Lula quer transparência… na Colômbia!

Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia, ou seja, a quadrilha das relações exteriores, questiona o acordo de cooperação militar entre Colômbia e Estados Unidos. Ambos os países mantém relações diplomáticas de amizade com o Brasil, mas isso não tem importância para nossa política externa de aproximação com ditadores e genocidas.

A Venezuela fez acordos militares com o Irã e a Rússia. Nem um pio do Itamaraty.

Não queiram jamais cobrar coerência de um esquerdista. O que vale para um, não necessariamente vale para o outro. Um esquerdista raciocina com categorias. Primeiro define-se se está do seu lado ou não. Se está, tudo se justifica, até o genocídio; caso contrário, nada se justifica. Esse atentado à lógica mais elementar é uma das coisas mais abjetas da esquerda.

Não adianta pedir uma opinião para um esquerdista em um texto sem assinatura. Sem saber quem é o autor, e sua posição ideológica, o esquerdista é incapaz de raciocinar e analisar o que leu. Sim, há exceções, principalmente no passado. Gente como Graciliano Ramos e Oto Maria Carpeaux foram capazes de defender o socialismo sem jogaram o cérebro no lixo. Pode-se discordar deles pelo que pensavam, mas jamais considerá-los fraudes intelectuais.

Por isso um governo de esquerda pode atacar um homem como José Sarney em um dia e defendê-lo no dia seguinte. Ao se aliar ao governo brasileiro, Sarney foi perdoado por seus pecados. Pelo menos enquanto não causava danos à popularidade do demiurgo. No momento que se transforma em um peso, pode ser descartado sem cerimônia.

Por isso também o mesmo governo que quer falar duro com a Colômbia por fazer um acordo militar com uma potência estrangeira pode silenciar em relação à Venezuela por fazer um acordo militar com um potência estrangeira.

Sem corar.

Irresponsabilidade do governo

Folha:

O aumento das despesas e a queda da arrecadação levaram ao pior resultado nas contas do governo federal na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro semestre. O superávit primário do governo central -economia feita para pagar os juros da dívida pública- nesse período foi o menor em 11 anos.
De janeiro a junho, segundo dados do Tesouro Nacional, o superávit primário do governo federal somou R$ 18,56 bilhões, uma queda de 70% em relação aos R$ 61,34 bilhões dos primeiros meses de 2008.

Comento:

A resposta padrão dos petralhas neste caso e colocar a culpa na crise. Então ficamos assim, surge uma crise econômica mundial, diminui a atividade econômica por causa da queda do consumo e o governo faz o que? Aumenta suas despesas.

Ano que vem será ainda pior. Com o seu governo chegando ao fim, Lula joga para o espaço a disciplina fiscal que lhe garantiu o segundo mandato e a popularidade que tem hoje. Joga o problema para o colo do seu sucessor que herdará um estado ainda mais parrudo e para o brasileiro, que paga esta farra toda

O governo já anuncia que vai aumentar o valor da copra de votos, também conhecido como bolsa-família. Aquele programa que muitos chamam de transferência de renda. E comprar votos não é uma forma de transferir renda?

E já teve político que perdeu o mandato por muito menos! A diferença é que inauguramos uma forma inédita de comprar votos com dinheiro do brasileiro e ainda ser elogiado pela imprensa e até mesmo por políticos da oposição!

O homem é um gênio!

Ajudando um companheiro com nosso dinheiro

Para socorrer o ex-bispo fornicador, Fernando Lugo, o presidente Lula anunciou que vai rever o Tratado de Itaipu e pagar um inacreditável valor de 300% a mais pela energia paraguaia. É bom lembrar que apesar do empreendimento ter sido dividido, quem bancou a construção da Usina foi o Brasil. Jogar este dado fora é uma traição e um acinte ao brasileiro que terá que pagar mais pela mesma energia que consome. O governo do PT está expropriando o brasileiro, como sempre faz.

O DEM parece ter acordado da inércia e vai ao STF exigir a discussão do caso no Senado, dentro das atribuições constitucionais da casa. Faz o certo. Uma medida desta natureza deve ser discutida no local adequado em uma democracia, o parlamento. Aliás, o governo tão chegado ao assunto referendo poderia consultar a população sobre o acordo.

É muito bonito falar que o Brasil precisa ajudar o vizinho pobre, mas nós estamos longe de ser um país europeu ou do norte das Américas. Se o Brasil estivesse tão bem não precisaria de bolsa-família, ou não precisa? Ainda assim, o governo poderia optar por uma ajuda que não mexesse com Itaipu.

Lugo faz parte do Foro de São Paulo. Como tal deve ser ajudado, sobre os interesses nacionais dos países governados pelos sócios desta entidade que não existe para a imprensa brasileira, apesar de ter site e membros que a reconhecem, como Lula, Chávez e Castro.

Do jeito que vai até o Obama se torna sócio da turma. Se já não é. Se sempre não foi.

