembléias evangélicas, nas missas católicas, nas convenções republicanas, no Hudson Institute ou na Heritage Foundation, o fato é o seguinte: se você quer ser considerado um Homo sapiens em vez de um Pithecanthropus erectus, tem de jurar que o plano dos dois idiotas traz a prova cabal de que o conservadorismo americano é racista, nazista e assassino por natureza. A Folha de S. Paulo garante.

2. A sociedade americana acredita na grande mídia porque não é capaz de imaginar uma empulhação geral e sistemática como a que aconteceu no Brasil quando todos os jornais e canais de TV ocultaram propositadamente por dezesseis anos a existência do Foro de São Paulo, a maior organização de delinqüência política que já existiu na América Latina. Tal como no título do famoso romance de Sinclair Lewis, todo mundo acredita que it couldn’t happen here, “isso não poderia acontecer aqui”. Bem, aconteceu.

3. O que quer que se diga contra Obama tem resposta automática: É racismo. A chantagem racial é tão violenta, geral e sistemática, que o simples fato de você dizer que está havendo chantagem racial prova que você é racista. O monopólio da violência verbal fica portanto com os democratas, enquanto os críticos de Obama se resguardam atrás de rodeios e circunlóquios autocastradores.

4. Obama não diz coisa com coisa. Seus discursos, quando não são totalmente vazios de conteúdo, se contradizem uns aos outros com a maior sem-cerimônia – e funcionam exatamente por isso. O conteúdo deles não tem a mínima importância; só serve de excipiente para a substância ativa, constituída de apelos mágicos e mensagens hipnóticas, de modo que após alguns minutos todo mundo está com a inteligência entorpecida ao ponto de aceitar, sem a menor reação crítica, afirmações como esta: “Vocês sentirão uma luz vindo do alto, experimentarão uma epifania e uma voz de dentro lhes dirá: Eu tenho de votar em Barack Obama”. Se o sujeito proclamasse isso por fé espontânea, diriam que é louco. Como o diz no melhor estilo da programação neurolingüística ericksoniana, votam nele para presidente da nação mais poderosa do mundo.

Os efeitos conjugados desses quatro fatores são quase milagres da fé, de um surrealismo atroz: as pesquisas mostram que três entre cada quatro americanos residentes em Israel preferem John McCain, mas três entre cada quatro judeus residentes nos EUA, longe das bombas palestinas e perto de uma TV ligada na CNN, preferem Obama.

Reta final nos Estados Unidos

Faz tempo que não toco neste assunto. Um pouco pelo desânimo de ver o eleitor americano caminhando para eleger Obama, uma espécie de Lula com diploma universitário. Sinceramente, pelo que tenho visto, o democrata vai vencer, embora não considere a fatura liquidada.

A cobertura brasileira era um desastre. A Veja, que poderia fazer alguma diferença, escalou o hiper-liberal André Petry para acompanhar o processo. Como seus pares americanos, passou o tempo babando raivoso contra Sarah Palin.

Aliás, este é um ponto interessante. O que tem nesta mulher que desperta tanta fúria nos jornalistas politicamente corretos? Desde que foi feito o anúncio da sua escolha, a perseguição foi implacável. Parece que existir uma mulher, com uma família constituída, defendendo princípios conservadores é um ato de lesa pátria. Acusam, vejam só, de Sarah ser inexperiente! Pois a pouca experiência que ela tem, sim é vedade!, é maior do que o cabeça de chapa dos democratas: o ongueiro Obama.

O mundo não tem dúvidas em escolher seu preferido. Engraçado que é a opção clara dos anti-americanos. E o que fazem os americanos? Escolhem o preferido de quem os odeia? Devem estar malucos mesmo.

A Globo finalmente fez o certo, mandou para lá William Hack, de longe um dos melhores jornalistas brasileiros, um que não se contagia pela estupidez da grande maioria de seus colegas. Quinta feira, no Jornal Nacional, estava visivelmente impressionado com a convenção de McCain em Ohio. A âncora do jornal tentava relativar sua opinião, não conseguiu. William afirmou, por diversas vezes, que o que viu era contagiante.

Ainda acho que vai dar Obama. O anti-americanismo conquistou os próprios americanos, uma lástima. O democrata é favorito, mas ainda há esperanças. McCain ainda pode virar o jogo e vencer além de seu oponente, a grande mídia americana e mundial.

Convenhamos, não é tarefa fácil.

Que vergonha CNN!

Querem uma prova de como a mídia americana está fazendo de tudo para eleger Obama?

Em entrevista na CNN, o repórter Drew Griffin perguntou:

GRIFFIN: Governor, you’ve been mocked in the press, the press has been pretty hard on you, the Democrats have been pretty hard on you, but also some conservatives have been pretty hard on you as well.  The National Review had a story saying that, you know, I can’t tell if Sarah Palin is incompetent, stupid, unqualified, corrupt or all of the above.

PALIN: Who wrote that one?

GRIFFIN: That was in the National Review.  I don’t have the author.

PALIN: I’d like to talk to that person.

