Uma questão filosófica

Uma das questões filosóficas mais importantes para os dias de hoje eu aprendi com o Olavo de Carvalho (sim, “ele”). Dizia ele, creio que acertadamente, que de sabemos muito menos do que imaginamos saber. Mas isso não é o pior. O problema é que destas coisas que sabemos, poucas conseguimos expressar corretamente. Não para por aí. Do que conseguimos expressar, poucas conseguimos provar.

Significa que de tudo que escutamos, mesmos das pessoas mais bem intencionadas, a maioria é pura opinião, situada em algum ponto entre o erro e o acerto. Mesmo as verdades que escutamos, poucas conseguimos realmente comprovar. Ou seja, escutamos besteira o tempo todo, com algumas pérolas escondidas.

Saber separar de tanta bobagem o que realmente pode ser verdadeiro já é uma arte em tanto. Saber deste conjunto o que realmente é verdade é quase um milagre.

As pessoas falam em ciência, mas a maioria das coisas que acreditam é por fé mesmo.

A irresponsabilidade gigante da grande mídia

O ódio é mau conselheiro, já diziam os antigos. Ninguém fez mais mal para o Brasil do que a grande mídia durante esta pandemia. Em sua sanha de transformar uma crise sanitária sem precedentes, pelo menos na modernidade, em instrumento de guerra política contra um presidente que odeiam com toda força de suas almas corrompidas, editores e jornalistas não mediram consequências de seus atos. O resultado é devastador.

Para forçar o lockdown, ou qualquer instrumento que prejudicasse economicamente o país para evitar uma melhoria no quadro de 2019, incutiram nas pessoas, diariamente, que não havia nenhuma possibilidade de tratar o covid. Parecia que contrair a doença seria um atestado de morte. Lembro que minha médica comentou que o paciente recebia melhor um diagnóstico de câncer do que de covid, um dos muitos absurdos. Ao fazer isso a mídia demonizou qualquer tentativa de tratar o paciente, algo sem precedentes na história humana. Os médicos deveriam se limitar a mandar o doente para casa e esperar para entubar se for preciso, como se fosse um procedimento simples e dominado por qualquer enfermeiro de cti, o que não é. Muitas pessoas morreram no procedimento de entubar e desentubar, o que foi, claro, colocado na conta do covid.

Em função disso muitos pacientes tiveram tratamento negado e até mesmo a possibilidade de internação. Perdi um colega que o hospital recusou a interná-lo por 3 vezes, mandando-o de volta para casa. Na quarta, quando não tinha mais jeito, aceitaram. Lembro dos áudios dele narrando sua dificuldade. Como se chama isso? Não é negligência médica? Ninguém vai responder por esta morte? Eu mesmo, quando tive covid, tive que praticamente forçar minha internação, isso com 50% do pulmão comprometido e febre diária. Enquanto estava na enfermaria, vi um médico falando com uma senhora idosa coisas absurdas. Ela e o marido estavam com covid, ele muito mal. Uma falta de sensibilidade que raramente presenciei pior, parecia que estava com raiva do paciente que não entendia que devia ficar em casa rezando para tudo passar.

Mas não foi só isso que a mídia fez. Ela soltou um leviatã. Emponderou um certo tribunal para que se transformasse no poder moderador, interferindo em todas as decisões do executivo e legislativo, inclusive das agências reguladoras, apenas porque estava empenhada no mesmo fim, destruir um governo que lhe causa asco. Ninguém pensou nas pessoas comuns que dependem da economia para viver e dos que precisariam de tratamento para enfrentar uma doença.

A mídia deturpou a ciência, ignorando todo papel cético que deve ter, e promoveu o cientificismo, a crença religiosa, e demoníaca, que existe algo chamado certeza científica e que devemos nos ajoelhar para tudo que for vendido com este carimbo. Foi assim que propagaram qualquer mentira que desse sustentabilidade para sua guerra particular contra o próprio país. Uma delas foi que a vacina era segura e acabaria com a pandemia. Quem não lembra a pressão que se formou para que a ANVISA aprovasse a coronavac, mesmo com sérias suspeitas sobre os dados apresentados (50,01% de eficiência)? O próprio governo não teve escolha senão comprar as vacinas pelo preço que fosse, como se bilhões de reais estivessem sobrando por ai. O preço desta escolha foi empurrado para os próximos anos em mais aperto fiscal. Mais grave anda, as vacinas foram colocadas em um patamar de intocáveis, o que tem reflexos seríssimos para o futuro próximo.

