IPEA, IBGE e o porco Chalaça

Chalaça é um dos personagens da monumental obra de Orwell, A Revolução dos Bichos. Tratava-se do “ministro” de propaganda do regime que se construía após a revolução do título. Em  dado momento alguns animais notaram que estavam trabalhando mais do que no tempo do domínio do homem. Nesta hora apareceu Chalaça com gráficos para mostrar estatisticamente que trabalhavam em média x % menos do que antes. Os animais então ficavam satisfeitos. Posteriormente notaram que comiam menos, novamente Chalaça mostrou que comiam x % a mais do que antes.

Orwell retratou o papel do ministro da propaganda soviético que mostrava estatísticas maravilhosas sobre o regime de Stálin. A mensagem do escritor inglês deveria ter virado um ensinamento para o mundo: a confiança da estatística produzida por um regime totalitário é zero.

O Brasil é uma país totalitário? Ainda não, há cada vez  menos espaço para isso no mundo. No entanto, como um vírus, o totalitarismo mudou, assumiu ares moderno e se aliou a capitalistas inescrupulosos para criar um novo tipo de totalitarismo muito mais perigoso do que o anterior. Este totalitarismo baseia-se no controle da população pelos instrumentos democráticos ao mesmo tempo em que grandes monopolistas são beneficiados por uma aliança com os plutocratas do estado. É o caminho que o Brasil está trilhando com sua equação de bolsa-família, juros altos para os grandes banqueiros e benefícios para uma parte do empresariado.

A estatística é importante neste processo. Para que um socialismo, mesmo disfarçado, prospere é necessário mentir, e muito. Por isso o IBGE foi patrulhado desde o início do governo Lula e o IPEA foi “arejado”. Não há mais como confiar nas estatísticas produzidas pelo governo. Isso vale para a lei seca, isso vale para a economia.

O IPEA, baseado em dados do IBGE chegou a brilhante conclusão de que a classe média cresceu no governo Lula; cresceu tanto que tornou-se maioria no país. É uma piada grotesca. Basta circular pelas ruas do país para perceber que este estudo não tem lastro na realidade. O tal Pochman (de onde os petralhas tiram estes nomes?) é um dos Chalaças do governo petista.

O pior é que a imprensa, que deveria estar colocando todas estas coisas em discussão, endossa de cabeça estes estudos. E os esquerdolóides ainda bradam que a mídia brasileira é de direita. De direita onde? A mesma imprensa que foi duríssima com Fernando Collor foi extremamente condescendente com Luís Inácio. Basta olhar o noticiário do Collorgate, as provas que fora exigidas pela imprensa para chamar o que aconteceu em 2005 pelo nome foram dispensadas em 1992. Collor foi condenado a priori, Lula é considerado inocente até sentença transitado em julgado, que bem sabemos que nunca haverá. Estou defendendo Collor? Não, estou defendendo exatamente o contrário, que Luís Inácio tivesse o mesmo tratamento que o ex-presidente. Se o primeiro foi defenestrado, o segundo deveria ter tido o mesmo caminho.

Assim temos um país que se diz democrático mas cheio de Chalaças e imitadores do Pravda. A pergunta que fica: isso é democracia?

E a pressão continua

Hoje de manhã, pela segunda vez em uma semana, foi montada uma blitz policial ás 7:30 da manhã. Cada vez mais os inocentes pagam pelos pecadores e pior, os inocentes acham isso normal.

A polícia é incapaz de dar segurança, temos que andar atentos o tempo todo. O sistema judicial é incapaz de colocar na cadeia um motorista que mata no trânsito. Mas é extremamente exigente com o cidadão comum, a esse nem os direitos constitucionais são garantidos.

Vejam o vídeo do youtube que Reinaldo Azevedo chamou atenção em seu blog. Aquela cena da polícia federal é uma vergonha para toda a instituição. É o retrato de uma polícia que está cada vez mais politizada e a serviço do partido que chegou ao poder e está destruindo as liberdades individuais e o estado democrático e de direito.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=XpYsvQnfAFY&hl=en&fs=1]

O Brasil está assistindo a este horror impassível, como se não fosse com ele. É. Pagaremos por muito tempo por isso, não tenho dúvidas.

A imprensa que deveria chamar atenção para estes descalabros está corrompida ideologicamente. É capaz de aplaudir as violações constitucionais e forjar estatísticas para justificar absurdos, como o da “lei seca”.

