Sai Conde

Lauro Jardim:

Luiz Paulo Conde acaba de pedir demissão da presidência de Furnas, para onde foi nomeado há treze meses, depois de intensa batalha do PMDB pelo cargo. Conde enviou uma carta ao ministro Edison Lobão, na qual alega problemas de saúde para não continuar à frente da estatal. Na carta fala que tem dificuldades para se locomover.

Comento:

Ano passado escutei que não era um patriota por defender a privatização das estatais. Usei o mesmo argumento que uso agora, na prática elas já estão privatizadas. São loteadas mandato após mandato para os grupos que compõe a estrutura do poder e os que conseguem exercer pressão através do controle dos sindicatos e fundos de pensão.

Este é o modelo brasileiro e o resultado é esse serviço público de péssima qualidade pois o objetivo destas empresas é fazer caixa para partidos políticos, como viu-se no caso dos Correios. Sonho com o dia que este patrimônio sairá das mãos dos políticos e irá pra a sociedade. Sei que é um sonho mas é preciso ter esperança!

Efeito da “privataria” tão combatida pela esquerda

Não faz nem uma semana que o nanico candidato do PSOL em São Paulo declarou que a privatização das Teles fora criminosa. A opinião deste senhor é irrelevante, mas é a expressão da mentira que foi enfiada na cabeça de grande parte dos brasileiros.

É bom lembrar que em 1997 a telefonia fixa não havia sido ainda privatizada e que linha celular era uma utopia. Lauro Jardim acabou de postar a seguinte informação:

O Brasil bateu 138,3 milhões de linhas de celulares agora em agosto, segundo dados que a Anatel começa a divulgar – de julho para agosto, foram mais 3 milhões de linhas. Chegou-se, portanto, a impressionante média de 0,73 celular por habitante.

Universalização é isso. O resto é conversa.

Quando pensei que iria elogiar o governo…

Não tem jeito. Hoje pela manhã li que o governo estudava não conceder monopólio para a Petrobrás explorar o tal do pré-sal, que sempre aparece quando o governo vai mal das pernas, ou seja, sempre. Abri o wordpress e quando começaria a digitar me deu um estalo.

Wait! Trata-se de um governo do PT é bom ter muito cuidado. Como estava atarefado acabei fazendo outras coisas. Agora fui ler a notícia com mais atenção. O governo realmente estuda quebrar o monopólio da Petrobrás no pré-sal, mas porque a empresa é de economia mista, apesar de controlada pelo governo. Assim, a solução é abrir uma outra estatal, esta 100%, para concorrer com a Petrobrás! Solução de gênio!

Além de na prática aumentar o controle estatal no setor abre o caminho para algo muito mais sinistro: passar as operações, pelo menos as mais interessantes, para o novo monstrinho. Se eu fosse acionista da Petrobrás tomaria muito cuidado… podem acabar só com papel podre nas mãos.

Que 2010 chegue o mais rápido possível!

Ponto extra de tv a cabo

Algo vai muito mal em um país onde o senado federal debate uma lei que impede empresas de tv a cabo de cobrar pelo ponto extra. Será que não existe nada de mais relevância para se discutir?

Mais uma vez a crença de que problemas econômicos são resolvidos por decisões políticas. Na maioria das vezes acontece o contrário, o problema, quando existe, piora.

Trata-se de mais uma ingerência indevida do estado, pois está se metendo em um negócio eminentemente privado, que envolve consumidores e empresas. Reconheço que o mercado de tv a cabo no Brasil já é quase um monopólio, mas isso se resolve com mais capitalismo e não com menos. Vale lembrar que mesmo quando a competição era acirrada entre a NET e a TVA o ponto extra era cobrada, o que significa que existe custo para a empresa em fornecer o serviço.

Quando o governo impede o pagamento do ponto extra, o custo deixa de ser cobrado de quem usa o serviço e passa a ser cobrado de todos os assinantes, com ponto extra ou não. Pode não ser de imediato, mas na primeira renovação influirá no preço do produto.

Novamente o estado considera o consumidor como um incapaz, que deve ser protegido pelo abraço generoso do governo. O assinante de tv a cabo está acima da média salarial do país, teoricamente está na elite intelectual. O serviço prestado não é uma necessidade básica, pelo menos da grande maioria da população. Ninguém vai morrer de fome por causa de ficar sem um ponto a mais de tv por assinatura.

Senhores senadores, deixem os negócios privados para a sociedade se resolver. Há muita coisa a ser feita no país, a começar pelo conserto da porcaria de texto constitucional que temos.

Dinheiro em fuga

Folha:

Juros em alta no Brasil e Bolsas em queda no mundo fizeram que investidores estrangeiros mudassem suas estratégias no mercado nacional: neste mês, observa-se uma forte saída de recursos externos da Bolsa de Valores de São Paulo e um volume bilionário de aplicações em títulos públicos.