A mídia recusou a falar o óbvio, que qualquer política para o covid deveria centrar nos idosos e nos grupos de risco, onde a probabilidade de óbito é muito maior. Ao invés disso, deu destaque a cada jovem que morreu de covid, para criar o pânico que a sociedade inteira estava sob risco insuperável. Recusou-se a questionar qualquer laudo de covid; pelo contrário, combateu qualquer tentativa de levantar se realmente o óbito registrado correspondia à doença. A simples medida de ligar o cpf ao registro foi combatida como se fosse um absurdo por parte do governo, pois o que interessava era números e mais números. A mídia promoveu intencionalmente o clima de pânico na sociedade para justificar medidas de natureza política, alinhadas com seus propósitos.

Diante das evidências que a eficiência da vacina era limitada para a delta e inútil para a omicron, calou-se e esqueceu que tinha prometido o santo graal da vacina invencível. Não vejo uma linha na grande mídia questionando a eficiência da vacina e fazendo perguntas óbvias. É proibido perguntar. As farmaceuticas dizem que não podem garantir a segurança das próprias vacinas, que levarão anos para concluir os estudos, mas está lá a jornalista dizendo que a aprovação da anvisa significa que são seguras. É muita irresponsabilidade.

Tem mais. Ontem mesmo li num destes grandes jornais o absurdo que a imunidade natural não existe, que foi uma mentira propagada pelos negacionistas, este rótulo odioso que criou para combater qualquer uma que ouse questionar o óbvio. O que mais existe é estudo mostrando que a imunidade natural é mais eficiente que qualquer uma das vacinas desenvolvidas até aqui. Negacinionismo é evitar levantar o óbvio conflito de interesses que as grandes farmacêuticas possuem neste caso e cobrar que os governos sejam rigorosos com elas. Ao contrário, exigem que as agências regulamentadoras sejam flexíveis ao máximo e não ousem questionar o resultado prático das vacinações.

Querem mais?

Foram parte fundamental para transformar a CPI do ano passado em uma perseguição aos médicos e gestores que ousaram não seguir sua cartilha. Pessoas que estavam na linha de frente tratando de seus pacientes foram expostas como se estivessem praticando bruxarias. O resultado prático disso é que hoje qualquer médico ou enfermeiro tem medo de dizer o que está acontecendo nos hospitais a respeito dos efeitos da vacina. Sim, tenho relatos de efeitos colaterais gravíssimos que não estão sendo relatados porque levantar um caso destes é enfrentar um tribunal de inquisição como o que foi montado na cpi. Onde estava a mídia para questionar a mobilização de 10 especialistas para descartar em menos de 24 horas que um infarto em uma menina poderia ter sido provocado pela santa vacina? Estava aplaudindo. Haja sujeira sendo varrida para debaixo do tapete.

Só que tudo isso não é o pior, por incrível que pareça. As consequências maiores estão ainda por vir. Uma geração de crianças apavoradas pelo clima de desgraça eminente criado pela irresponsabilidade desta mídia corrompida, seja por dinheiro ou por ódio. Perguntem aos psicólogos, que já estão percebendo isso. Como restaurar uma auto-confiança em crianças e jovens apavorados pela possibilidade de morrer subitamente? O pânico que foram expostas durante dois anos vai deixar feridas profundas.

Outra é a ratificação da transformação perversa da ciência em cientificismo. Qualquer governo poderá justificar como ciência qualquer absurdo que quiser promover e usar meios ilimitados par obrigar seu cumprimento. Não tenho dúvidas que um dia a própria mídia deverá ser a vítima e não sou uma pessoa tão boa que não vá se alegrar com sua desgraça. Vou celebrar cada jornalista ou editor preso ou que tiver sua vida desgraçada. Fizeram por merecer.

Tem mais. E o monstro que ajudaram a tirar da caixa? Como colocar os sinistros de certo tribunal de volta a suas obrigações constitucionais? Acham que vão abrir mão do poder absoluto que deram a eles? Eles receberam uma carta branca para decidirem o que quiserem. Sem o empoderamento midiático jamais teriam solto um ladrão condenado e colocado-o em chance de disputar a presidência e trazer de volta toda aquela gangue que quase destruiu o Brasil. Mais uma das irresponsabilidades da mídia brasileira.

