Brasil na Ginástica Artística: Da Distância à Conquista

Brasil na Ginástica Artística: Da Distância à Conquista

Quem me conhece sabe que não sou de enaltecer demais o “quase lá”, mas temos que entender bem o contexto. No caso da medalha inédita de nossas meninas ontem na ginástica artística, não tem nada de “quase lá”. Talvez em relação à prata, mas nós, e o resto do mundo, ainda estão um pouco distante das americanas. Questão de tempo?

Tenho idade para lembar de Los Angeles, 1984. Foi a primeira olimpíada que o Brasil conquistou um número um pouco mais expressivo de medalhas (ajudado pelo boicote da URSS). Lembro bem da Luisa Parente, nossa esforçada ginasta, primeira a disputar os jogos. Não foi para nenhuma final. Na época vendo a disputa pensei que nunca chegaríamos lá, a distância foi muito grande.

Alguamas décadas depois vieram nossos primeiros talentos, tanto no feminino quanto no masculino. Individualmente aos poucos chegamos lá. Vieram as medalhas e me perguntei se não era um novo fenômeno “Guga Kurten”, ou seja, um fenômeno de um talento que aparece de vez em quando, mas que não trata de um esforço consistente de um país em ter sempre atleta de ponta competindo.

Pois esta medalha por equipes mostra que não. O Brasil atingiu realmente uma prateleira de destaque na modalidade, revelando atletas de forma constante. Uma combinação de talento e estrutura, incluindo treinadores e suas equipes. Por isso este bronze é muito importante, por isso vale ouro.

Foi emocionante ver nossas meninas superarem um início difícil, em que parecíamos longe da medalha, e conquistá-la no último momento, na última apresentação. Deu orgulho vê-las no pódio ontem. Mostrou que a combinação talento e esforço é possível em nosso país e isso não é pouco.

O paradoxo do catolicismo brasileiro

Eram quase 17 horas quando cheguei na Catedral Imaculada Conceição, em Franca. Estou em viagem de trabalho e mesmo assim dou meu jeito de conseguir ir na missa de domingo. Um ponto positivo é que me dá uma perspectiva melhor sobre diferenças em estilo na condução do culto pelos diversos padres, mas não sobre isso que gostaria de falar.

O que me chamou atenção mesmo é que a Igreja estava cheia, coisa que tem sido comum. A única exceção foi a missa que assisti em Stanz, na Suiça. Uma catedral lindíssima, uma missa muito bonita, mas pouca gente numa manhã de domingo, e quase todos idosos. Não é o que tenho visto no Brasil.

Será que estamos vivendo um movimento diferente por aqui? Quando olhamos para o IBGE, a porcentagem de católicos tem caído, mas já ouvir que isso se deve principalmente porque praticamente todo mundo se declarava católico no país, mesmo que não tivesse nenhuma devoção verdadeira. Com o avanço das igrejas evangélicas, claro que foi deste pessoal que saíram os novos protestantes.

Só que muito católico tem descoberto a própria fé e se tornado assíduo nas missas, inclusive demandando confissão. É um fenômeno no mínimo interessante.

Acredito que isso tem muito a ver com o caos em que estamos vivendo. Não podemos nos enganar nisso, o Brasil é um país caótico. A Igreja é um refúgio, uma resistência da ordem e por que não dizer, de beleza. O homem precisa de ordem em sua vida e não vai ter isso em muitos lugares em nosso país, basta ver a feiura que tomou conta de nossas universidades.

Observo este fenômeno com atenção e otimismo. Muito do que acontece hoje no Brasil é porque sabem se aproveitar de um catolicismo fraco que professamos no dia a dia. Os políticos dominam a arte de manipular cristãos de mentirinha. Agora, se estes cristãos se tornarem mais concientes, mais ligados a própria fé, a coisa vai mudar de figura.

