Do blog do Coronel:

O Fórum Social Mundial está caracterizado pelo que efetivamente é: um espetáculo da mais completa desorganização. Ao embalo de 600.000 camisinhas distribuídas pelo governo Lula, o Acampamento da Juventude virou o maior motel a céu aberto da história. Na impossibilidade de encontrar o que procuravam na tumultuada programação oficial, sem internet, sem sinalização e sem tradutores, os participantes preferiram dedicar-se aos universais prazeres da carne, da bola e dos alucinógenos, pois neste novo mundo possível a primeira regra é que tudo é permitido e, de preferência, na frente de todos os transeúntes que são convidados a participar de experiências místicas, lúdicas, eróticas e até políticas. Ao final do terceiro dia, o que está valendo é a programação extraoficial desenvolvida em tendas e barracas, onde drogados debatem com bêbados, comunistas praticam yoga com budistas, indígenas trocam odores e sabores com ongueiros, ainda não se tem notícia de caso de pedofilia envolvendo algum membro das dezenas de pastorais presentes. Assim o Fórum Social Mundial vai sendo recriado pelas circunstâncias e pelo entusiasmo dos diferentes grupos. É flagrante a miscigenação de raças, a diversidade de ritmos, cores e preferências pessoais. Não faltam grupos de batucadas, de cantorias, arrastões rítmicos e bandos de estudantes partidários que caminham, proferindo palavras de ordem em coro, como aquela durante um protesto no McDonalds: ” não seja insensato, tire a carne do seu prato!” Por dia, os participantes estão produzindo 250 toneladas de lixo. Nos postos médicos, a famosa caganeira é o caso mais comum, seguido de enxaquecas produzidas pelos excessos cometidos. A festa custou mais de R$ 150 milhões aos cofres públicos. E o resumo do Fórum está expresso no seguinte diálogo, entre um ativista do terceiro setor e um hippie que veio de Woodstock a pé. O ativista balbuciou: ” onde estou, tudo é tão estranho…”. E o hippie respondeu: ” bicho, você está no novo mundo e eu sou Cristóvão Colombo.”

Uma mistificação capitalista

É comum se associar o capitalismo aos grandes capitalistas, como se estes fossem seus principais defensores. Por isso Clóvis Rossi, em coluna hoje na Folha, espanta-se que George Soros faça críticas ao capitalismo. Segundo Rossi, Soros é o único grande capitalista que apresenta críticas ao sistema.

O capitalismo não é uma forma de organização econômica formado apenas por tubarões. Todos nós participamos do sistema e por incrível que pareça, que manda no pedaço é o consumidor. É claro que as grandes coorporações capitalistas __ que são extremamente anti-capitalistas, um paradoxo __ procura reverter este quadro tentando formar as mentes dos consumidores para que comprem. Estas coorporações tem um grande inimigo, a liberdade individual.

O capitalismo é baseado justamente nesta liberdade, a de comprar ou não. Quando as coorporações investem contra a liberdade, ela investe contra o próprio capitalismo. A idéia que seus interesses estejam subordinados aos desejos e humores deste ser imprevisível, o ser humano, é o verdadeiro terror do grande capitalista. A liberdade do mercado é para ele uma grande fonte de inquietação e angústia. O que deseja é um mercado extremamente regulado, com o mínimo de concorrência. Os executivos das grandes coorporações descobriram que é muito mais fácil lidar com a burocracia estatal e políticos do que com o indivíduo. Aqueles são muito mais previsíveis e fáceis de controlar.

Por isso gente como George Soros corre para bradar que “foi desmentida a tese de que os mercados, deixados por sua conta, tendem ao equilíbrio.” como afirma Rossi. O colunista diz ainda mais, que Soros defende, ao contrário da maioria dos seus pares, a regulação do sistema financeiro. Claro que defende, assim como os grandes capitalistas, embora evitem dizer isso em público.

Acreditar que os grandes capitalistas são os maiores defensores do capitalismo é um mito. O que eles querem é um capitalismo controlado pelo estado pois é muito mais fácil controlar o estado do que o indivíduo. Quem deveria estar bradando em defesa do capitalismo são os consumidores, esses sim os maiores beneficiados do sistema. A defesa do sistema capitalista é uma defesa da liberdade individual, do direito de fazer uma opção.

Não é por acaso que o capitalismo anda de braços dados com a democracia. Ambas apresentam o mesmo princípio em sua base. Quem investe contra um acaba, mais cedo ou mais tarde, investindo contra o  outro. É apenas uma questão de tempo.