Poderia ficar aqui o dia todo desabafando tudo isso, mas acho que já deu. Tem muita gente e instituições que se comportaram de maneira deplorável nesta pandemia, mas, de todas, considero a grande mídia a mais danosa, uma verdadeira mídia da morte. Tem sangue nas mãos; espero que um dia se faça justiça e respondam por cada pessoa que morreu sem tratamento, por cada reputação destruída, por cada negócio quebrado, por cada pessoa que perdeu seu emprego, por cada humilhação que as pessoas comuns passaram.

A grande mídia é nojenta e formada por muitas pessoas moralmente baixas. Que os ímpios um dia enfrentem a justiça, humana ou divina, e tenham consciência de todo mal que fizeram. E que Deus tenha misericórdia de suas almas pervertidas. Vão precisar.

Breves Reflexões

1

Estou lendo o livro do Éxodo, em meu projeto de ler a Bíblia em um ano. A grande divisão no povo de Israel ao sair do Egito era se deveriam aceitar a liberdade de construir o próprio destino ou permanecer no conforto relativo garantido pelo Egito. Ainda hoje é a grande divisão da ocidentalidade.

2

Uma professora me disse um dia que não existe essa coisa de Ocidente. Neste ponto ela estava profundamente errada.

3

Ainda sobre o Êxodo, que livro é a Vida de Moisés, de São Gregório de Nisa. Ele faz toda uma interpretação espiritual sobre os episódios narrados na Bíblia. Só por esta chave podemos realmente entender o sentido do que passou. Por exemplo, o Egito(e o Faraó) representa a vida em pecado. Quando o mar vermelho se fecha sobre os soldados do Faraó (vicios), é a força do batismo que mata o pecado no homem.

4

Gosto muito da música do Neil Young, mas sua atitude privou seu próprio público de ter acesso à sua obra na plataforma de streaming mais popular hoje. Espero que o Spotify continue firme em ser o que pretende ser, uma plataforma.

5

O episódio do Neil Young me despertou para outra questão: até que ponto podemos confiar que uma obra estará disponível quando precisarmos dela se existir apenas no mundo virtual? Qual a garantia que não seremos banidos ou impedidos de acessar uma grande biblioteca digital de filmes, música, livros, etc. Fiquei olhando para meu cd do Harvest, uma obra prima do Young e pensando sobre isso.

6

Aliás, fui querer escutar um disco do John Entwistle no spotify e ele não estava lá. Ainda bem que tenho o cd. Mas se não tivesse? E se tivesse vendido ou doado toda minha coleção? Ah, sempre se consegue de algum meio, dizem. Estamos dando por garantido o que não temos controle.

7

Li por aí que a amazon está aumentando seus preços. Nos empolgamos muito quanto temos uma opção muito mais barata (e prática) e não pensamos muito sobre lojas fechando. É o capitalismo funcionando, dizem. A tal destruição criativa. Só que quando o monopólio se estabelece, a dinâmica do preço é outro. Não tem problema, dizem os capitalistas. Com o aumento do preço, se torna lucrativo abrir novas lojas. O diabo, dizem também, está nos detalhes. Esse abrir uma loja em uma ambiente de monopólio não é o estalar de dedos que os sonhadores imaginam. Há uma espécie de crença mágica no empreendedorismo, que existe mais trabalho e esforço que se imagina.

8

Falo mal do capitalismo? Falo. E o comunismo? Bem, aí temos o ápice do capitalismo, onde tudo se concentra no mínimo de donos possíveis, que não precisa ser o estado. Eles não são polos apostos. O comunismo é a perfeição do capitalismo e o próprio Marx sabia disso. Só que não se importava pois seria a realização do materialismo científico. O polo oposto do comunismo não é o capitalismo. É a Igreja. Não a instituição, com suas falhas e imperfeições, mas a Igreja do Cristo.

Mais que saber escutar, refletir

É um truísmo universal que devemos saber escutar, o que muitas pessoas confundem com deixar o outro falar, fazer a famosa cara de paisagem, e vida que segue. Será que é só isso?

Eu penso que saber escutar também implica na caridade de realmente considerar o que o outro está falando. Ou seja, pensar a respeito, refletir. O que está sendo dito faz sentido? Está correto? Se estiver, o que isso implica? Vou fazer alguma ação ou mudar alguma atitude?

