Notas de Sexta: Queen, piratas, Ortega, Whitesnake e os náufragos

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Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

Um livro que estou lendo –

A Ilha do Tesouro. Eu sei. Tinha que ter lido este livro na adolescência. Na época estava mais interessado nos best sellers e ignorava bastante os clássicos. I made a huge mistake.

Um filme que assisti no cinema _

Bohemian Rhapsody. Gostei muito a cine biografia do Freddie Mercury. Os vinte muitos finais, reproduzindo o show do Live Aid foi incrível.

Um podcast que descobri –

Os Náufragos. Francisco Escorsin e Jota B apresentam uma conversa sempre interessante sobre o mundo da cultura, nos mostrando como podemos extrair aprendizado para nossas vidas a partir de filmes, músicas e livros. Muito bom mesmo. Viciei.

Uma discografia que estou revendo –

Whitesnake. Aproveitando a leitura da biografia sobre a banda escrita pelo prolífico Martin Poppof, constato mais uma vez como era bom a primeira fase da banda.

Um pensamento –

El racionalismo es una forma de beataria intelectual que al pensar sobre una realidad procura tenter a ésta lo menos possible en cuenta.

Ortega y Gasset

A vaidade e o jornalismo

O jornalismo tradicional está sendo destruído pela própria vaidade. E é preciso que isso aconteça para que se restabeleça seu verdadeiro papel.

Talvez o marco zero da auto-destruição do jornalismo seja Watergate. Foi um episódio que fez de dois jornalistas, celebridades. A partir daí, todo mundo queria ser o novo Woodward e Bernstein. Todo mundo sonha em derrubar um governo.

Ao mesmo tempo, temos um jornalismo em grande parte ideológico, em que falar de viés de esquerda é um enorme eufemismo.

Para piorar, um caso mais típico no Brasil, temos a imbecilização provocada pelo completo domínio cultural da esquerda a partir dos anos 60, que acabou com o debate público e criou uma geração que nunca experimentou o contraditório.

Em resumo, temos jornalistas despreparados, ideológicos e, acima de tudo, vaidosos. Receita para o desastre.

Três exemplos recentes mostram bem o quadro.

Entrevista do Jair Bolsonaro no Roda Viva. Em vez de fazerem entrevista, os jornalistas queriam destruir a candidatura do Capitão. O resultado foi vergonhoso, pois ao tentar fazer política contra um profissional, coisa que Bolsonaro efetivamente é, tomaram uma surra. O Roda Viva nada mais é que uma plataforma para que jornalistas sejam a estrela do espetáculo a custa de um entrevistado, seja ele quem for.

Jim Acosta. Vejam o vídeo completo. Ele não faz uma, mas duas perguntas ao Trump. O presidente responde as duas. Acosta tinha perguntado porque Trump tinha chamado a marcha dos hondurenhos que atravessavam o México de invasores. Trump explicou sua posição e o uso do termo. Acosta diz que não concorda e resolve dar uma aula do que seja invasor para Trump. Quando é interrompido pois tratava-se de uma coletiva e tinha mais gente para perguntar, resolve fazer uma terceira pergunta, agora sobre a Russia. O interesse público na coletiva é Trump e não acosta. Para comentar a resposta, o espaço é outro.

Por fim uma entrevista de Jordan Peterson à britânica Helen Lewis. Peterson tem um best seller na praça, fruto de seu trabalho como psicanalista e acadêmico. Ao invés de fazer jornalismo, ou seja, entrevistar o cara, ele resolve debater com ele. Esse é o maior exemplo de vaidade. Ela quer discutir como se fosse uma acadêmica, no mesmo nível de Peterson. Logicamente toma uma surra.

São três quadros que mostram o mesmo fenômeno, uma vaidade que faz com que o jornalista se coloque como centro da atenção, tentando usurpar do entrevistado a audiência que ele está recebendo.

O jornalismo está em desgraça não por causa de ideologia, mas da vaidade de jornalistas que não possuem o conhecimento que julgam possuir. Sofrem do efeito Dunning-Krueger (possuem conhecimentos superficiais e, por isso mesmo, acreditam saber muito mais do que realmente sabem).

Eles estão cavando as próprias covas.

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Jornalistas no espelho

 

Notas de Sexta: Whitesnake, um estranho paraíso, Paulo Cruz, Breakfast Club e um pensamento certeiro do Olavão

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Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

Um livro que estou terminei

A Coisa Não-Deus, do Alexandre Soares Silva. Como seria o paraíso baseado na cultura brasileira? Alexandre nos dá uma visão. Um local de anjos ateus que tem o prazer como valor e a frivolidade como consequência.

