Mais pesquisas, agora lá…

É impressionante. A Folha Online divulga que a última pesquisa dá empate técnico entre Obama e McCain. Sabem quanto vale qualquer uma dessas pesquisas? Absolutamente nada. As eleições americanas não são decididas por maioiria, como acontece aqui. Lá existe um negócio chamado colégio eleitoral e vitória por estados, um presidente pode, e algumas vezes acontece, de vencer com minoria de votas.

Como saber então quem está liderando as pesquisas? O melhor site que encontrei até agora é o RealClearPolitics.com. Lá a pesquisa que interessa é a por estados e monta-se o mapa eleitoral em cima desses resultados. Obama lidera, como era de se esperar depois da explosão da crise econômica e esta liderança tem aumentado constantemente há umas duas semanas. Está com 264 votos contra 163 de McCain, os votos indefinidos ainda são 111. Para ser eleito são necessários 272 votos.

Mesmo assim ainda fica difícil o prognóstico porque além da incerteza das próprias pesquisas os americanos ainda tem que lidar com uma variável a mais: quantos eleitores realmente irão comparecer e votar?

Hoje temos o segundo debate entre os dois candidatos. O TSE deveria assistir com caderninho na mão e aprender como se faz realmente uma disputa democrática e não aquela palhaçada que se faz por aqui.

Enfim, é a democracia…

Folha e sua torcida por Obama

A Folha de São Paulo, dos grandes jornais brasileiros, é a que mais representa a corrente progressista no Brasil. Natural, portanto, que seja não só simpática como entusiasta da candidatura de Obama nos Estados Unidos, considerando que o candidato é a expressão desta corrente de pensamento e atitudes. Acredito que seria um pouco mais honesto se o jornal assumisse publicamente sua simpatia por Obama ao invés de tentar passar uma imagem de isencismo.

Não vi o debate dos vices ontem, estou acompanhando apenas as repercussões. A mídia americana fez uma campanha contra Sarah tentando desqualificá-la como inexperiente, lebrando sempre que McCain tem uma idade avançada. Acho curioso que não faça o mesmo questionamento ao senador extreante Obama cuja experiência é de 30 anos como ongueiro. Tentam a toda hora colocar palavras na boca dela e achar significados convenientes em suas declarações.

Algumas semanas atrás um jornalista montou uma armadilha para Sarah. Perguntou se ela era a favor da entrada da Geórgia na OTAN, respondeu que sim. Perguntou então se o tratado não tinha uma cláusula de defesa mútua em caso de ataque. Novamente a candidata reconheceu que sim. Finalmente o jornalista concluiu, então os Estados Unidos teria que ir a guerra contra a Rússia! Os jornais noticiaram que Sarah defendia uma guerra contra os russos, o que não foi o que ela disse. A pergunta na verdade deveria ser: os russos invadiriam a Geórgia caso ela fosse membro da OTAN? Se a resposta for sim, então nenhum dos países membros da organização estão livres de uma intervenção russa e o problema é de toda OTAN e não só dos Estados Unidos.

Outro dia perguntaram sobre ambientalismo. Ela fez uma piada dizendo que era tão ambientalista que tinha batizado a filha com o nome de uma baía do Alaska. Pronto, era a senha. A grande mídia saiu bradando que a idéia de ambientalismo de Sarah era batizar crianças com nome de baías. Nojento.

Voltando à Folha, veja o que ela escreveu hoje:

O debate entre os dois candidatos à vice-Presidência dos Estados Unidos, a governadora republicana do Alasca, Sarah Palin, e o senador veterano Joe Biden, da chapa democrata, transcorreu sem grandes danos para ambos os lados. Palin conseguiu repetir a retórica republicana sem cometer nenhuma gafe, mas não foi páreo para a disputa contra Biden e sua experiência de 35 anos no Senado.

É possível ser mais parcial do que isso? Palin defendeu as propostas de seu partido mas o escrevinhador babando em seu obamismo diz que ela conseguiu __ reparem no verbo! __ repetir a retórica republicana. Se um jornalista escreve que um partido não tem proposta e sim retórica fica claro que ele tem um lado, ou estou errado?

O prezado escreve também que ela não cometeu nenhuma gafe, como se o natural fosse fazê-lo. Na verdade estava torcendo por isso! É curioso, pelo pouco que acompanhei do senador Biden, ele é uma gafe ambulante. Semana passada, criticando o presidente Bush (só sabem fazer isso), declarou que líder mesmo era Roosevelt que fez uma declaração pela televisão ao povo americano quando Wall Street quebrou. Pois Roosevelt não era presidente quando a bolsa quebrou, ao contrário, se beneficiou da quebra para se eleger, e nem havia televisão em 1929! Isso sim é uma gafe!