Sócrates já dizia que uma vida não refletida não vale a pena ser vivida.

Acho que é por aí. Vai escutar alguém? Escute de verdade. Pode estar ajudando muito mais que imagina.

Lutando contra a balança

Finalmente, com muito atraso, resolvi enfrentar o problema do peso. Faz uma semana hoje que passei a fechar a boca e dar mais atenção aos exercícios físicos. Demorou.

Na verdade, estou tentando trabalhar uma mudança de hábitos alimentares, para fazer um ganha-ganha. Comer mais saudável e limitar os excessos, que vão acontecer, não adianta me enganar, mas que não podem ter a constância que vinham tendo e precisam ser mais limitados.

O interessante é que a disciplina que tenho me imposto nesta questão está afetando outras áreas também. Tenho regulado melhor meu sono, evitando ficar acordado até tarde e, em consequência, acordando mais cedo. Tenho melhorado minha disposição para outras atividades e tenho me sentido melhor, mais bem humorado e menos estressado.

Pode ser uma racionalização, mas não importa. O que é preciso ser feito, deve ser feito.

Saindo para a corridinha…

Spotify e Neil Young

Não vou entrar no mérito da questão do Neil Young com o spotify, mas o caso me despertou para outro problema. Eu tenho minha conta na plataforma e escuto grande parte das músicas por lá. Além disso, gosto bastante da música do Mr Young. E agora?

Felizmente tenho alguns cds do cara na minha coleção. E se não tivesse? Teria que ficar pingando de streaming em streaming atrás de seus discos?

Aliás, estava montando uma mixtape no spotify ontem e descobri que um disco do Grand Funk que queria pegar uma determinada música não está mais na plataforma. Eu tinha na minha biblioteca no itunes, muitos anos atrás, mas desde que surgiu o spotify fui deixando de lado e ela se perdeu. O disco que eu queria estava lá. Agora, não tenho mais.

De repente começo a pensar se ter o disco ou filme em uma mídia física não seria a única chance de termos a garantia que ele sempre estará lá à nossa disposição.

Comecei a olhar para meus cds, dvds e discos de vinyl com outros olhos.

Home office

De todos os argumentos a favor do home office, o que mais me convence é o do deslocamento diário para trabalhar. A idéia de passar 2, 3 horas todo dia no trânsito sempre me pareceu absurda e uma perda de tempo inestimável para qualquer um.

Agora, temos que ter cuidado para não nos iludirmos. O home office vem com muito mais controle sobre nossa produtividade. É um contrato com letras miúdas que temos que estar bem conscientes antes de assinar.

Liberdade e controle nem sempre se relacionam muito bem.

Lendo a Bíblia: uma (big) dica

Muita gente tem enorme dificuldade de ler a Bíblia porque comete alguns erros básicos, como tentar lever do início ao fim sem ter idéia de como aquelas partes se conectam. É preciso entender em primeiro lugar que a Bíblia é um conjunto de livros, ou seja, uma pequena biblioteca. E o que temos numa biblioteca? Livros de diferentes gêneros, como na Bíblia.

Ou seja, vamos encontrar livros de história, poesia, sabedoria, aventuras, cantos, lamentações, leis e por aí vai. Uma consequência é que você fica um tanto perdido sem entender como uma coisa se liga na outra.

Pois eu tenho uma boa dica para você, mas advirto que aproveitará muito melhor quem sabe inglês. Você pode ler a Bíblia em português, mas sabendo inglês vai entender bem melhor o que está lendo e, sobretudo, vai ter um sentido para a história toda.

É isso que Jeff Cavins e Tim Gray fizeram no livro Walking With God, que precisa ser traduzido com urgência para o português. Neste livro, eles explicam didaticamente como a Bíblia tem uma grande história que pode ser dividido em 12 partes principais. A história, claro, é a da salvação, mas ela passa pela queda do homem e sua redenção, pela aliança que Deus faz com um homem (Adão), um casal (Adão e Eva), uma família (Noé), uma tribo (Abraão), uma nação (Moisés) e, por fim, com a humanidade (através do Cristo).