Discografia que estou revisitando

Whitesnake. Principalmente os discos do fim dos anos 70, os meus favoritos. Sempre achei bem melódico e interessante o som feito pelos guitarristas Bernie Marsden e Mickey Moody. Acho-os bem subestimados.

Um filme que revi

Breakfast Club (1985). Nunca canso de ver este filme; sempre encontro uma nuance nova que não tinha percebido.

Uma entrevista

A entrevista do Paulo Cruz no Imprensa Livre do Alexandre Borges (disponível no youtube) está imperdível. Trata principalmente do problema do racismo e de como o sequestro de uma agenda necessária pela esquerda fez mais mal ao movimento anti-racista do que trouxe qualquer benefício real.

Um pensamento

Um homem medíocre não acredita no que vê, mas no que aprende a dizer.

Olavo de Carvalho

Mas afinal, o que dizia Paulo Freire?

Pedagogia da Autonomia

Saberes necessários à prática educativa
Paulo Freire, 1996
Editora Paz e Terra
Paulo Freire foi um dos mais influentes educadores brasileiros e publicou este pequeno livro um ano antes de sua morte. Pernambucano, dedicou sua vida ao estudo dos problemas da educação sob a ótica da pobreza e da indignação com as injustiças sociais.
Pedagogia da Autonomia é sua palavra final sobre o processo educativo de maneira geral, tanto para crianças quanto para jovens e adultos. É sua tentativa de dar um fecho ao seu pensamento, tentando colocar quais seriam os pontos para a prática educativa, que envolve tanto discentes quanto docentes. Sua mensagem é dirigida particularmente para os “professores progressistas”, justamente aqueles que estariam empenhados na busca de um novo mundo através da revolta constante contra as injustiças sociais e o domínio das elites. Seu alvo é o chamado “professor reacionário” que estaria preocupado em transmitir conhecimentos estéreis como forma de manter a população na ignorância para não alterar o status quo.
Para Freire, não há docência sem discência. Professor e aluno são igualmente sujeitos no processo ensino aprendizado e o grande papel do professor não seria transmitir conhecimento, mas ensinar o aluno a pensar certo. Para tanto, deveria estimular no aluno e em si mesmo a curiosidade que levaria de uma ingenuidade inicial para um estado de dúvida metódica ao dedicar-se com rigor à busca dos saberes de cada objeto. Outro ponto importante é que os saberes do educando deveriam ser respeitados e que seria fundamental o reconhecimento e a assunção da identidade cultural tanto do professor quando do aluno. O aluno teria que tomar consciência de que era explorado por um cultura capitalista e que tinha um papel ativo para não só se revoltar contra o sistema injusto, como para provocar uma revolução contra as elites dominantes.
Desta forma, ensinar não é simplesmente transmitir conhecimento, mas entender que o educando é sujeito de uma história em movimento, composta de processos dialéticos, condicionado por um sistema cujas principais ferramentas era o domínio midiático e o papel exercido pelos professores reacionários que transmitiam aos alunos a idéia de fatalismo deterministas, que se expressaria na constatação que a pobreza sempre existiria no mundo. A educação progressista era o instrumento para a mudança necessária à sociedade pois transmitia que a mudança era não só possível como uma questão de justiça.
Por fim, defende a especificidade humana da educação que exige segurança, competência profissional e segurança por parte do professor. Mais do que isso, exigia que o professor estivesse comprometido com o processo de transformação do mundo e que entendesse que a educação é essencialmente ideológica.
Lendo as páginas de Pedagogia da Autonomia senti uma grande tristeza pelo enorme desperdício de capacidade que a ideologia provoca em um intelectual. Freire consegue ver os grandes problemas que marcavam a prática pedagógica no Brasil. Realmente o processo ensino-aprendizado baseado inteiramente no professor e com alunos apáticos recebendo conteúdos era uma constatação de muitos casos. O grande problema de Freire, e de todos os que se deixaram levar pelos sonhos ideológicos, é que tudo que vê é filtrado pelas lentes da ideologia e o mundo que descreve começa a ficar longe da realidade.
Se lembrarmos de nossa escola, vamos perceber nitidamente que haviam professores autoritários como descritos por Freire, mas havia também uma série de bons professores e alguns deles de pefil autoritário. Longe de defender um modelo de ensino que teve sua época, e foi capaz de gerar toda a ciência moderna, a velocidade de informações do mundo moderno exige a gradual transformação da forma de ensinar, ainda mais quando se vai desvendando os processos mentais envolvidos na aprendizado, embora estejamos longe de entender realmente como conhecemos as coisas.
Ao dividir o mundo em classe exploradora e classe explorada, seguindo a utopia socialista, Freire se torna incapaz de ver o mundo e o resultado são as distorções que apresenta em Pedagogia da Autonomia. É capaz de condenar a influência da ideologia na educação, mas para ele a ideologia é o neoliberalismo; o socialismo seria apenas um grito de socorro dos oprimidos. A autonomia que defende é uma prisão mental, onde o indivíduo deixaria uma possível apatia fatalista pelas lentes ideológicas do processo revolucionário. Refletindo seriamente, qual a pior prisão?
As idéias de Freire estão na raiz da transformação que as escolas brasileiras foram submetidas nas últimas décadas a partir dos cursos de pedagogia e licenciatura: o professor autoritário e conservador que Freire enxergava foi sendo substituído pelo professor progressista cheio de boas intenções que considera ensinar português e matemática um coisa menor, o mais importante era educar para a cidadania, entendida aqui sob o ponto de vista revolucionário de inspiração marxista. Fica fácil entender como o Brasil chegou às questões do ENEM que cobra cada vez mais a visão progressista do mundo do que o conhecimento necessário para que a pessoa possa pensar por si mesma.
Freire parece ignorar que uma criança encontra-se em uma posição altamente influenciável por seu professor ao defender que este aproveite a prática pedagógica para mostrar sua visão de mundo e confiar que um “debate” entre professor e aluno levará ao conhecimento através do processo “dialético” que caracteriza o processo ensino-aprendizado. O que propõe é simplesmente o estupro ideológico, com todas as consequências que vemos hoje nas escolas do país, tanto públicas quanto privadas.
Fala-se muito sobre a transformação educacional no Brasil, talvez o primeiro passo seja extirpar dela os componentes ideológicos que foram instituídos a partir de idéias como as de Paulo Freire. Existem uma série de idéias aproveitáveis de seu trabalho, o que se faz necessários é limpá-las da ideologia e colocá-las a serviço da verdadeira educação, a que não está preocupada que o aluno aprenda a “pensar certo” sobre determinada ótica, mas que consiga pensar sobre a verdadeira natureza das coisas. O que sempre será impossível para uma mente formatada pela ideologia, pelo menos enquanto não se libertar das amarras que foram impostas pela “pedagogia da autonomia”.