GRIFFIN: But they were talking about the fact that your experience as governor is not getting out.  Do you feel trapped in this campaign, that your message is not getting out, and if so who do you blame?

Agora vejam o que realmente estava escrito na revista:

Watching press coverage of the Republican candidate for vice president, it’s sometimes hard to decide whether Sarah Palin is incompetent, stupid, unqualified, corrupt, backward, or — or, well, all of the above. Palin, the governor of Alaska, has faced more criticism than any vice-presidential candidate since 1988, when Democrats and the press tore into Dan Quayle. In fact, Palin may have it even worse than Quayle, since she’s taking flak not only from Democrats and the press but from some conservative opinion leaders as well.

O artigo da revista estava justamente criticando a visão que a mídia estava apresentando sobre Sarah. Nunca vi uma campanha tão sórdida de difamação por parte da imprensa como essa contra a governadora do Alaska. Que uma rede com credibilidade, como a CNN, tenha aderido a golpe tão baixos como citar frases fora do contexto para atacar um entrevistado é uma vergonha dantesca. E o repórter ainda tem a cara de pau de dizer que não lembra quem escreveu o artigo!

Anotem aí, esta campanha não só reduziu a imprensa americana a um papel vergonhoso como é só o começo. Caso Obama realmente seja eleito, teremos uma imprensa a favor de um governo como nunca se viu, nem mesmo nos governos Carter e Clinton.

Os americanos devem realmente estar loucos!

Norman Thomas estava certo?

Norman Thomas foi um comunista americano. Como? Contradição em termos? É possível. Sim, já existiu um partido socialista americano e Thomas concorreu à presidência de 1932 a 1948. Na época ainda havia muitos simpatizantes de Stálin e seu regime, entre eles o presidente Roosevelt que, conforme narra Paul Johnson, só entendeu a verdadeira natureza do bigodão já bem perto do fim.

Compreendeu que os americanos nunca aceitariam conscientemente o socialismo e disse isso claramente:

O povo americano jamais adotará, conscientemente, o socialismo. Mas sob o nome de ‘liberalismo’ aceitará todos os pontos do programa socialista até que, um dia, a América será uma nação socialista sem ter noção do que aconteceu.

Seria uma premonição ou um desejo? Diante do avanço da social democracia nas últimas décadas a resposta começa a ficar bem clara. Os Estados Unidos estão cada vez mais liberais – entendido aqui como comportamental _ e adotando incoscientemente os pontos socialistas que Thomas defendia.

Basta ver a plataforma de Obama e de seu partido. O Estado assumiria o controle da saúde. A educação ruma a passo largos para a estatização e para o fracasso. O mérito está sendo combatido em todas as instâncias, o trabalho sendo combatido pelo avanço tributário, o indivíduo cada vez mais acuado pelo politicamente correto.

Por isso os democratas partiram com toda fúria para cima de Joe, o encanador. Ele é tudo que desejam combater. O homem médio que quer se impor por seu trabalho e buscar seus sonhos por seu esforço. O homem não deve pensar por si mesmo, para isso tem o estado. Sem a crença na superioridade moral do estado a esquerda deixa de ter razão de existir. Sem respostas para Joe a máquina de moer reputações da mídia democrata apontou seu chumbo grosso para o indivíduo que tem a ousadia de tentar se impor justamente por sua condição de indivíduo.

Como ousa sair da manada? Como ousa querer ser outra coisa além do homem massa de Gasset? Este homem precisa ser destruído antes que o americano entenda que é Obama que precisa ser destruído. Pelo bem de sua nação.

Politicamente correto, a prisão mental

“Então você escreve por quê?” A minha tentação é fazer uma frase de efeito, assim, paradoxal: “Para que as maiorias sejam menos solitárias.” E o que quero dizer com isso? Vivemos _ e não só no Brasil _  sob a ditadura de um iluminismo obscurantista, que entrega às minorias radicaliadas os instrumentos do Estado para a elaboração de políticas públicas que, com freqüência, afrontam o senso comum e dasafiam qualquer noção de eficiência.

Reinaldo Azevedo

Outro dia um amigo comentou que Obama não venceria as eleições americanas. Curioso perguntei o por quê.

_ Os americanos nunca vão eleger um negro presidente.

Nesta frase encontra-se resumido a prisão mental em que nos encontramos. O politicamente correto é de tal ordem que não se admite a menor contestação; tornou-se uma verdade, uma iluminação, que nos guia nos dias de hoje.

Já é uma nova religião; possui seus dogmas. É uma questão de fé e ao mesmo tempo não admite contestação. Discordar de qualquer um dos seus preceitos tornou-se motivo para excomunhão, de ser excluído da verdade iluminada dos tempos modernos.

Assim o bom senso é afrontado e a crença da maioria das pessoas torna-se motivo de vergonha e deve ser escondida. Rótulos são distribuídos em uma simplificação grosseira e grotesca. Não vota em Obama? Então é racista. Não gosta de Hillary? Então é machista. É contra o aborto? Então é contra os direitos das mulheres. Gosta do papa? Então é um fundamentalista cristão. Defende a família? Então é um patriarca machista. É contra o terrorismo islâmico? Então é contra o islã. É contra a esquerda? Então é contra a justiça social. E por aí vai.

