Sociedade
Da Folha:
Em comemoração aos 45 anos do golpe militar de 1964, que derrubou o governo do presidente João Goulart, clubes que reúnem oficiais da reserva de Exército, Marinha e Aeronáutica descerraram ontem três placas com 126 nomes de vítimas de ações armadas de grupos de esquerda em 21 anos de ditadura militar. Do lado de fora da solenidade no Clube Militar, comemorativa do que o convite chamou de 45º aniversário da “Revolução Democrática de 31 de março de 1964”, houve protestos de dezenas de estudantes, contra o que chamaram de “festa dos assassinos”. O comandante Militar do Leste, general Rui Alves Catão, evitou se associar às homenagens ao golpe, dizendo que havia comparecido apenas para assistir à palestra do economista Ubiratan Iório. O rol inclui ao menos 42 policiais, 18 militares e 4 estrangeiros. Entre eles, Henning Albert Boilesen, ex-presidente da Ultragás acusado de financiar ações e participar de sessões de tortura da Operação Bandeirante. Na solenidade, estudantes ligados à UNE (União Nacional dos Estudantes) entoaram gritos contra a reunião. “Viemos cobrar abertura dos arquivos da ditadura”, disse Rafael Simões, diretor da UNE. O presidente do Clube da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, criticou os protestos. “Temos uma lição de história que deveria estar sendo transmitida e não as histórias que estão contando, que não são verdadeiras.” Iório disse que o regime militar aqui foi mais “acanhado” que as ditaduras socialistas. Ontem o presidente do STF Gilmar Mendes afirmou que “a solução do imbróglio institucional em que o Brasil se meteu em 1964 muito se deve aos políticos da situação e da oposição, como Jarbas Passarinho, Petrônio Portela [ex-ministros no regime militar] Paulo Brossard, Marcos Freire” [ambos eram do MDB]. “Vemos em alguns segmentos uma tendência de valorizar o chamado companheiro de armas. É preciso que valorizemos homens que se dedicaram ao fazer da política e do direito, dentro de marcos institucionais, não nos convidando a aventuras”, disse.
Comento:
Onde estava a UNE quando os petralhas compraram o Congresso Nacional? Onde estava a UNE quando o Ministro da Fazenda usou todo o peso do estado para intimidar um caseiro? Onde estava a UNE quando um dos principais assessores do presidente tripudiou sobre 200 mortos em uma acidente aéreo? Onde estava a UNE quando o MST assassinou três seguranças de uma fazenda?
A UNE acha que está onde? No 1968 francês? Esta entidade vive em função de vender carteirinhas de estudante e receber verbas do governo federal. Além de servir de estágio de formação de esquerdopatas. Ela é incapaz de representar qualquer estudante real porque não se interessa por ele.
Se a comemoração dos militares da reserva é uma “festa de assassinos”, o que dizer da recepção de Raúl Castro? Onde estava a UNE? Quantos membros da entidade desfilam desavergonhadamente com camisas do Che? O mais curioso é que se um dia o regime que tanto sonham fosse implementado no Brasil, eles seriam as primeiras vítimas, como seus companheiros venezuelanos compreenderam há muito tempo.
Parabéns ao Clube Militar por manter aceso o verdadeiro significado do 31 de março de 1964. Não adianta desejar que os vagabundos da UNE estudem um pouco de história. Estudar nunca foi o forte deles.
Legal e social
O MPF, ao formular os pedidos de prisão preventiva e temporária dos investigados, assim como os de busca e apreensão, agiu no exercício de sua estrita responsabilidade legal e social, analisando tanto o conteúdo das provas materiais já constantes dos autos – e que apontam para a efetiva prática de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro – como os pressupostos processuais legais que autorizaram as medidas constritivas adotadas pelo Juízo Federal de primeiro grau, inclusive as ordens de prisão cautelar;
Assim se pronunciou a procuradora Karen Louise. Duas evidências de um esquerdopata em ação. O primeiro é o fato da procuradora falar em nome de todo o ministério público. O segundo é a palavra social entre as responsabilidades do MP.
O socialista costuma falar em nome de um ente abstrato. Geralmente é o povo. Ninguém mais do que ele sabe o que o povo pensa e sente, embora qualquer pesquisa mostre que os ideais do povo real são bem diferentes do povo de um socialista. Não faz muito tempo Protógenes falava em nome do povo brasileiro, como se tivéssemos dado a ele procuração para tal. Do mesmo modo que Karen não fala em nome do ministério público. Por que eles não falam em nome de si mesmos? Por que precisam tanto de uma entidade qualquer para justificar suas palavras?
Vejam que Karen fala em nome de responsabilidade legal e social. Aprendi a desconfiar sempre que leio ou escuto a palavra “social”. A justiça existe para administrar as leis que são aprovadas pelo legislativo; cabe a este especular sobre elas, ao judiciário cabe fazê-la cumprir e, principalmente, defendê-las, concorde a procuradora ou não. Não existe, para um juiz ou procurador, diferença entre legal e social pois o social JÁ ESTÁ NA LEI. Cumpra-se a lei e teremos um mundo mais justo, inclusive em termos sociais. A lei não está perfeita, permite distorções? Cabe ao legislativo aperfeiçoá-las. Nunca ao judiciário. Quem faz as leis não pode aplicá-las e vice-versa. Esta no bê a bá da democracia.