Doutrinação Ideológica nas escolas?

Sobre o Escola Sem Partido, Olavo de Carvalho faz uma crítica que me parece pertinente.

Não existe doutrinação ideológica, o que exigiria dos professores uma capacidade que eles não possuem. Um dos frutos da revolução cultural gramsciana que foi promovida nas últimas décadas foi a imbecilização coletiva. Nossos professores são incapazes de entender o marxismo nem se tentassem. Encarar livros do Marx? A leitura deles está no nível Karnal de platitudes.

O que existe, e esse é o inimigo segundo Olavo, é a manipulação comportamental. A prova do ENEM é um exemplo. Exige-se que o estudante minta nas respostas para poder ter sua resposta aceita. Isso é mais problemático que doutrinação.

No fundo, a escola é um enorme processo de submissão as teses correntes da minoria pensante. A consciência individual é empurrada para o fundo da alma, para nunca mais sair. A consciência é, no fundo, a inimiga dos progressistas.

O problema na escola hoje não é de professores marxistas. Estes, na maioria das vezes, são tão caricatos e toscos que se tornam facilmente motivos para piadas. O problema é a censura que todo o sistema faz a qualquer pensamento que desperta e a consciência individual.

O movimento, portanto, deveria se chamar Escola Sem Censura.

Professores e alunos que pensam diferente do censo comum modificado que se tornou hegemônico nos anos 90 devem ter o direito de expor suas idéias.

A imagem que tenho da universidade brasileira é um grupo de alunos, instigados por professores, impedindo a exibição de um filme sobre o pensamento do Olavo de Carvalho.

É isso que tem que ser combatido.

Niilismo nas universidades?

No podcast da Gazeta do Povo sobre Olavo de Carvalho, o Martim Vasques da Cunha falou algo que não sai da minha cabeça.

Segundo ele, o problema nas universidades não é o comunismo ou o esquerdismo. A grande maioria tem essa face como um disfarce para algo mais profundo, o niilismo.

No fundo, os professores não acreditam em um sentido para a vida ou em verdades que possam nos guiar. Como lhes falta cultura, entendem essa atitude como o socialismo, mas falta-lhes estudo até para entender as noções mais básicas de marxismo.

Se o Martim estive correto, essas pessoas são niilistas, e por isso mesmo, iconoclastas. Querem a destruição de tudo que está aí e confundem um profundo desejo de caos e destruição como um pretenso desejo de um homem novo, através de uma sociedade igualitária.

Será?

