William Turner é um dos meus pintores favoritos. Suas pinturas sobre o mar, especialmente das tempestades, são absolutamente sublimes.

William Turner é um dos meus pintores favoritos. Suas pinturas sobre o mar, especialmente das tempestades, são absolutamente sublimes.
Anotem o nome deste livro. Trata-se de um dos melhores livros de filosofia que já li na vida.
Não, o autor não é o piloto. É um economista que defendeu a superioridade das pequenas empresas e dos pequenos negócios. Mas o livro não tem nada a ver com economia.
Vai mais a fundo. Tratarei dele em breve.
Infelizmente não tem tradução em português.
Em 1983, o Iron lançava seu quarto disco de estúdio, o bem sucedido Piece of Mind. O disco marcava também a estréia do baterista Nicko McBrain, que está na banda até hoje.
Uma novidade no disco foi a primeira incursão da banda no progressivo, com o mini-epico To Tame a Land, baseado em uma das narrativas do livro Duna. O caminho aberto levaria a músicas como Rime of the Ancient Mariner, Alexander the Great, Empire of the Clouds e outras.
Muitas bandas tentaram imitar essa fórmula, mas não chegaram perto de executá-la com a criatividade e competência do Maiden.
Sempre que se fala em dar voz aos mais humildes, aos pobres ou mesmo os servos, imagina-se discursos contra a exploração. Afinal, o que mais eles poderiam nos dizer, não é? Essa literatura de protesto encontramos por todos os lados, ainda mais quando o marxismo tomou o imaginário de muitos artistas.
Mas será só isso que um servo tem a nos dizer? Um escritor russo do século XIX achava que não. Que se prestássemos atenção no que eles tinham a nos dizer aprenderíamos muito sobre a vida e as coisas que realmente importam.
Em Memórias de um Caçador, Ivan Turgueniev utiliza das caçadas de um narrador aristocrata para dar voz a diversos personagens humildes que ele encontra pelo caminho. Um exemplo é o conto Lgov, nome de um lago onde 4 personagens vão caçar patos. O narrador, seu caçador oficial (Yermolai), um caçador jovem que encontram pelo caminho (cujo queixo era preso por um lenço pois tinha sido atingido por um tiro acidental) e um velho pescador.
Boa parte do conto é o narrador escutando pacientemente a história de vida do velho, sob protestos de Yermolai, que não vê nenhum proveito em escutar uma pessoa tão simplória. Eles terminam virando o barco e retornam, guiados por Yermolai, que segura os patos mortos por uma corda pela boca. A ilustração abaixo mostra o momento do retorno.
São personagens vivos, que nos despertam a curiosidade sobre os mistérios da vida humana. Verdadeiras pinturas escritas.
Há livros que estão em nível tão superior a nós que é impossível entendê-lo completamente em uma primeira leitura.
Esse foi um: https://www.goodreads.com/book/show/48136994-filosofia-da-cultura-brasil
Entendi 50%, mas o suficiente para perceber a genialidade do autor. Um dia ainda entendo tudo.
O assunto do livro é este aqui:
No imaginário popular, boa parte por culpa da nossa classe intelectual, a imagem de Nelson Rodrigues foi associada à depravação, como se ele fosse uma espécie de Marquês de Sade tupiniquim escrevendo peças e contos semi-eróticos para contentamento da massa.
Nada mais distante da realidade. Nelson fez uma denúncia da sociedade brasileira, que poderia muito bem ser descrita como uma sociedade libidinosa, nos termos do quase desconhecido filósofo Luiz Sérgio Coelho de Sampaio. . O que Nelson retrata, especialmente nos contos, são pessoas que não possuem auto controle nenhum e que se entregam sem pensar duas vezes aos prazeres.
Só que tem um detalhe. Há também uma hipocrisia muito grande, pois estas mesmas pessoas afetam uma moralidade acima do normal. O que aparece em seus contos é os desvelamento da verdade, que se coloca sem disfarces na frente do justo de plantão, que invariavelmente é um covarde e não consegue lidar com a consequência de seus atos.
Que não se consiga fazer a distinção entre uma obra de denúncia para uma de apologia mostra bem o buraco cultural que o país se enfiou. Para piorar, não há contrastes na obra de Nelson. Não há possibilidade de redenção porque todos ali são canalhas de alguma forma. Homens e mulheres entregues a seus libidos.
Estou vendo, e revendo, os episódios de Seinfield. É uma daquelas séries que assistíamos quando dava. Parece incrível, mas houve uma época que você não escolhia o horário para assisti-las. Dependia de estar em casa, sem outra ocupação, naquele exato momento (ou tentar pegar as reprises). De modo que devo ter assistido mais ou menos metade dos episódios.
A série foi vendida como um show sobre o nada. Não é bem assim. Estou na terceira temporada e ficou evidente para mim que existia um tema central envolvendo os personagens de Jerry, George, Elaine e Kramer: a falta de alteridade. Ou seja, a falta de capacidade de qualquer um dos quatro em se colocar no lugar do outro, ou mesmo ter por ele qualquer simpatia. Tudo gira em torno do ego de cada um, mesmo que fosse um ego pessimista, como o de George. No fim do dia, eles se importavam apenas com eles mesmos.
São personagens memoráveis porque nos lembram de como a vida é insuficiente para quem tem este tipo de atitude. Não desenvolvem afetos, são irônicos e julgadores, um produto de uma modernidade que tem sua raiz no niilismo. Nesse aspecto sim, o nome da série faz sentido. É uma série sobre o niilismo, que enfoca pessoas que não são propriamente vilões, mas que estão longe de serem referências positivas. É como se juntos eles formassem o estrangeiro, de Camus, em versão de Nova Iorque, mas sem a disposição para o sangue.
Genialidade pura.
Terminei ontem o livro O Desconcerto do Mundo, do Gustavo Corção. Minhas notas:
Olá, novamente retomo para as 5 notas de sexta. Destaques da semana:
Hoje em dia, cada um crê que o fato de se tocar na sua pessoa redunda em ofensa a toda sociedade.
Gógol, em O Capote.