Politicamente correto, a prisão mental

“Então você escreve por quê?” A minha tentação é fazer uma frase de efeito, assim, paradoxal: “Para que as maiorias sejam menos solitárias.” E o que quero dizer com isso? Vivemos _ e não só no Brasil _  sob a ditadura de um iluminismo obscurantista, que entrega às minorias radicaliadas os instrumentos do Estado para a elaboração de políticas públicas que, com freqüência, afrontam o senso comum e dasafiam qualquer noção de eficiência.

Reinaldo Azevedo

Outro dia um amigo comentou que Obama não venceria as eleições americanas. Curioso perguntei o por quê.

_ Os americanos nunca vão eleger um negro presidente.

Nesta frase encontra-se resumido a prisão mental em que nos encontramos. O politicamente correto é de tal ordem que não se admite a menor contestação; tornou-se uma verdade, uma iluminação, que nos guia nos dias de hoje.

Já é uma nova religião; possui seus dogmas. É uma questão de fé e ao mesmo tempo não admite contestação. Discordar de qualquer um dos seus preceitos tornou-se motivo para excomunhão, de ser excluído da verdade iluminada dos tempos modernos.

Assim o bom senso é afrontado e a crença da maioria das pessoas torna-se motivo de vergonha e deve ser escondida. Rótulos são distribuídos em uma simplificação grosseira e grotesca. Não vota em Obama? Então é racista. Não gosta de Hillary? Então é machista. É contra o aborto? Então é contra os direitos das mulheres. Gosta do papa? Então é um fundamentalista cristão. Defende a família? Então é um patriarca machista. É contra o terrorismo islâmico? Então é contra o islã. É contra a esquerda? Então é contra a justiça social. E por aí vai.

Estão convencendo os americanos que votar em Obama é uma questão de superioridade moral pois só é possível votar nele se for racista, se for contra os negros. Nesta imposição do politicamente correto, a religião dos novos tempos, fere-se qualquer questão de bom senso. Existe dezenas boas razões para não votar no democrata. Aponto algumas:

  1. É democrata.
  2. Possui ligação com terroristas domésticos e até mesmo islãmicos.
  3. É o segundo parlamentar que mais recebeu doações das firmas Fannie e Freddie, origem da crise hipotecária que derrubou o sistema financeiro.
  4. Defende a invasão do Paquistão.
  5. Possui uma certidão de nascimento falsificada. Não se sabem nem se é realmente americano.
  6. Defende um sistema de saúde único sob controle do estado.
  7. É abortista.
  8. Defende ações afirmativas no mercado financeiro, justamente a causa maior do caos atual.
  9. Não possui experiência administrativa nenhuma.
  10. É antiamericano.

Tudo isso é irrelevante. O importante é que não votar em Obama é um pecado. Um pecado contra o doxa que tomou conta do mundo, contra a massificação do princípios que existem alguns espíritos iluminados que nos apontam para a verdade que não temos capacidade de descobrir sozinhos.

As eleições americanas já são importantes para o mundo. Tornaram-se ainda mais, superando até seu caráter político. Tornou-se uma constatação da prisão mental que os homens massa, assim definido por Gasset, acabaram caindo.

O eleitor de McCain tem que votar quase escondido pois declarar este voto é receber uma série de rótulos que o tornam um pária na nova sociedade mundial. Um socieade podre, que joga no lixo tudo que recebemos de nossos antepasssados, que joga no lixo a nossa capacidade de pensar.



Para quem não entendeu a imagem da camiseta com a inscrição Han shot first, trata-se de uma referência que mostra bem tudo que escrevi acima.

Na versão original do filme Guerra nas Estrelas, em uma conversa em um bar, Greedo tem Han Solo na mira de sua arma. Quer levar o contrabandista para Jabba e ganhar sua recompensa. Han tenta negociar com ele, quando vê que esta em um impasse, atira e mata o adversário.