Um último ponto. Parece que quanto mais tradicional for o rito, maior a audiência. Não significa voltar a missa em latim, que por sinal é belíssima, mas de tirarem os exageros que foram colocando no culto, bem na linha do que o papa Bento XVI alertava. Menos cantoria, menos gente no altar e mais momentos solenes. Isso agrada. Para escutar moda de viola, o lugar é outro.

Mitos sobre o kindle

Desmistificando Mitos sobre Kindle: Revelando a Verdade por Trás dos Boatos

Se você está pensando em adquirir um Kindle ou já é um usuário, é natural que surjam dúvidas e questionamentos sobre o dispositivo de leitura eletrônica mais popular do mercado. Neste artigo, vamos desvendar alguns dos mitos mais comuns sobre o Kindle, ajudando você a entender melhor esse fantástico aparelho.

O mais importante, é que não precisa ser uma escolha exclusia. Ou seja, não se trata de escolher entre um kindle ou um livro físico. Podemos ter os dois! Existem momentos que uma é mais adequada do que a outra, mas depende muito do leitor.

Eu, por exemplo, uso muito o kindle para literatura de ficção e uma primeira leitura de livros de conhecimento. Já quando preciso consultar muitas vezes o mesmo livro, prefiro ter físico mesmo. Enfim, só experimentando para ver.

Mito 1: O Kindle Danifica a Visão

Um dos mitos mais disseminados sobre o Kindle é que ele pode causar danos à visão devido à sua tela iluminada. No entanto, a verdade é que o Kindle utiliza tecnologia de tinta eletrônica, que reproduz a experiência de leitura de um livro tradicional, sem emissão de luz direta nos olhos. Portanto, ao contrário de smartphones e tablets, o Kindle não causa cansaço visual mesmo após longas sessões de leitura. O melhor é que não tem brilho, o que permite leitura ao ar livre, mesmo em dias de sol.

Mito 2: O Kindle é Difícil de Usar e Navegar

Alguns podem acreditar que o Kindle é complicado de usar, especialmente para aqueles que não estão familiarizados com tecnologia. No entanto, a Amazon projetou o Kindle para ser intuitivo e fácil de navegar. Com uma interface simples e botões de navegação claramente identificados, qualquer pessoa pode aprender a usar o Kindle em poucos minutos. Além disso, a loja integrada facilita a compra e o download de novos ebooks.

Mito 3: O Kindle é Apenas para Leitura de Livros

Embora o nome “Kindle” esteja associado à leitura de livros, o dispositivo oferece muito mais do que isso. Além de ebooks, o Kindle permite acessar revistas, jornais, documentos PDF e até mesmo audiolivros. Além disso, recursos como o dicionário integrado e a capacidade de fazer anotações tornam o Kindle uma ferramenta versátil para estudantes e profissionais.

Mito 4: O Kindle Não Oferece a Mesma Experiência de Leitura que um Livro Impresso

Para alguns apaixonados por livros físicos, pode ser difícil imaginar que o Kindle possa proporcionar a mesma experiência de leitura. No entanto, muitos usuários relatam que o Kindle oferece uma experiência igualmente agradável, especialmente devido à sua tela antirreflexo que permite a leitura em diferentes condições de iluminação. Além disso, a capacidade de ajustar o tamanho da fonte e a iluminação da tela tornam a leitura no Kindle ainda mais confortável.

Conclusão: A Verdade sobre o Kindle

Apesar dos mitos que cercam o Kindle, a verdade é que este dispositivo revolucionou a forma como as pessoas acessam e consomem conteúdo escrito. Com sua tecnologia avançada, facilidade de uso e ampla gama de recursos, o Kindle continua a ser uma escolha popular para amantes da leitura em todo o mundo. Portanto, se você está pensando em adquirir um Kindle, não deixe que os mitos o impeçam de desfrutar dessa incrível experiência de leitura digital.

Leia: Artigo anterior

Minha dica pessoal de modelo: Kindle Paperwhite

Terapia para os dias de hoje: leia Chesterton!

Nunca vou cansar de repetir, se tivesse que escolher um único autor para ler para o resto da vida, seria Chesterton. Ele é o mais completo, uma síntese do conhecimento universal e do puro bom senso.