Estão convencendo os americanos que votar em Obama é uma questão de superioridade moral pois só é possível votar nele se for racista, se for contra os negros. Nesta imposição do politicamente correto, a religião dos novos tempos, fere-se qualquer questão de bom senso. Existe dezenas boas razões para não votar no democrata. Aponto algumas:

  1. É democrata.
  2. Possui ligação com terroristas domésticos e até mesmo islãmicos.
  3. É o segundo parlamentar que mais recebeu doações das firmas Fannie e Freddie, origem da crise hipotecária que derrubou o sistema financeiro.
  4. Defende a invasão do Paquistão.
  5. Possui uma certidão de nascimento falsificada. Não se sabem nem se é realmente americano.
  6. Defende um sistema de saúde único sob controle do estado.
  7. É abortista.
  8. Defende ações afirmativas no mercado financeiro, justamente a causa maior do caos atual.
  9. Não possui experiência administrativa nenhuma.
  10. É antiamericano.

Tudo isso é irrelevante. O importante é que não votar em Obama é um pecado. Um pecado contra o doxa que tomou conta do mundo, contra a massificação do princípios que existem alguns espíritos iluminados que nos apontam para a verdade que não temos capacidade de descobrir sozinhos.

As eleições americanas já são importantes para o mundo. Tornaram-se ainda mais, superando até seu caráter político. Tornou-se uma constatação da prisão mental que os homens massa, assim definido por Gasset, acabaram caindo.

O eleitor de McCain tem que votar quase escondido pois declarar este voto é receber uma série de rótulos que o tornam um pária na nova sociedade mundial. Um socieade podre, que joga no lixo tudo que recebemos de nossos antepasssados, que joga no lixo a nossa capacidade de pensar.



Para quem não entendeu a imagem da camiseta com a inscrição Han shot first, trata-se de uma referência que mostra bem tudo que escrevi acima.

Na versão original do filme Guerra nas Estrelas, em uma conversa em um bar, Greedo tem Han Solo na mira de sua arma. Quer levar o contrabandista para Jabba e ganhar sua recompensa. Han tenta negociar com ele, quando vê que esta em um impasse, atira e mata o adversário.

Na remasterização, George Lucas cedeu ao politicamente correto. Não ficava bem para o mocinho atirar primeiro, mesmo que tivesse uma arma apontada para si. Usando os efeitos especiais fez que Greedo desse um tiro ridículo e sem propósito para colocar Solo no papel de reativo.

O politicamente correto é capaz de tudo. Até de reescrever o que já aconteceu.

Não tem nada a ver?

Ah, Mirian Leitão!

Em seu comentário hoje sobre o debate de ontem entre McCain e Obama foi taxativa.

O republicano teria apelado ao relacionar Obama com um terrorista. Segundo ela: “não tem nada a ver”.

É isso aí. Eleger um presidente com ligações com terroristas não tem nada a ver. Pior que tem muita gente que pensa nisso mesmo.

Estamos feitos.

Sei não

Faz tempo que não comento sobre as eleições nos Estados Unidos, a mais importate de todas.

Tenho acompanhado diariamente a evolução do quadro através das pesquisas no Real Clear Politics e vendo a vantagem de Obama crescer a cada dia. Não ligo para estas pesquisas gerais, o que importa é a votação em cada estado.

Parece que diante do caos econômico, que está se mostrando cada vez mais mundial, está levando os eleitores a eleger o candidato democrata. Sabe-se que é muito difícil a oposição perder em um cenário de recessão.

McCain ainda tem chances? Acredito que sim. Faltam três semanas para as eleições; muita coisa pode acontecer. Apesar da vantagem a fatura ainda não está liquidada.

Nos últimos dias comecei a ler aqui e acolá que existe um efeito que pode prejudicar Obama. Muitos eleitores estariam mentindo nas pesquisas. Na hora da votação deixariam de votar em Obama por este ser negro.

No fundo é mais uma vez a mídia dando uma mãozinha para seu protegido. É a mesma coisa de dizer: votem Obama e provem que não são racistas. Como se não houvesse razões suficientes para deixar de votar no democrata por suas idéias, seu passado e seu presente.

Em tempos tão difíceis e com enorme risco para o mundo ocidental pelo desenvolvimento nuclear iraniano, eleger um anti-americano, com ligações com o terrorismo é um erro monumental. O pior é que todos pagaremos por isso.

Os Estados Unidos são o último farol da América. A América Latina foi tomada pelas mais variadas formas de socialismo populista, o Canadá vive isolado, no seu bem-estar social aguardando que o vizinho do sul, sob a liderança de Obama, mergulhe também na cinecura da justiça social. Colômbia e Peru pouco resistirão sem o apoio americano, assim como o Chile que já tem uma presidente socialista. O México está tão integrado à economia americana que desabaria junto.

Eleger um homem não testado, sem passado político nenhum, baseado apenas em proselitismo, na maior economia do mundo é erro. Espero que o tempo não venha a revelar isso e que na hora do voto os americanos elejam McCain. Para o bem de todos nós.