É frustrante viver assim, cada vez mais oprimido pelo poder do estado moderno a serviço do mal. Lembro da frase de Paul Johnson em Tempos Modernos, dizia mais ou menos assim: a capacidade que um indivíduo tem para fazer o mal, mesmo quando cruel, é insignificante frente ao poder do estado moderno em fazer o mal, mesmo quando baseado em boas intenções.

Estamos todos grampeados

A marcha do totalitarismo parece inevitável no Brasil; ninguém parece perceber. Como pode um juiz de primeira instância conceder permissão a um delegado da PF acessar o histórico de ligações de QUALQUER assinante. O estado policial já vigora, não vê quem não quer.

Folha:

Na Operação Satiagraha, o delegado Protógenes Queiroz e sua equipe receberam, com autorização da Justiça, senhas para acessar o cadastro completo e monitorar o histórico de ligações de qualquer assinante das companhias de telefonia.
Esse tipo de permissão não está previsto na lei (n.º 9.296) que disciplina o uso de escutas telefônicas nas investigações criminais e divide opiniões dentro do Poder Judiciário.

Eliane Castanhêde e a defesa vergonhosa do PT e das FARC

Não deixem de ler o comentário de Reinaldo Azevedo sobre a coluna de hoje de Eliane Castanhêde. A colunista jogou qualquer escrúpulo no lixo, o bom senso junto, e defendeu a tese que os e-mails que fazem referência aos contatos dos narcotraficantes com o partido que mais rouba no Brasil, o PT. Reinaldo acredita que ela não age de má fé. Eu duvido que alguém possa fazer um papel desse por descuido. É por causa de gente como ela que se cria mitos como o de Luiz Inácio, o presidente do governo mais corrupto da história do Brasil.

O link está aqui.

Imprensa brasileira aprodece a olhos vistos

Não fosse um jornal colombiano nada teria sido noticiado sobre a ligação das FARCs com a cúpula do governo brasileiro, mesmo depois de Diogo Mainardi ter dado a senha, meses antes, que um material explosivo teria sido entregue ao governo brasileiro por Uribe. Nenhum jornalista quis saber que material era esse, e quem soube preferiu ficar quieto.

Mesmo agora, depois da bomba detonada, a imprensa brasileira tenta abafar o assunto e deu reduzido destaque ao tamanho da vergonha que é ter um governo aliado de um grupo terrorista ligado ao tráfico de drogas.

O motivo é mais do que conhecido. Nossas redações estão tomados por esquerdistas imbecis que sonham com o tal do “novo mundo possível”. Como bom ideólogos recusam qualquer confronto com a realidade, principalmente quando refuta suas teses ridículas e ultrapassadas.

Fosse em outros tempos, ficaria por isso mesmo. Não é. A internet está aí para quebrar este esquema de dependência da mídia convencional. Não entendem ainda que não é mais possível decidir o que é notícia e o que publicar e por isso ficam levando furos e mais furos de blogs independentes, muitas vezes feito por amadores.

Recomendo o livro “Blogs” de Hugh Hewitt que mostra bem o processo de putrefação que os grandes jornais americanos estão sofrendo pelo aumento da influência dos blogs, principalmente os independentes. Compara este processo à invenção da imprensa que revolucionou a difusão de informações em sua época. Os blogs estão expondo as falhas e mentiras que são divulgadas na imprensa e afetando a credibilidade da mídia convencional.

O movimento é irreversível e ficará mais evidente á medida que cada vez mais pessoas utilizarem a internet para ter acesso não só a notícias mas também análises e interpretações do que está acontecendo no mundo. Por isso buscam arranjar formas de controlar o fluxo de informações na net e para isso usam falsos motivos como o combate à pedofilia ou a fraudes pela rede. Inútil. A internet possibilita que qualquer pessoa do mundo coloque informações na rede, é uma completa anarquia e justamente por isso funciona. Não pode ser controlado.

Por isso estamos levando furo de um jornal colombiano e os blogs, enquanto a Veja não circular, é a única fonte de informações para o vexame do governo brasileiro.

O retrato da juventude brasileira, a mídia e o que George McGovern (quem?) tem a ver com isso

Retrato da Juventude brasileira

A Folha de São Paulo publicou ontem um caderno especial sobre uma ampla pesquisa sobre a juventude brasileira. O retrato que saiu desta pesquisa não deixa dúvidas, o jovem, da mesma forma que a maior parte da população, é conservador, ou como gostam de chamar os esquerdólogos, são de direita.

