Tentativa patética de defender Marta

Os jornalistas brasileiros são uma comédia. Diante da baixaria que Marta Suplicy promoveu correram em seu socorro. Não a defenderam, pelo menos diretamente. São mais espertos. Muito mais.

Condenam a atitude da candidata, alguns com termos até veementes. Mas concedem a ela direitos que existem apenas para os companheiros. Lembram sua biografia, seu passado progressista e clamam: Marta! Para com isso! Tira o comercial. Alguns até recomendam: peça desculpas.

São uns tratantes. Quando Kassab perdeu a cabeça com um provocador chamando-o de vagabundo foi um Deus nos acuda. Escorraçaram com o prefeito. Não vi em nenhum lugar um chamado para que pedisse desculpas ou algo parecido. Ele não é um petralha. Ele não tem esse direito.

É uma impostura. Como se o passado da Sra. Suplicy fosse assim tão altivo. Para começo de conversa é uma petralha de carteirinha. Como prefeita e ministra foi aquele desastre que São Paulo bem conhece a ponto de reprová-la em 2004. Sem contar o famoso, e não suficientemente lembrado, relaxa e goza.

Lembro Tomás de Aquino. Do bem não nasce o mal e vice versa. Existe uma relação de natureza ente causa e efeito. Atos de baixaria são próprios de pessoas que fazem baixarias. Não foi um ato falho de Marta Suplicy, longe disso. Foi uma estratégia de campanha para desestabilizar seu adversário no dia do debate. Os fins justificam os meios.

Isto é Marta Suplicy. Isto é o PT. Isto é a esquerda.

Indecoroso!

Globo:

Integrantes da cúpula da campanha petista em São Paulo disseram que a inserção será retirada do ar. O motivo, no entanto, não é a polêmica, mas o fato de a propaganda já ter surtido o efeito desejado.

– Era para ficar só dois dias no ar. A idéia era desestabilizar o Kassab no debate (da TV Bandeirantes), e tivemos sucesso. Ele ficou perdido nos dois primeiros blocos – disse ao GLOBO um dos coordenadores da campanha.

Comento:

Acho que não fica mais nenhuma dúvida, não é? Este é o partido que enganou durante anos seus eleitores pretendendo ser algum paladino da ética. Agora recorrem a Collor dizendo que só fizeram o que o ex-presidente fez em 1989, como se isso os absolvessem.

Para quem passou anos defendendo a ética na política e terminar se justificando com Collor é uma queda e tanto, não é?

Mais engraçado ainda é ver Marta acusando Kassab de malufista. Nas últimas eleições, no segundo turno, ela aliou-se a… Paulo Maluf! Pior, seu partido é aliado nacional do partido do ex-prefeito… se Maluf é tão condenável assim porque o presidente não rompe com ele?

Observem os aliados do atual governo, de Maluf a Collor, de Calheiros a Sarney, de Esperidião Amin até Quércia. O PT acabou abraçado a tudo que fingiu combater, a tudo que jurou não ser.

A face do partido está exposta e quando Lula for passado restará apenas o legado de corrupção, amoralidade, preconceito, falta de ética. Tem de tudo quanto é crime associdado ao partido.

É a face da mentira.

Bem notado

Amorim, o que presta, não aquela coisa que costumava falar na Globo, lembrou muito bem:

Kassab é um vitorioso. Faz uma excelente administração em São Paulo, tem mais de 60 por cento de aprovação dos paulistanos e recebeu apenas pauladas dos jornalistas durante toda a sua administração.

Resumo a ópera: o jornalismo paulista está completamente desmoralizado e vai perdendo a sua credibilidade. As exceções se contam nos dedos.

O papel da imprensa paulista, especialmente a Folha, é digna de estudo. Malhou o prefeito do início ao fim de seus dois anos de mandato. A despeito disso, Kassab termina o mandato com 60% de aprovação, o que se tratando de um prefeitura como São Paulo é quase inacreditável.

Detalhe: sem nenhuma política populista. Não se encontra uma linha de luta de classes, de justiça social, de remissão dos oprimidos em nenhum de seus discursos e é isso que revolta os jornalistas. Kassab ofereceu apenas uma coisa para a cidade: trabalho sério.

Por isso está na frente de Marta Suplicy. Por isto ela perdeu tão vergonhosamente a linha. Por isso ela deixou escapar sua verdadeira natureza.

Asquerosos

Nota da campanha de Marta:

A campanha de Marta repudia veementemente as insinuações que alguns veículos têm feito a respeito do comercial levado ao ar no domingo (13/10). A equipe de marketing, ao perguntar sobre o estado civil do candidato Gilberto Kassab, em meio a uma série de outros questionamentos, apenas defendeu o legítimo direito do eleitor conhecer, em todos os aspectos possíveis, a história de quem se apresenta para governar a maior cidade do país.

