A ONU e a OEA são responsáveis por tudo que acontecer em Honduras

Hugo Chávez está abertamente preparando a volta de Zelaya ao poder em Honduras com apoio de narcotraficantes. Está tudo denunciado pela imprensa hondurenha. O mínimo que a ONU (que diz lutar pela paz mundial) e principalmente a OEA podem fazer é investigar. Não vai ser difícil. O desespero do bufão de Caracas é tamanho que não se preocupa em fazer nada.

A ONU e a OEA, que se apressaram em condenar a deposição legítima de um presidente que queria usurpar o poder, agora se calam. Hillary Clinton se cala enquanto o governo americano colabora para isolar o presidente empossado de Honduras. São todos cúmplices do chavismo. Aliás, pelo posicionamento do caudilho já seria o suficiente para saber o lado certo da contenda.

Que Honduras resista não só a Chávez, mas a todos estes nojentos que se associaram a ele. Será uma grande vitória para a verdadeira democracia.

Cobertura da Veja sobre Honduras

A cobertura da Veja sobre o que está acontecendo em Honduras está a cargo de Thomaz Favaro.

Na edição da semana passada, ele conseguiu ver bem além da maioria de seus colegas jornalistas. Percebeu que Zelaya pretendia dar um golpe na constituição para se manter no poder utilizando o método chavista de plebiscito. Narrou com razoável acerto os acontecimentos. O problema foi que não teve coragem de ir até o fim e discordar da chamada “comunidade internacional”.  Escreveu Favaro:

Como a Constituição não permite o impeachment, a oposição optou pelo caminho, digamos, tradicional. No dia previsto para o referendo, os militares o tiraram do poder com o apoio do Legislativo, da Suprema Corte e da maioria dos hondurenhos.

A oposição não tem nada a ver com a deposição de Zelaya e os militares não o tiraram do poder com apoio do legislativo e da Suprema Corte; os militares cumpriram um determinação judicial, o que é bem diferente. Não há nada de tradicional no que foi feito em Honduras se o jornalista está se referindo aos golpes de estado que assolaram a América Latina no último século. O presidente foi afastado do cargo em restrita obediência ao que está nas leis de Honduras.

Na edição de hoje, Favaro volta ao assunto e desta vez enfia o pé na jaca com vontade. “O golpe em Honduras é um inédito golpe de estado bem-sucedido nas últimas duas décadas.” Uma pena que o jornalista não tenha tido a coragem para encarar as consequências do próprio diagnóstico correto que tinha feito na semana passada.

Favaro resolveu se perder de vez quando afirmou:

O hondurenho Zelaya aliou-se ao presidente venezuelano e pretendeu aplicar a metodologia chavista em um ambiente pouco apropriado. Ele tentou mudar a Constituição e prolongar o próprio mandato mesmo sem ter apoio popular para tal aventura.

Quer dizer que se tivesse apoio popular, tudo bem? O problema de Zelaya não foi aplicar a metodologia chavista, mas o fazer em ambiente pouco apropriado. O que o jornalista quer dizer? Que Zelaya foi apressado? Que não soube solapar suficientemente a democracia para lhe dar o golpe mortal? É justamente o que está em jogo em Honduras, o princípio que nem o próprio povo pode fraudar a constituição e atentar contra os princípios democráticos. Na visão de Favaro, Cuba é a única ditadura do continente (o que já é um avanço em relação a média do jornalismo). Considera que a Venezuela vive um regime democrático, assim como seus satélites, Bolívia e Equador.

Continuando sua descida ao abismo (by Eric Voegelin), Favaro continua: “Deve-se sempre procurar uma saída institucional, mesmo que o presidente conspire contra a democracia” . O que pode ser mais institucional do que o que foi feito em Honduras? O legislativo vetou por esmagadora maioria a lei que Zelaya pretendia, a Suprema Corte declarou-a inconstitucional e apenas diante da insistência do presidente chamou o Exército, dentro do que prevê a carta, para depor o presidente. O comandante das Forças Armadas ainda tentou negociar com Zelaya para que este terminasse o mandato, acabou demitido. O que poderia ser feito diferente? Isso, o jornalista não aponta.

