Dois flagelos do Brasil

Estou começando a me convencer que existem dois flagelos que temos que enfrentar em nossa sociedade, com efeitos devastadores no médio e longo prazo. Ambos tem a mesma origem, a ignorância, mas atinge igualmente ricos e pobres. Não pense que porque você tem um diploma de PHD está livre deles; estão por toda parte.

O primeiro é a falta de educação financeira. Uma calamidade. Um povo vive endividado porque não entende as opções que estão escolhendo. Novamente, não se trata de pobres. Há gente com salário na casa de algumas dezenas de milhares que vive para pagar juros de dívidas. A consequência é que fazemos as piores escolhas, não estimulados a economia como deveríamos e muito menos criamos reservas para o futuro.

O segundo flagelo é a falta de consciência alimentar. Aqui estamos juntos com os países mais desenvolvidos do mundo. Em geral fazemos péssimas escolhas porque não temos conhecimento. Acho incrível que os próprios médicos compartilham este problema, até porque não aprendem sobre a nutrição nas faculdades de medicina. É como se o que você come seja uma questão secundária na promoção da saúde. Acredito que seja absolutamente central. Nada pode ter efeito mais benéfico para sua vida que ter bons hábitos alimentares.

O que me chama atenção é que não vejo nenhuma campanha séria de conscientização para estes dois males, o que sugere que há muito interesse envolvido em manter esta situação, inclusive pelos atores políticos. São males que se revelam principalmente no longo prazo.

O lado positivo é que tem muito conteúdo bom, de graça, pela internet, basta procurar. Minha idéia é promover este conhecimento aos poucos, procurando ajudar o máximo de pessoas. Temos que adotar bons hábitos financeiros e alimentares, urgentemente. O melhor dia para começar é hoje.

2023: um ano de mudanças

No ano que passou mudei de emprego e de cidade. Foram muitas novidades e toda uma adaptação para mim e família.

Estou morando agora em São Paulo, uma cidade apaixonante, bem diferente do que eu imaginava. É caótica? Claro que sim, com este tamanho não tem como ser. Mas é vibrante, com uma mentalidade que admiro cada vez mais. Tem muitos problemas, especialmente na parte da violência urbana, mas tem muitas atrações também.

Estou muito feliz por aqui e, principalmente, muito otimista. Pena que não tenha o mesmo otimismo em relação ao nosso país…

Adeus, Tina

Ontem participei de uma solenidade que tinha como tema a promoção do direito dos negros. Certamente o Brasil está repleto de exemplos, famosos ou não, de pessoas de valor, que contribuíram nas mais diversas áreas. Afinal, cor da pele não define competência, talento, ética. Poderia citar aqui diversos exemplos como André Rebouças, Machado de Assis, Pelé, o padre maestro José Maria Nunes Garcia(pesquisem!) e tantos outros, mas confesso que no meio dos vários discursos e homenagem me vi pensando mesmo na Tina.

Nossa vida é feito de momentos bons e ruins, de dificuldades, de alegrias e sofrimentos. Quando penso em Tina Turner, é um pouco nisso que me vêm à mente. De um lado temos a grande artista, versátil, que transitou no soul, pop e rock; que me emociona com seus timbres e paixão que transmite nas músicas que cantou em sua brilhante carreira. Do outro, no entanto, temos uma mulher que sofreu violência doméstica e teve que superar muita coisa para chegar ao topo.

Ano passado, ao encerrar sua carreira, declarou que não foi feliz. Esta fala me entristeceu. Uma mulher vitoriosa que teve tudo, mas não alcançou a felicidade que almejava. Como pode? Somos humanos; demasiadamente humanos. Ricos ou pobres, famosos ou não, negros ou brancos, no fundo somos simplesmente pessoas sujeitos ao amor, desprezo, amizade, ódio, carinho, raiva. Vivemos em sociedade, já dizia o velho Aristóteles. E esta sociedade também espelha o que temos de bom e de ruim.