A mídia mundial já decidiu quem ganhou as eleições deste ano, a Folha é apenas uma amostra de como o progressismo tomou conta da mídia. O triste é ver que estão convencendo os americanos a abraçar ainda mais este pensamento que tanto mal tem causado aos Estados Unidos e ao mundo. Estão para eleger um presidente sem experiência, agarrado a valores invertidos, associado de terroristas, retórico até o último fio dos cabelos e que age abertamente contra o próprio país. Os americanos foram contagiados pelo anti-americanismo.

Estamos perdidos!

Será que agora vai?

Uol:

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira o pacote de resgate financeiro que prevê o uso de até US$ 700 bilhões para comprar títulos podres. Foram 74 votos a favor e 25 contra. A intenção é evitar quebradeiras e acalmar o mercado.

Comentário super rápido:

O projeto, uma modificação do anterior, terá que ir para a Casa dos Representantes; a votação sai ainda esta semana. Ainda é imprevisível o resultado, para desespero das bolsas no mundo todo.

Mais impressões digitais democrata na origem da crise

Em 2005, após os alertas de Alan Greenspan sobre o risco das operações da Fannie e Freddie, pela primeira vez na história, um projeto de lei para reforma das duas empresas passou pela comissão de bancos do senado. O projeto tinha poder de colocar as empresas sob controle e reduzir drasticamente a oferta de crédito de alto risco.

O partido democrata fez da oposição do projeto uma questão de lealdade partidária impedindo que fosse sequer votado. Segundo Keven Hasset ( conferir aqui), algumas das lideranças do partido foram extremamente beneficiados por doações de campanha das duas empresas. Obama recebeu $ 125.000,00, sendo superado apenas pelo presidente do comitê de bancos do senado, o democrata Christopher Dodd que recebeu $165.000,00. A senadora Hillary Clinton ficou com $75.000,00.

E McCain? Como se comportou nesta estória? Foi um dos três co-autores do projeto que pretendia colocar um fim na farra irresponsável das empresas, o projeto que poderia ter evitado este caos.

McCain e Obama na rejeição do pacote

Embora tenha sido proposto por um presidente republicano, o  pacote de Bush contrariava uma das linhas mestras de seu próprio partido, a não intervenção no mercado financeiro. Desde o início ficou claro que seria no Partido Republicano a maior resistência ao plano. Em situação normal, os votos do Partido Democrata estariam garantidos pois a regulação do mercado sempre foi uma bandeira da legenda. Mas não é uma situação normal, é um ano de eleições.

Interessa parte dos democratas o aguçamento da crise para solapar qualquer chance de McCain. O pacote de Bush pode não ser uma solução definitiva para a crise mas é uma medida de emergência para evitar o caos maior. Para aprová-lo era necessário dividir os riscos e por isso foi feito uma proclamação pela superação da disputa partidária.

Quando McCain interrompeu sua campanha e foi para Washington seu partido tinha apenas 4 votos a favor da proposta. Conseguiu mais 60 mostrando sua capacidade de liderança. Obama inicialmente manteve-se afastado, foi chamado e compareceu para fazer um discurso e se mandou para não se sujar com a lama. É o prenúncio do que poderá ser um governo Obama, muito discurso e nenhuma ação.

Mesmo assim foi costurado o acordo contando com estes 64 votos. O Partido Democrata entraria com o restante pois não haveria problema de incompatibilidade com seu eleitor, favorável à intervenção do governo no mercado. Foi quando entrou Nancy Pelosi.

Não se sabe ainda se propositalmente ou não, ela fez um duro discurso contra os republicanos culpando Bush pela crise econômica; mais ainda, deixou claro para seu próprio partido que não era o caso de lealdade partidária. Foi a senha para a derrota.

Os democratas apostaram não só na manutenção da crise, mas na culpabilidade de seus adversário confiando no noticiário sempre favorável a seu candidato. O risco é o eleitor entender o que se passou de verdade nos bastidores do Congresso e ver o quanto a campanha de Obama apostou no desastre. Pelo menos esta é a aposta do ex-prefeito Giuliani:

I believe there has been a change right now at this particular point we’re at. I don’t think it’s about Sarah Palin. I think that she’s still giving us help by making the Republican base very enthusiastic, and actually reaching over to a group of voters who might not be thinking about us. I think it’s the economy that’s creating it. The general wisdom is if there’s trouble in the economy, it’s going to favor the Democrat. I think that’s what you’re seeing. But I believe if the public perceives a crisis in the economy, I think it’s going to start favoring John McCain, because I think it’ll be the same reason why they favor him as the more capable being commander in chief. And right now, we need a leader. We need someone who can make tough decisions, somebody who can wade in and get things done. John McCain last week acted like a president, trying to get votes. All this weekend, he’s acted like a president, trying to get votes. Barack Obama is just trying to stay out of the battle, you know, let me keep my skirts clean, and I want to politically position myself. That isn’t the kind of leader we need at a time the country’s at crisis.