Era para ser um escândalo…

Uma alta liderança do Jornal o Globo, em um seminário, solta esta pérola:

“Fizemos um enorme esforço para atrair o pensamento esquerdista para O Globo. E fizemos isso em tal extensão que depois tivemos de procurar um direitista que escrevesse bem, e escolhemos Olavo de Carvalho, o que hoje lamentamos um bocado. Toda a esquerda tem acesso ao Globo: Élio Gaspari, Zuenir Ventura, Veríssimo… E também os ativistas, as ONGs. Estamos fazendo uma coisa balanceada.”

Trata de uma fala de Luiz Garcia. Algumas considerações:

  1. Olavo de Carvalho fez no Globo o papel que Garcia esperava que fizesse. Apresentou a visão conservadora. O problema é que ele não esperava que Carvalho fosse muito mais articulado e culto que todo este bando patético que defende a esquerda. Pegou mal. Para piorar ele realmente escreve bem, o que só ressaltou a incompetência funcional de alguns e desmascarou falsos intelectuais. Por isso foi chutado.
  2. A confissão de Garcia mostra que a redação do Globo foi tomada pela esquerda em um processo planejado. Deveria se um escândalo e uma vergonha para o jornal. Não é nem uma coisa nem outra. Afinal, somos uma país que não lê. O que fica patente é que a redação dos jornais brasileiros refletem o pensamento de esquerda. É bom nunca esquecer disso quando for ler uma reportagem.
  3. Mais importante ainda é o final. Garcia diz que a coisa está sendo feita de forma balanceada. No conceito dele, balanceado é apresentar apenas o ponto de vista da esquerda, o que mostra o compromisso que um esquerdista tem com a democracia.
  4. O incômodo provocado por uma coluna solitária de Olavo de Carvalho mostra como essa gente é frágil em defender a própria ideologia. Na cabeça de Garcia, Carvalho provocaria risos ao defender coisas que considera ultrapassadas, como a verdade, o catolicismo, a moral e etc. Como Olavo faz isso com argumentação racional a coisa pegou. Não dá para deixar intelectual autêntico no meio dos chipanzés.
  5. E dizem que a Globo é de direita…

O papel da ONU

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A ONU tem um papel importante em todos os conflitos que acontecem no terceiro mundo. De uma forma geral, ela sempre se posiciona contra as democracias ocidentais. Foi assim durante todo o processo de descolonização da África. É assim nos dias de hoje.

A imagem que temos da ONU é pautada pela ação humanitária, mas esta não é sua única face. De um modo geral a ONU é mais uma peça no jogo contra a liberdade, apesar de ser financiada, e fortemente, pelo capitalismo.

As Nações Unidas são dominadas por países que vivem alguma forma de regime autoritário. Pode ser em menor grau, como o Brasil, ou pode ser uma ditadura, como Cuba. É difícil passar qualquer resolução contra ditadores e mesmo contra terroristas.

É bom lembrar que o Brasil, em um dos seus espetáculos mais vergonhosos de política externa, votou contra uma resolução que condenava o governo ditatorial do Sudão pelo impressionante massacre de  300 mil pessoas. E foi assim com todos os massacres africanos do século XX. Se era o próprio governo promovendo, tudo bem. É preciso respeitar a auto determinação dos povos.

Se não fosse pelos Estados Unidos, já teria saído uma resolução no Conselho de Segurança da ONU contra Israel, que se defende de terroristas. Mais um argumento pela permanência do direito de veto dos 5 membros permanentes.

Já apareceu um enviado da ONU para acusar os israelenses de crimes de guerra. Claro que este mesmo enviado, que passou anos na Palestina, é incapaz de dizer o mesmo do Hamas, que só não causa mais vítimas civis porque Israel protege sua população. Também ficou em silêncio quando os membros do Hamas degolaram os membros do Fatah.

Quando a Líbia bombardeou e cercou um grupo do Hezboslah em uma operação que causou a morte de 600 pessoas, inclusive mulheres e crianças, não se escutou nem um pio de comoção dos humanistas e da ONU. Na África não havia problema em preto matar preto, ou preto matar branco; no Oriente Médio não há problema em palestino matar palestino, árabe matar terrorista. O que não pode é branco matar preto ou judeu matar terrorista. Alguns sangues humanos são mais importante do que os outros.

E no meio dessa carnificina a ONU aparece como ponto de socorro para ditadores, comunistas e terroristas. Quando esta organização terá a coragem de agir para valer contra o terrorismo? Contra genocídios? Contra o totalitarismo?

Desconfio que jamais. O papel da ONU no mundo é outro. Faz parte de um longo processo que objetiva a inserção completa de todo indivíduo em um todo coletivo como pregava Hegel.  Por isso a simpatia mal disfarçada por todo e qualquer ação humana que seja contra a individualidade.

