Curioso. Não li manchete sobre a morte de Eloá.

Todo mundo está careca de saber que a menina morreu. Chamou-me atenção, no entando, que a imprensa evitou fazer a manchete. Soubemos que o estado era grave, tudo bem. Logo em seguida as manchetes eram “família decide doar ógãos da menina”. E assim tem sido nos últimos dias, a notícia da doação de órgãos ganhou mais relevo do que a morte da refém. É como se a imprensa tirasse o peso do acontecimento mais importante e aproveitasse para fazer uma campanha dos benefícios da doação de órgãos.

Eu sou doador, mas achei o fato curioso. Esse é o papel da imprensa? Vou mais longe, por que este pudor? Por que a preocupação evidente de não dizer a verdade crua?

Muitos jornalistas deveriam estar agora repensando sua participação na cobertura. Deram a um desequilibrado um palco para realizar seu show. Vibraram com os índices de audiência, faturaram bastante. Só que a menina morreu. E agora? Até que ponto o circo que foi armado favoreceu o final trágico?

O Show de Trumam foi encenado como se fosse ficção, só que terminou de forma assustadoramente real. Cada um que durma com sua consciência, pois um dia terão que responder por seus atos e pensamentos.

A opção que a polícia de São Paulo não teve

Em 2004 um canadense fez uma mulher de refém em uma estação de trem (ver aqui).

O sequestro acabou poucos minutos depois.

Um sniper matou o sequestrador.

Um homem com uma arma apontada para uma pessoa abre mão de seus direitos.

Esta era a opção que a Polícia de São Paulo não tinha.

A preocupação dos abutres era com a vida de Lindemberque. Na hora da invasão foi possível ouvir gritos de “não mata ele não!”. O Brasil teve sempre a péssima capacidade de escolher seus heróis.

Conseguiram. Lindembergue está vivo. Era o que interessava, não?

Queremos apenas o dinheiro!

JB:

BRASÍLIA – Os prefeitos mal tomaram conhecimento do Portal dos Convênios, ocupados que estavam com a eleição, mas as organizações não-governamentais já estão protestando. O novo sistema também vai apertar os controles sobre as ONGs que recebem verbas federais e governo reservou R$ 3,5 bilhões para elas neste ano.

A gritaria contra o Siconv foi tanta que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já fez duas dezenas de reuniões com representantes dessas entidades nos últimos dois meses. “Ao menos por enquanto, as ONGs é que estão dando mais trabalho”, confessa o ministro.

Comento:

ONG quer saber de dinheiro público, mas não gosta muito de dar conta deste dinheiro. Boa coisa não devem estar fazendo, não é?

ONG sustentada com dinheiro público e percebe-se que não é pouca coisa. Como estado não gera dinheiro é bom lembrar: quem paga a conta é o contribuinte.

Somos realmente um país de otários.

Índios emperram Madeira

Globo:

BRASÍLIA. Há três semanas, máquinas do consórcio Madeira Energia iniciaram as obras para a construção da hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, um dos principais empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas a obra, orçada em cerca de R$10 bilhões e considerada essencial para se evitarem apagões, pode esbarrar em um problema de cunho antropológico e até sofrer atrasos. Relatório interno da Fundação Nacional do Índio (Funai) obtido pelo GLOBO aponta referências a, pelo menos, cinco grupos de índios isolados na área de abrangência da usina.

Comento:

Não existe país que destinou tanta terra aos indígenas como o Brasil, mesmo assim nunca é o suficiente. Acho que não tem jeito, termos que abandonar o país para que uma minoria privilegiada possua bastante espaço para se movimentar.

Mais uma vez estamos perdendo tempo. É bom lembrar que a maré está mudando, os tempos de crédito fácil terminaram; muitos, como o Chile, Rússia, China e Índia aproveitaram. O Brasil teve que fazer um expurgo no IPEA e mudar a fórmula de cálculo do PIB para poder superar alguns países além do Haiti.

Perdemos uma década fabulosa de crescimento mundial. Pagaremos caro.

Só podia ser democrata

Blogildo deu a dica e fui conferir no G1:

O senador Ernie Chambers, do estado de Nebraska, abriu um processo contra Deus no condado de Douglas.

Conhecido por críticas aos cristãos, o democrata disse no processo, que abriu semana passada, que Deus gera medo e que é responsável por milhões de mortes e destruições pelo mundo. Segundo ele, Deus gerou “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”.

Chambers comentou que Deus fez ameaças terroristas contra ele e seus eleitores.

Comento:

Isso vem de um senador!!! Lembrei na hora de Ann Coulter falando de como os democratas fingem acreditar em Deus; este nem isso!

