Enquete Etadão:
O modelo de demarcação das terras indígenas usado pelo governo expulsa os não-índios; Exército critica. Você concorda com quem?
* Governo
308 votos – 4%
* Exército
7374 votos – 96%
Total: 7682 votos
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O modelo de demarcação das terras indígenas usado pelo governo expulsa os não-índios; Exército critica. Você concorda com quem?
* Governo
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Só agora fui ler o vergonhoso Editorial da Folha de São Paulo.
O próprio lead já denuncia seu teor, segundo o periódico, as afirmações do General Heleno atrasavam a questão indígena do país em duas décadas! Deve ser mesmo poderoso este militar que em uma palestra para 150 pessoas consegue atrasar uma questão nacional em vinte anos.
A Folha tenta argumentar que a demarcação contínua não ameaça a soberania nacional. É uma mentira. O Brasil assinou mais um absurdo da ONU, desta vez dando direito de autodeterminação aos povos indígenas.
O Editorial ainda faz uma malabarismo com a matemática para tentar demonstrar que a reserva não é tão grande assim.
Que uma falsidade intelectual desta natureza seja feita no editorial de um dos maiores jornais do país é uma demonstração da ideologia que toma conta das nossas redações. Vale lembrar do aviso de Eric Voegelin, mais atual do que nunca: “Seguramente, hoje nos confrontamos com o poder social arrasador da desonestidade intelectual, que permeia o mundo acadêmico e outros setores da sociedade.”
É preciso apoiar o General Heleno pelas declarações acertadas e corajosas proferidas neste semana. É uma rara chance dos cidadãos brasileiros exercerem sua cidadania e demonstrar que prezam pela soberania nacional e a democracia. O link está abaixo:
BRASIL EXIGE LUTA CONTRA O CRIME
A Comissão Executiva Nacional do Democratas vem a público exigir medidas efetivas contra o clima de quase insurreição que temos vivido; alertar a opinião pública para a irresponsabilidade contínua do governo no uso do dinheiro público e manifestar apoio ao comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira – ameaçado e intimidado porque solicitou mudanças na política indigenista. Sobre essas questões, o Democratas solicita atenção da sociedade para os seguintes pontos:
1)o general Heleno Ribeiro Pereira advertiu que a questão indígena tornou-se “ameaça interna” à soberania brasileira na Amazônia referindo-se à necessidade de revisão do decreto presidencial que criou a reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. A pretexto de transformar tribos em “supostas nações independentes”, ONGs estrangeiras interessadas em consolidar a invasão do território nacional, agem livremente na reserva, que faz fronteira com a Venezuela e a Guiana;
2)ao invés de levar em conta a advertência do oficial, o governo age no sentido oposto e está exigindo que ele explique afirmações feitas com base em fatos e informações incontestáveis. Com o pedido de explicações, o governo busca intimidar, ameaçar e silenciar o Comandante Militar da Amazônia com o objetivo de enfraquecer a posição de todos os que defendem a revisão da política indigenista do governo porque ela implica ameaça à segurança nacional;
3)ao mesmo tempo que sinaliza com punições contra quem age com seriedade, moderação e respeito às leis, o governo atua com permissividade e leniência ante as ilegalidades de grupos que investem contra a democracia, o estado de direito e a segurança pública. É com apoio, estímulo e financiamento público que o MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, pratica ações ilegais de Norte a Sul do país e achincalha o direito de propriedade previsto na Constituição sem receber sequer uma advertência dos responsáveis pela ordem pública;
4) é o dinheiro desviado do bolso do trabalhador honrado, que tem a cultura dos direitos e deveres, que financia as ações ilegais do MST, grupo comprometido com a intolerância, a violência e o crime. Com que direito o governo transfere, sem prestar contas ao Congresso e à opinião pública, recursos públicos cada vez mais volumosos para financiar as jornadas de crime e de terror do MST? Qual a justificativa para doar verbas que deveriam acudir problemas de saúde, educação e moradia das pessoas, a quem cria ambiente de insegurança jurídica que resultará na imposição de pesados prejuízos ao país e a todos os brasileiros?
5) o Brasil não construiu a democracia para favorecer ilegalidades, seja a pretexto de proteger os índios, seja com a desculpa de combater injustiças ou sob a alegação de pretensas reparações a comunidades remanescentes de quilombos. A sociedade brasileira lutou para conquistar um Estado democrático de direito onde ninguém pudesse agir ao arrepio da lei. É preciso dar um basta aos que se escondem por trás de supostos movimentos sociais para aumentar o controle estatal da sociedade. Em vez de luta de classes, o país exige luta contra o crime.
Brasília, 18 de abril de 2008
Rodrigo Maia
Presidente
Reação sem Sentido
Em Seminário realizado no Clube Militar, o Gen Ex Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Comandante Militar da Amazônia, um dos palestrantes, teceu considerações sobre a atual política brasileira em relação à população indígena. Sua enfática explanação em nenhum momento feriu a disciplina e a hierarquia.