Quer saber por onde iniciar?

Aqui vão 3 dicas:

Ortodoxia: https://amzn.to/3Ur0ulL

Hereges: https://amzn.to/49pTWb0

O Homem Eterno: https://amzn.to/3unvzMo

Kit Especial (os 3 citados e mais O que está errado no mundo): https://amzn.to/3I8XB1H

O que está esperando? Deixe de ser um passageiro neste mundo e passe para a cadeira de motorista!

A Torre de Babel e a aliança com Noé

Com Noé, Javé fez uma aliança. Sua família geraria uma nova humanidade, que se dividiria em línguas, clãs e nações. Deus nos diz que é melhor para a humanidade viver em nações independentes do que se unir em uma única língua e nação, como cantou um dos mais ricos filósofos da modernidade, John Lennon.

Para não deixar dúvidas, Deus destrói uma tentativa de unificação dos povos, simbolizada pela Torre de Babel, que não escondia seu propósito, chegar ao céu, ou seja, tomar o poder de Deus. Era uma afronta explícita. Por que Deus se irou com a construção da Torre? (Imagine all the peooopleee…)

Especulo que o sonho de uma única nação seja um perigo para todos nós. O que acontecerá quando este poder for capturado por um tirano? Quem nos protegerá? A história tem vários exemplos de Impérios que se formaram sob o símbolo da justiça e degeneram em monstruosas tiranias. Outros implodiram antes disso, mas nenhum durou eternamente e, nem trouxe a paz que prometia.

Entretanto, o sonho de uma nova Torre de Babel continua a frequentar as mentes ambiciosas. Pior, conseguem, na modernidade, seduzir uma multidão de tolos, que vêem em sua construção a solução do problema do mundo, geralmente reduzido a uma fórmula simples.

Deus não permitiu esta torre na antiguidade, nem ao longo da história, e muito menos permitirá agora. Mas sempre haverá os que insistirão.

Princípios e ideais

Quando pensamos em ideais, olhamos para o futuro, em algo que entendemos como desejável, um objetivo que gostaríamos de ver concretizados.

Na política está muito associado ao pensamento de esquerda: “sociedade sem classes”, “igualdade absoluta”, “justiça social”, “novo homem e novo mundo”. Podemos dizer que a esquerda é uma busca por realizar ideais.

Uma grande exemplo é a letra de Imagine, do John Lennon. É praticamente uma lista de ideais.

Já quando falamos em princípios, não pensamos em futuro. Não é algo a ser alcançado. É antes um ponto de partida, uma base para entender uma situação e ter um guia para a atitude a tomar. Um princípio não é um dogma, ele não deve ser aplicado a todas as situações, mas deve ser ponderado para o caso concreto. É como se disséssemos em princípio seria A, mas nesta situação, fica melhor B.

Daí fica a diferença entre um pensamento realmente conservador, no sentido da tradição inglesa de Burke. Para um conservador, não existe uma solução universal para os problemas do homem, mas princípios para entendermos a sociedade e guiar nossas ações.

Por exemplo, em princípio, um conservador tem a prudência como principal virtude do estadista. Sempre? Não. Dependendo da situação terá que se guiar pelos sentimentos, pela vontade, pela intuição. É a situação concreta que vai dizer.

Um conservador que coloca ideais acima dos princípios está apenas emulando a forma de pensar da esquerda, muitas vezes apenas mudando o sinal.

Manter tudo como está não é um pensamento aceitável para um conservador, e sim para um reacionário. O conservador deve ponderar, e mudar com a convicção que é a melhor solução, depois de ter analisado as opções. É necessário tanto as mudanças quanto a permanência. O segredo é dosar tudo isso.

Eu não gosto de rótulos, como usei aqui de esquerda e direita. A coisa é muito mais complexa que isso. Talvez a grande divisão seja entre aqueles que colocam os ideais acima dos princípios e aqueles que colocam os princípios acima dos ideais.