A nota ridícula da procuradora mostra um pouco da infiltração socialista no judiciário que hoje parece cada vez mais rachado entre legalistas e o tal “direito achado na rua”, esta tentação totalitária de juízes e procuradores de se colocarem além do bem e do mal e querem ser mais do que realmente são.
31 de Março
Alguns brasileiros, este blogueiro incluído, comemoram hoje a revolução democrática de 31 de março de 1964. Existe um empenho da alta cúpula do Exército em colocar uma pá de cal sobre um passado que tem mais a se orgulhar do que se envergonhar.
Um dos problemas da democracia __ sim, apesar de ser o melhor sistema político que o homem conseguiu bolar tem seus defeitos __ é sua incapacidade de lidar com a agressão aos seus próprios princípios. É um regime frágil, o que é uma qualidade. Em nome da liberdade, a democracia pode ser atacada.
Em 1964, o governo Jango rumava firme para a anarquia. Não acredito que ele instalaria um regime comunista no Brasil, seu papel estava mais para Kerensky, o homem que sucedeu o kzar para logo depois ser deposto por Lenin. O papel de Goulart era instituir a crise no país para que os comunistas tomassem o poder seguindo o manual proposto por Marx (leiam O Manifesto Comunista).
A esta altura, já havia a desestabilização do governo. Quando o avanço comunista chega a este estado, a democracia não tem mais como vencê-lo, não sem restrições de algumas liberdades e expurgo dar ervas daninhas. A sociedade clamou pela intervenção dos militares. Gustavo Corção chamou atenção para a parte mais interessante do movimento. Era uma revolução que não era feita em torno de um líder, mas em nome de Deus e das famílias.
Infelizmente os comunistas, apartados do poder, recorreram à luta armada, o que endureceu o regime. Diante do terrorismo (é o nome do que praticavam) é necessário tomar medidas para restringir libedades. A proteção da população civil se torna prioritária e ela fica totalmente exposta em um regime democrático pleno.
Vencida a guerrilha urbana e rural, os militares iniciaram uma transição para devolver o poder aos civis. Infelizmente fizeram de forma melancólica e saíram de cena meio envergonhados. Geisel nunca deveria ter sido presidente. Uma vez um tio meu defendeu uma tese interessante que cada vez mais faz sentido. Médice convocaria eleições diretas e seria candidato. Era imbatível em 1974. Governaria um ano e renunciaria, convocando uma eleição apenas com civis. Sairia por cima e deixaria o recado, não brinquem com a constituição porque voltaremos se assim for necessário.
Houveram excessos? Seguramente. É próprio do clima de guerra que se criou por conta do terrorismo dos comunistas brasileiros. Mas os militares são os grandes responsáveis pela manutenção da integridade da sociedade brasileira e da consolidação da democracia.
As Forças Armadas não tem o que se envergonhar desta data, a despeito do que diz a mídia. A maior parte do povo brasileiro sabe que a coisa certa foi feita, principalmente os que viveram os acontecimentos do 31 de março.
Por fim, ficam aqui as orações por todos aqueles, militares e civis, que pereceram nos covardes ataques dos vários grupos terroristas que atuaram no Brasil. Estes sim deveriam ter gerado pensões dignas para suas famílias, e não aqueles que lutaram pelo terror.
Para meditação
Nem vou comentar muito, está tudo muito bem destrinchado no blog do Reinaldo. É claro que a condenação de Eliana Tranchesi por sonegação de impostos a inacreditáveis 96 anos de prisão é um escárnio. O tal “direito achado na rua” está abrindo seu espaço no judiciário e promovendo a luta de classes dentro da justiça brasileira. O maior pecado de Eliana é ser rica e querer viver INDEPENDENTE do estado. Aí é demais! Ser rico tudo bem, mas tem que ter pedigree, tem que tirar foto com logotipo do banco do brasil ou da petrossauro. Se ela sonegou impostos, que pague de acordo com a lei e tenha a pena condizente. O que não pode é transformarem a empresária em exemplo da chamada “justiça social”.
Só para ter uma idéia de comparação.
Pelo mesmo crime, Al Capone pegou 11 anos de prisão.
Por matar os próprios pais, Suzane pegou 39 anos de prisão.
E a juíza acha que está fazendo algum tipo de justiça condenando Eliana a um século de prisão? Décadas formando bacharéis em direito com esta noção de justiça só poderia produzir esta desmoralização do próprio judiciário. O resultado é que temos cada vez mais juízes que consideram-se acima das leis e que devem aplicá-las de acordo com suas visões bem particulares de justiça.
Mais alguém que acha que o papa está certo e surpreza: é um especialista!
