O Uriah Heep é uma das minhas bandas favoritas e o Magician´s sempre foi meu disco favorito deles. Para mim é um dos discos perfeitos do rock.
Começando com Sunrise, passando por minha favorita deles, Blind Eye, a tocante Rain e finalizando com aquele épico sensacional que dá nome ao disco. Absolutamente brilhante.
Este ano nos despedimos de dois músicos que cometeram esta obra prima, Lee Kerslake e Ken Hensley. Já tinham partido Gary Thain e David Byron. Mick Box que abra o olho!
Todo domingo e feriado, um capítulo de O Homem Eterno, de Chesterton.
No Capítulo 2, Catedráticos e homens pré-históricos, Chesterton nos chama atenção que a história humana não pode ser estudada da mesma forma como a fabricação de um avião. Neste último caso, pode-se construir o avião e testá-lo, mas não podemos construir o homem do passado para estudá-lo. Assim, os erros derrubam o avião nos testes, mas o erro da avaliação da história não é derrubado da mesma forma.
Quando se trata de pré-história, a coisa é ainda mais complexa, justamente porque ela é pré história, ou seja, anterior aos registros humanos. Rigorosamente, nada sabemos sobre ela além do fato que o homem pré-histórico tinha capacidade de se expressar através da arte, o que em nada o difere do homem de hoje. No entanto, os catedráticos insistem em tirar conclusões elaboradas sobre quem seria este ser. No fundo, o que eles apresentam são suas hipóteses, que possuem tão pouca evidência que Chesterton insistem que são mais fantasias do que qualquer outra coisa.
A única evidência que temos deles é que possuíam uma das características distintivas da espécie humana: as artes, coisa que nenhum animal tem, nem em grau rudimentar. O macaco não desenha mal e o homem, bem. O macaco simplesmente não desenha. Outra distinção da espécie humana é a religiosidade e talvez por isso alguns cientistas tentem a todo custo mostrar que o homem primitivo não a possui.
Outra coisa que podemos deduzir é que houve em algum momento uma família humana formada por um pai, uma mãe e um filho. Esta trindade primordial é necessária para que a espécie tenha se reproduzido. Posteriormente haverá uma inversão desta trindade, que será formada por um filho, uma mãe e um pai, e a chamaremos de sagrada família.
Todo domingo e feriado, um capítulo de O Homem Eterno, de Chesterton.
No Capítulo I, O Homem na Caverna, Chesterton nos mostra como o espírito científico da modernidade se desviou da única certeza que a caverna nos mostra: que o homem era capaz de desenhar e se interessar pelos animais.
Não há nenhuma evidência que ele era um bárbaro, que usava uma clava para golpear mulheres e arrastar para sua caverna. A caverna parece mais uma sala de jardim de infância que um matadouro.
A arte é a assinatura do homem.
Quanto mais tentamos enxergar o homem como um animal comum, mais o vemos como um animal extraordinário, quase como um extra terrestre que foi colocado sobre a terra. Nada na natureza nos indica que este ser poderia um dia surgir, que ele seria de certa forma esperado.
Um passarinho pode construir um ninho, mas nunca se viu um que fizesse estátuas para homenagear os grandes passarinhos construtores. O homem desenhou cervos nas cavernas, mas nunca um cervo chegou perto de esboçar um homem na areia.
Difícil escolher um disco favorito do Iron Maiden. Como diz o apresentador Benjamin Back, eu agradeço a Deus por viver no mesmo universo que o Iron Maiden.
Powerslave é um disco perfeito. Tem minha abertura de shows favorita, Aces High, além de outras pérolas como 2 Minutes to Midnight, Powerslave e Rime of the Anciente Mariner.
As demais canções também são excelentes, como Back in the Village e Flash of the Blade.
Três milionários são assassinados por estarem de posse de uma relíquia, um cálice copta. Há um tom de ironia em toda narração, como quando um personagem faz toda uma descrição da riqueza de Merton e pergunta se o Padre Brown não ficaria impressionado em conhecê-lo. O padre responde que já está acostumado a lidar com prisioneiros.
Quando acontece a morte, em uma situação extraordinária, várias explicações igualmente extraordinárias aparecem. O Padre Brown é o único que se agarra ao bom senso e vai as afastando uma por uma, até chegar em uma terrivelmente simples.
Em um ensaio sobre estórias de detetives, Chesterton comentaria que as melhores não são aquelas que possuem soluções intrincadas, mas aquelas que a solução é tão banal que o leitor fica se perguntando porque não pensou nela antes. E quanto mas simples for a explicação, melhor.
É o caso deste conto.
He’s a mystagogue …. there are quite a lot of them about; the sort of men about town who hint to you in Paris cafés that they’ve lifted the veil of Isis or know the secret of Stonehenge. In a case like this they’re sure to have some sort of mystical explanations ….. [Yet] real mystics don’t hide mysteries, they reveal them. They set a thing up in broad daylight, and when you’ve seen it it’s still a mystery. But the mystagogues hide a thing in darkness and secrecy, and when you find it, it’s a platitude.
Eis minha lista semanal de 5 coisas interessantes que andei fazendo (inspirado pelo Tim Ferris 5-bullets friday)
1. Um filme que re-assisti: O Raio Verde
O Raio Verde é o quinto filme de Eric Rohmer da série Comédias e Provérbios, e um dos retratos mais devastadores que conheço sobre a solidão humana, que pode acontecer mesmo no meio de uma multidão. Um dos seus mais belos filmes.
2. Um disco que ando escutando: Talking Book (Stevie Wonder, 1972)
Nunca parei para escutar Stevie Wonder. Comecei pelo início de sua fase mais soul, nos anos 70. Bem interessante.