Eu, de minha parte, me alinho mais com o segundo comportamento, até porque é comum formular ideais que ignoram a condição humana, tratando o homem como uma espécie de massa que pode ser moldada, um tipo de pensamento que conduz, muitas vezes, ao fenômeno da desumanização, tão comum no século XX nos regimes totalitários.

Praia: por que não?

O Brasil real

Temos o primeiro feriado numa segunda-feira depois que os estados começaram a flexibilizar as medidas pouco efetivas de lockdown. Digo pouco efetivas porque é muito diferente aplicar estas medidas na Europa Ocidental e em cidades do terceiro mundo superpopulosas e que metade da população não tem acesso à saneamento básico. Nosso jornalista pretende ignorar que a grande parte de nosso povo não tem condições de ficar em casa, mesmo com ajuda governamental. Simplesmente não temos reservas para tanto, até porque não passamos do estágio de ter a infraestrutura resolvida, como acontece com Itália, Espanha e França. Somos um país de necessidades urgentes, o que nos torna bem diferente.

Desde o início, os mais entusiastas de um lockdown rigoroso foram justamente aqueles que podiam ficar em casa sem comprometer suas rendas. Não se trata apenas de funcionários públicos, mas também de prestadores de serviços que conseguiram, com maior ou menos facilidade, continuar trabalhando com um computador e internet. Outro exemplo emblemático: a quantidade de comentaristas e apresentadores de tv que estão trabalhando de casa. Só que esta não é a realidade da maior parte do nosso povo, não é?

Pois a mídia, espécie de porta voz da turma da histeria, empenhada em uma cruzada moral como nunca vi, percebeu nas praias lotadas no feriadão, especialmente no Rio de Janeiro, a nova panaceia para sua pregação militante. Estão vendo? O brasileiro é irresponsável! Acha que a pandemia acabou, que pode ir à praia como se estivéssemos em 2019! Não entenderam que agora é o “novo normal”, seja lá o que for esta invenção.

Devolvo a pergunta para os moralistas de pandemia: por que não deveriam ir à praia? A maioria destas pessoas estão trabalhando normalmente, enfrentando os riscos do covid sem terem opção. Os hospitais precisam das equipes de limpeza, dos técnicos de enfermagem e laboratório, das equipes de apoio. Da mesma forma, precisam trabalhar garçons, atendentes, funcionários do metrô, motoristas em geral. As pessoas continuam pegando o transporte lotado chegarem no trabalho, muitos para que a turma que critica possa continuar em casa fazendo seu home office. Afinal, como chega a comida em seu prato? Quem vai resolver o problema da net quando a conexão fica ruim? Como vai chegar a encomenda feita na amazon? Pois estas pessoas que trabalham normalmente, enfrentando toda dificuldade das grandes cidades, não podem ir à praia? É isso mesmo? Como ousam! Já os deixamos trabalhar e passar horas sacudindo nos trens e ônibus da vida, e ainda querem ir à praia? Que mal agradecidos!

Fico pensando apenas nestas pessoas que estão em casa. Quantas serão que não estão indo à praia durante a semana, aproveitando sua flexibilidade de horário. Percebem a hipocrisia? O mesmo repórter que com voz grave denuncia o povo irresponsável, se duvidar, curte sua praia durante a semana, mas com responsabilidade, claro!

Aliás, a turma do fique em casa também não está mais aguentando. Cada vez mais temos fotos e vídeos de famosos que emprestaram suas vozes para a cruzada moralista, participando de festas, passeios de barco, viagens. Eles podem. Quem não pode é aquele que está mais exposto à pandemia e não se pode dar o luxo de ficar em casa fazendo post de garrafa de vinho aberta no instagram.

Educação: o grande problema

Se precisássemos escolher um único problema para caracterizar a nossa educação qual seria?

Esta semana assisti uma palestra na ENAP do Ricardo Paes de Barros sobre políticas públicas baseadas em evidências. Um dos inúmeros gráficos apresentados me chamou particularmente atenção: a relação entre escolaridade e produtividade.