Os representantes republicanos que votaram contra o pacote podem ter enterrado as chances de seu partido manter a Casa Branca mas estavam de olho também na própria sobrevivência pois a grande maioria encontra-se em acirrada disputa para manter as próprias cadeiras e sentiram de seus eleitores a rejeição ao acordo. Foi uma bola fora? Não sabemos.

Desconfio que muita coisa ainda vai acontecer até novembro.

Montando o quebra cabeças

blog do Aluizio Amorim[1] começa a trilhar o mesmo caminho que este blog estava seguindo e chegar á origem da crise imobiliária americana, a irresponsável aplicação do politicamente correto e ações afirmativas pelo governo Clinton no mercado financeiro. Não basta, como disse Ann Coulter2, terem arruinado a educação, esportes, ciência e entretenimento; estes princípos arruinaram agora a indústria financeira.

Uma pergunta surge: o governo Clinton terminou há 8 anos, é justo culpá-lo? Bush não poderia ter revertido o quadro? Retomo um dos pensamentos de Thomas Sowell[3]: após implementada uma ação afirmativa é quase impossível revogá-la. A questão é que qualquer iniciativa contra ela é encarada como uma iniciativa contra os grupos que supostamente ela deveria beneficiar.

Ao conceder hipotecas e empréstimos ás pessoas de baixa renda, ou moderada, com poucas condições de manter suas obrigações, os democratas colocaram a economia americana em uma armadilha pois ir contra estes empréstimos passou a ser considerado ir contra estas pessoas. Quando Mankiw[4] alertou que a economia estava sob alto risco por essas práticas foi chamado de sem coração; como pode se opor a empréstimos suicídas para pessoas que não podem pagá-los?

Sim, capitalistas são gente sem coração; não gostam de emprestar dinheiro para quem não pode pagá-los, justamente as pessoas que mais precisam destes empréstimos. O problema é que não existem soluções mágicas e esta foi uma adotada pelos políticos americanos ao intervir no livre mercado para que empresas concedessem crédito independente das taxas de risco gerando esta crise que estamos vendo.

Outro detalhe, Bush tentou sim colocar ordem no caos mas foi impedido pela maioria democrata no Congresso e até mesmo por republicanos receosos de contrariar suas bases eleitorais mostrando mais uma vez que uma vez dado o passo para a ação afirmativa o retorno é muito mais difícil como alertou Ali Kamel[5].

Mais uma vez Bush está pagando o preço do governo Clinton, desta vez na economia. A outra foi o 11 de setembro.


[1] Jornalista catarinense que escreve o blog Politicamente incorreto.

[2]Polemista conservadora americana. Escreve uma coluna semanal em seu site pessoal.

[3]Economista americano e autor de vários livros denunciando os efeitos nefastos da política de ação afirmativa.

[4] Economista americano autor do livro Introdução a Economia muito utilizado nos cursos de economia no Brasil. Está na minha lista de leituras futuras.

[5]Ver livro “Não Somos Racistas“.

Não disse?

Comentei ontem:

É natural que republicanos votem contra um pacote econômico de intervenção no mercado financeiro, o mesmo não pode se dizer dos democratas. Sempre foi uma bandeira do partido a regulação; quanto mais governo melhor

Hoje na Folha:

O candidato da situação(McCain) disse que o número de votos contrários foi alto entre os democratas, que costumam aceitar com mais facilidade intervenções na economia, ao contrário dos republicanos, que demonstravam mais resistência ao plano.

“Barack Obama falhou em liderar”, disse nota da campanha de McCain, que também afirmou que “o projeto fracassou porque Barack Obama e os democratas colocaram a política à frente do partido”.

Na Folha, Armínio Fraga é um dos que perceberam o que aconteceu:

Ao analisar a rejeição ao pacote de salvação das instituições financerias, Armínio diz que foi uma decisão política, num ano de eleições nos Estados Unidos. O problema, segundo ele, é que o mundo vive uma crise sistêmica e essa situação exige resposta rápida.

No artigo de hoje, Thomas Sowell lembra um ponto importante: ninguém falou ainda da responsabilidade do Congresso Americano com a crise do mercado imobiliário. A questão é de fundo político pois na ânsia de agradar os eleitores, as gigantes Fannie e Freddie foram estimuladas a conceder hipotecas para pessoas com alto risco de inadimplência. Elas assim o fizeram porque tinham a certeza do socorro do governo em caso de crise. Uma das coisas que comecei a entender é que investimentos de alto risco são os que trazem maior retorno financeiro e os congressistas incentivaram este tipo de investimento gerando a bolha que estourou agora.