Esta timeline do livro mostra um pouco disso. Detalhe que ela indica os livros principais da narrativa e a relação com os livros secundários. Por isso o livro de Jó, por exemplo, deve ser lido junto com o Gênesis, o que implica que não se lê a Bíblia do Início ao fim. Este projeto que eles criaram de ler a Bíblia chama-se The Great Adventure Bible. Eles nos convidam a ler a Bíblia como uma grande aventura.

Só que tem mais, o Padre Mike Schmitz tem um projeto de ler a Bíblia inteira em um ano, baseado na divisão proposta por Cavins e Gray. Para isso ele criou um podcast (tem no spotify e apple) em que ele faz a leitura dos capítulos do dia e um breve comentário sobre a interpretação. O próprio Jeff Cavins faz um participação especial no podcast sempre que vai mudar de um período histórico para o outro. Os podcast são de 15 a 20 minutos. Ou seja, é tudo que precisa para ler a Bíblia inteira em um ano. É o podcast mais acessado nos Estados Unidos hoje.

E se eu não souber inglês?

Bem, pode se cadastrar no site do projeto e receber a lista de leitura (não precisa começar no 1 de Janeiro pois ela é numerada do dia 1 ao 365). E ler por contra própria a partir desta lista, embora não tenha a ajuda do livro base de Cavins e Gray e dos comentários do Padre Mike, mas é melhor que nada, não é mesmo?

Ah, para terminar, como eu faço? Eu me cadastrei e recebi a lista. Tenho o livro do Cavins, inclusive físico. Leio sobre o período que vai começar e todo dia quando acordo faço as leituras indicadas, na Bíblia em português mesmo. Hoje marquei o tempo, levou 10 minutos. Depois escuto no podcast só os 5 minutos finais, quando o Padre Mike faz seus comentários. Total do processo: 15 minutos.

O resultado é que não só estou relendo a Bíblia inteira em um ano, como estou entendendo muito melhor o que estou lendo. E usando 15 minutos do meu dia para isso! Vale a pena para você?

Esta é a grande dica de domingo. Espero que aproveitem!

Free Canada

Como disseram no twitter, a pandemia começou com os governos lutando contra a pandemia para proteger as pessoas. Transformou-se nos governos lutando contra as pessoas para defender a pandemia.

Sim, eu sei que muita gente está do lado dos governos e pressionando para ainda mais radicalismo. Há até um exemplo evidente de síndrome de Estocolmo (o caso Djokovic).

Só que vejo um crescimento daqueles que já enxergam os abusos dos governos ocidentais que viram na pandemia um cheque em branco para exercer o poder absoluto. O movimento dos caminhoneiros no Canadá acabou sendo muito maior que eles proprios imaginaram. Aos poucos vejo a ficha começando a cair.

Sim, temos que enfrentar a pandemia, inclusive com as vacinas, mas tem que ser uma briga em todas as frentes. Tem que ter prevenção, mas tem que ter tratamento também. Aceitamos muito rápido que nada se podia fazer após a infecção e se deixou pessoas morrerem por pura e simples negligência médica. No início, quanto pouco se sabia do vírus, era até justificado, mas dois anos depois temos dados de sobra para se concluir muitas coisas. As vacinas funcionam razoavelmente para a cepa original e primeiras mutações; são inúteis contra a omicron. As vacinas não são uma bala de prata. Elas não impedem contaminação e, principalmente, transmissão. Já a imunidade natural existe, embora não tanto contra a omicron. Também existem evidências robustas que há medicamentos que podem ser aplicados no tratamento, inclusive algumas drogas que foram politizadas ideologicamente e economicamente. Afinal, se tem tratamento, por que apostar tudo na vacina?

Poderia continuar com um monte de fatos e dúvidas razoáveis sobre um monte de ações que foram tomadas, inclusive máscaras e lockdowns. Passaporte vacinal é outra questão que não faz o menor sentido pela baixa eficiência das próprias vacinas, especialmente contra a variante mais transmissível de todas. Não sou contra vacinas e acho que muita gente deveria realmente se vacinar, mas não acho que compense o risco para todos.

Enfim, não pode ser os governantes aconselhados por burocratas saninátarios que mais parecem saídos da SS a tomar todas as decisões como se fossem imperadores.

Que comece um movimento contra os desmandos que estão sendo feitos no ocidente inteiro (digo ocidente porque não sei como o oriente está se comportando). O bom senso e o diálogo tem que voltar para a mesa de discussão. O “eu mando” tem que acabar.