Tina foi uma das grandes artistas do século XX. É um nome universal, que atravessa fronteiras. Por isso cada povo do mundo tem todo o direito de prestar-lhe homenagens. Ela existe em cada mulher que enfrenta violência, incompreensão, que luta, vence, mas ainda assim resta um sentimento que alguma coisa faltou. Amo sua música e a admiro como pessoa. Que Deus a receba em paz. Vou sempre escutá-la; Deixou um legado para todos nós.

Simplesmente, Tina.

Hábitos de pessoas inteligentes

Há uma discussão se inteligência é algo nato ou que desenvolvemos ao longo da vida. Não sou especialista, mas como muitas coisas discussões deste gênero, acredito que as duas coisas sejam verdadeiras. Há uma parte de disposição natural e outra de esforço próprio.

De qualquer forma, assisti um vídeo hoje enquanto pedalava na academia sobre 15 hábitos para nos tornar mais inteligente. Não lembro todos, mas até como exercício de memória, listo, sem ordem, os que consigo lembrar:

– faça perguntas

– tire um tempo para pensar

– durma sempre que tiver necessidade

– pratique exercícios regularmente

– tire tempo para descansar no trabalho

– tenha um sistema de organização

– leia diversos gêneros

– procure entender o outro

– tenha hábitos alimentares saudáveis

– ande com pessoas mais inteligentes que você

Faltarem 5, né? Mas aí é uma seleção natural. Se lembrei destas, é porque tiveram mais significado para mim.

E você, tem alguma dica para ser mais inteligente?

5 indicações da presença do Espírito Santo em nossas vidas.

Uma das minhas maiores dificuldades na teologia católica é entender o Espírito Santo. Por isso, presto muita atenção em tudo que vejo sobre a terceira pessoa da trindade.

Nesta homilia, o Bispo Barron falta de 5 indicações da presença do Espírito Santo em uma pessoa.

São elas:

1. Falar do Cristo em nossa vida

2. Manifestação por sinais

3. Viver com alegria (joy)

4. Curiosidade intelectual sobre a nossa fé

5. Amar (entendido como querer o bem do próximo)

De todas, a quinta manifestação é a mais importante. Esse será nosso grande teste em nosso julgamento. O quanto realmente amamos?

Nota: a palavra joy não tem uma tradução muito boa para português. Talvez júbilo seja uma melhor aproximação, mas trata-se de uma palavra pouco utilizada na linguagem comum, ao contrário de joy, amplamente utilizada no inglês.

5 Dicas da semana: liturgia, um chefe de gabinete, uma espécie de soul-punk-new ave, ambidestria e a necessidade de manter a calma!

5 dicas de sexta (uma lista livre de coisas legais que andei acompanhando ou fazendo)

1

Um livro que reli: Introdução ao Espírito da Liturgia

Bento XVI foi um dos apoiadores da reforma litúrgica do Vaticano II, inspirada pelo livro Espírito de Liturgia, de Romano Gurdini, que clamava por uma missa mais participativa, que gerasse uma maior comunhão. Décadas depois, o que Bento XVI mostra neste livro é que houve muita má interpretação das orientações do Vaticano II e se confundiu participação com manifestações externas, quase como um show feito pelo padre. O Papa mostra que a verdadeira participação se dá pela oração e por vezes até pelo silêncio. Seu livro é um oásis de reflexões para quem acha que por vezes os padres estão mais preocupados em dar um espetáculo do que promover a grande oração do senhor.

2

Uma série que estou revendo: Spin City

Essa foi para quem viveu os primeiros anos da tv a cabo no Brasil, na segunda metade dos anos 90. Uma das séries que passava na extinta TVA era Spin City, sobre os bastidores da prefeitura de Nova York, tendo Michael J Fox como o deputy Mayor, algo equivalente ao nosso chefe de gabinete, que não tinha problema nenhum com auto-confiança. Todos os personagens eram engraçados, a começar pelo porta voz Paul, o insensível Stuart, Carter e, especialmente, o prefeito. Pena que na quarta temporada Michael teve que se afastar por causa da luta contra o mal de Parkinson.

3

Uma banda que descobri: Mink DeVille

O algoritmo do spotify é realmente impressionante. Apresentou-me esta banda que fazia parte do universo new age de Nova York dos anos 70. Com uma pegada mais soul, muitas vezes com elementos de Nova Orleans, Willy DeVille fazia um som melódico e cativante.