Sowell lembra que no início do ano o senador Christopher Dodd afirmou que Freddie e Fannie tinham que aumentar a concessão de hipotecas, principalmente para candidatos com alto risco. Junto com Barney Frank, pressionaram o governo para que empurrasse as empresas para emprestar para pessoas que elas não emprestariam de outra forma devido ao risco envolvido.

É fato que George Bush, o demonizado, tentou há alguns anos, sem sucesso, estabelecer uma regulação sobre Freddie e Fanny. Mankiw alertou o congresso sobre o perigo que esta sendo criado com a criação da expectativa de socorro financeiro em caso de crise e seus efeitos sobre a economia. Greenspan foi outro que fez o mesmo alerta e foi ignorado.

O Congresso Americano lavou as mãos ontem da confusão que ele próprio ajudou a criar com a mistura de política com economia. Fica cada vez mais claro que o mercado não estava funcionando como deveria e parte da culpa, para variar, era do estado que estava se metendo onde não deveria. O resultado está aí.

Republicanos culpam Pelosi

Fui um tanto duro com os republicanos no posta anterior. Relendo ficou parecendo que os democratas votaram unidos para aprovação do pacote, não foi bem assim. As informações vão surgindo aos poucos e algumas coisas começam a ficar claras.

  1. Os democratas são maioria no Congresso. Isso significa que o partido poderia aprovar as medidas se assim desejasse ou mesmo reprová-las.
  2. Na hora de encaminhar a votação, a presidente da Casa dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, atuou como líder partidário. Fez de um momento de superação partidária um ato político criticando duramente os republicanos e o governo Bush pela crise.
  3. É natural que republicanos votem contra um pacote econômico de intervenção no mercado financeiro, o mesmo não pode se dizer dos democratas. Sempre foi uma bandeira do partido a regulação; quanto mais governo melhor.

Até explodir a crise a candidatura de Obama estava na defensiva, prensada pela entrada de Sarah Palin na chapa republicana. O prolongamento da crise é fundamental para o sucesso de sua candidatura. Talvez os republicanos que votaram contra o pacote tenham colaborado para este projeto, ainda é cedo para dizer. Desconfio que Obama esteja comemorando o resultado de hoje, discretamente pois se passar ao eleitor que aposta contra o país para se eleger estaria perdido.

É tudo ainda muito nebuloso, ainda mais para quem vive aqui no Brasil. Para piorar o jornalismo brasileiro não colabora ao trocar o jornalismo investigativo pelo antiamericanismo botocudo. O trabalho de afastar as camadas que escondem a realidade é duro mas pior é aceitar sem crítica o que se produz na mídia.

Caos

Pois é, o Congresso americano rejeitou o pacote de Bush e a principal oposição foi de seu próprio partido.

O grande problema é que a crise econômica misturou-se com a campanha eleitoral e existe muita guerra partidária na questão. Os republicanos mais conservadores apostaram na não intervenção no mercado financeiro confiando que é melhor sentir os efeitos agora do que correr o risco de repetir a grande depressão. O problema é que deixar a bomba explodir agora é jogar as chances de eleição de McCain pela janela.

Não consegui me convencer, muito por minha igonorância, se este pacote seria bom o ruim para o mercado, afinal muita gente boa discordou.

O Partido Democrata apostou em outra direção, até mesmo porque a regulação do mercado sempre foi uma plataforma da legenda. O que eles não queriam era ser responsabilizados se o pacote não fosse aprovado pois passaria a imagem que haviam votado contra para garantir a eleição de Obama.

O quadro é ainda muito escuro, não se sabe ainda exatamente o que aconteceu.

O fato é que o mercado desabou. É o caos.

Tirem suas conclusões

Folha:

O pacote quase trilionário de resgate do mercado financeiro americano tem seus prós e contras para os Estados Unidos, mas é um ótimo negócio para o resto do mundo, diz o especialista em investimentos Karl Sauvant, que foi diretor da Divisão de Investimentos da Unctad (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento) e hoje é diretor-executivo do Programa de Investimento Estrangeiro da Universidade de Columbia, em Nova York.


Para Sauvant, os possíveis efeitos negativos do pacote se concentrarão especialmente nas fronteiras americanas, já que conseqüências como aumento do déficit orçamentário e desvalorização do dólar podem significar vantagem para outros países, enquanto a não-intervenção federal na crise trava o mercado financeiro internacional. “O pacote é necessário e duro para os EUA, mas o mundo sai ganhando”, diz ele.

Comento:

Esse Bush é realmente muito malvado, colocou seu país para pagar a conta de uma especulação que beneficiou meio mundo, principalmente os países emergentes. Não tem jeito, tudo que ele faz é errado; é impossível acertar. Espero que um dia a história o coloque no devido lugar, com seus erros e acertos No momento é o saco de pancadas dos ressentidos do mundo inteiro.