Defendem que a lei do aborto não seja alterada (68%), que a pena de morte seja instituída (50% contra 46%), que fumar maconha seja crime (72%), que a idade penal deva abaixar (83%), acreditam em deus (99%) e defendem os seguintes valores: família, saúde, trabalho, estudo e lazer.

O site da Folha é somente para assinantes, o resultado pode ser visto no post de Reinaldo Azevedo aqui.

A mídia

Não é novidade que nossa mídia, assim como em grande parte do mundo ocidental está no campo oposto do resultado acima. Por si só isto não constitui um problema, faz parte da liberdade individual e de imprensa discordar e defender pontos de vista. O que não deve é a mídia apresentar como fato ou como opinião majoritária o que é opinião particular dela.

A Folha, como qualquer outro jornal, tem todo o direito de fazer um editorial ou publicar qualquer artigo de opinião que defende, por exemplo, a manutenção da idade penal em 18 anos. Já publicar que esta seja a opinião dos brasileiros é dizer uma inverdade, o que caracteriza um péssimo jornalismo. Jornalistas, assim como qualquer pessoa pode ter suas opiniões e defendê-las, mas estas opiniões são suas e intransferíveis, a não ser por convencimento.

George McGovern

Em 1972, o partido democrata americano lançou George McGovern como candidato para enfrentar Richard Nixon que tentava a re-eleição. Nixon exultou pela escolha afirmando que pela primeira vez o partido democrata teria um candidato que defendia todas as idéias da mídia. McGovern era um ultra-liberal e seus pensamento político parecia ter saído dos editoriais do New York Times. O republicano afirmou que era uma oportunidade ímpar de testar se as teses da mídia, principalmente do leste, tinham ressonância na população americana.

O resultado foi uma vitória consagradora de Nixon, que foi encarado pela mídia como uma dolorida derrota. A partir daí o ódio contra o republicano contaminaria as redações e Watergate foi a resposta e vingança dos jornalistas liberais à audácia de Nixon em expô-los daquela maneira. Enfraqueceram o presidente americano justamente no momento que sua autoridade era necessária para permitir a retirada do Vietnã de forma honrosa. O resultado foi a ofensiva dos comunistas sobre o sul e mais de um milhão de mortos nos anos que se seguiram. Tudo porque os líderes vietnamitas compreenderam que o presidente americano não teria forças para defender o acordo que havia sido costurado pelo governo Nixon e que previa as eleições livres no Vietnã do sul.

Por isso vemos no Brasil que nenhum candidato tem a coragem de assumir a plataforma liberal. Recusam-se sistematicamente a assumir uma posição em qualquer assunto polêmico. Se defender idéias liberais perde a eleição (como aconteceu com Jandira Feghali na disputa pelo senado em 2006), se defender as idéias conservadores atrai para si a ira da mídia.

Ninguém quer ser o George McGovern da hora. Nem aqui, nem nos Estados Unidos.

Sobre a monarquia e verdadeiros reis

Assisti o filme A Rainha no fim de semana passado. Recomendo. É um convite a uma boa reflexão sobre a verdadeira natureza dos símbolos  para as instituições e sobre a natureza da monarquia.

A Rainha Elizabeth II é uma das pessoas mais ricas do mundo, freqüenta qualquer lista do gênero. De que adiante sua riqueza se deve demonstrar sempre austeridade para seus súditos? Para alguém com tantas posses materiais, sua vida é verdadeiramente espartana.

A primeira vez que apareceu dirigindo pessoalmente uma camionete pelo interior da propriedade real nao pude deixar de pensar no atual presidente do Brasil e a corte que está sempre ao seu lado em cada passo seu. Ninguém o verá dirigindo um carro ou sem alguém para serví-lo o tempo todo. Pelo contrário, não perde uma oportunidade de desfrutar do luxo que o cargo lhe proveu. Austeridade? Esta palavra não existe no vocabulário lulez.

Por sua origem humilde, nada é proibido ao rei brasileiro. Acham normal e até mesmo de direito que use todo o aparato do estado para si e sua família, permitindo-lhe desfrutes que é proibido à rainha da Inglaterra, uma mulher que procura demonstrar para seu povo que está a altura do papel que seu nascimento lhe conferiu. Um papel que é um privilégio para uns e um pesado fardo para si mesma.