Na remasterização, George Lucas cedeu ao politicamente correto. Não ficava bem para o mocinho atirar primeiro, mesmo que tivesse uma arma apontada para si. Usando os efeitos especiais fez que Greedo desse um tiro ridículo e sem propósito para colocar Solo no papel de reativo.

O politicamente correto é capaz de tudo. Até de reescrever o que já aconteceu.

Mais populismo…

Globo:

BUENOS AIRES. A decisão do governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de enviar à Assembléia Nacional (o Congresso do país) um projeto de reforma legislativa que prevê a redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias foi interpretada por analistas e opositores como mais uma manobra chavista para tentar garantir um bom resultado nas próximas eleições regionais. O país vai às urnas no próximo dia 23 de novembro.

Comento:

Chávez já deve estar ficando desesperado. Com a recessão mundial, a queda do preço dos barris de petróleo e a economia venezuelana indo à bancarrota pelo dirigismo estatal seu regime não vai durar muito. Tenta as armas que tem, uma delas é o velho populismo latino-americano. 6 horas diárias? Em um país arruinado economicamente? Precisando produzir?

Rumo ao fracasso… como era de se esperar.

Não tem nada a ver?

Ah, Mirian Leitão!

Em seu comentário hoje sobre o debate de ontem entre McCain e Obama foi taxativa.

O republicano teria apelado ao relacionar Obama com um terrorista. Segundo ela: “não tem nada a ver”.

É isso aí. Eleger um presidente com ligações com terroristas não tem nada a ver. Pior que tem muita gente que pensa nisso mesmo.

Estamos feitos.

Sei não

Faz tempo que não comento sobre as eleições nos Estados Unidos, a mais importate de todas.

Tenho acompanhado diariamente a evolução do quadro através das pesquisas no Real Clear Politics e vendo a vantagem de Obama crescer a cada dia. Não ligo para estas pesquisas gerais, o que importa é a votação em cada estado.

Parece que diante do caos econômico, que está se mostrando cada vez mais mundial, está levando os eleitores a eleger o candidato democrata. Sabe-se que é muito difícil a oposição perder em um cenário de recessão.

McCain ainda tem chances? Acredito que sim. Faltam três semanas para as eleições; muita coisa pode acontecer. Apesar da vantagem a fatura ainda não está liquidada.

Nos últimos dias comecei a ler aqui e acolá que existe um efeito que pode prejudicar Obama. Muitos eleitores estariam mentindo nas pesquisas. Na hora da votação deixariam de votar em Obama por este ser negro.

No fundo é mais uma vez a mídia dando uma mãozinha para seu protegido. É a mesma coisa de dizer: votem Obama e provem que não são racistas. Como se não houvesse razões suficientes para deixar de votar no democrata por suas idéias, seu passado e seu presente.

Em tempos tão difíceis e com enorme risco para o mundo ocidental pelo desenvolvimento nuclear iraniano, eleger um anti-americano, com ligações com o terrorismo é um erro monumental. O pior é que todos pagaremos por isso.

Os Estados Unidos são o último farol da América. A América Latina foi tomada pelas mais variadas formas de socialismo populista, o Canadá vive isolado, no seu bem-estar social aguardando que o vizinho do sul, sob a liderança de Obama, mergulhe também na cinecura da justiça social. Colômbia e Peru pouco resistirão sem o apoio americano, assim como o Chile que já tem uma presidente socialista. O México está tão integrado à economia americana que desabaria junto.

Eleger um homem não testado, sem passado político nenhum, baseado apenas em proselitismo, na maior economia do mundo é erro. Espero que o tempo não venha a revelar isso e que na hora do voto os americanos elejam McCain. Para o bem de todos nós.

Mais um para acertar as contas com o capeta

uol:

O suposto número dois da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, identificado como Abu Qaswarah, morreu durante uma operação das tropas da coalizão multinacional em Mossul, informou nesta quarta-feira o Exército dos Estados Unidos.

O comando militar americano afirmou em uma nota que Abu Qaswarah, também conhecido como Abu Sara, morreu em 5 de outubro durante uma operação na qual também perderam a vida outros quatro supostos terroristas.

