O Foro agora existe

A mídia começou a noticiar os acontecimentos do Foro de São Paulo, aquele que até pouco tempo era um delírio de gente como Olavo de Carvalho. Para não apresentá-lo como realmente é, uma entidade que tem por objetivo recuperar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu, são obrigados a mascará-la, dar-lhe um ar mais soft.

Ignoram, por exemplo, que membros do Foro estão na presidência de quase todos os países do continente. Noticiaram esta semana que o PT está rompido com as FARCs. Não foi o que se viu no episódio da morte de Reyes e da concessão do status de refugiado político ao guerrilheiro Medina.

Os computadores apreendidos mostram que as FARCs têm contatos bastante estreitos com o governo brasileiro. em particular com nosso Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O Itamaraty já deixou claro que se coloca na posição neutra em relação ao conflito entre as FARCs e o governo colombiano. É um desses casos em que neutralidade só pode ser considerado apoio. E agora sabemos que o governo nomeou, em cargo de confiança, a esposa do guerrilheiro na aberrante secretaria da pesca.

Se isso é ser rompido fico imaginando o que seria ser aliado…

Obama e seu desejo de conversar

Barack Obama afirmou na semana passada que nenhum mal poderia vir de uma conversa com os inimigos dos Estados Unidos. Precisa estudar um pouco de história.

Em um artigo com o sugestivo título de “The Kennedy-Khrushchev Conference for Dummies”, Scott Johnson relembra o que aconteceu em 1961 (íntegra aqui).

Durante a campanha, no segundo debate com Nixon, foi perguntado se aceitaria se encontrar com o presidente soviético. Disse que só o faria após reuniões preparatórias em que certos compromissos fossem aceitos de parte a parte para que houvesse chance concreta para que a conferência terminasse com algum resultado positivo.

Depois de eleito mudou seu discurso e marcou o encontro com Khrushchev independente de pré-condições. Após o fiasco da Baía dos Porcos Kennedy ficou contra a parede e fez chegar ao soviético que precisava demonstra uma posição de força e por conta disso o pedido da conferência deveria partir da União Soviética.

Khrushchev entendeu o pedido de Kennedy e não demorou para tomar partido. A conferência aconteceu e enquanto o presidente americano tentava estabelecer um diálogo, o soviético jogava pesado. Foi um dos piores momentos de JFK. Diante do argumento do americano que uma guerra nuclear poderia exterminar 70 milhões de pessoas em 10 minutos, Khrushchev deu de ombos como se dissesse “e daí?”.

Após a conferência, Kennedy estava desperado para mostrar uma posição de força e em julho de 1961 apresentou um discurso na televisão pedindo crédito complementar de mais de 3 bilhões para intervir no Vietnã e jogar os Estados Unidos no atoleiro.

Logo depois aconteceu a crise dos mísseis cubanas. Parece claro também que o soviético jogou esta cartada acreditando que Kennedy não teria força para reagir. Foi uma jogada alta que perderia mas não sem antes garantir o compromisso de não interferência em Cuba.

Uma única conversa, destas que não poderiam vir mal nenhum, resultou na Guerra do Vietnã, na crise nuclear que quase levou o mundo à guerra e na longevidade da ditadura comunista cubana.

Não basta o desejo de diálogo para resolver conflitos, é bom que Obama saiba disso se for eleito. Para o bem não só dos americanos, mas de toda civilização ocidental.

O computador falante

Nem se os colombianos tivessem capturado Reyes e Tirofijo juntos o prêmio seria tão grande do que a apreensão do computador do 02 das FARCs. Ele está disposto a contar tudo e tem mais informações do que um cérebro humano consegue guardar! Não precisa nem de delação premiada! Canta como um passarinho.

Agora começou a falar do Brasil, ou mais especificamente do PT. É só o começo. O que tem de gente dormindo mal por causa do que existe naqueles hds!

O computador de Reyes bateu o recorde de José Genuíno em entregar os “companheiros”. E não quer se calar…

É possível conversar com terroristas?

O partido democrata subiu nos tamancos semana passada com o discurso de Bush em que negava a possibilidade de conversar com com terroristas e radicais. Eis o que disse o presidente americano:

“Some seem to believe that we should negotiate with the terrorists and radicals, as if some ingenious argument will persuade them they have been wrong all along. We have heard this foolish delusion before. As Nazi tanks crossed into Poland in 1939, an American senator declared: ‘Lord, if I could only have talked to Hitler, all this might have been avoided.’ We have an obligation to call this what it is — the false comfort of appeasement, which has been repeatedly discredited by history.”

Não vou traduzir tudo mas na essência, Bush afirma que é muita ingenuidade achar que argumentos irão persuadi-los que estiveram errados durante todo o tempo. Lembrou que quando os tanques nazistas invadiram a Polônia em 1939 um senador declarou: “Deus, se pelo menos nós tivéssemos conversado com Hitler“.