Ela é uma verdadeira rainha no melhor sentido do termo. Durante a II Guerra, quando Londres estava sob intenso bombardeio, recusou-se a abandonar a cidade com sua família e participou, com humildade, do esforço de guerra. Sabia que sua presença era um símbolo para a resistência de seu povo; uma papel que muitos poucos neste planeta desempenhariam.

Quando recusou-se a aparecer para prestar solidariedade pela morte de Diana, seus súditos a cobraram. Soube reconhecer o erro, engulir o sapo e desempenhar o papel que esperam da chefe da Estado da Inglaterra. Saiu do episódio mais forte que entrou.

Basta lembrar do espetáculo grotesco que foi encenado pelo presidente e seus aceclas quando explodiu em chamas aquele aviao da TAM. O presidente desapareceu com medo de vaias, ignorou a tragédia. Um de seus principais acessores ainda foi flagrado tribudiando sobre os mortos. Nada lhe aconteceu, continua no mesmo cargo de antes.

Quando vejo a popularidade que o presidente brasileiro tem, não posso deixar de pensar com meus botões: cada povo tem o rei que merece. A Inglaterra tem Elizabeth II. O Brasil tem Lula I.

Grampos e mais grampos

Nem a Polícia Federal está livre dos grampos da própria Polícia Federal.

Nem a Justiça está livre dos grampos que a própria Justiça autoriza.

Nem o Presidente da República está livre de um grampo autorizado por um juiz de primeira instância.

Fomos longe demais, transformamos a exceção em regra. 500 mil grampos autorizados? Não vou nem perguntar dos ilegais.

E vazamento para todos os lados.

Onde vamos parar?

E continua a pressão sobre a população

Folha:

Depois de apertar a regulamentação do teor de álcool no sangue do motorista, o governo deve mandar ao Congresso, no próximo mês, um projeto de lei para endurecer a legislação de trânsito e aumentar as multas.
Será a primeira grande reforma do Código Brasileiro de Trânsito, sancionado em 1997.

E continua a pressão sobre a população brasileira. Depois do fumante, do bebedor de cerveja, do comedor de bolacha, do assinante de TV a cabo, parece que alvo agora é o motorista mesmo. Novamente repito, temos leis demais que não são cumpridas. Basta lembrar que temos motoristas condenados por homicídio culposo que nunca cumpriram sua pena. Como sempre muitos pagarão pela culpa de poucos.

Não precisa ser muito inteligente para reparar o que tem em comum estas pessoas que estão sendo cercadas pelo governo esquerdista corrupto do Brasil. O alvo é a classe média, sempre foi. Lula nunca engoliu aquela vaia sonora que levou no Maracanã. O troco haveria de chegar.

Hoje a Folha apresenta  uma reportagem muito interessante mostrando que o custo de vida está mais alto em São Paulo do que em Nova Iorque, o que leva integrantes da classe média a ir fazer compras na capital econômica do mundo. A principal causa é nossa legislação trabalhista arcaica e a alta carga de impostos sobre consumo.

Para ter uma idéia de grandeza, comprar um produto no estrangeiro sai na faixa de 50% de comprar um produto por aqui. Temos preços elevados e salários corroídos pela inflação que o governo mascara.

O pior de tudo é saber que a própria classe média aprova muitas destas medidas que o governo toma. No fundo está a ignorância das regras elementares da economia e a falta de capacidade de pensar. Diante deste quadro a esquerda avança cada vez mais sobre a sociedade.

Essa pressão que o estado está fazendo sobre a sociedade, em particular com a classe média, culminando com o estado policialesco que está sendo montado, faz parte de uma estratégia que não é nova. Um povo asfixiado, sem capacidade de pensar, torna-se presa fácil para a pregação messiânica de gente como Lula da Silva. É uma lavagem cerebral lenta e constante rumando para a perda da liberdade.

Difícil ver uma luz no fim do túnel.

Terrorismo é crime hediondo

Cada vez pior

Quer dizer que a Polícia Federal gravou uma conversa interna entre seus próprios agentes, editou uma parte e distribuiu a imprensa para justificar o afastamento de um delegado? E ninguém vê nada demais nisso?

Somos um país de bananas mesmo.

ps: O delegado deveria ter sido afastado mesmo, mas não por causa de curso. Por absoluta incompetência e falta de condições para dirigir um inquérito tão importante. Fez um trabalho que nem o mais otimista dos advogados de Dantas poderia imaginar. Uma vergonha.