Jornalismo em revolução

A melhor coisa que está acontecendo nesta eleição é a derrota acachapante da velha mídia. Ninguém se deixa mais pautar pelo jornalismo tradicional; e por bons motivos.

Décadas de gramcismo nas redações, de ocupação de espaço por intelectuais orgânicos travestidos de jornalistas só poderia dar no que deu. A completa desmoralização e perda de credibilidade do jornalismo. Cheiram a mofo, ecos de um tempo que está morrendo.

Mas há uma imensa demanda por qualidade. Gente que deseja realmente fazer jornalismo está encontrando espaço na internet. Na rede, gente com pouquíssima estrutura é capaz de se lançar e, se tiver competência, furar o bloqueio e conseguir mais audiência do que os veículos tradicionais.

O que é a Veja perto do que a Crusoé está fazendo? E olha que nem sou fã assim dos antagonistas. Terça Livre está dando pau no youtube do jornalismo das grandes redes. Mesmo a jovem pan está batendo os programas tradicionais. O Pingo nos is tem hoje muito mais credibilidade do que qualquer programa da globo news. Mesmo o Pânico tem mais informações, e análises, do que qualquer bancada de jornalistas da grande mídia.

Os tempos estão mudando e os jornalistas da velha intelectualidade está cada vez mais caminhando para o ostracismo que fizeram por merecer. A melhor parte é que eles mesmos cavam suas sepulturas, cada vez com mais entusiasmo!

5 Notas Sexta: Beautiful Girls, Surrender, Arte e rabiscos

Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

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Um Filme

Beautiful Girls (1996). Fazia muito tempo que não revia este filme do Ted Demme, um dos meus favoritos. Por que? Aqui tem 5 razões. Sweet Caroline é uma delas.

Uma música

Surrender, do Cheap Trick. Esse clássico do fim dos anos 70 tocou muito no meus spotify esta semana.

Um livro que terminei

Imagens Cintilantes, da Camille Paglia. Um livro sobre artes e sua importância para todos nós. Um dos melhores caminhos para acesso à cultura. Gravei este vídeo aqui.

Uma habilidade que estou desenvolvendo

Sketchnoting. Graças aos vídeos do Doug Neil no youtube tenho praticado e desenvolvido a arte de fazer anotações e sketchnotes. Aliás, existe tradução para o termo?

Um pensamento

Eu sou eu e minhas circunstâncias.

Ortega Y Gasset

E você, o que andou fazendo? Gostaria imensamente de saber! Comente!

Kit Gay: quem defende?

Uma coisa me chamou atenção na decisão curiosa do TSE de proibir a campanha Bolsonaro de afirmar que a cartilha apresentada por ele no Jornal Nacional era parte do Kit Gay.

Haddad nega que tenha distribuído kit gay quando ministro da educação. Fica implícito que ele não quer defender publicamente seu conteúdo. Ou seja, que a ideologia de gênero na escola é uma prática condenada pela maioria dos eleitores.

Boa parte do que o PT pretende é assim. São pautas que não encontram ressonância na sociedade, mas que são muito populares em determinados grupos específicos, como a elite intelectual brasileira (que inclui os jornalistas e professores universitários).

Por isso eles tem que fazer escondido, o que contam com a cobertura da grande mídia.

Se alguém quer provas do totalitarismo cultural no Brasil, observem como nos últimos dias Folha e Veja alteraram manchetes de notícias antigas que associavam Haddad ao kit gay.

Posso repetir? Alteraram manchetes dadas por elas mesmas trocando Haddad por Governo Dilma. Não há nada mais totalitário do que alterar o passado para justificar o presente.

Só que estas operações não funcionam mais tão bem. As mídias sociais rompem a bolha da imprensa com velocidade cada vez mais impressionante.

É interessante que o candidato visto pela mídia como democrático luta tanto para censurar a internet e o candidato visto como perigoso para a democracia luta contra qualquer regulação da internet.

Não fossem as redes sociais, esta eleição seria disputada entre tucanos e petistas, seguindo o script de vinte anos.

Com as mídias sociais torna-se impossível implantar políticas escondidas da população. Em 2012, houve uma grande mobilização da bancada evangélica no Congresso para barrar o kit gay. Hoje a coisa começaria pelos grupos whatsapp e instagram. A esquerda perdeu o controle da narrativa.