Politicamente correto, a prisão mental

“Então você escreve por quê?” A minha tentação é fazer uma frase de efeito, assim, paradoxal: “Para que as maiorias sejam menos solitárias.” E o que quero dizer com isso? Vivemos _ e não só no Brasil _  sob a ditadura de um iluminismo obscurantista, que entrega às minorias radicaliadas os instrumentos do Estado para a elaboração de políticas públicas que, com freqüência, afrontam o senso comum e dasafiam qualquer noção de eficiência.

Reinaldo Azevedo

Outro dia um amigo comentou que Obama não venceria as eleições americanas. Curioso perguntei o por quê.

_ Os americanos nunca vão eleger um negro presidente.

Nesta frase encontra-se resumido a prisão mental em que nos encontramos. O politicamente correto é de tal ordem que não se admite a menor contestação; tornou-se uma verdade, uma iluminação, que nos guia nos dias de hoje.

Já é uma nova religião; possui seus dogmas. É uma questão de fé e ao mesmo tempo não admite contestação. Discordar de qualquer um dos seus preceitos tornou-se motivo para excomunhão, de ser excluído da verdade iluminada dos tempos modernos.

Assim o bom senso é afrontado e a crença da maioria das pessoas torna-se motivo de vergonha e deve ser escondida. Rótulos são distribuídos em uma simplificação grosseira e grotesca. Não vota em Obama? Então é racista. Não gosta de Hillary? Então é machista. É contra o aborto? Então é contra os direitos das mulheres. Gosta do papa? Então é um fundamentalista cristão. Defende a família? Então é um patriarca machista. É contra o terrorismo islâmico? Então é contra o islã. É contra a esquerda? Então é contra a justiça social. E por aí vai.

Estão convencendo os americanos que votar em Obama é uma questão de superioridade moral pois só é possível votar nele se for racista, se for contra os negros. Nesta imposição do politicamente correto, a religião dos novos tempos, fere-se qualquer questão de bom senso. Existe dezenas boas razões para não votar no democrata. Aponto algumas:

  1. É democrata.
  2. Possui ligação com terroristas domésticos e até mesmo islãmicos.
  3. É o segundo parlamentar que mais recebeu doações das firmas Fannie e Freddie, origem da crise hipotecária que derrubou o sistema financeiro.
  4. Defende a invasão do Paquistão.
  5. Possui uma certidão de nascimento falsificada. Não se sabem nem se é realmente americano.
  6. Defende um sistema de saúde único sob controle do estado.
  7. É abortista.
  8. Defende ações afirmativas no mercado financeiro, justamente a causa maior do caos atual.
  9. Não possui experiência administrativa nenhuma.
  10. É antiamericano.

Tudo isso é irrelevante. O importante é que não votar em Obama é um pecado. Um pecado contra o doxa que tomou conta do mundo, contra a massificação do princípios que existem alguns espíritos iluminados que nos apontam para a verdade que não temos capacidade de descobrir sozinhos.

As eleições americanas já são importantes para o mundo. Tornaram-se ainda mais, superando até seu caráter político. Tornou-se uma constatação da prisão mental que os homens massa, assim definido por Gasset, acabaram caindo.

O eleitor de McCain tem que votar quase escondido pois declarar este voto é receber uma série de rótulos que o tornam um pária na nova sociedade mundial. Um socieade podre, que joga no lixo tudo que recebemos de nossos antepasssados, que joga no lixo a nossa capacidade de pensar.



Para quem não entendeu a imagem da camiseta com a inscrição Han shot first, trata-se de uma referência que mostra bem tudo que escrevi acima.

Na versão original do filme Guerra nas Estrelas, em uma conversa em um bar, Greedo tem Han Solo na mira de sua arma. Quer levar o contrabandista para Jabba e ganhar sua recompensa. Han tenta negociar com ele, quando vê que esta em um impasse, atira e mata o adversário.

Na remasterização, George Lucas cedeu ao politicamente correto. Não ficava bem para o mocinho atirar primeiro, mesmo que tivesse uma arma apontada para si. Usando os efeitos especiais fez que Greedo desse um tiro ridículo e sem propósito para colocar Solo no papel de reativo.

O politicamente correto é capaz de tudo. Até de reescrever o que já aconteceu.

A tragédia de Santo André

Passei a semana vendo flashes do tragédia que se aproximava em Santo André. Ontem acompanhei o desfecho e a cobertura no Jornal da Globo do término lamentável do episódio. Algumas observações.