Notícias

Globo:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu retaliar o Equador por expulsar a construtora brasileira Odebrecht do país. O Ministério das Relações Exteriores anunciou que o Brasil decidiu adiar – sem previsão de retomada das negociações – o envio de uma missão chefiada pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que discutiria um projeto vultoso de ligação entre o porto equatoriano de Manta, no Oceano Pacífico, e Manaus, possibilitando a criação de um corredor interoceânico. O vice-presidente da Odebrecht para América Latina e Angola, Luiz Mameri, disse que, embora não tenha sido informada formalmente, a empresa respeitará a decisão do Equador de expulsá-la e assumir suas obras no país:

– Obviamente que respeitaremos qualquer decisão do governo equatoriano. Podemos não concordar, mas respeitaremos.

Comento:

Ora, vejam só. É só aparecer um prenúncio de crise econômica que o governo resolve de uma hora de outra se fingir de macho. Não se enganem. Enquanto Lula for presidente e nossas relações internacionais forem comandadas por Celso Amorim e o Sargento Garcia os amigos poderão tudo.

Já deve estar tudo combinado. Por baixo dos panos sairá ajuda para o Equador. Um Proer dos companheiros. Não tivesse a crise estourado a petralhada do governo estaria falando em grupo de estudo para estudar o problema, o quem traduzido significa “já era”.

Globo:

BRASÍLIA. O Ministério do Meio Ambiente anuncia hoje uma lista de 90 pessoas e empresas que serão processadas na Justiça Federal por desmatamento ilegal da Amazônia. As ações vão cobrar multas e exigir recuperação de áreas em que o Ibama flagrou a derrubada ilegal de árvores. Já os assentamentos do Incra, que lideram o ranking dos desmatadores, terão as multas convertidas em serviços ecológicos.

Comento:

Mais surreal do que isso é difícil. Órgão do governo multando órgão do governo como se o dinheiro fosse deles. Não é. É nosso. Serviços ecológicos, o INCRA? Se são órgãos do governo quem deve ser responsabilizado é o governo. A denúncia é do próprio Ministro do Meio Ambiente. Cabe ao chefe do governo __ o nunca tão adorado __ tomar uma atitude. Ou desautoriza o Ministro e o coloca para fora ou chama as favas o Ministro da Reforma Agrária, seja lá o nome que tem esta nulidade.

Mas esta pauta não interessa à imprensa isenta que nós temos.

Globo:

A Coréia do Norte proibiu ontem a entrada de monitores da ONU em seu complexo nuclear de Yongbyon, num passo significativo contra o acordo de desmantelamento de seu programa atômico. No mesmo dia um jornal sul-coreano informou que o vizinho do norte instalara mais de dez mísseis na costa oeste para o que parece ser um iminente lançamento.

As duas ações, potencialmente desestabilizadoras, ocorrem em meio a rumores de que os Estados Unidos teriam oferecido retirar o país da lista de nações terroristas, num esforço para que o pacto nuclear não fracassasse.

Comento:

Não se preocupem. Com Obama na presidência teremos a conversa como solução.
__ Sr. Ditador. Não gostaríamos que continuasse com suas armas nucleares.
__ Claro, claro! Pode deixar, estamos desarmando nossos mísseis. Aceita um café?
__ Obrigado. Como eu estava dizendo, não é o por mal não, mas sabe como é, são tantas pressões…
__ Eu sei, não me diga. Você não sabe o trabalho que dar disputar eleições durante décadas e ganhar todas com 99% de votos.
__ Por isso estou aqui, para resolvermos tudo com uma boa conversa.
__ Mas claro, é o que eu sempre quis! Aquele bruto que tinha antes não entende isso!
__ Então vai desarmar seus mísseis?
__ Meu caro amigo, amigo do peito, considere as ogivas desarmadas!
E Obama é recebido em festa pelos americanos e pelo mundo. Changeeeee! Um novo jeito de resolver as crises internacionais. Alguns ainda falam de um tal de chamberlain… mas isso é velharia. E tinha o inglês de charuto que disse uma vez: “Entre a desonra e a guerra ele preferiu a desonra. E terá a guerra“.

