Obama foi elogiado ontem.
Por Hugo Chávez.
Cada um tire suas próprias conclusões.
Obama foi elogiado ontem.
Por Hugo Chávez.
Cada um tire suas próprias conclusões.
OBAMA DOMESTICA LULA! OU O POODLE DO OBAMA!
1. A preocupação do G-8, na reunião do G-20 de ontem, era como se comportaria Lula depois das declarações que fez nos EUA, no encontro com Obama, e com Gordon Brown, no Brasil. Terminar a reunião com Lula fazendo um discurso terceiromundista e emplacando nos países desenvolvidos a marca da crise, produziria manchetes e nublaria o resultado da reunião, cujo objetivo principal era reverter expectativas.
2. Obama se encarregou da tarefa. Junto a outros chefes de governo apontou para Lula, olhou para os repórteres e disse: “Esse é o cara”! Em seguida arrematou: “Lula é o político mais popular do mundo”. Lula engoliu a corda, como dizem os mineiros, e entrou na reunião exultante com os elogios.
3. Seu comportamento foi o esperado: completamente domesticado pela vaidade. No final, Lula deu uma coletiva à imprensa e disse: “Serei o primeiro presidente do Brasil a emprestar para o FMI. Não é chique emprestar ao FMI”? Estava completamente domesticado. Do ponto de vista econômico, muito mais grave que dever ao FMI é dar dinheiro ao FMI. Um repórter comentou em voz baixa a outro: “É o poodle do Obama”.
Esta deve ser uma ducha de água fria e tanto para os tietes do Obama. O anúncio da decisão do presidente de aumentar as tropas no Afeganistão pegou muita gente desprevenida. A própria mídia tem tratado de forma relutante a notícia, como se não acreditasse muito. Fico imaginando o que aconteceria se fosse um republicando anunciando a mesma coisa. Seria uma gritaria só.
Obama tem operado em uma tensão permanente tentando agradar a gregos e troianos. Foi assim no que se refere à prisão de Guantânamo. Primeiro anunciou o fim. Depois ficou evidente que o fim não era realmente o fim, que haviam muitas questões técnicas a serem tratadas, que não era possível precisar bem a data. Anunciou que não haveria mais torturas aos prisioneiros, mas deixou que continuasse vigorando a lei que a permitiu pois nunca se sabe o que pode acontecer. H. Clinton anunciou uma nova visão para Cuba, mas o próprio Obama já disse que isso só aconteceria com a abertura política da ilha (coisa que qualquer republicano sempre falou).
Mandou vídeos pedindo a paz com o Irã __ não sei porque lembrei da pomba branca lançada por uma americano em uma cena hilária de Marte Ataca! para receber os marcianos do filme. Anunciou a retirada das tropas do Iraque, mas quando fosse seguro. Agora anuncia o que o grande satã em pessoa (Bush) teria receio, uma escalada militar no Afeganistão.
Assim Obama vai se equilibrando entre seu discurso, sempre voltado para a ampla rede que o elegeu, e as ações práticas, estas tendo que lidar com a realidade porque sabe que seu futuro político seria arruinado se um novo atentado acontecesse contra os Estados Unidos.
O que chama atenção é que no que se refere a ele, a mídia é tolerante ao máximo e evita qualquer crítica mais substancial. De certa forma, ela repete o que já se viu aqui no Brasil, uma tentativa de proteger o presidente de ser responsabilizado pelas decisões que teve que tomar. Uma hora o Obama do discurso e o Obama real vão ter que se encontrar. E vai ser muito interessante.
Já ouviram falar de Edward Green? Eu nunca. Vejam suas credenciais: é diretor do projeto de pesquisa em prevenção da AIDS em Harvard com nada menos do que 30 anos de experiência em países em desenvolvimento no combate à doença, especialmente na África. Ele concedeu uma entrevista, ignorado na imprensa brasileira, ao site ilsussidiario.net. Falou sobre a polêmica do discurso do papa sobre a camisinha na prevenção da AIDs. Em resumo, disse o seguinte:
A entrevista pode ser conferida aqui.
À medida que se consegue ler o pacotão do Obama, as coisa começam a ficar um pouco mais claras. O existe ali é uma oportunidade. Aproveitando a crise financeira e o pânico que ela provoca, o novo presidente americano aproveitou para injetar na veia o receituário democrata. O pacote de incentivo à economia, de incentivo só tem o nome. Na prática ele aumenta ainda mais o tamanho do estado, retirando recursos da sociedade para injetar em uma imensidão de políticas sociais e ambientalistas. Justamente os fatores que podem estar na raiz da bagunça em primeiro lugar.
A oposição republicana está acuada e dividida. Muitos republicanos estão tentanto se colocar mais ao centro, adotando posições liberais com a finalidade de tentar atrair a simpatia que a mídia concede aos “novos republicanos”. O nome correto talvez seja traídores republicanos. A maior evidência foi a escolha de um moderado, John McCain, para a corrida presidencial. Não foi à toa que ele só conseguiu liderar a disputa quando uma conservadora autêntica, Sarah Palin, entrou na chapa.
Infelizmente os republicanos não entenderam nada e tentaram ganhar as eleições copiando os democratas; vão perder sempre. O mesmo acontece agora. Diante da Obamamania, os republicanos estão com medo de fazer oposição. É um erro gigantesco. Primeiro pela irresponsabilidade de ajudar a passar um pacote que vai prejudicar ainda mais a economia americana. Depois porque quando o plano der errado, e dará, ficarão com o ônus de terem apoiado no tal bi-partidarismo.