  1. Em nenhum momento se responsabilizou o verdadeiro autor da tragédia, o tal Lidenbergue. Havia sempre um pudor em criticá-lo, como se estivesse protegido por alguma áurea de proteção, como se estivesse acima do bem e do mal.
  2. Não consigo entender como permitiram a volta da outra adolescente para o apartamento. A Polícia de São Paulo é a mais eficiente do país, possui profissionais treinados, e bem, para este tipo de situação. O que levou os negociadores a autorizarem uma coisa dessas? O que não sabemos?
  3. Qual a responsabilidade da mídia pelo desfecho do caso? Durante 5 dias o sequestrador ficou assistindo na televisão um grotesco espetáculo em que era o ator principal. Defendo a censura à imprensa? De jeito nenhum, nunca! Defendo sim o auto controle, a ponderação, a preocupação com as responsabilidades.
  4. Ridículo a opinião dos especialistas catedráticos da USP e assemelhados. Tirando a questão da volta da refém não há como culpar, pelo menos ainda, a polícia pelo que aconteceu. Podem ter havido erros? Certamente sim. Acusar a polícia neste momento é delinquencia intelectual. Estão tirando o foco do verdadeiro responsável pela tragédia.
  5. Ele tinha 22 anos. Ela 15. Namoravam há três anos. Façam as contas, não é difícil. Começaram a namorar quando ele tinha 19, ela 12. Ninguém vê nada de errado com isso? Ah, hoje em dia é assim… E estamos vendo as consequencias. Isso é que dá ser um pai liberal que assiste Sex In The City na televisão enquanto os filhos transam no quarto, como disse em O País dos Petralhas o mestre Reinaldo Azevedo.
  6. Está acabando o papel de Lindemberque nesta ópera bufa. Quando menos esperar estará de volta à irrelevância, de onde nunca deveria ter saído; será um preso comum. E acertará suas contas.

Lobão elogia militares

Globo:

SÃO PAULO – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, elogiou a política de desenvolvimento econômico adotada pelo regime militar, que vigorou entre 1964 e 1985. “Era um regime de exceção autoritário, com constituição democrata e que realizava eleições regularmente. Foi o momento em que o Brasil encontrou o seu futuro, sua vocação para o desenvolvimento”, afirmou o ministro, que participou hoje do 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), na capital paulista.

Lobão afirmou que o período do ex-presidente Getúlio Vargas foi muito mais duro, no que se refere a ditadura, do que o regime militar. Em diversos momento de sua apresentação, o ministro fez elogios para membros do governo militar, como os ex-presidentes Humberto de Alencar Castello Branco e Ernesto Geisel. “O acordo de Itaipu foi uma genialidade diplomática. Isso não foi feito por nenhum diplomata, e sim pelo general Juracyr Guimarães”, disse o ministro.

Comento:

Lobão acerta em algumas coisas e erra em outras, mas reconhece algo muito importante: a contribuição dos governos militares para a modernização do país o desenvolvimento econômico. Chegamos a ser a quinta economia do mundo no período, mesmo com todos os problemas.

Lembra também que em termos de liberdades individuais a ditadura Vargas foi muito mais dura. E de fato foi.

Minha discordância de Lobão vai em suas referências. Em uma está corretíssimo, Castelo foi realmente um grande presidente. Em um período muito curto acabou com a bagunça que havia se tornado o governo Jango e afastou a tentação socialista, não foi pouco.

Pergunto-me se algum dia se reconhecerá as virtudes do maior presidente de todos, talvez até da república brasileira. Trata-se do presidente Médici.

Seu governo conseguiu colocar o Brasil em um ritmo de crescimento nunca visto. Foi a época de pleno emprego, de escolhas corretas para o país. Era sim, o milagre brasileiro. Ao contrário do popular de hoje, era aplaudido quando entrava no Maracanã para ver um jogo, mesmo depois de ter deixado o governo. Com um detalhe importante: não se tornou milionário na presidência, nem NINGUÉM de sua família.

Quanto a Geisel, infelizmente apostou em duas escolhas erradas. A primeira foi o estatismo. Não é à toa que é uma das referências da petralhada, Geisel era partidário do grande estado que abraça a todos.

A segunda foi sua política externa dúbia de afastamento dos Estados Unidos e de aproximação com alguns países socialistas. A abertura que preparou resultou quase que em um reconhecimento de culpa dos militares e deixou frutos, como a indústria de indenizações, que perduram até hoje.

Não Lobão, Geisel não é a referência. Essa pessoa é Médici. Este foi o grande nome da Revolução Democrática de 1964, a que tirou um país da anarquia, da tentação comunista e devolveu um país pacificado e democrático.

O fim da picada

Reproduzido no Blog do Amorim, originalmente da revista Isto É, ou Isto Era, como sacou bem o blogueiro.

Após dois anos de convivência, chegou o grande dia do casal. Não havia traje branco, juiz de paz, padre ou dama de honra. A festa era de descasamento, anunciava o convite.