4

Um conceito que estou estudando: empresas ambidestras

Sabe aquela coisa de ter que lidar com as crises do presente e ao mesmo tempo planejar para o futuro? Pois é exatamente este o conceito de ambidestria nas empresas, olhar futuro e presente ao mesmo tempo, ser uma empresa que reage aos desafios atuais mas ao mesmo tempo inova para enfrentar o futuro desconhecido. Bem interessante.

5

Um pensamento ou frase que estou meditando:

Calma e elegância!

Ao longo dos anos que passei no Instituto Militar de Engenharia, conheci vários professores, mas um dos que marcou minha geração foi o General Real, professor de Técnica de Construção. Ele sempre dizia este bordão: calma e elegância! Foi meu lema em muitos momentos da minha vida e acho o que preciso resgatá-lo diante de um país cada vez mais caótico e incerto.

5 Dicas da Semana

(uma lista livre de coisas legais que andei acompanhando ou fazendo)

1

Um audio livro: Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes

Um dos clássicos da produtividade. Covey apresenta 7 hábitos que estariam na raiz da produtividade das pessoas, sendo 3 individuais, 3 sociais e 1 que aprimora todos os demais. A grande armadilha é querer adotar tudo de uma vez e se transformar em uma espécie de super executivo; é um livro para pensar e ajustar nossas atitudes aos poucos pois, no fundo, são princípios de bom senso e não alguma receita revolucionária.

2

Uma cidade que estou conhecendo: São Paulo

Já tinha visitado São Paulo inúmeras vezes, mas agora é diferente. Minha vida deu uma reviravolta e estou vindo morar uma temporada aqui, com a família. Brasília é uma cidade bem confortável, mas para mim falta história e beleza (acho a obra do ON horrenda), aspectos que considero fundamentais. São Paulo pode não ser uma cidade linda pois cresceu de forma muito caótica, mas tem história e belezas para apreciar. Enfim, terei tempo suficiente para andar pela cidade e contemplar todos estes aspectos.

3

Uma série que comecei a rever: Seinfield

Impressionante como não vi isto na época. Uma série sobre o nada. Pensava que seria não ter assunto, o que não fazia muito sentido pois era claro que tinha sim seus temas. O nada não era o assunto, eram as pessoas. Seinfield é uma série sobre o niilismo. Quatro pessoas incapazes de ter verdadeira empatia pelos outros, de evoluir, de aprender com a vida. Só pensam em si mesmos e passam pela vida com ironia e um certo desprezo. O final da série, muito questionado na época, faz mais sentido agora. Diria até que foi perfeito. Aquele julgamento poderia ser bem o julgamento de suas vidas após a morte. De certa forma, foi isso que realmente aconteceu.

4

Um disco que estou escutando: Every Else is Doing It, So Why Can’t We? (The Cranberries, 1993)

Disco de estréia da banda. Andava com saudades da voz da Dolores O’Riordan. O Cranberries começou com pé direito com este excelente disco, que já mostrava a sonoridade da banda, um misto de uma energia nervosa com uma certa delicadeza que a cantora trazia.

5

Um pensamento ou frase que estou meditando:

Acaso poderá aliar-se a vós um tribunal iníquo, que pratica vexames sob a aparência de lei?

Salmo 94

Este salmo trata de um problema que era comum no tempo de Israel: os juízes e tribunais que praticavam a injustiça ao mesmo tempo que alegavam defender a lei.

Ainda bem que estas coisas são passado.

5 Notas de Sexta

(uma lista livre de coisas legais que andei acompanhando ou fazendo)

1

Um filme que nunca canso de assistir: A Felicidade Não se Compra (It´s a Wonderful Life, 1946)

É meu filme favorito. Não só tem uma mensagem poderosa, que não paramos para pensar no alance que nossa vida tem em nossa família, comunidade e na própria sociedade, mas também uma narrativa perfeita. Sempre me espanto com a cegueira de George Bailey com a dádiva que possui em sua própria vida, mas que é incapaz de enxergar por estar obcecado por um plano que formulou para o futuro. George luta contra o seu destino, ou a providência, que aponta para uma vocação maior, de servir ao bem comum, de fazer a diferença na vida das pessoas. O filme é uma jornada em que ele tem que dominar o próprio ego e entender este futuro que lhe chega pela graça.