No final, Favaro ainda tenta se emendar e consegue perceber, pelo menos, que urna não é sinal de democracia e visualiza que a convocação de plebiscitos para reeleição atenta contra os princípios democrático. Já é bem mais do que a maioria do seus colegas consegue enxergar.

E Hillary Clinton. E Obama.

Falta ao jornalista a coragem de seguir o rumo certo de seu pensamento, mesmo que contraria a idéia pré-concebida que tem do mundo, aquela que lhe foi imposta pela doxa do momento.

Porque não houve golpe em Honduras

Peguei a dica com Hugh Hewitt. Neste artigo, o advogado Miguel Estrada, nascido em Honduras, explica porque não houve golpe. O único reparo que faz é para o fato de que Zelaya não poderia ter sido exilado e sim preso por traição. Para quem não lê em inglês um resumo dos fatos:

1. A constituição proíbe formalmente três tipos de emendas: alteração nas fronteiras, as leis que limitam o mandato presidencial para um de 4 anos e o regimento que presidentes devem suceder-se uns aos outros. Não existe processo de impeachment, a remoção do cargo para qualquer agente público, inclusive o presidente, que propor algo semelhante é a perda do cargo imediata e processo de traição.

2. Zelaya tentou aprovar uma lei propondo um plebiscito para permitir a re-eleição. Foi rechaçado pelo Congresso e pela Suprema Corte por sua inconstitucionalidade.

3. Desafiando os outros dois poderes, preparou um plebiscito com urnas montadas na Venezuela, com apoio de Hugo Chávez.

4. Alertado pelo Advogado Geral de Honduras para a ilegalidade, decidiu continuar com seu desafio. O Advogado apelou para a Suprema Corte.

5. A Suprema Corte declarou a traição do presidente, nos termos da Constituição, e ordenou sua prisão pelas Forças Armadas. Os militares prenderam o ex-presidente (já não era mais o mandatário quando foi preso), mas despacharam-no para a Costa Rica, não se sabe bem porque.

6. O próximo na linha de sucessão, o líder do partido de Zelaya foi chamado a terminar seu mandato. As eleições foram confirmadas para novembro e o novo presidente não poderá concorrer. As instituições continuam funcionando e as forças armadas estão sobre controlo dos civis.

Conclui-se portanto que não houve golpe em Honduras, como a comunidade internacional e grande parte da imprensa anda propaganda. O que aconteceu foi o rigoroso cumprimento da lei maior de um país.

Resumo da ópera para os americanos:

1. Chávez quer Zelaya na presidência.

2. As leis de Hondura não o querem.

3. Obama se alinhou com Chávez.

Yes. We can.

3. Obama se alinhou com Chávez

Mais uma jornalista que defende a tentativa de golpe de Zelaya

Que fique registrado o nome de Janaína Lage, da Folha, mais uma jornalista que não consegue enxergar um palmo diante do próprio nariz. Na prática, ela justifica a tentativa de golpe de Zelaya e, em consequência, das práticas chavistas. Vejam a manchete que a digníssima conseguir produzir depois de muito esforço mental:

Zelaya aceita se reunir com golpista na Costa Rica

Democracia passa longe do entendimento de Janaina Lage. Para ler o mundo dessa forma deve ter um diploma de jornalista. Com certeza.

Força Honduras!

Honduras está dando um exemplo à América Latina. Colocou para fora um presidente que se achava superior às instituições e que poderia usar a democracia para fraudar a democracia, como Chávez faz na Venezuela.

Por isso a canalha está em polvorosa. Vai que esta moda pega? Que as instituições de um país resolvam, com apoio das Forças Armadas (com maiúsculas), colocar para fora um presidente que não aceita o contrato social que lhe foi imposto via constituição?

Poderia a contra-revolução de Honduras iniciar uma bola de neve no continente? Limpar os ares latino americanos da sujeira que foi se acumulando na última década inspirada pelo Foro de São Paulo? Ainda é cedo para dizer, mas pode ser um alento.

De quebra ainda serviu para revelar o verdadeiro papel de Barack Hussein Obama, o pacifista, na política continental. Ao mesmo tempo que começa a advogar a não intervenção em assuntos internos para justificar Chávez, Fidel e cia, resolve jogar duro, via Hilary Clinton, com os assuntos internos do pequeno país do Caribe.