Notas de Sexta: Flannery O´Connor, Greta Van Led Zeppelin, Henrique V e uma visita especial

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Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

 

Um conto que li: The Peeler (Flannery O´Connor)

The Peeler (O descascador de batatas), é o primeiro conto realmente genial da Flannery. Antes, havia publicado os seis contos que escreveu como trabalho de doutorado, todos excelentes, mas é em The Peeler que ela muda de nível. Uma alegoria impressionante sobre pecado e redenção, da disputa pela alma do homem.

Um disco que andei escutando: Anthem of the Peaceful Army

O primeiro disco da banda Greta Van Fleet é uma afirmação de quem veio para ficar. A banda, que chamou atenção pelo vigor de seu rock calcado fortemente no Led Zeppelin, começa a firmar seu estilo próprio. Grande trabalho.

Uma visita: Escuela Colombiana de Ingenieria Julio Garavita

Sabem aquelas fotos da google? Amplos espaços, muito verde, limpeza, pista para caminhar e local para atividades lúdicas? Assim é esta faculdade de engenharia colombiana que fica na saída de Bogotá. Ao lado de um belo cemitério, não tem que se preocupar com vizinhos e a possibilidade de ficar encaixotada. Laboratórios modernos, estrutura de primeira linha, fiquei bem impressionado com a visita que fiz para dar uma palestra. Deu gosto de ver.

Uma peça que li: Henrique V

Acho que era a última das grandes peças históricas do Shakespeare que inda não tinha lido. Henrique V é o grande herói virtuoso do bardo.

Um pensamento

É mais fácil dar bons conselhos do que recebê-los.

Le Rouche Foucauld

Universidade: uma das vacas sagradas

Poucas coisas são tão hipócritas no Brasil do que chamar universidade pública de espaço de debates.

Debate de que? Tente marcar uma palestra sobre liberalismo, conservadorismo ou simplesmente exibir um documentário como o filme sobre o Olavo.

A idéia que essa tigrada tem debate é discussão para ver quem concorda mais com a única tese aceita. Tipo o que vemos em uma globo news que para debater desarmamento chama dois especialistas: um a favor e outro muito a favor.

Por outro lado, entendo. Se proibirmos os professores de fazerem propaganda comunista na escola eles vão fazer o que? Dar aula?

PS: Por fotos, é quase impossível distinguir uma universidade de um presídio. A degeneração intelectual sempre começa com a degeneração estética, passando pela degeneração moral.

Notas de Sexta: o lado negro da internet, Lobão, Imprensa Livre, Demolidor e Rush!

Olá pessoal!
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)

Um canal do youtube que estou assistindo: Imprensa Livre

O canal do youtube lançado pelo publicitário Alexandre Borges (não confundir com o ator) apresenta entrevistas muito boas com personalidades que são ignorados pela mídia tradicional simplesmente por dizerem coisas que ela não gosta de ouvir. Assisti as entrevistas do General Richard, Martin Vasquez da Cunha e Bruno Garshagen. Na fila: Ana Paula, Gabeira, Flávio Gordon …

Um disco que estou ouvindo: Antologia politicamente incorreta do Rock Anos 80

No livro quase homônimo, o roqueiro Lobão apresenta sua tese: o rock brasileiro anos 80 foi o único movimento popular na música que ameaçou desbancar o totalitarismo cultural dos barões da MPB. Entretanto, foi sabotado por produtores que achavam que o rock tinha que ser uma variação da MPB, sem peso nas guitarras e bateria de vassourinha. Foi quando teve a idéia de regravar uma antologia de canções da época da maneira com achava que tinha que ser gravado. O resultado é sensacional.

Um livro que começou: The Net Delusion

Inspirado pelo episódio das mensagens de whatsap nas eleições brasileiras, comecei a ler este livro do Eugeny Mozorov, que deixa de lado a fé cega na internet para discutir seus pontos negros. Muito interessante.

Uma série que comecei a assistir: Demolidor

Um dos meus heróis favoritos. Assisti os três primeiros episódios da primeira temporada (não tenho hábito de “maratonar”) e estou gostando bastante. Ansioso para vê-lo no uniforme vermelho!

Um pensamento que estou meditando

Na verdade, um trecho de música:

It´s hard to take the world the way that it comes

(Second Nature, Rush)

Eric Voegelin: uma demanda

Chamou-me atenção que os meus vídeos mais acessados no youtube são do Eric Voegelin. Dos dez primeiros, são oito, incluindo os cinco mais acessados.

Ou seja, Eric Voegelin desperta cada vez mais interesse aqui no Brasil.

Aqui uma playlist de vídeos sobre uma das duas maiores mentes do século XX. A outra é Joseph Ratzinger.