Começa a aparecer timidamente a verdade sobre Honduras na imprensa brasileira

Estadão:

Descaracterizar o que ocorreu no dia 28 da definição de golpe de Estado tem sido um dos mais perceptíveis esforços do governo de facto de Honduras, liderado por Roberto Micheletti. Para uma imensa parcela dos quase 8 milhões de hondurenhos, no entanto, o rótulo do movimento que depôs o presidente Manuel Zelaya pouco importa.

“Se o preço da nossa liberdade é sofrer com o isolamento internacional e a escassez de dinheiro pela suspensão da ajuda externa, estamos dispostos a pagar”, disse ao Estado o estudante de Engenharia Carlos Vargas, durante uma grande manifestação realizada na quarta-feira por partidários de Micheletti na capital do país, Tegucigalpa. “Se quiserem chamar de golpe, não será problema, desde que mantenham Zelaya longe da Casa de Governo.”

Comento:

Por uma estranha razão a imprensa brasileira estava silenciando para o fato de Zelaya não ter apoio popular para o golpe que estava armando; tanto que foram encontradas evidências de fraude nas urnas preparadas na Venezuela e que seriam usadas em sua “consulta popular”. Ainda falta muito para a imprensa reconhecer que a única irregularidade que os poderes de Honduras cometeram foi ter soltado o ex-presidente, que deveria estar respondendo na justiça por traição e outros crimes.

Alô população da Venezuela! Alô Forças Armadas! É possível dar um basta à tirania! Re-estabeleçam a liberdade em seu país, não é possível progresso social sem democracia.

A nojeira da política externa brasileira

No bom estilo Reinaldo Azevedo, um vermelho e azul com uma reportagem da Folha:

A visita do chanceler de Israel, Avigdor Liberman, a Brasília escancarou ontem as divergências diplomáticas que opõem os governos israelense e brasileiro, evidenciando os limites do diálogo entre países com agendas tão opostas.

Divergência diplomática é a forma delicada de dizer que o Brasil só se interessa por ditadores. Como Israel é uma democracia…


Liberman encerrou a primeira e mais importante etapa de seu giro sul-americano -que o levará ainda a Argentina, Peru e Colômbia- sem conseguir a almejada aproximação política com o Brasil, que Israel vê como país-chave para tentar frear a atuação do Irã na região.

Santa inocência Liberman! Acreditar que o Brasil pode fazer alguma coisa para frear o Irã quando está mais preocupado em agradar o maníaco que dirige o país.


A intensificação das relações entre Irã e América do Sul dominou a pauta dos encontros de Liberman com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o chanceler Celso Amorim.
O israelense disse que “o Brasil, mais do que qualquer outro país”, pode ajudar a pôr fim ao programa nuclear iraniano, que Israel, mesmo como única potência atômica do Oriente Médio, vê como ameaça existencial. Teerã diz que quer produzir energia, não bombas.

O que um país montado em petróleo quer fazer com energia nuclear?


Em entrevista ao lado de Liberman, Amorim respondeu com uma alfinetada, dizendo que o Brasil assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e “gostaria que todos os países fizessem o mesmo”. Israel não é signatário do acordo.

Ainda bem. Se Israel não tivesse a bomba, seria um prato cheio para seus inimigos. Em tempo: apesar de ter armas nucleares, o governo Israelense jamais cogitou usá-las contra seus vizinhos. Pode-se dizer o mesmo de um Irã nuclear que tem como objetivo permanente riscar Israel do mapa?


A delegação israelense também não gostou de ouvir Lula e Amorim reafirmarem planos de receber o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto e defende que Israel seja riscado do mapa.

Como se vê, Ahmadinejada é uma flor de pessoa. Só quer que Israel seja dizimado. É pedir demais?


O iraniano planeja fazer a Brasília a sua primeira viagem após a posse para o segundo mandato, no mês que vem -antes, portanto, do presidente israelense, Shimon Peres, que tem viagem ao Brasil marcada para novembro. “O Brasil tem uma política de diálogo. Você não dialoga só com os países com os quais você está de acordo sobre tudo, senão não há conversa”, disse Amorim.

A frase de Amorim não se refere ao Irã e sim a Israel. O país que está em desacordo com o Brasil é a única democracia de fato do Oriente Médio, o que mostra, mais uma vez, a verdadeira natureza do PT.

Um retrato do Brasil: O congresso da UNE

Do Correio Braziliense:

Garrafas de bebidas alcoólicas, preservativos, drogas e muito lixo. Nada disso combina com escola. Mas, a uma semana do retorno das aulas, foi esse o cenário encontrado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal nos 10 centros de ensino usados pelos mais de 6 mil universitários que ficaram hospedados na cidade em virtude do Congresso da União Nacional dos Estudantes (1)(UNE), entre quarta-feira da semana passada e domingo. “A gente viu uns jovens tomando banho na horta das crianças e eles ainda fizeram as necessidades em cima das plantações”, lamentou a diretora do Centro de Ensino Fundamental 01, do Lago Norte, Claudia Regina Justino Fernandes.

