Netflix e o padrão Oscar

Novamente Netflix tem filme indicado ao Oscar (O irlandês e História de um Casamento). Ano passado teve Roma. Parece que foi fruto de um planejamento.

Há dois anos, sede da netflix:

__ Senhores, temos que concorrer ao Oscar!

__ Apoiado senhor presidente!

__ Para isso temos que fazer filme chato. Se for legal, não tem chance.

__ Isso mesmo!

__ Para o primeiro ano, vamos fazer um chato inovador. Algo preto e branco. Com diretor mexicano, de preferência. Nome curto para grudar na cabeça. Tudo que Hollywood gosta!

__ Tem esse roteiro para um filme chamado Roma…

__ Serve!

O tempo passa. Roma perde.

__ Senhores, foi apenas nossa primeira tentativa. Agora vamos ser mais audazes. Vamos fazer produção com grandes atores! Um filme de máfia. Quem poderíamos escalar?

__ Bem, tem o De Niro, o Pesci, Al Pacino.

__ Isso mesmo. Pode contratar.

__ Qual deles?

__ Todos os três. Coloca logo o Coppola para dirigir.

__ Já aposentou. Também ia ficar muito O Poderoso Chefão…

__ Então usa o plano B.

__ Qual o plano B?

__ O Coppola série B, o Scorsese.

__ Beleza. Falta a história.

__ Não precisa.

__ Como assim?

__ Com esse pessoal? Para que história? Pega um evento real de mafioso e coloca eles no papel. Nem precisa ter a idade certa. Hollywood adora filme baseado em história real. Quero ver o Pesci chamando o De Niro de rapaz! Rá rá!

__ Ok.

__ Não é só isso. Faz um filme de divórcio também, com dois atores badalados, um Kramer x Kramer para os tempos de hoje.

__ Feito!

__ Mais alguma coisa?

__ Bem, a gente poderia fazer um filme que os personagens principais sejam atores ou diretores. Sabe como é, Hollywood adora auto-reverência.

__ Boa idéia, pega o filme do divórcio e faz do casal um diretor e uma atriz. E não esquece da lição principal!

__ Qual?

__ Tem que ser chato. Muito chato.

__ Até o da Máfia?

__ Principalmente esse. Coloca no mínimo 3 horas de projeção, para ninguém aguentar assistir. Quanto menos assistirem, melhor nossa chance.

__ Combinado!

7 coisas legais sobre este fim de semana

1. Vitória do Mengão. Jogo de duas equipes que se respeitam. Os dois Jorges vão abrir espaço para muito treinador novo no Brasil. Tem quase uma reserva de mercado dos medalhões.

2. Um molho de tomate que fiz no sábado, à base de mirepoix. Ficou da hora.

3. Escutei umas 5 vezes To Tame a Land, do Iron Maiden. Desculpe os haters, mas ninguém foi maior no Heavy Metal.

4. Li o primeiro capítulo do livro A Guide for the Perplexed, do Schumacher (o economista, não o piloto). Um absurdo de bom!

5. Estou substituindo perfis de política pelos de futebol, especialmente do Flamengo. Melhor para a saúde.

6. Vitória do Seahawks. Vitórias do Red Sox (mesmo sem valer nada).