Sobre a condenação do TPI

Semana passado o Tribunal Penal Internacional condenou à prisão o presidente genocida do Sudão, pela morte de 300 mil pessoas. Aqui faço um adendo. É bom lembrar que o governo petista não viu nada de errado neste genocídio e recusou-se a sancionar o país na ONU.

Desconfio de qualquer coisa que venha da ONU. Ainda mais quando vem dos defensores dos direitos humanos. O que pretende o tal Ocampo? Leio no blog do meu amigo Clausewitz que Israel entrou na mira. Não demora muito e entra o Bush.

Por que Ocampo não se preocupa com os maiores assassinos a solta na humanidade, os irmãos Castro? Por que o governo cubano, que possui o maior campo de trabalhos forçados das américas, é poupado pelo tribunal e pelos direitos humanos? Por que o povo cubano não merece a mesma simpatia dos humanistas?

Só acredito em direitos humanos quando ele começa defendendo as pessoas de bens e as verdadeiras vítimas do mundo e não assassinos. O resto é conversa fiada.


Em tempo: Ainda estou aguardando o pessoal dos direitos humanos protestar contra a execução de 4 seguranças pelo MST há duas semanas. Ninguém?

Vai se espalhar

Não se iludam, não era apenas o destino da Venezuela que estava em jogo, mais uma vez, ontem. O fim do limite de re-eleições vai se espalhar pelo continente; nem mesmo os americanos estão livres.

Outro dia o New York Times publicou um editorial pedindo o fim do limite para os prefeitos. A democracia se perde assim, aos poucos. Vencido o princípio, tudo fica mais fácil. A liberdade se perde sem sentir, uma etapa por vez.

Chávez provou que a insistência faz parte da estratégia. Em 2007, perdeu por pouco. Com um pouco mais de organização, é possível tentar novamente. Por organização, entende-se pressão sobre o eleitor, com ameaças e tudo.

Não vai demorar muito para outro país da América Latina começar a se animar com o assunto. Caiu a primeira peça do dominó.

Obama: o que a mídia anda escondendo

A mídia americana começou mal a cobertura do governo Obama; o que era de se esperar tamanha foi a torcida por sua eleição. Por torcida entenda-se toda uma organização para que o candidato fosse jamais questionado e uma campanha difamatória contra a chapa republicana que envergonha a liberdade de imprensa (se é que isso ainda existe).

A mídia resolveu que só vai divulgar números favoráveis ao candidato. Assistindo a CBS, ABC, NBC, CNN e etc, o americano não vai saber que:

  1. A decisão do presidente de liberar fundos para entidades que promovem o aborto como forma de planejamento familiar foi apoiada por 38% dos americanos e rejeitada por 58%.
  2. O fechamento de Guantánamo foi aprovado por 44% e rejeitado por 50%.
  3. Apenas 38% dos americanos acham que o plano de ajuda econômica de Obama deve ser aprovado do jeito que está.
  4. A aprovação de Obama como presidente caiu de 83% para 63% em e semanas.

Um presidente não deve se pautar pelo humor do eleitorado, mas não cabe a mídia esconder a percepção do povo sobre as decisões do governo. Parece que os americanos estão tendo lição de como não fazer jornalismo com seus colegas brasileiros.

O fato é que a grande mídia americana apostou sua reputação na Obamania. A idéia de que podem ter apostado em uma canoa furada deve estar começando a incomodar as redações. O que for possível fazer para proteger Obama do Obama será feito.

Custe o que custar.

Santa ingenuidade…

Editorial da Folha:

Uma “détente” entre a Casa Branca e o regime dos aiatolás, que acumulam 30 anos de ruptura e hostilidade, seria um acontecimento capaz de desarmar espíritos ao longo do chamado grande Oriente Médio. O Irã incentiva e patrocina grupos e milícias fundamentalistas que fustigam Israel -caso dos xiitas do Hizbollah, no Líbano, e do Hamas nos territórios palestinos.
Uma distensão entre Irã e EUA também ajudaria a consolidar a transição política no Iraque, de maioria xiita como o Irã.
A normalização das relações entre Washington e Teerã depende sobretudo de como as duas partes vão lidar com o tema do programa nuclear iraniano. O Irã, signatário do Tratado de Não-Proliferação, sustenta seu direito de desenvolver um projeto para fins pacíficos.

Comento:

  1. O espírito do Irã não está armado por conta dos Estados Unidos, é exatamente o contrário. Quando a imprensa entenderá que o oriente não vive de reagir ao ocidente? O que os muçulmanos compreenderam, e muito bem, é que a secularização havia começado a penetrar em sua sociedade. Esta é a verdadeira guerra do islã. A guerra contra os valores ocidentais, ou melhor, contra a falta de valores do novo mundo civilizado.
  2. Seria cômico… se não houvessem tantos morrendo. Fustigar? O editorial acerta ao relacionar o Irã com o terrorismo, mas quando diz que o hamas apenas fustiga Israel é uma falta de vergonha tremenda. Tudo em nome de uma falta isenção, de um equilíbrio que evita que o jornal condene o terrorismo. Entre a democracia e o terror, a Folha prefere ficar no meio.
  3. Fins pacíficos? A folha poderia explicar por que um país montado sobre petróleo precisa tão urgentemente desenvolver um programa de energia nuclear. Principalmente se levarmos em conta que trata-se de uma nação não industrializada, com poucas necessidades energéticas.

