A Veja da última semana trouxe uma matéria sobre o aumento do preço dos alimentos. Apontou como principais causas:
- O crescimento da economia mundial dos últimos 4 anos. Em conseqüência, aumentou o consumo de alimentos nos países emergentes, especialmente China e Índia, onde se concentra quase 1/3 da população mundial.
- O aumento do preço do barril de petróleo que duplicou do início de 2007 para cá, elevando o preço dos transportes e dos insumos, como fertilizantes e adubos.
- A queda da cotação do dólar no mercado internacional nos últimos 6 anos, provocando fuga de investidores para os fundos de commodities.
- O incentivo do governo americano aos produtores de etanol de milho estimulando a migração dos produtores de soja e trigo.
- Fatores climáticos e de doenças que provocaram quebra de safra graves na China, Europa e Austrália
Analisando estas causas, é possível perceber que o presidente comprou a briga errada ao defender o biocombustível brasileiro. Em nenhum momento foi apontado como vilão, a crítica é ao incentivo dado ao biocombustível americano. É bom lembrar que no caso do milho, o rendimento por hectare é menor do que no caso da cana-de-açucar. Ao que parece o Brasil tem condições de aumentar sua produção sem prejudicar a produção agrícola, ainda estamos longe do nosso potencial.