Força Honduras! Resista! Mostre que o lugar de candidato a ditador é na rua. Só lamento que não tenham cumprido a constituição à risca e prendido seu presidente. Preferiram deixar o bandido solto, conspirando com os socialistas do Foro.

Lugo e sua fé

Não se pode servir a dois senhores, disse Cristo.

Lugo achou que poderia. Isso na melhor hipótese. Acho que poderia ser um cristão, um líder da Igreja, e socialista ao mesmo tempo. Impossível. No início do século passado, Pio X alertou para o óbvio, as ideologias modernas eram incompatíveis com a mensagem cristã. Querer falar algo como marxismo cristão, ou chamar Cristo do primeiro socialista, como fez um professor meu, é trapaça intelectual ou estupidez. Ou ambas.

O cristianismo tem como um de seus princípios o livre arbítreo e o mérito pessoal. A cada um segundo suas obras. Sim, prega o desapego aos bens materiais, mas não o confisco deste bens. Tentaram jogar isso no colo de Jesus com a questão dos impostos. Ele respondeu simplesmente: a César o que é de César. A justiça no conceito clássico, de Platão e Aristóteles, e Cristão, é baseado em tratar de forma desigual os desiguais. Distribuir a cada um o que lhe compete. O socialismo inverte esta equação de forma radical. Desaparece qualquer merecimento e cada um deve ter a mesma quantidade, independente de sua parte.

Por isso não pode existir um bispo socialista. Ele está em flagrante conflito com a própria fé que diz abraçar. Isso na melhor das hipóteses.

Na pior é apenas mais um socialista que se infiltrou na Igreja para ajudar a destrui-la por dentro. Deixa de existir a estupidez simples, que consiste no engano, no não reconhecimento da realidade, mas que preserva a boa fé. Surge outro tipo de estupidez, a estupidez intelectual, que consiste em uma grande trapaça e baseia-se na vaidade. Musil descreveu a estupidez em um ensaio, Voegelin resumiu-a em suas palestras sobre Hitler e os alemães.

Qual desses papéis cabe a Lugo? A estupidez simples ou intelectual?

Mais dinheiro para o BNDES

O BNDES é mais uma das aberrações estatais brasileiras. Financia o projeto geopolítico petista para a América Latina. Aos companheiros tudo. Vejam o que noticiou a Veja:

“A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a medida provisória (MP) que autoriza o Tesouro Nacional a conceder crédito de 100 bilhões de reais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A medida foi editada em janeiro pelo Executivo com o objetivo de combater os efeitos da crise financeira global, elevando a oferta de linhas de financiamentos no país. Os deputados analisam ainda os destaques ao relatório aprovado.”

Este dinheiro do tesouro não é fabricado pelo governo. Ele sai do nosso bolso, do contribuinte, para ajudar a manter os regimes vermelhos na América Latrina. Vai financiar obras na Venezuela, Bolívia, Equador e Paraguai. Pode ter certeza que não vai parar, por exemplo, na Colômbia.

Tudo isso com o silêncio cúmplice da oposição.

E o cocaleiro arregou…

Logo agora que estava levando fé no presidente boliviano ele se declarou satisfeito com nada e interrompeu a greve de fome. Que coisa! O Garotinho pelo menos fingiu melhor!, embora tenha engordado no início da sua greve.

Além do mais, greve de fome com direito a mascar coca não vale! É como fazer gol impedido. Assim não pode!

Mais uma sapatada

Estadão:

Um jornalista membro da casta indiana Sikh atirou um sapato no ministro indiano do Interior, P. Chidambaram, nesta terça-feira, 7. Foi durante uma coletiva de imprensa depois de ficar furioso com a resposta de Chidambaram sobre o relatório do Escritório Central de Investigação (CBI) que pede à Justiça a retirada das acusações contra o membro do governante Partido do Congresso Jagdish Tytler.

Comento:

Será que chegaremos ao ponto que jornalista terá que andar sem sapato?

Já pensaram, uma sapatada no molusco?

Sem chance. A imprensa brasileira o adora.