Já ouviram falar de Edward Green? Eu nunca. Vejam suas credenciais: é diretor do projeto de pesquisa em prevenção da AIDS em Harvard com nada menos do que 30 anos de experiência em países em desenvolvimento no combate à doença, especialmente na África. Ele concedeu uma entrevista, ignorado na imprensa brasileira, ao site ilsussidiario.net. Falou sobre a polêmica do discurso do papa sobre a camisinha na prevenção da AIDs. Em resumo, disse o seguinte:
- Como liberal em questões sociais era difícil para ele admitir, mas o papa está certo. As evidências mostram que camisinhas não funcionam para reduzir a infecção da doença na África.
- O que se observou agora é uma associação de uma elevada utilização de camisinhas com altos índices de contaminação do HIV. Em parte deve-se ao efeito de compensação. O homem ao usar camisinha sente-se mais seguro do que realmente estão em relação à infecção e assumem maiores riscos. As pessoas não usam camisinha com seus parceiros regulares e sim no sexo casual.
- Os países da África com maior acesso a camisinhas e maior taxa de utilização são os que possuem maior grau de infecção de AIDS. O que não prova a casualidade, mas que deveria levantar suspeita sobre os programas baseados na utilização de camisinhas.
- Existem 8 países africanos com queda nos índices de AIDS. Em todos eles foi observado uma diminuição no número de parceiros sexuais antes da queda dos índices.
- A abstinência sexual na juventude é sim um fator de redução da AIDS.
- A redução dos parceiros sexuais é a medida mais efetiva para combater a AIDS.
- A política ABC é uma realidade e funciona. Em sua opinião o segundo fator (Be faitfull, seja fiel) é o mais importante de todos, seguido da abstinência e por fim a utilização de preservativos.
A entrevista pode ser conferida aqui.
Novos criminosos
Folha:
Os não índios presentes na terra indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, deverão sair da área até o dia 30 de abril, sob o risco de serem retirados à força pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança. Os arrozeiros não poderão colher o que já está plantado, mas receberão, se ficar comprovado que agiram de “boa-fé”, indenização pela colheita perdida.
Comento:
Parabéns aos 11 membros do STF que promoveram esta lambança interessados em ganhar aplausos da comunidade internacional. Pouco importa os arrozeiros, estes brasileiros sem pedigree. Eles que tratem de sair de lá antes que a Gestapo entre batendo. Este é o novo Brasil em que quem trabalha não tem lugar.
Uma lástima.
Eles continuam
Os petistas não desistem de tentar destruir a liberdade. Meu amigo Clausewitz alerta para um movimento que pretende monitorar quem acessa a internet, dados que seriam coletados pelo estado para evitar os crimes pela internet. Quem já estudou um pouco do socialismo soviético sabe que todas as medidas restritivas foram feitas em nome da liberdade; daí Orwell ter cunhado o termo “novilíngua” para o contraste entre o nome e seu siginificado. Em sua utopia, 1984, o ministério da guerra chamava-se ministério do amor, por exemplo.
Imagine Tarso Genro e a aparelhada polícia federal sabendo quem é quem na rede, vigiando cada passo nosso. Não é brincadeira a ameaça que paira por todos nós. Se não apartarmos os petralhas do poder enquanto é tempo acabaremos sem ter como fazê-lo; pelo menos sem sangue.
Já dizia o Eclesiastes: “não há nada de novo debaixo do sol.”
Retrato da educação no Brasil
O Big Brother
Um dos mitos que não mais se sustenta é que a internet é terra dos anônimos. Já foi. As ferramentas de controle de acessos estão cada vez mais eficazes em identificar de onde partiu o acesso a uma determinada página. Em seu blog, Aloíso Amorim publicou um post que mostra o local exato de um determinado acesso.
Isso muito me preocupa. Estamos caminhando a passos largos, se já não chegamos, da vigilância total do indivíduo. Outro dia presenciei a seguinte conversa entre dois amigos a respeito de uma reportagem que passava no Jornal Nacional sobre a instalação de câmeras de segurança em São Paulo. A reportagem mostrava os benefícios para a polícia.
__ Infelizmente chegamos a um nível de violência tal que temos que abrir mão de nossa privacidade.
__ Eu não vejo problema nenhum.
__ Não?
__ Não. Quem não está fazendo nada de errado não tem nada a temer.
O que este colega não compreende muito bem, é que o certo para ele pode virar errado para alguns de um momento para outro. Que garantias temos que os vigilantes estarão de olho apenas na violência? Que nossa vida privada não estará a perigo? Segundo ele, a partir do momento que saímos de nossa casa, estamos em público e perdemos o direito à privacidade. Será?
O que acontecerá com aquele namoro em um banco de praça? Aquela conversa com os filhos passeando por um zoológico? Aquela chamada de atenção mais enérgica em um filho, que quem é pai sabe que é necessário, não vai despertar a ira de espíritos sensíveis de assistentes sociais?
Um delegado aqui de Brasília, se aposentando, concede uma entrevista em que defende com unhas e dentes a escuta telefônica. Parece que o grampo virou o método principal de investigação nos dias de hoje e não o último recurso que deveria ser.
O problema de estabelecer vigílias é sempre um só: quem vai vigiar os vigilantes?