3. Um livro que estou lendo: Tempos Difíceis
Faziam alguns anos que não lia Dickens. Um pecado! Tempos Difíceis começa com uma declaração de guerra contra os sentimentos por um racionalista: fatos, fatos, tudo são fatos! Estou ainda no início, onde a pequena Jupe é “adotada” por um professor que só pensa em fatos e se horroriza quando vê os filhos brincando num circo.
4. Uma série que assisti: Emily em Paris
Adorei. Principalmente pela forma como mostra como as duas culturas, americana e francesa, lidam de forma diferente com o tempo. Escrevi sobre a série aqui.
5. Um pensamento que ando refletindo
Ai de vós os que ao mau chamais bom, e ao bom mau!
Lembro que conheci o Ramones pelo filme Cemitério Maldito, lá nos inícios dos anos 90. Primeiro disco que escutei foi o Road to Ruin, que adorei, mas foi o que comprei a seguir, Rocket to Russia que me conquistou.
Considero o disco perfeito da banda. Uma mescla de rocks vigorosos, baladas, sempre com muita energia, a principal característica deles. Neste album, mais do que os dois primeiros, fica explícita a influência do rock dos anos 50 e 60 no punk rock que estavam criando.
Shenna is a Punk Rocker, Teenage Lobotomy, Rockway Beach, I Don´t Care, tudo funciona e com este album a banda estava consolidada. Saem as músicas pretenciosas de 10 minutos e entram as curtíssimas, com menos de 2 minutos, 3 acordes e muita atitude!
Terminei de ver a primeira temporada de Emily em Paris. Gostei muito do que vi. Minhas notas:
A série é construída em termos dialéticos: duas visões de mundo em confronto.
Para começar, há duas visões sobre o tempo. Para os americanos, o objetivo é vencer o tempo, não deixar que ele atrapalhe os planos. Para os franceses, o que vale é aproveitar o tempo e fazê-lo durar.
Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Talvez um pouco de ambos.
Chicago e Paris são vistas por estereótipos. Chicago só pelo centro financeiro (basta ver os filmes de John Hughes para perceber que tem muito mais lá do que negócios) e Paris por suas belezas (como se toda a cidade fosse de pontos turísticos).
Uma série que nos faz prestar mais atenção às mídias sociais. Se repararem, as fotos que Emily coloca no instagram, em sua maioria, não reflete o que ela realmente está passando ou sentido. Como casar esta perspectiva no marketing tradicional?
Até quanto estamos dispostos a pagar por nossa liberdade?
Os insights de Emily surge de sua sensibilidade em observar o mundo à sua volta. Eis o segredo dos grandes artistas. Muita observação.
Impressionante como rapidamente se passa de uma imagem de ser uma pessoa culta para uma esnobe.
Princípios rígidos consolidados em regras tem um grande problema: entender as situações particulares.
Qual o verdadeiro valor da arte? Um enfeite para se mostrar superior? Um caminho para ser sofisticado? O que isso tem a ver com a felicidade?
A principal pergunta do seriado Emily faz para Sylvia: você é feliz?
Sim, comunicação é importante. Mas não é só na linguagem que ela acontece.
Na vida há muitas coisas que escolhemos não saber. Não é bom mexer em equilíbrios instáveis.
No conflito do novo com o velho, não podemos esquecer que o velho pode ser muito mais talentoso. Inclusive para inovar.
Chegar atrasado pode ser uma virtude.
Para quem diz ter princípios morais bem rígidos, Emily parece ser bem flexível…
Iniciamos novembro e este ano vou começar a me preparar para o natal mais cedo, para dar bastante tempo para as leituras. Eis minha lista:
O Homem Eterno (Chesterton) – capítulos 1 ao 8. Não é possível entender a importância do natal sem antes entender o que era o mundo pagão. A primeira parte do fabuloso livro de Chesterton, intitulado A Criatura chamada Homem, é não só uma refutação à visão cientificista do mundo, como uma senhora reflexão de que o cristianismo seguiu o que era melhor do paganismo, Roma, que era insuficiente. É neste ambiente do triunfo de Roma que nasce Jesus Cristo. A partir de hoje, cada domingo e feriado farei a releitura de um capítulo.
O Homem Eterno (Chesterton) – capítulo 9. A parte dois do livro, Do homem chamado Jesus, é para ler na semana do natal. Retrata o nascimento de Cristo e como este acontecimento foi extraordinário.
A Infância de Jesus (Bento XVI). Apesar do título, o livro trata praticamente do nascimento do Cristo. Os dois primeiros capítulos vão tratar da origem e do anúncio do nascimento e os outros dois do nascimento propriamente dito. Livro para começar a releitura no início de dezembro.
Um Conto de Natal (Dickens) – Outro livro sensacional para que relembremos o espírito do natal e o impacto que Jesus trouxe para o mundo.
Apologia de Sócrates (Platão) – outro livro que retrata o mundo pré-cristão. Sócrates representa até onde a filosofia conseguiu chegar sem a revelação que foi feito aos judeus. Sua morte tem semelhança com a do Cristo e acredito que foi necessária como uma preparação para a vinda de nosso Senhor. Ele levantou as perguntas que Jesus é a resposta.
O anjo anunciador (Bruno Tolentino) – poema que retrata a anunciação do anjo a Maria. Um dos textos mais belos em língua portugesa.
Evangelhos: especificamente os capítulos que tratam da anunciação e nascimento do Cristo.
Que tal? Esqueci alguma coisa? Alguém tem alguma sugestão para esta pequena lista?