Enfim… os bois

Minc gastou mais de 1 milhão para alimentar os bois apreendidos em seu factóide de estréia como ministro do meio ambiente.

Depois de três leilões fracassados o quarto foi um… sucesso!! Atraiu apenas um comprador que comprou a boiada por 1,3 milhões, desde que o governo transporte o gado até sua fazenda no Pará. Custo da operação: 400 mil reais!

Assim o contribuinte ajudou a tirar uma boiada de um dono e passar para outro. Tudo em nome da defesa do meio ambiente. Não seria mais eficiente que se cobrasse uma multa desde o início? Não para o ex-guerrilheiro e revendedor de bois pirata.

Mais um retrato do governo petista. Quando não é a incompetência crônica é a roubalheira. Ou os dois.

Mas o líder disse que o Brasil voa como uma águia.

Só não disse para onde.

Descrédito

A Polícia Federal fez uma operação padrão em uma aeronave da Força Aérea Brasileira que retornava com militares das três forças de uma viagem ao Haiti. Todas as bagagens passaram pelo raio x e as declarações foram checadas uma a uma. Nada de significativo foi verificado e após algumas horas os militares foram liberados.

Este procedimento é feito para todas as aeronaves que chegam no país? Inclusive as oficiais?

Enquanto agentes da PF preocupam-se com militares em missão no exterior, toneladas de armas e drogas passam pelas fronteiras.

É bom lembrar sempre, a tão admirada Polícia Federal até hoje não conseguiu descobrir a origem de mais de um milhão de reais em dinheiro vivo utilizado por petistas para compra de dossiê falso. A mesma polícia, mesmo com a confissão do tesoureiro do partido que movimentava dinheiro ilegal foi incapaz de dar uma batida na sede do partido em São Paulo. Depois de 6 anos de corrupção não há uma foto de petista sendo preso por “obstruir as investigações”.

Fico imaginando se uma aeronave militar americana seria revistada por agentes da polícia de lá. Ou britânica. Ou de qualquer outro país civilizado. Mais um submissão dos militares brasileiros que estão cada vez mais acuados pelo estado brasileiro. Lastimável.

Hitler e a democracia

Ali Kamel comenta em artigo no Globo sobre o marketing político, capaz de criar personalidades através da dissimulação e da mentira. Muitas vezes estes políticos, despidos de idéias próprias, acabam eleitos mas argumenta que a longo prazo acabam sendo descobertos. É uma visão otimista do autor, de certa forma ele subestima o poder dos falsificadores da história capazes de manterem inverdades por muito tempo.

Kamel remete à democracia o poder de desnudar os falsos ídolos e refuta o argumento que a democracia é capaz de criar monstros citando o exemplo de Hitler.

Sei, essa frase pode parecer otimista, e haverá sempre quem diga que é justamente a democracia que permite que fenômenos como esses aconteçam. É uma visão equivocada. Quando há democracia, ela não falha, e este é o nosso caso: figuras assim, aqui, acabam despidas. Sei que há aqueles que citam sempre Hitler como prova de que a democracia, às vezes, falha e cria monstros. Não cria. Hitler chegou ao poder não porque tenha vencido uma eleição (em nenhum pleito o Partido Nazista recebeu a maioria absoluta dos votos), mas em decorrência de conchavos entre líderes políticos que se achavam mais espertos do que ele. No primeiro gabinete que chefiou, além de Hitler, só havia mais dois ministros nazistas. Menos de um mês depois, houve o incêndio do Reichstag (forjado, ao que tudo indica, pelos próprios nazistas), e Hitler arrancou do presidente Hindenburg um decreto lhe dando poderes ditatoriais. Em seguida, fez o Congresso aprovar uma lei que dava a ele todos os poderes legislativos. Ora, aí está o “x” da questão. Uma democracia que dá ao presidente o poder de baixar um decreto como aquele e ao Congresso a possibilidade de abdicar de suas próprias obrigações em favor do Executivo pode ser chamada de democracia? Não pode, este é o ponto.

Baseado nos mesmos argumentos percebemos que a Venezuela não é uma democracia e o Brasil está no mesmo caminho. Aqui o presidente governa por medidas provisórias e o congresso passa o tempo com elas. As principais são aprovadas pela imensa força de captação do executivo, o congresso brasileiro é subserviente, abriu mão de sua prerrogativa de legislar.

Dentro deste quadro, em que não temos democracia autêntica, o caminho está aberto para aventureiros e gangsteres políticos, como definiu Paul Johnson. Estamos presos em uma armadilha que torna a sociedade incapaz de reagir ao crescente abuso do poder do estado; para piorar a situação a sociedade clama por este abuso.