2

Um canal de youtube que comecei a assistir: Tiago Forte

Tiago Forte desenvolveu uma metodologia para ter um “segundo cérebro”, ou seja, uma forma de anotações que nos poupe da sobrecarga em nosso sistema principal, um dos temas que tem me interessado neste início de ano. O primeiro vídeo que assisti foi esta entrevista com Alex & Books em que o entrevistado apresenta uma forma de realizar anotações no próprio livro que está lendo (o que tenhoe experimentado na minha leitura de Os Padres da Igreja, do Bento XVI). Bem interessante.

3

Um livro que recomecei a ler: Introdução ao Espírito da Liturgia (Bento XVI)

Na juventude, Bento XVI ficou muito impressionado por um livro chamado O Espírito da Liturgia, em que Romano Guardini pedia por uma renovação da liturgia romana, a famosa missa em latim, que considerava muito desconectada da realidade de sua época. A tese de Guardini prevalesceu no Vaticano II, com apoio de Ratzinger, um dos teólogos consultores do concílio. Pode-se dizer que naquele momento ele estava ao lado dos reformistas. O que mundou para que décadas depois ele tivesse uma posição mais conservadora, de resgate do rito romano? O problema foi que foram muito além do que o Vaticano II tinha estabelecido, em alguns casos desvirtuando a própria liturgia. É neste livro, propositalmente com o mesmo nome de Guardini, que Ratzinger coloca sua opinião sobre um tema que tem dividido a Igreja nos tempos de hoje.

4

Um músico que estou conhecendo: Bill Evans

Não lembro de onde veio a dica, mas o fato é que cheguei neste que é um dos grandes nomes do jazz clássico, mas que nunca tinha ouvido falar. Pianista, com um estilo delicado e de muita sensibilidade. Cai muito bem em momentos de reflexão ou de concentração. Para pensar na vida e filosofar bastante.

This Is Bill Evans

5

Um pensamento ou frase que estou meditando:

Em matéria de beneficiência a fórmula do dever recíproco é a seguinte: um deve logo esquecer o que deu; o outro, nunca esquecer o recebido.

Sêneca

O que vemos hoje? Sinalização de virtude por todos os lados. Queremos mostrar que somos bons e não sermos bons, como bem demonstrou esta pandemia.

Pacificação e vingança

Não existe proposta real de pacificação com base na vingança e parece que é isso que estamos vendo no caso do “capitólio brasileiro”. Sem nem entrar no mérito da invasão em si, o que estamos vendo é um plano coordenado de vingança, sendo a justiça apenas um adereço para dar mais “conformidade” aos atos.

O que mais me entristece é ver pessoas que realmente tenho muito carinho babando de alegria com cada nova notícia sobre o que está acontecendo com os manifestantes. Além de tudo, uma hipocrisia, porque defenderam no passado atos semelhantes em outros contextos.

Por exemplo, no caso das obras do Di Cavalcanti, a mesma pessoa que acha uma absurdo, ficou em silêncio, ou mesmo tentou justificar, a destruição de obras de arte por ambientalistas radicais. Se a causa é importante, vale tudo.

A ideologia é uma perversão da natureza humana porque cega a pessoa para a realidade e a faz seguir qualquer absurdo, desde que atenda aos objetivos de sua causa. Vai muito mais do que os fins justificam o meio, às vezes é só uma desculpa para dar vazão a própria maldade que tem no coração.

Precisamos rezar sempre para não deixar este tipo de mal crescer em nossos corações. Nada impulsionado pelo ódio pode acabar bem. Esse é para mim o grande problema dos movimentos de esquerda, estão sempre movidos pelo ódio e desejo de vingança contra algum mal que acham que foi cometido contra eles. Que uma multidão de pessoas boas se deixe seduzir pelas ideologias políticas é a grande tragédia que herdamos do século XX e que, pelo visto, só se aprofunda.