A horta tinha sido preparada em seis meses de trabalho com os alunos de 1ª a 6ª série do ensino fundamental. E agora, de acordo com Cláudia, com a volta às aulas, o monitor responsável pela horta, Leandro Nunes, vai ter que replantar tudo. “Não podemos permitir que as crianças comam as verduras nem mexam na terra contaminada”, completa. Cláudia conta ainda que esse foi apenas um dos problemas da presença dos estudantes na escola. “Esperávamos 400 alunos e vieram mais de 600. Muitos tomaram banhos nus no pátio da escola e constrangeram os funcionários e vizinhos. Além disso, nunca vi tanta sujeira. E a escola estava pronta para a volta às aulas”, lamenta.

Comento

Dizer o que? Lembro apenas que grande parte destes alunos estudam, quer dizer, freqüentam aulas, quer dizer, ocupam vagas em cursos superiores bancados pelo contribuinte; um sério indício que o ensino universitário gratuito das escolas públicas tinha que ser reformulado. Na prática pagamos para que estes marginais façam suas sujeiras em escolas fundamentais; essas sim, os patinhos feios do Ministério da Educação.

Cadê o Ministério Público para dar uma prensa na direção desta entidade? Ou será que estão acima das leis? Devem estar, já que ética passa longe.

Por que a secretária da receita federal caiu

Este artigo do Estadão explica porque a secretária da receita federal foi demitida por Guido Mantega, a mando do presidente. Além de ter tido coragem de enfrentar a PTBrás, ela tinha mudado o foco das atuações da receita. Ao invés de investir contra as pessoas físicas (leia-se classe média), a ex-secretária tinha dado prioridade ao combate à sonegação das grandes empresas.

Mais uma vez o governo do PT mostra quem são seus verdadeiros aliados.

A empáfia de Lula

Ontem o presidente estava com tudo. Em um palanque em Alagoas (aparentemente as regras eleitorais só servem contra a oposição), abraçado a ninguém menos que Fernando Collor de Melo, Lula condenou a política de compadrio dos seus antecessores (termo que ele usa para falar de FHC). Cada vez mais acredito que não tem aprovação que o tire do complexo de inferioridade que tem em relação ao ex-presidente, de quem foi derrotado duas vezes em primeiro turno. No íntimo, sabe que o outro fez muito mais do que ele. Pode enganar a todos, mas Lula ainda não conseguiu enganar a si mesmo.

Pois Lula falou de política de compadrio. Interessante para quem tem compadres como José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor, Romero Jucá, Roberto Requião, Paulo Maluf. Por falar em compadres, Lula tinha um que pagou suas contas por mais de uma década por pura amizade, um tal Paulo Okamoto, um caso que ficou sem explicação.

já que falei de FHC, cabe uma ressalva. Não sou fã do ex-presidente, mas reconheço que tomou medidas importantes para uma avanço institucional do país como a estabilidade monetária, o regime de metas de inflação, a diminuição do tamanho do estado (que Lula já reverteu) e as privatizações. Faltou muito, mas foi no que dava. Se tenho elogios para FHC na área econômica, minhas críticas estão na área social. Como homem de esquerda, e ele é, implementou um assistencialismo que só foi ampliado e maquiado no atual governo, iniciou a divisão racial do país, perseguiu as Forças Armadas e deu vazão a incrível indústria das indenizações aos “perseguidos” de 64.

Entretanto não sou daqueles que só aceita críticas ao atual presidente se houver críticas ao anterior. Negativo. Reconheço FHC como um presidente que longe do perfil que gostaria de um presidente, dignificou o cargo a as instituições. Exatamente o contrário da nova ordem política que tomou de assalto os cofres públicos. Causa tristeza que avanços importantes no governo anterior tenham sido jogados na sarjeta por um bando que só quer se servir do poder público.

Lula está cada vez mais arrogante no alto de sua popularidade. Ontem ainda aproveitou para chamar os senadores de pizzaiolos, como se não tivesse nada a ver com as pizzas do Congresso, a começar pelo mensalão e para que se está armando para encobrir a corrupção na Petrobrás (também conhecida como PTBrás). Fosse outro, a imprensa o estaria crucificando; mas Lula já tem isso tudo dominado.

Nunca tantos se abaixaram por tão pouco.

Blog da CPI da Petrobrás

A oposição tomou uma boa iniciativa. Em minoria na CPI, tratou de montar um gabinete paralelo e criou um blog da CPI da Petrobrás. O governo escalou uma turma de primeira para garantir que nada será investigado e já ameaça, como sempre, envolver FHC na parada. A imprensa pode fazer a diferença se resolver fazer seu trabalho e dar destaque às manobras governistas e o que precisa ser apurado. Sem a força da opinião pública, tudo vai acabar em pizza, como sempre no governo atual.

Acho que a oposição vendeu caro demais a instalação desta CPI abrindo mão da relatoria da CPI das ONGs. Deveria ter recorrido ao Supremo, como fez no caso dos bingos. Será que para instalar cada CPI, um direito de minoria, a oposição vai ter que ceder? Assim fica fácil passar o rolo compressor.sponholz1209