Os americanos podem não ter conversado, mas os ingleses o fizeram, assim como os franceses. Quando Hitler anexou a Tchecoslováquia, Chamberlein encontrou-se com o Fuhrer em Munique. Fez um acordo inusitado, os ingleses permitiriam a anexação e em troca os nazistas se comprometiam a não invadir mais nenhum país. Voltou nos braços do povo inglês, a paz estava assegurada!

Hitler invadiu a Polônia porque estava convencido que as potências ocidentais não se meteriam, pois estava claro que seu plano era a União Soviética. Suas cartadas foram feitas em cima da constatação que Inglaterra e França fariam tudo para evitar a guerra, era o pacifismo em ação. Jogou uma carta a mais e acabou tendo que enfrentar o ocidente.

Obambi declarou que se eleito iria conversar com Síria e Irã. Conversar o que? Ahmadinejad, seria possível parar de financiar os terroristas que estão matando os solados americanos no Iraque? Ah, desculpe, não sabia que estava causando algum mal, achei que não se importariam. E poderia parar com o projeto de armas nucleares? Mas é para fim pacífico! Juro! Queremos umas bombinhas mas é só para teste, nada sério. E esse desejo de varrer Israel do mapa? Varrer é só força de expressão, a gente só quer diálogo…

Querem conversar com terroristas e radicais? Que tal impor algumas condições antes? A primeira é básica: renunciar ao terrorismo como forma de atuação política. Depois disso pode-se começar a conversar, antes não só é inútil, como perigoso. Homens como Hitler, Stálin, Castro e Mao sempre souberam tirar extremo proveito da disposição para “conversar” dos ocidentais.

Bush tem mais é que dizer para seus homens: 06, senta o dedo nesta p…!

Depois entra a diplomacia…

Nota de rodapé

O homem andava sumido do noticiário, mas com uma reunião do Foro de São Paulo em andamento resolveu aparecer. É claro que estou falando de Marco Aurélio Garcia, ou Sargento Garcia, ou top top Garcia, aquele que tripudiou de centenas de mortos no acidente da TAM ano passado.

Ele é tido como uma espécie de autoridade em relações internacionais, um guru do PT na área. Vale lembrar a entrevista com o historiador Marco Antonio Villa:

Veja – Qual é a relevância de Marco Aurélio Garcia nas relações externas?
Villa – Desde o início da República, não há registro de um assessor com tanto poder como ele. Garcia aparece nas fotos quase sempre atrás de Lula. Dá pronunciamentos em pé de igualdade com o ministro das Relações Exteriores ou o secretário-geral do Itamaraty. Marco Aurélio Garcia é considerado um grande acadêmico, um gênio, uma referência para qualquer estudo sobre relações internacionais na América Latina. Curioso é que não se conhece nenhuma nota de rodapé que ele tenha escrito sobre o tema. Fui procurar seu currículo na plataforma Lattes, do CNPq. Não há nada sobre ele. Marco Aurélio Garcia é o Pacheco das relações internacionais.

Veja – Quem é o Pacheco?
Villa – É um personagem de Eça de Queiroz que aparece no livro A Correspondência de Fradique Mendes. Pacheco era um sujeito tido como brilhante. No primeiro ano de Coimbra, as pessoas achavam estranho um estudante andar pela universidade carregando grossos volumes. No segundo ano, ele começou a ficar mais calvo e se sentava na primeira carteira. Começaram a achar que ele era muito inteligente, porque fazia uma cara muito pensativa durante as aulas e, vez por outra, folheava os tais volumes. No quarto ano, Portugal todo já sabia que havia um grande talento em Coimbra. Era o Pacheco. Virou deputado, ministro e primeiro-ministro. Quando morreu, a pátria toda chorou. Os jornalistas foram estudar sua biografia e viram que ele não tinha feito nada. Era uma fraude.

Como pensador ou intelectual não passa de um fraude, como muitos marxistas antes dele. Seu papel e importância para o Foro é outro. É um daqueles homens que não mede esforços para realizar qualquer tipo de tarefa para alcançar a revolução sonhada, uma representação do que Trotski definica como “a nossa moral e a deles”. É um homem amoral, para quem a vida humana e a decência não possui o menor significado. É uma personificação da vontade de poder de Nietzsche.

Toda vez que alguém fala em Lula como a esquerda light ou vegetariana, um dos maiores erros de gente como Vargas Llosa, eu exibo Garcia. Como é possível chamar alguém de democrata tendo uma criatura destas em tal alto posto? No momento mais difícil do PT quem foi escolhido para liderar o partido na campanha de 2006? E querem tratá-lo como voz isolada dentro do governo…

Parece piada, mas não é. Este homem é o responsável por toda nossa política externa. Esta que está levando fumo da Bolívia, do Equador, da Venezuela e agora do Paraguai. Esta que só consegue falar grosso quando está diante dos Estados Unidos, ou quando brasileiros são barrados na Espanha. Trata-se de uma mente perigosa, disposto a tudo para lançar o Brasil no caos do totalitarismo. Um novo tipo de totalitarismo, mais sutil, com uma falsa democracia funcionando, com o que interessa do capitalismo. Um comunismo muito mais perigoso e perfeitamente integrado com o sonho de um governo global no planeta.