Comento:

Este é o retrato de Marta Suplicy. Uma máscara que cai. Vejam que a afirmação não contradiz a baixaria que fez, afinal defende que se deva conhecer o candidato em todos os aspectos possíveis, inclusive se é homossexual ou não.

Na verdade, Marta quis ser mais esperta do que é. Lançou a coisa no ar para que o eleitor chegasse a própria conclusão e ela não fosse responsabilizada pelo preconceito.

São todos asquerosos. São todos nojentos.

Vergonha!

Não há outra palavra para descrever a atitude de Marta Suplicy em insinuar na propaganda eleitoral que o seu adversário é gay. Tudo para tentar crescer entre os evangélicos.

Esta senhora criou-se politicamente como um dos líderes do movimento progressista no Brasil. Criou sua fama como sexóloga, como defensora de minorias. Na hora do desespero mostra sua verdadeira face: não teve o menor pudor em tentar usar o preconceito para tentar ganhar votos. No fundo mostra que ela sim é uma preconceituosa. Por isso não acredito na maioria dos progressistas, no íntimo não acreditam no que pregam.

Trata-se de uma das maiores baixarias de uma campanha política no Brasil e mostra a verdadeira natureza de Marta Suplicy e de seu partido.

O mais interessante é escutar o silêncio da Folha de São Paulo. Seus jornalistas devem estar sem entender nada, mas não éramos a favor dos direitos dos homossexuais?

Semana passada assisti o filme Promessas de Um Cara de Pau (Swinging vote). Por um erro no sistema as eleições americanas ficam na dependência de um único voto. Os dois candidatos ficam diante de um eleitor real e não um genérico. Precisam do voto dele para vencer as eleições. Em determinado momento, o personagem de Kevin Kostner, o eleitor, afirma que é contra os imigrantes. O candidato democrata, meio atônito, é colocado diante das câmaras defendendo o maior rigor da polícia de fronteira e retratando os mexicanos de forma pejorativa.

Ele pergunta a seu marqueteiro: mas não somos a favor dos imigrantes?

E o que acontece com Marta Suplicy. Talvez tenha até perguntado: mas não defendemos direitos especiais para homossexuais? O marqueteiro explica que sim, mas que precisam de alguma forma destruir a candidatura de Kassab. Na dúvida mostra Maquiavel. Ela se convence e manda brasa, afinal o moderno príncipe precisa triunfar.

Não aposto muito neste diálogo. Aposto mais é que ela não teve o menor escrúpulo. Se tivesse já teria saído do PT há muito tempo.


Em tempo: procurei na Folha algo sobre o assunto. Encontrei uma reportagem cujo título é algo como Kassab recomenda atenção por parte de Marta. Simplesmente nojento. Se fosse o contrário, a manchete seria Marta recomenda atenção a Kassab? Ou seria Kassab mostra homofobia em programa de tv? Por que o PT possui prerrogativas que são vedados a qualquer outro partido? Por que a imprensa o coloca como um paladino de moralidade depois de todos os escândalos?

O jogo perigoso de Eduardo Paes

Cuidado Paes! Não se aproxime demais do lulismo, não acredite que esta aproximação lhe trará dividendos; não é assim que a coisa está funcionando.

Veja São Paulo. Lula investiu todo seu prestígio pessoal na cidade que é o berço de seu partido e da sua própria vida política. Já está sendo convencido que a derrota é inevitável, que o melhor é se afastar para não perder junto com sua candidata.

Onde esteve mais presente viu a derrota. A imprensa está perdida, não consegue entender como o candidato mais popular da história não consegue impulsionar seus candidatos. Aconteceu no nordeste também, como atestou a briga pela prefeitura de Natal. No desespero, os jornalistas embarcaram na tese da vitória da base do governo e tentam colocar os votos do PMDB __ o grande vencedor das eleições deste ano __ na conta do lulismo. Não cola. Fernando Gabeira, por exemplo, é de um partido da base. Nem por isso o presidente quer vê-lo na prefeitura. Aceitou até dar as mãos a Paes, um outro que não queria de jeito nenhum, para impedir a vitória do verde.

Eduardo Paes é um político que tem um futuro promissor, que tem um bom patrimônio adquirido pelo trabalho correto que fez na CPI do mensalão. O maior risco que corre não é ser derrotado, é manchar o trabalho realizado e passar para história como mais um seduzido pela flauta lulista.