Por que o ocidente é melhor

Um artigo que defende a superioridade da sociedade ocidental sobre qualquer outra. A base é a dúvida libertadora. A busca pela sabedoria como defendiam os gregos é um esteio para a evolução da sociedade como um todo. Por isso me causa espanto a volúpia como o próprio ocidental defende o abandono de seus valores e olha fascinado para a cultura oriental, aceitando-a como mais elevada. Será que o grande problema de nossa sociedade é que passamos a ter certezas demais ao invés de dúvidas? Que esquecemos uma das grandes lições de Sócrates, só sei que nada sei?

Why The West is Best

Escolhendo fatos

O número de acidentes de carros nos feriados de fim de ano aumentou 7% em relação ao ano passado. É claro que a lei seca fica em discussão. Os jornais trazem “avaliações” de inspetores de polícia dizendo que senumeros não fosse pera nova lei, aprovada sem discussão na sociedade, seria ainda pior. Não discuto. Pode ser realmente que seja verdade. O que quero chamar a atenção é este método de raciocinar que desafia qualquer lógica.

Digamos que o número tivesse reduzido. O que os mesmos especialistas, se é que inspetor de trânsito é agora especialista em interpretação de números, estariam dizendo? Que teria reduzido por causa da lei seca. Mas aumentou. Aí não tem nada a ver com a lei seca. Deveriam ter menos certezas e mais dúvidas, seria bem melhor para todos.

Vou dizer que a lei seca não evita acidentes? Não tenho esta certeza. Só levanto alguns pontos:

  • A lei seca está punindo os motoristas irresponsáveis, que causavam acidentes, ou motoristas comuns por conta de um miligrama a mais de álcool?
  • A lei seca não pode está gerando um sentimento nos demais motoristas que basta não beber?
  • A polícia não estaria colocando esforços demais para pegar alguns miligramas de álcool em detrimento de outro tipo de ações que poderiam ser mais eficazes? Tipo prestar atenção em excesso de velocidade?
  • Como fica a questão da punição para homicídios culposos? Por que isso não entra em discussão? Remediar também não seria uma forma de prevenir? Pelo menos neste caso?
  • Toda a discussão do efeito da lei seca não estaria tirando a atenção em outros fatores, talvez mais significativos, como a qualidade das estradas, sinalização ou mesmo o efeito do sono?
  • Em um país onde se tanta coisa inútil tem que passar pelo parlamento não é uma incoerência que um ato desses tenha sido tomado em um gabinete de burocratas, sem qualquer discussão envolvendo a sociedade?

Bruno Tolentino em sua última aula deu um conselho aos jovens: tenham menos certezas e mais dúvidas.

É um bom ponto de partida para entender a realidade.

Sobre as Doutrinas Modernistas

Mais uma obra de referência deste blogueiro.

Sobre as Doutrinas Modernistas foi escrito por Pio X em 1907. O papa apresentou sua análise dos fundamentos que existiam por trás das correntes de pensamento que ganhavam a Europa e alertava sobre para onde levariam a humanidade. Combatia principalmente a penetração das doutrinas modernistas no ceio da Igreja pois os modernistas escondiam-se em uma falsa fé para propagar suas idéias fazendo “promiscuamente o papel ora de racionalistas, ora de católicos, e isto com tal dissumulação que arrastam sem dificuldade ao erro qualquer incauto;”

Para ler mais.

Para ler a encíclica.

Nem papai noel escapa…

Um estranho silêncio toma conta dos ambientalistas defensores do armagedon em todo o globo. Como sabem, basta um verão mais quente para provar a tese do aquecimento global e mais ainda, que o serúmanu é o causador de tudo.

O que não entendo nesta lógica toda é porque um verão quente prova o aquecimento e um inverno frio não prova nada. Tem neve e frio recorde para tudo que é canto e o silêncio é absoluto.

No meio disso tudo eu me deparei com o vídeo de natal do greenpeace. Vendo essa peça de extremo mal gosto eu começo a entender porque nunca levei fé nesta turma. Nesta estória toda de ambientalismo eu vejo uns poucos ganhando muito dinheiro em cima de muitos e a coisa toda transformou-se em uma nova seita, mais uma religião moderna.

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Retrato de um país sem vergonha

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Este é o retrato da pichadora. Uma injustiçada sem dúvida nenhuma. Poderia estar estudando, criando uma família, mas não. Aos 24 anos é uma pichadora profissional e conseguiu mobilizar artistas, intelectuais e grande parte da imprensa. Se Daniel Dantas está solto, por que prender esta jovem(?!?) artista que apenas quer se expressar neste mundo tão injusto.

Pelo advogado e pelo carro que usou para sair da cadeia pode-se ver que realmente foi bastante injustiçada na vida.

Sua gargalhado é seu recado para o país.