Pacheco é apenas uma parte de sua máscara. Não podemos nos enganar.

Mais um no inferno?

Será que o inferno ganhou mais um hóspede?

Acabo de ler que o ministro da defesa colombiano anunciou ter informações seguras que Tirofijo, o número 1 das FARCs. Se for verdade está agora prestando contas dos milhares de inocentes que morreram por sua ação, com certeza sua dívida é muito grande.

Não podemos desejar a morte de ninguém, mas tenho que reconhecer que, em seu caso, já foi tarde. Está nas mão da justiça agora.

Um discurso, dois Obamas

Folha:

Em seu primeiro discurso totalmente dedicado à América Latina, o senador Barack Obama adotou tom cauteloso, de meio do caminho entre a atual política norte-americanas e as mudanças mais radicais que vinha prometendo na campanha. O pré-candidato democrata à sucessão de George W. Bush disse que, se eleito em novembro, manterá o embargo econômico a Cuba, apoiará invasões da Colômbia na luta contra as Farc e adotará postura crítica em relação a Hugo Chávez.
Em contrapartida, acenou com a possibilidade de se encontrar com o líder cubano Raúl Castro, disse que permitirá mais viagens e envio de dinheiro à ilha e criticou a falta de diálogo do atual governo com o presidente venezuelano. Num dos pontos mais polêmicos do que chamou de “Nova Parceria para as Américas”, o democrata tomou o mesmo lado de Bush na ação recente mais controversa a ter lugar na região.

Comento:

Em dois parágrafos temos dois Husseim Obama.

Disse que apóia a ação colombiana contra o narcotráfico, mais ainda, que estão certos em perseguir os terroristas dentro dos países vizinhos. Coloca-se, portanto, em acordo com a política do malvado George Bush para a região.

Só que no parágrafo seguinte critica o presidente americano pela falta de diálogo com a Venezuela. Como é que é? Que eu me lembre, entre outras coisas, Hugo Chávez chamou Bush de Satã dentro do território americano. Um é presidente de um país democrático, outro de uma quase ditadura. Quem é o intransigente? Um apóia um país democrático no combate a um flagelo que é o misto de guerrilha, tráfico e terrorismo, outro o protege e ainda financia. Como estabelecer um diálogo nestas condições?

Quanto à Cuba, entendi menos ainda. Vai manter o embargo e enviar mais dinheiro à ilha. Parecem duas coisas contraditória, ou não?

Qual Obama Husseim assumiria a presidência caso eleito? A resposta só o tempo dirá, ou não.

Sobre Israel e a ONU

Estas condenações à Israel (post anterior) são muito interessantes. Como pode a ONU considerar que uma democracia, como é de fato este país, que tem que se defender dia e noite de terroristas fanáticos e estados que lhe são hostis desde sua criação, seja o principal violador de direitos humanos no mundo? Pior, quando consideramos que existem estados totalitários, muitos deles selvagens, cuja própria existência é uma violação a estes direitos humanos?

A cada dia me convenço mais que a ONU é uma mal a ser superado, talvez o pior de todos. O indivíduo é cada vez menor diante de seu poder global, um poder que emana de seus principais tentáculos, seus órgãos de atuação. Isto no plano formal pois de maneira “oficiosa” existem as ONGs atuando sempre contra a liberdade dos povos.

Cada vez vejo, com mais preocupação, relações e coincidências entre estados totalitários, movimentos comunistas (como o Foro de São Paulo), terroristas islâmicos, movimentos sociais, grandes corporações americanas (como a fundação Ford) e a própria ONU. Em comum, acima de tudo, o afastamento de Deus em uma secularização crescente e constante. Nietzsche advertira com sua descrição do niilismo e suas previsões se confirmaram. Meu medo maior são as fábulas de Orwell e Huxley. Quem leu estes livros pode ver nestas instituições e nos valores que professam o verdadeiro perigo, o grande mal que nos colhe como uma gigantesca sombra.

Hoje vejo apenas duas resistência ao perigo de uma dominação global, o governo dos Estados Unidos (não confundir com corporações) e o Estado de Israel. A cada dia perdem a batalha pela opinião pública mundial, muitas vezes por seus próprios erros, muitas vezes pelo poder que se concentrou neste verdadeiro eixo do mal formando no mundo.

Queira a Deus que eu esteja errado.

Por que se não tiver estamos a beira de uma abismo sem retorno.