O que vimos foi a palavra de um Chefe Militar sobre assunto de sua inteira competência e responsabilidade. Sua afirmação de que o Exército não serve a governos e sim ao Estado está respaldada no que prevê o Art 142 da Constituição Federal ao definir as Forças Armadas como instituições nacionais permanentes.
A política indigenista, todos sabem, está longe de ser consensual, inclusive dentro do governo Lula. Há décadas que se discute se nossos índios devem ser integrados à sociedade brasileira ou se devem ser segregados.A escolha oficial, hoje, é pela segregação. Tal política não pode ser considerada sequer como deste governo, uma vez que vem sendo adotada já há algum tempo.A observação do Gen Heleno foi fruto da angústia de alguém que observa no próprio local a situação aflitiva de algumas comunidades, com sérios problemas de saúde e sem atendimento a outras necessidades básicas; da angústia de alguém que vê, lá na ponta da linha onde poucos gostam de ir, brasileiros passando privações sem nenhum apoio do Estado.
É estranho o Presidente da República pedir explicações sobre o caso. Não me consta que tenha adotado o mesmo procedimento quando ministros do seu partido contestam publicamente a política econômica do governo. Aliás, uma das poucas coisas que está funcionando coerentemente nessa época em que atitudes voltadas para produzir impacto em palanque são mais importantes do que a ética e a moralidade na condução das ações políticas.
Gen Ex Gilberto Barbosa de Figueiredo
Presidente do Clube Militar
Parece que o presidente ficou extremamente irritado com as declarações de General Heleno, ser contrariado não é bem seu forte. Ainda mais que viu exposto nos jornais uma atuação em favor da demarcação contínua que o governo mantinha longe da mídia. Como todo bom esquerdista, não gostam de discutir os temas nacionais relevantes. Gostam de aprovar tudo sem holofotes usando o Congresso Nacional como força de manobra.
Já não dá mais. O assunto da soberania nacional está em todos os jornais e o Senado, onde deveria estar se travando o debate sobre a questão, mostrou-se um avestruz com a cara dentro do buraco. O líder da oposição ainda ficou preocupado com o que o fato de um militar resolver dar sua opinião sobre o assunto.
Já ficou no passado a época em que os militares davam as cartas na política e uma intervenção militar nos destinos políticos é coisa do passado. Por que não podem se manifestar publicamente? É claro que não podem incitar à desordem ou contra as leis do estado. O General não fez nada disso, muito pelo contrário, falou em defesa do texto constitucional.
A esquerda no poder é a mesma coisa em todo lugar. Admite a pluralidade de opiniões, desde que seja em torno das próprias. A coisa é tão absurda no Brasil que o governo conseguiu uma oposição que não pode fazer oposição. Por isso a esquisita aliança que o governador de Minas anda construindo é uma grande ameaça à democracia, pois consolida um governo sem oposição.
O presidente quer falar sozinho e se coloca em um lugar mítico, onde o que fala é a voz da sabedoria. É uma característica socialista querer a hegemonia sobre o pensamento, o que é uma violação à principal liberdade de um indivíduo. Não basta a maioria, querem a totalidade. Não é por acaso que o socialismo sempre levou ao totalitarismo.
Uma das coisas que o país precisa é que o presidente fique irritado com mais freqüência. É bom para a democracia.
O Globo:
O advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, rebateu ontem declarações de oficiais militares que são contra a demarcação em faixa contínua da Reserva Raposa Serra do Sol. A reação do ministro tem como alvo o general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, que, semana passada, contestou decreto do governo que homologou a reserva numa terra única de 1,7 milhão de hectares. Pela primeira vez uma autoridade do governo reage em tom mais duro às posições militares.
— Quem fala em nome do governo é a Advocacia Geral da União (AGU). As declarações de membros das Forças Armadas não correspondem à posição do governo. E o governo do presidente Lula defende a demarcação contínua — disse Toffoli.
A declaração do ministro foi feita em reunião com líderes indígenas de Roraima, que viajaram a Brasília para cobrar a retirada de arrozeiros da reserva. Toffoli rebateu dos militares de que a demarcação contínua ameaça a defesa nacional. Para o ministro, a presença dos índios é a garantia de que as fronteiras estão protegidas.
Fica bem claro qual é a posição do governo no caso, não?
É claro que os militares não falam em nome do governo, e não devem falar mesmo. Falam em nome… dos militares! Justamente aqueles que fazem da soberania nacional a razão de ser de sua profissão. Soberania esta que é antes de tudo uma assunto do Estado e da nação.
Que o governo não escute os militares em assunto de segurança nacional e soberania é um grande problema. Está colocando de lado justamente os especialistas na área.
A defesa de Toffoli, que os índios são a melhor proteção para as fronteiras é absurda, ainda mais aliada à declaração de direito dos povos indígenas. Os agricultores reivindicam apenas 1,7% das terras demarcadas. Qual o problema de atendê-los? Por que é necessária aquela imensidão de terra para os indígenas? Nem na época do descobrimento havia uma relação tão absurda de hectare por índio.
Qual a verdadeira intenção deste governo?