É um fenômeno mundial. O que as redes sociais fazem é revelar as ações concretas da esquerda e suas consequências. Acabou a era do discurso, das palavras desconectadas da realidade. Enquanto a internet for livre, a hipocrisia é revelada quase imediatamente.

Os jornalistas estão sofrendo com isso. Estão sendo expostos por suas preferências e posições do passado. Estão tendo suas mentiras contraditadas.

Ainda não sabemos o impacto de tudo isso, mas tenho uma sensação que o mundo já mudou e ainda não entendemos a dimensão desta mudança.

Retomando o ponto inicial, Haddad se nega a defender publicamente o kit gay. Parece que não é muito popular defender abertamente que se possa ensinar sexualidade para crianças na pré-escola.

Isso, meus amigos, chama-se senso comum.

Dia do Professor: Olavo de Carvalho

O que Olavo de Carvalho conseguiu em uma década é extraordinário.

A partir de sua casa na Virgínia, contando apenas com a internet, criou um curso sui generis no Brasil burocrático.

Um curso que não tem diploma. Na verdade, não tem nem fim.

Mensalidade? Uma merreca. Nem cem contos por mês.

Um curso que não é reconhecido pelo sistema, que não dá acesso a nenhum concurso público ou boquinha do estado.

A única coisa que ele promete é a formação intelectual do aluno, o que implica na formação de uma nova elite intelectual para o Brasil. Sua ação é no campo cultural, que ultrapassa o político ontologicamente.

Por influência sua, direta ou indireta, hoje temos cursos de latim, de literatura clássica, de poesia. Temos gente se interessando pela história real do Brasil, não a porcariada patrocinada pelo MEC. Temos gente estudando Aristóteles e Platão. Sobretudo, temos gente publicando livros e mais livros, ocupando lentamente os espaços na produção cultural brasileira.

Sim, tem maus alunos, que depois de umas aulas acham-se donos da situação e em condições de expor o que consideram ser os próprios pensamento. É fácil identificá-los. São mal agradecidos ao Olavo e moralmente fracos, trocando tudo por uma boquinha.

Mas há os bons alunos. Que estão cada vez mais influenciando os brasileiros e conquistando reconhecimento pelos seus resultados, como Rodrigo Gurgel, Filipe Martins, Rafael Nogueira e outros. Também são fáceis de serem reconhecidos. São profundamente gratos ao velho mestre.

O que recebi do Olavo nestes dez anos é inestimável. Não tem como descrever; só agradecer.

Obrigado professor Olavo de Carvalho. O senhor faz a diferença.

Notas de Sexta: Cornell, Doug Neill, Ortega e a volta de Good Place

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Cornell Notes

Canal do Youtube

Verbal to Visual. Descobri este canal sensacional, que trata de como transformar a linguagem estruturada em visual. Tenho me interessado muito pelo visual thinking e procurado colocar em prática algumas técnicas. Doug Neill é o cara! Siga o canal aqui.

Uma técnica

Anotações Cornell. Uma forma de anotar palestras, aulas, etc, desenvolvida pela Universidade de Cornell no meio do século passado. Como atravessei minha vida de estudante sem esta técnica? Procurem no youtube, tem excelentes vídeos explicando.

Uma Série

The Good Place. Começou a terceira temporada. Episódios no netflix toda sexta. Agora a parada é na Terra!

Um livro que estou lendo

El Hombre y La Gente. Impressionante como a elaboração da teoria de Ortega y Gasset sobre alteridade e ensimasmento se comunica com idéias de Corção e Pascal (que estou lendo ao mesmo tempo). Fundo insubornável do ser, o lugar onde não temos como mentir, o fundo da nossa alma. Eu e minhas circunstâncias.

Um pensamento

“Como é comum na maioria das discussões modernas, o núcleo da questão é o que dela não se pode mencionar.”

Chesterton

Dica de Leitura 6

 

Nem todo livro merece ser lido com o mesmo grau de atenção. O segredo é identificar logo o grau de importância do livro para você.

Se quer apenas se informar, a leitura pode ser mais rápida, sem se ater a detalhes. Se quer entender em profundidade o pensamento de um autor, tem que ler com todo o cuidado, provavelmente com pelo menos duas leituras: uma rápida e outra cuidadosa.

O importante é não se esforçar demais em um livro que não merece ou se dedicar de menos a um livro que é muito importante para você.