É preciso entender que o Brasil não é uma democracia plena; estava no caminho, desviou-se. O maior problema é que a cada dia fica mais difícil corrigimos este rumo, se é que ainda é possível.

Lamentável

Folha:

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira que continuará com uma campanha “propositiva” e que evitará ataques a adversários na TV. Para ele, “quem fala dos adversários é quem não tem propostas, quem não tem o que falar. É o caminho para perder a eleição”.

Comento:

Foi por causa deste pensamento que estamos amargando 4 anos a mais do governo mais corrupto da história deste país. No íntimo Alckmin deve estar se culpando por seu único grande momento nas eleições passadas, justamente quando confrontou Lula no primeiro debate do segundo turno.

John McCain não acredita neste pensamento e resolveu descontruir seu adversário. Não se trata de ataques gratuitos, mas sim de desmontar uma rede de mentiras que envolve uma candidatura adversária. Contra tudo e contra todos está resistindo.

Lula merecia uma desconstrução. O povo o vê como um dos seus, identifica-se com o personagem que foi contruído com muito carinho. Nunca se identificou com aquele barbudo que babava discursos contra o plano real e gritava no microfone. Duda Mendonça deu um jeito nisso e foi criado uma figura messiânica, que levaria o Brasil para a meca das civilizações.

Pelo visto não aprendeu nada. Não quer descontruir Marta Suplicy, uma péssima prefeita, pois está convencido que deve bater Kassab para chegar ao segundo turno contra a petista. Uma aposta de alto risco que está dando as prefeitura de mãos dadas para o PT, algo que nem os mais otimistas petistas sonhavam.

Um espetáculo lamentável.

Avançando sobre o estado

O avanço da esquerda sobre o estado continua firme como pode ser atestada pela participação altamente nebulosa da Abin na operação nome esquisito da PF. O que faz um órgão de inteligência do estado em uma investigação da PF sobre corrupção recheada de grampos? Cada vez fica mais claro que a operação tinha apenas um fim: atingir um adversário de uma parte do governo petista e arrastar com ele outra parte. Foram longe demais e resvalaram no presidente, como sempre. Qualquer operação que chegue perto de uma falcatrua petista chega perto do Palácio do Planalto. Por que será?

Mais uma fala delinqüente do ministro da justiça

Onde pode parar um país onde o ministro da justiça declara:

Isso aí [a restrição ao uso de algemas] pode gerar uma reação mais violenta na pessoa [um eventual preso], o que leva a Polícia Civil a ter mais violência para se proteger.

A decisão do STF é bem clara, as algemas podem ser usadas se houver risco de reação do preso. Mas isso não torna a questão relativa, dependendo do arbítrio da polícia para decidir se o preso representa ameaça ou não? Mais ou menos. Pela natureza do crime já se pode ter uma idéia, não é? Na prisão de um estuprador, de um seqüestrador ou de um maníaco é bom ter uma boa dose de cautela e usar as algemas. Já na prisão de um senhor de 60 anos de idade, conhecido publicamente, acusado de corrupção, não se imagina que vá sair correndo trocando tiros com a polícia.

O fato é que a polícia não vai querer se expor ao confronto com o judiciário e uma possível boa conseqüência é que quando usar algemas vai ser bom ser feito longe das câmeras, diminuindo um pouco o efeito midiático das operações policiais.

Tarso aposta no confronto. Sua fala convida a polícia civil, não a federal, a usar a força ao invés das algemas, usar a truculência. Imagine a imagem de um inocente sendo preso com uma chave de braço. O policial vai se explicar que teve que usar a força para evitar o uso das algemas. Não sei bem que relação é esta, mas no fundo é mais uma tentativa de jogar a população contra o STF acusando-o previamente dos abusos futuros da polícia.

É a degradação das instituições a olhos vistos. A patuléia assiste a tudo sem conseguir compreender o que está em jogo. Estamos recuando alguns anos neste governo petista e levaremos outros tantos para voltar ao ponto que estávamos em 2002. Se algum dia voltarmos.

Minha culpa!

Falei que Lula discursara na inauguração da sede da UNE. Errei. Inaugurou a maquete da obra, o que é bem diferente.

Aliás, se fosse marqueteiro de candidato da oposição faria um placar eletrônico comparando obras inauguradas com placas de obras. Quem se habilita?