Comento:

A bolsa de valores é demonizada pelo discurso de esquerda no Brasil, algo como coisa do capeta. O bolsa realiza um papel muito importante em uma economia capitalista, ela troca dinheiro. Existem pessoas que não precisam de dinheiro hoje, que aceitam trocá-lo por dinheiro no futuro, com rendimento maior possível. Existem outros que precisam de dinheiro hoje e possuem promessas de dinheiro no futuro (ações). A bolsa realiza esta troca e contribui para a economia andar, não fosse por ela muitos deixariam dinheiro debaixo do colchão enquanto outros, com idéias promissoras na cabeça, não teriam onde captar recursos.

Quando se tira dinheiro da bolsa e compra títulos públicos, por causa dos juros, a sociedade tem menos recursos para operar o sistema de captação de investimentos. O dinheiro vai para o estado, que usa para equilibrar suas contas públicas.

Por que os juros estão altos no Brasil? Por que desde que o governo Lula assumiu, os gastos públicos têm subido mais do que o PIB. Em outras palavras, o estado avançou sobre a sociedade, aumentando seu gigantesco tamanho e também sua ineficiência.

É um ciclo vicioso. O estado aumenta e precisa de mais recursos. Os juros aumentam para proteger a moeda e o monstro estatal tira mais dinheiro da sociedade para se alimentar e continuar se expandindo.  E não deu certo em nenhum lugar do mundo.

Oi e Br Telecom

Lembram-se da compra da Br Telecom pela Oi? Aquela que é contra a lei vigente mas está sendo apadrinhada pelo governo? Aquela que seria feita sem participação de dinheiro público? Pois vejam o que diz a Folha:

“A operadora de telefonia Oi anunciou ontem que obteve empréstimo de R$ 4,3 bilhões do Banco do Brasil para financiar a compra da Brasil Telecom. O negócio, anunciado em abril, ainda depende de mudanças na lei para ser efetivado.

… Desse total, R$ 5,8 bilhões serão pagos pelo controle da BrT. Outros R$ 3,5 bilhões farão parte da oferta pública obrigatória para aquisição de ações ordinárias dos minoritários -o chamado “‘ag along’. Mais R$ 3 bilhões serão gastos na oferta voluntária para a compra de ações preferenciais da BrT.

Os estatólogos logo bradam: mas o Banco do Brasil não é uma estatal, é uma empresa de capital misto.

É sim, com todos os diretores nomeados pelo governo federal, não por acaso financiador do mensalão.

Incompetência e tributação

O relatório do TCU é bem claro. Como já se imaginava, as obras do PAC estão empacadas, com as devidas desculpas por este trocadilho no nível do atual governo. Em 2007 apenas 24% do orçamento do programa foi efetivamente gasto, o que mais uma vez demonstra que não há problema de falta de dinheiro para o executivo. Em compensação, a carga tributária aumentou em 5%. Um colosso este governo, um binômio de tributação e incompetência.

Os petralhas reagem assanhados. Mas a diferença entre pobres e ricos diminuiu! Esta é outra falácia que o esquerdismo transformou em verdade, que a diminuição da desigualdade social seja sempre um bem. A esquerda conseguiu demonstrar ao longo da história como é fácil reduzir a desigualdade, basta transformar todos em pobres.

Durante a guerra fria a União Soviética tinha uma das menores desigualdades do mundo e os Estados Unidos uma das maiores. No entanto os soviéticos tinham que impedir a fuga em massa de seus escravos enquanto que até hoje os Estados Unidos enfrentam o problema da imigração ilegal. Mas no miolo mole de nossos intelectuais o bom mesmo é o sistema comunista de igualdade na miséria.

Ela voltou realmente

Estadão:

Depois de ser prematuramente dada como morta nos anos 90, em suposta conseqüência da globalização e dos avanços da informática e da internet, a inflação global voltou em grande estilo, e tornou-se a principal preocupação das autoridades econômicas em todo o mundo. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação global subiu de 3,5% em 2006 para 4,8% em 2007. Recentemente, um alto dirigente do FMI disse que já está rodando a 5,5%, bem acima do nível abaixo de 4% que prevaleceu até 2006.

E acham que o Brasil vai ficar fora desta? Que o país está blindado?

O pior é olhar para a boléia e ver quem está no volante…

Estudo do IBT e a verdade sobre os impostos

Números que dizem tudo:

2002 – 33,06%
2003 – 34,78%
2004 – 35,39%
2005 – 36,47%
2006 – 35,99%
2007 – 37,03%
2008 – 38,90%

Trata-se da evolução da carga tributária brasileira em relação ao PIB, medida sempre no primeiro trimestre de cada ano. O governo acha pouco, como pode ser observado pela instituição da CSS.