Em todos os países observados, o aumento de escolaridade corresponde ao aumento de produtividade. Pode ser uma subida suave, como no Chile. Uma mais agressiva, como em Singapura; ou um extremo, como a Coréia. Porém todas relações são ascendentes. Exceto uma.

O Brasil conseguiu subir bastante em grau de escolaridade sem aumentar sua produtividade. Caso único no mundo.

Brasil, o tipo zero

Contou o palestrante, que ao mostrar este resultado em um congresso internacional, um burocrata estrangeiro se aproximou e disse que gostaria de estudar o modelo brasileiro. Paes de Barros pensou que se tratava de alguém querendo aprender com nossos erros. Mais a afirmação seguinte foi surpreendente.

__ Quero copiar para o meu país.

__ Mas, por que?

__ O Brasil foi o único país no mundo que conseguiu fazer educação sem servir ao capitalismo.

Taí, nessa frase nossa miséria. Não conseguimos converter educação em produtividade, valor, riqueza. Somos o país que educar é um verbo intransitivo, sem objeto direto.

Paulo Freire teria orgulho de nós.

O caos brasileiro

A corrupção da inteligência foi tão profunda no Brasil que terminou gerando uma geração de estúpidos, entendido aqui no sentido dado por Eric Voegelin de pessoas incapazes de lidar com a realidade, inclusive nos seus aspectos mais básicos.

Os chamados especialistas, figuras constantes nas bancadas jornalísticas, desferem números e opiniões absurdas sem a menor contestação, sem qualquer crítica de jornalistas que aplaudem qualquer posição que seja a favor de certa visão de mundo e descartam o que contraria esta visão, ainda dominante.

O resultado é uma cobertura jornalística caótica, que enterra-se, com muita justiça, a cada reportagem e programa. O que Gramsci não viu em seu programa cultural é que os próprios corruptores se tornariam tão alienados quanto os corrompidos. Ao propor transformar uma geração em zumbis do partido, as melhores mentes do próprio partido se tornaram também zumbis. A contaminação é quase total. A esquerda está perdida porque é conduzida por estúpidos que ela própria formou.

No entanto, aqueles que souberam resistir, muitas vezes se colocando a margem de todo esse processo, estão encontrando caminho livre, em um ambiente de terra arrasada, para espalhar suas idéias, o que se constitui em um enorme risco.

O problema é que eles não encontram adversários capazes de discutir, e acabam falando sozinhos para uma massa que não os compreendem. Além disso, como já se mostrou na história, conhecimento nem sempre vem acompanhado de moralidade. Há muita gente com idéias corretas mas sem ética suficiente para ocupar o espaço público, tratando a política como se fosse uma missão divina particular. Acabam por desacreditar as próprias idéias por causa de forma como as praticam.

Não se enganem. Vivemos o caos. Nossa esperança é que deste caos saia alguma ordem verdadeira. Caso contrário, ficaremos entre religiões políticas com visões diferentes de paraíso, mas capazes de causar males imensos às pessoas comuns, que tem apenas o bom senso a guiá-las. Vivemos uma encruzilhada cultural no Brasil que quase ninguém percebe, mas que terá profundo impacto para as próximas décadas. Infelizmente, o que mais está faltando nesta hora é algo que os ingleses chamaram de senso comum. Vivemos uma época história em que todo mundo se julga senhor da razão e quer impor suas opiniões a todos os outros. Esta é a rebelião das massas que Ortega y Gasset alertou e que ninguém entendeu direito, pois interpretaram massa no sentido econômico e quantitativo, sem refletir na definição que ele deu de homem-massa. Para Ortega, homem-massa era justamente aquele incapaz de refletir e ponderar, que achava-se no direito a ter a opinião que quisesse e mais ainda, de impô-la a todo mundo.

Não precisamos mais do que cinco minutos nas redes sociais para entender o que Ortega estava nos dizendo. O Brasil virou uma gigantesca discussão em que todo mundo está convencido que a sua opinião está correta e que todos os outros estão errados. O resultado?

O caos.