Petróleo e educação

Lula conseguiu unir no mesmo pensamento a exploração do petróleo e a educação. Para ficar mais real, o discurso foi na inauguração da nova velha sede da UNE (?!?) no Flamengo. Disse que precisamos mudar a lei do petróleo para que aumente o investimento na educação.

Dois pontos rápidos:

  1. Mudar a lei do petróleo para conseguir mais recurso significa mais estado, ou seja, menos dinheiro no nosso bolso.
  2. E educação não precisa de mais dinheiro, já está mais que demonstrado que investimos muito no setor. O que falta é mudar radicalmente o foco. Cristóvão Buarque, o baluarte da educação no Brasil, foi ministro por dois anos e nada fez neste sentido. Por isso torço o nariz sempre que alguém fala que ele era o candidato da educação nas últimas eleições. Nunca foi. Nunca tirou um centavo da Universidade Pública para passar para o ensino fundamental.

O manifesto dos sequestradores de Elbrik

Uma das mentiras recorrentes no Brasil é que devemos a democracia à luta dos movimentos revolucionários que lutaram contra o regime militar. Basta ler o manifesto que os bandidos, entre eles Franklin Martins, divulgaram quando seqüestraram o embaixador americano no Brasil, Carkes Elbrik. Comento em azul.

Grupos revolucionários detiveram hoje o Sr. Charles Burke Elbrick, embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum lugar do país, onde o mantêm preso. Este ato não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores.

Como se vê, era extensa a lista de crimes praticados pelos terroristas brasileiros, todos anistiados. Observem as justificativas, beiram ao ridículo. Os assaltos a banco eram para financiar a revolução (houveram mortes nestes assaltos) e para tomar de volta o que os banqueiros roubavam do povo. Invasão de presídios, mas para libertar outros terroristas; imaginam que controlavam a saída: você não, é apenas um estuprador! Explosão de prédios que simbolizam a opressão (atenção! Inocentes foram mortos nestas explosões). E o mais cândido de todos: o justiçamento, eufemismo para assassinato, execução.

Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa de guerrilha rural.

Com o rapto do embaixador, queremos mostrar que é possível vencer a ditadura e a exploração, se nos armarmos e nos organizarmos. Apareceremos onde o inimigo menos nos espera e desapareceremos em seguida, desgastando a ditadura, levando o terror e o medo para os exploradores, a esperança e a certeza de vitória para o meio dos explorados.

Como se chama quem leva terror e medo para alguém? Perguntem ao Bin Laden.

O sr. Burke Elbrick representa em nosso país os interesses do imperialismo, que, aliado aos grandes patrões, aos grandes fazendeiros e aos grandes banqueiros nacionais, mantêm o regime de opressão e exploração.

Típico da luta de classes marxista. O homem não existe como indivíduo, é sempre representante deste ser abstrato, a classe. Elbrick é culpado por ser americano. É interessante notar que os grandes banqueiros nacionais, antes tão demonizados, são aliados de hoje.

Os interesses desses consórcios, de se enriquecerem cada vez mais, criaram e mantêm o arrocho salarial, a estrutura agrária injusta e a repressão institucionalizada. Portanto, o rapto do embaixador é uma advertência clara de que o povo brasileiro não lhes dará descanso e a todo momento fará desabar sobre eles o peso de sua luta. Saibam todos que esta é uma luta sem tréguas, uma luta longa e dura, que não termina com a troca de um ou outro general no poder, mas que só acaba com o fim do regime dos grandes exploradores e com a constituição de um governo que liberte os trabalhadores de todo o país da situação em que se encontram.

Lixo marxista. Em todo lugar que o socialismo foi implantado transformou trabalhadores em escravos. Passaram a pertencer ao estado, o maior explorador já inventado pela humanidade.

Estamos na Semana da Independência. O povo e a ditadura comemoram de maneiras diferentes. A ditadura promove festas, paradas e desfiles, solta fogos de artifício e prega cartazes. Com isso ela não quer comemorar coisa nenhuma; quer jogar areia nos olhos dos explorados, instalando uma falsa alegria com o objetivo de esconder a vida de miséria, exploração e repressão que vivemos. Pode-se tapar o sol com a peneira? Pode-se esconder do povo a sua miséria, quando ele a sente na carne?

Na Semana da Independência, há duas comemorações: a da elite e a do povo, a dos que promovem paradas e a dos que raptam o embaixador, símbolo da exploração.

O povo não teve nada a ver com o rapto do embaixador. Sempre foi assim no comunismo, uma extrema minoria se julga representante do povo. Acaba em matança. Do povo, naturalmente.