A advogada Samantha Andreotti, 32 anos, e seu ex-marido André comemoraram o divórcio no apartamento do casal, com direito a música, bebidas, quitutes e presença de muitos dos amigos que estiveram na festa de casamento.

A novidade, que faz sucesso nos Estados Unidos, onde existe até uma empresa especializada em minicaixões para alianças, começa a conquistar os (ex)casais brasileiros.

Comento:

Esta bobagem monumental só poderia sair dos Estados Unidos, onde anos de progressismo sistemático só poderia gerar esta tamanha inversão de valores. Não é por acaso que os americanos estão bem perto de cometer a bobagem monumental, e perigosa, de eleger uma anti-americano para presidente do seu país.

Comemorar o fim de um casamento? Deveriam ter vergonha na cara. Até aceito que no extremo das tentativas um casamento termine, principalmente quando o respeito mútuo foi às favas. Mas o que deveria restar é uma frustração por não terem concluído um juramento que duas pessoas, por livre e espontânea vontade, fizeram na presença das pessoas mais queridas. Até um padre? Afrontam até a fé? Deveriam ter vergonha!

O casamento é algo muito sério. É onde começa uma família. Naquele momento os noivos juram, não promete, juram!, duas coisas importantíssimas: o amor eterno e o amor exclusivo. Quando duas pessoas decidem separar-se é porque não possuem nenhuma das duas coisas, neste caso o casamento fracassou. Elas fracassaram em manter seus votos.

Não se iludam. Esta insensatez só tem um objetivo: desmoralizar ainda mais a noção de família. Os progressistas tem esta fixação doentia de querer destruir a célula máter de uma sociedade, a nossa maior contribuição para a vida neste mundo. Estão brincando com algo muito sério e pagarão por isso. Debochar do casamento é debochar de Deus. É debochar de si mesmo.

Silêncio na caserna

Quando um Tenente foi preso pela morte de três marginais em uma favela do Rio no inexplicável projeto cimento social do senador Crivela o Exército se distanciou o máximo que pode do militar. A estratégia era de tentar evitar a relação da instituição com o Tenente, tentanto caracterizar o ato como individual.

Não funcionou. O Tenente é um militar e estava a serviço naquela noite. Querendo ou não, era um dos seus. A imagem que ficou dentro da instituição era que o jovem fora abandonado por seus chefes e levou ao questionamento natural: e se fosse eu? Quer dizer que não teria o amparo da instituição em minha defesa?

O Coronel Ustra foi condenado pela justiça por tortura durante o regime militar. A única prova levantada foi o próprio testemunho dos acusadores. O Ministro Tarso Genro está alardeando que trata-se de um momento histórico e pode ser mesmo.

Onde está a palavra do Exército? Não vai defender um dos seus? O Coronel Ustra cumpriu rigorosamente com seu dever durante toda sua carreira e aposentou-se com todas as honras militares previstas. Onde está a palavra da Força em defesa do militar? Vai novamente passar a imagem que diante de qualquer complicação com a justiça se afasta e lava as mãos?

Uma das desgraças que se seguiu ao fim do regime militar foi que o Exército aceitou passivamente o papel de algoz e se escondeu em um casulo. É incapaz de defender seu papel durante os vinte anos que o comunismo foi impedido de se instalar por aqui. Foi construída uma idéia de que o Exército não pode se manifestar sobre temas nacionais, que deve observar calado o que acontece na sociedade.

Está apanhando impiedosamente e seu silêncio acaba por passar a imagem que tem vergonha de tudo que fez pelo país. Onde estão as vozes dos Generais? De que têm medo? Da crítica dos jornalistas vermelhos? De serem afastados de suas funções? As primeiras certamente virão, mas o presidente já demonstrou que não tem condições políticas de afastar um general por conta de suas opiniões.

Comandantes! Olhem com carinho para o espírito que ainda reside em muitos militares pelo Brasil a fora. Não deixem este espírito morrer; não os convençam que realmente o Exército foi o vilão de 64! Defendam o Tenente. Defendam o Coronel Ustra.

Entendam que o Coronel Ustra é mais do que uma pessoa, é um símbolo! Um símbolo de tudo que o Exército fez de bom para o país em 20 anos que esteva a frente da nação. Cometeu erros? Sim. Não há liderança que não os tenha cometido. O importante é que se pautou por princípios elevados, por valores corretos.

É isso que o Exército deveria estar dizendo para a sociedade. Lembre-se que em sua maioria, os brasileiros confiam em suas forças armadas. Não escolham a desonra do silêncio covarde. Não violem os próprios princípios que são a base da instituição que juraram defender.