O que importa tudo isso? Changeee!!!

Globo:

SÃO PAULO. O coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi de 1970 a 1974, foi declarado torturador pela Justiça em uma decisão inédita no país. O juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível do Estado de São Paulo, deu ganho de causa à família de Maria Amélia de Almeida Teles, a Amelinha, militante de esquerda presa e torturada com o marido, Cesar, os filhos pequenos e a irmã, Criméia, no prédio da Operação Bandeirantes em dezembro de 1972.

A família Teles ingressou em 2005 com uma ação civil declaratória na Justiça exigindo apenas uma coisa: que o coronel reformado fosse reconhecido como torturador. O processo é o mesmo de uma ação indenizatória, mas não é pedido nenhum centavo de reparação por danos materiais ou morais. Também não tem efeito penal, já que é um processo cível e a Lei da Anistia não permite punições nesse sentido.

– Fechou uma porta do passado e abriu outra, a do começo do fim da impunidade. Quem sabe seja o fim disso, não é? Ficamos satisfeitos – disse Criméia Alice Schmidt de Almeida, que integrava a Guerrilha do Araguaia e foi presa e torturada quando estava grávida de sete meses.

Comento:

A imprensa gosta de repetir, como se fosse uma prova de virtude, que a ação é apenas declarativa. Que não tem efeito penal, que não afronta a lei de anistia. Mas o que diz a ex-guerrilheira que pegou em armas para instalar uma ditadura comunista no Brasil e hoje uma simpática velhinha? Que abriu-se uma porta, uma porta para o fim da impunidade. Não se iludam, querem sim o fim da anistia.

Eu aceito! Vamos processar quem torturou, com todo o direito de defesa que a lei possibilita. E os seqüestradores, até o ministro. E os guerrilheiros. Os assaltantes de banco. Até mesmo esta simpática senhora que não estava no Araguaia passeando. Soldados também morreram lá, habitantes locais foram executados pela guerrilha por passar informações ao Exército.

Ah, sim. Conheci recentemente o Coronel Ustra. Mais importante ainda, conheço gente que o conhece bem. Não acredito que tenha torturado ninguém; para seu desfortúnio tornou-se um símbolo para uma luta que pretende transformar heróis em vilões e vilões em heróis. E já conseguiram.

Estranho

Uma coisa chama atenção nesta crise financeira internacional: o silêncio dos movimentos sociais do Brasil. Dá para ouvir o vento assobiando mas não se escuta uma voz gritando a morte do capitalismo, pelo menos não deles.

Será que tem alguma coisa a ver com o governo petista promovendo subsídios para os grandes bancos comprarem carteiras dos pequenos? Tem alguma coisa a ver com o dinheiro que é arrancado todos os meses do contribuinete (eu e você) para sustentar uma cambada de vagabundos que só faz viver do capilé e fazer discursos anacrônicos?

Quem senão o capitalismo permitiria que esse bando vivesse tão bem sem precisar trabalhar? Deviam agradecer. E o fazem. Em silêncio.

Agora é a Petrobrás no Equador

Globo:

O governo do Equador fez novas ameaças à Petrobras ontem, dizendo que encerrará antecipadamente o contrato se a empresa não cumprir as políticas governamentais e não assinar “o mais cedo possível” um novo acordo para continuar no país.

– Parece-me que a Petrobras estendeu de forma incompreensível a negociação, não foi um problema do Estado equatoriano ou do governo – afirmou o ministro de Minas e Petróleo do Equador, Galo Chiriboga.

Comentário rápido:

Esse é o ideal de negociação de um perfeito idiota latino americano. Não adiante nem perder tempo, o governo brasileiro vai ceder e a empresa de “capital misto” chamada Petrobrás vai ser novamente assaltada. E o acionista que se f…