5 Dicas de Sexta: Grace Potter, uma conversa com o diabo, catecismo, um santo? e Chesterton

5 dicas de sexta (uma lista livre de coisas legais que andei acompanhando ou fazendo)

1

Um disco que ando ouvindo: Daylight (Grace Potter, 2019)

Para não dizer que só escuto coisa antiga, um dos artistas atuais que curto é a Grace Potter. Cantora, guitarrista e compositora, Potter tem uma voz poderosa e músicas com muita energia, uma fusão da boa música americana de raiz, passando pelo country, rock e blues. Daylight foi seu último disco lançado, agora sem sua banda original de apoio, o The Noturnals.

2

Um audiolivro que terminei: Mais Esperto que o Diabo (Napoleon Hill, 1937)

Utilizando o recurso literário de simular uma entrevista do autor com o próprio diabo, Hill apresenta o resultado de anos de entrevistas com pessoas que tiveram sucessos e fracassos ao longo da vida. Ele identifica as principais armas que nos impedem de ter sucesso, o que ele chama de alienação e o ritmo hipnótico. Alienação é deixar de pensar por si mesmo e seguir o fluxo, caindo na armadilha do ritmo hipnótico, em que nos tornamos coadjuvantes de nossa própria história. O segredo é ser um não-alienado, ou seja, ter um pensamento independente e um propósito definido em nossa caminhada. Um livro que continua atual porque o homem continua o mesmo.

3

Um projeto que comecei: Catecismo em um ano

Nem todo católico sabe, mas além da Bíblia, há um outro livro que temos que ler constantemente. Trata-se do catecismo da Igreja Católica, que ao contrário do que muita gente pensa, não é apenas para os bispos, mas para todos os membros da Igreja. Catecismo ficou na cultura como se fosse um único evento, na infância, para podermos tomar a comunhão. Mas como explica no início do livro, catecismo é todo o esforço da Igreja para arrebanhar novos discípulos, ou seja, é o ensinamento do que é ser católico. O padre Mike (podcast mais escutado nos Estados Unidos), nos fez caminhar o ano de 2022 inteiro lendo a Bíblia em um ano. Agora lançou um novo podcast, o catecismo em um ano. Estou acompanhando com meu catecismo ao lado.

The Catechism in a Year (with Fr. Mike Schmitz)

4

Um autor que estou revisitando: Joseph Ratzinger

Considerando a importância que Bento XVI tem na minha vida, resolvi colocá-lo como meu foco literário para 2023. Comecei pela leitura de um pequeno livro que estava na minha lista há algum tempo, Os Padres da Igreja. Daqui ao final do ano, terei sempre um livro dele aberto, seja para ler ou reler. As lições que ele nos traz são inesgotáveis. Infelizmente sua imagem foi torcida e praticamente invertida por uma mídia que odeia a Igreja e pressentiu o que poderia acontecer se este homem fosse compreendido. O que seus textos revelam é, sobretudo, uma alma sensível, conectada com Deus e preocupada, sobretudo, como diálogo que a Igreja deve ter no mundo moderno. Praticamente o oposto do que boa parte das pessoas percebeu dele. Tenho esperança que um dia se tenha a reverência devida a este grande homem, talvez até um santo.

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5

Um pensamento ou frase que estou meditando:

O progresso tem sido apenas a persiguição do homem comum.

G. K Chesterton

No fim de tudo, parece que é isso, não? Todas estas correntes da modernidade acabam desaguando para o mesmo ponto, o ódio ao que Chesterton chamava de homem comum. Nos tempos de hoje recebem várias denominações: classe média, homem de bem, patriota, e por aí vai.

E por que este ódio todo? Por que é preciso acabar com o homem comum, através da sua submissão completa aos delírios ideológicos? Talvez porque este homem nos lembre que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, o que é um chamado à responsabilidade. O homem moderno é, acima de tudo, alguém que tem o delírio de ser completamente livre ao fugir de toda responsabilidade. É o maior prisioneiro de todos.