Afaste-se da tentação candidato! É melhor a derrota com honra do que a vitória desonrosa, ou pior, a derrota sem honra.

A aprovação de Kassab

Não deve ser muito fácil um prefeito de uma metrópole conseguir 61% de aprovação em seu governo, como é o caso de Gilberto Kassab em São Paulo. Principalmente conseguindo este feito sem recorrer a medidas populistas que comprometem financeiramente o futuro da cidade. Marta, por exemplo, terminou seu governo com a prefeitura quebrada e a cidade lotada de obas inacabadas.

Kassab teve contra si a total má vontade da mídia progressista paulista, especialmente a Folha de São Paulo. Seu maior pecado é ser do DEM, apelidado, carinhosamente, como demo pela grande mídia. Deve ter muito jornalista queimando suas poucas células cinzentas, como dizia Poirot1, para achar algum trocadilho que associe PT com o bem e criar a oposição que desejam.

A aprovação do prefeito chegou ao patamar de Lula, o que é ainda mais surpreendente. Um, Kassab, rema contra a mídia sempre a tratá-lo com extrema dureza; outro, o apedeuta, recebe o carinho e afago da mesma mídia que é chamada de golpista ou mesmo de conservadora para mantê-la sempre isenta. Isenta em seu esquerdismo petista, que fique bem claro.

O fato concreto é que a população de São Paulo associou enfim a obra a seu autor, o que se reflete nas intenções de voto. A insistência de Alckmin em concorrer contra um prefeito que faz um excelente trabalho, parte de um governo de seu próprio partido, só impediu que Kassab liquidasse a fatura no primeiro turno como venho dizendo desde janeiro.

Mais uma vez o tucano fez um grande serviço ao petralhismo. Só que dessas vez os danos podem ser reparados, bastando que os paulistas elejam Kassab daqui a 17 dias. Até aqui parece que farão.

É bom a turma do prefeito ficar bastante alerta. Quanto mais acuados, mais perigosos se tornam os petralhas. Não se pode esperar que saiba perder que está preparado apenas para ganhar; que tenha ética que não a possui.


[1] Hercule Poirot, célebre detetive criado pela magistral escritora Agatha christie, que soube descrever os seres humanos como poucos.

Eles só podem estar de brincadeira!

Passado o primeiro turno das eleições municipais 2008, é momento de fazer uma análise das pesquisas de intenção de voto. Os dois principais institutos de pesquisa fizeram um balanço e consideraram os índices de previsão bastante corretos. Segundo matéria da Folha de S.Paulo desta terça (7) o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, considera positivo o trabalho do instituto no primeiro turno, salientando que esteve sempre à frente ao mostrar as reviravoltas da campanha.

A diretora executiva de atendimento e planejamento do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, também faz um saldo positivo das pesquisas para o primeiro turno. “Nós fizemos 17 pesquisas boca-de-urna, a média de precisão correta dos votos foi 97%. As pesquisas deram informações corretas aos eleitores”, afirma.

Comento:

Pior cego é aquele que não vê, se é que não estão vendo. Parecem treinadores de futebol que vêem seus times perderem mas na entrevista ao final dos jogos sempre afirmam que o time jogou muito bem, que não mereciam perder, etc. Deveriam ser mais conscientes e apontarem agora justamente o que deu errado, e nessas eleições foram muitas coisas já que erraram nas três principais cidades do país, só de partida.

O fato de os dois diretores estarem ocupados agora em varrer o lixo para debaixo do tapete aumenta ainda mais a desconfiança sobre a seriedade do trabalho desenvolvido. Nunca podemos esquecer que vivemos em um país onde a intervenção do estado na economia é brutal, onde o governo é dono de um cofre gigantesco. Estas mesmas empresas disputam contratos milionários com a petralhada.

Começa a fazer mais sentido estes 80% de popularidade…

Ah… é claro… o PT venceu as eleições…como sempre.

Uol:

O PT continua a ser o líder no G79, com chance de ampliar sua presença em relação ao que tem hoje.

O partido de Lula conta atualmente com 17 cidades no G79. Agora, a sigla já elegeu 13 prefeitos nesse universo (as 26 capitais e os 53 municípios com mais de 200 mil eleitores). Está no segundo turno em outras 15 localidades no segundo turno. Pode, portanto, chegar a 28 cidades governadas. Em 11 segundos turnos disputados pelo PT o candidato da legenda obteve a classificação na posição de primeiro colocado.

Comento:

É muito esforço para produzir uma análise dessas? Só falta convencer o próprio partido que ficou com um gosto para lá de amargo na boca depois do resultado das urnas…