Os republicanos deveriam, mais do que nunca, defender os ideais de seu partido e enfrentar a mídia. O americano médio ainda é conservador. Falta coragem de tentar mostrar que o partido representa este verdadeiro americano e não progressista de manual do New York Times. Já passou da hora de confrontar o Obama candidato com o Obama presidente. O primeiro prometeu que não aumentaria impostos, o segundo aumentou. O primeiro prometeu fechar Guantânamo, o segundo já disse que não é possível. O primeiro prometeu que não fecharia a economia, o segundo fez o “Buy American”. Está na hora de tentar mostrar a verdadeira face de Obama, e esta face é a fraude.
Em mais um exemplo que a democracia está a perigo na América Latrina, o congresso argentino aprovou a antecipação das eleições legislativas em quatro meses. A desculpa é que a antecipação é necessária para enfrentar melhor a crise. Fico imaginando se o congresso americano tivesse feito a mesma coisa ano passado. McCain teria atropelado Obama mesmo com a torcida declarada da mídia americana.
Ainda bem que tal fato não é possível por lá. Ainda.
The State of The News Media. Últimos dois meses de campanha.
1. Jornais! Obama – Matérias positivas: 50%. Matérias negativas 23%. Neutras 27%. / McCain: – Positivas 5%. Negativas 65%. Neutras 30%.
2. Toda a mídia! Obama: positivas 38% -negativas 27%- neutras 34% / McCain positivas 14% – negativas 57%- neutras 29%.
Saiu na mídia
O papa Bento 16 reafirmou na terça-feira a oposição da Igreja Católica ao uso de preservativos na luta contra a Aids. A declaração foi feita no início de uma visita à África, onde mais de 25 milhões de pessoas morreram por causa da doença nas últimas décadas.
(…)
Sobre a Aids, disse que “ela não pode ser superada pela distribuição de preservativos”. “Pelo contrário, eles aumentam o problema,” afirmou. Desde sua eleição, em 2005, raras vezes Bento 16 se pronunciou de forma tão explícita contra o uso de preservativos.
A Igreja prega que a fidelidade dentro do casamento heterossexual, a castidade e a abstinência são as melhores formas de evitar a Aids. O Vaticano não aprova o uso de preservativos, mas alguns líderes eclesiásticos têm defendido seu uso em alguns raros casos, como em casais heterossexuais em que só um dos cônjuges tem a doença.
“A única solução tem dois lados: o primeiro é uma humanização da sexualidade, uma renovação humana e espiritual que traz consigo uma nova forma de comportamento entre as pessoas; e o segundo é uma verdadeira amizade, especialmente pelos que estão sofrendo, uma disposição em fazer sacrifícios pessoais”, disse o papa, que defendeu “um comportamento correto a respeito do próprio corpo.”
Comento:
Para variar, este blog apóia em 100% a posição de Bento XVI nesta questão. Já tive várias discussões com amigos sobre este tema. Eles defendem que a Igreja tenha uma participação mais responsável no combate à AIDS. Mais responsável que a abstinência e fidelidade? Estou para ver!
Dizem, estes meus amigos, que as pessoas praticarão sexo de qualquer maneira, portanto a Igreja tinha que ser prática e recomendar a camisinha. O que adianta argumentar que o papel da Igreja não é ser prática, muito menos de resolver os problemas deste mundo, a despeito do que dizem os padres comunistas, como se fosse possível um religioso ser comunista e vice-versa!
O que se vê pelo mundo afora é a disseminação da idéia que a camisinha resolve todos os problemas existenciais relacionados ao sexo. Uma ova! Cada um é livre para dispor do seu corpo como quiser, mas como tudo na vida, há conseqüências. Durante décadas psicanalistas e progressistas nos convenceram que o sexo é uma atividade como outra qualquer, como arrancar uma espinha. O resultado é o permissivismo sexual, a explosão no número de concepções, os milhões de assassinatos de bebês (também conchecido como aborto provocado) e a AIDS.
Como sempre, diante do fracasso de uma política progressista o remédio é… reforçar a dose! As propagandas do governo brasileiro estão cada vez mais incisivas em incentivar o sexo, desde que com camisinha é claro. Onde está a defesa de uma nova abordagem? Uma abordagem no sentido oposto, da consciência dos riscos da banalização do sexo?
Ao contrário dos demais países africanos, Uganda conseguiu reduzir de 30% da população contamindad com AIDS para 7%. Um raro caso de sucesso, mas ignorado pela mídia. O segredo? ABC.
A- Abstinência
B- “Be faifull” – seja fiel
C – Camisinha
Veja a ordem hierárquica, a camisinha é a terceira opção! Não é substituto para a moral! É a solução quando a pessoa não consegue se abster ou é infiel.
Ao contrário do que os predadores religiosos dizem, a Igreja não é responsável pela AIDS. Sua receita pode ser bem mais difícil de seguir, mas ela garante a não contaminação por via sexual. Coisa que o estado moderno não.
Vejam que coisa. Hugo Cháves tirou dos governadores de oposição o controle de portos e aeroportos em mais uma medida para asfixiá-los economicamente. Hilary Clinton pode ficar tranquila, a assembléia venezuelana, dominada pelo ditador, aprovou uma lei neste sentido. Se está em lei, tudo bem.
Clinton e o novo salvador deveriam ler Montesquieu que afirmava que quando um poder se subordinava a outro, a democracia deixava de existir. No caso da venezuela, judiciário e legislativo estão dominados pelo presidente. Na prática, o executivo já acumulou as funções dos três poderes.
Nada de extraordinário. Este negócio de independência dos poderes sempre foi um pé no saco para a esquerda. O que eles gostam mesmo é do tal “executivo forte”. Uma espécie de ditadura com outro nome.
De uma maneira ou de outra, o socialismo sempre termina em opressão.