A vida e a morte do sr. Embaixador estão nas mãos da ditadura. Se ele atender a duas exigências, o sr. Elbrick será libertado. Caso contrário, seremos obrigados a cumprir a justiça revolucionária. Nossas duas exigências são:

Como sempre lavam as mãos de seus crimes. A culpa é sempre da vítima.

a) A libertação de 15 prisioneiros políticos. São 15 revolucionários entre milhares que sofrem torturas nas prisões-quartéis de todo o país, que são espancados, seviciados, e que amargam as humilhações impostas pelos militares. Não estamos exigindo o impossível. Não estamos exigindo a restituição da vida de inúmeros combatentes assassinados nas prisões. Esses não serão libertados, é lógico. Serão vingados, um dia. Exigimos apenas a libertação desses 15 homens, líderes da luta contra a ditadura. Cada um deles vale cem embaixadores, do ponto de vista do povo. Mas um embaixador dos Estados Unidos também vale muito, do ponto de vista da ditadura e da exploração.

b) A publicação e leitura desta mensagem, na íntegra, nos principais jornais, rádios e televisões de todo o país.

Os 15 prisioneiros políticos devem ser conduzidos em avião especial até um país determinado – Argélia, Chile ou México -, onde lhes seja concedido asilo político. Contra eles não devem ser tentadas quaisquer represálias, sob pena de retaliação.

A ditadura tem 48 horas para responder publicamente se aceita ou rejeita nossa proposta. Se a resposta for positiva, divulgaremos a lista dos 15 líderes revolucionários e esperaremos 24 horas por seu transporte para um país seguro. Se a resposta for negativa, ou se não houver resposta nesse prazo, o sr. Burke Elbrick será justiçado. Os 15 companheiros devem ser libertados, estejam ou não condenados: esta é uma “situação excepcional”. Nas “situações excepcionais”, os juristas da ditadura sempre arranjam uma fórmula para resolver as coisas, como se viu recentemente, na subida da Junta militar.

O Sr. Burke Elbrick estava ameaçado de morte e sabia disso. Isso não era uma tortura? Perguntem ao Tarso Genro.

As conversações só serão iniciadas a partir de declarações públicas e oficiais da ditadura de que atenderá às exigências.

O método será sempre público por parte das autoridades e sempre imprevisto por nossa parte. Queremos lembrar que os prazos são improrrogáveis e que não vacilaremos em cumprir nossas promessas.

Finalmente, queremos advertir aqueles que torturam, espancam e matam nossos companheiros: não vamos aceitar a continuação dessa prática odiosa. Estamos dando o último aviso. Quem prosseguir torturando, espancando e matando ponha as barbas de molho. Agora é olho por olho, dente por dente.

Ação Libertadora Nacional (ALN)

Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8)

conclusão:

Apontem uma única linha neste texto delinqüente que fale em democracia. Um só. Não há nada, apenas ameaças de violência, de imposição do terror. Qual a diferença para um manifesto do Al Qaeda? Apenas a ausência de Deus, o resto é a mesma coisa. Por isso nossos socialistas são tão condescendentes com os terroristas islâmicos. Para eles é lícito a morte de inocentes para promover um bem maior.

Devemos a democracia aos governos militares que afastaram, enquanto conseguiram, o perigo marxista. Devolveram o poder à sociedade quando julgaram seguro. Infelizmente um povo ignorante foi presa fácil para o conto de fadas socialistas e estamos sob julgo da revolução gramscista. Perdemos a batalha cultural, perdemos no campo das idéias. O resultado é isso que está aí.

Quando pensei que iria elogiar o governo…

Não tem jeito. Hoje pela manhã li que o governo estudava não conceder monopólio para a Petrobrás explorar o tal do pré-sal, que sempre aparece quando o governo vai mal das pernas, ou seja, sempre. Abri o wordpress e quando começaria a digitar me deu um estalo.

Wait! Trata-se de um governo do PT é bom ter muito cuidado. Como estava atarefado acabei fazendo outras coisas. Agora fui ler a notícia com mais atenção. O governo realmente estuda quebrar o monopólio da Petrobrás no pré-sal, mas porque a empresa é de economia mista, apesar de controlada pelo governo. Assim, a solução é abrir uma outra estatal, esta 100%, para concorrer com a Petrobrás! Solução de gênio!

Além de na prática aumentar o controle estatal no setor abre o caminho para algo muito mais sinistro: passar as operações, pelo menos as mais interessantes, para o novo monstrinho. Se eu fosse acionista da Petrobrás tomaria muito cuidado… podem acabar só com papel podre nas mãos.

Que 2010 chegue o mais rápido possível!