O mundo em fábula ou A mosca no café

Veja o que acontece quando uma mosca cai numa xícara de café?

O italiano – joga a xícara fora e vai embora com raiva.

O francês – joga fora a mosca e bebe o café.

O chinês – come a mosca e joga fora o café.

O russo – bebe o café com a mosca, desde que não tenha que pagar mais pela mosca.

O judeu – vende o café para o francês, a mosca para os chineses, compra uma nova xícara de café e usa o dinheiro extra para inventar um dispositivo que impeça que moscas caiam no café.

O palestino – culpa os judeus pela mosca ter caido no seu café, protesta contra este ato de agressão na ONU, toma um empréstimo na União Européia para comprar uma nova xícara de café, mas usa o dinheiro para comprar explosivos e, em seguida, explode a cafeteria onde o Italiano, o Francês, o Chinês e o Russo estão todos tentando explicar ao Judeu que ele deveria ceder o seu copo de café para o Palestino.

(Do blog Net Judaica)

Mundo real

Barack Obama mandou fechar Guantánamo. Descobriu algumas coisas:

  1. Os presos não podem ser entregues a justiça americana pois serão postos em liberdade.
  2. Eles são perigosos.
  3. Dos 75 jihadistas mais procurados na Arábia Saudita, 11 são ex-presos de Guantánamo. Eles haviam sido libertados depois de passar por um processo de reabilitação.
  4. Os países europeus não querem nem saber deles. Embora defendam a liberação.
  5. Se forem devolvidos para os países de origem, serão mortos ou voltarão para o terror.

No mundo das fábulas da obamamania, seria muito fácil. Uma canetada e os 200 infelizes voltariam para cuidar de vacas no Oriente Médio. No mundo real são homens perigosos que a lei americana não consegue alcançar e não estão interessados em cuidar de vacas. O que fazer? Libertá-los assim mesmo?

Com a palavra o presidente-celebridade.

Entrevista de Jimmy Carter

Reinaldo Azevedo com sua lógica de sempre descosntrói a entrevista de um imbecil renomado que um dia foi presidente dos Estados Unidos. Um trecho:

Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos (1977-1980), é um desses imbecis rematados que acabam adotados pelos “progressistas” porque se entende ser “um deles” – dos imperialistas -, convertido à causa “dos oprimidos”. Ontem o Estadão reproduziu uma entrevista do homem a Reza Aslan, do Global Viewpoint. O palerma que era presidente dos Estados Unidos quando se deu a revolução islâmica (1979) no Irã lidera o tal Carter Center – para promover a paz mundial e os direitos humanos, é claro…

Post completo

O fato de Carter voltar ao cenário é um mal sinal. Em política externa ele foi um fenômeno. Além da revolução iraniana, seu governo conseguiu a proeza de alimentar com armas Sadam Husseim no Iraque e o Talibã no Afeganistão. Era sua idéia de combater o Irã e a União Soviética.

É bom lembrar que foi outro democrata, Kennedy, que iniciou a Guerra do Vietnã.

Malvado mesmo é o Bush que iniciou uma guerra sem sentido com um ditador sanguinário.

Estes republicanos são mesmo uns bárbaros.

Carter de volta

Estava no aeroporto de Miami outro dia. Nas telas das televisões o massacre da imagem de Obama. Previsível. Afinal, trata-se da primeira celebridade-presidente da história, um dos novos produtos da modernidade. Adianta agora lembrar que o culto à pessoa, ainda mais na nação mais forte do planeta, pode ser muito perigoso?

Deixando isso de lado, chamou-me atenção ver a figura de Jimmy Carter surgindo a toda hora. Não é por acaso. O discurso de Obama naquela tv árabe parece ter sido feito pelo ex-presidente, aquele que comunicou ao mundo que os Estados Unidos não reageriam ao extremismo islâmico e deu a senha para a revolução iraniana.

O problema para Obama, e para todos nós, é que os iranianos estão buscando a “santa bomba”. Talvez não seja uma boa idéia trazer Jimmy Carter e suas teorias para o centro do governo americano no momento.

Se é que algum dia foi.

Condições do Irã

Para começar um diálogo com o império do mal:

  1. retirada das tropas americanas de todas as partes do mundo
  2. fim do apoio americano à Israel
  3. pedido de desculpas ao Irã

Tem uma outra não declarada:

– Não se meter no programa nuclear iraniano

Só isso. A bola agora está com Obama, aquele que conseguiu ser elogiado pelo Talibã.