Muito boa a reportagem na Folha de domingo com o economista do IPEA Fabio Giambiagi, que está lançando o livro “Raízes do atraso – As dez vacas sagradas que acorrentam o país“. Segundo o autor, o Brasil colhe o que plantou.
O economista defende duas idéias-força, conforme denominado na reportagem. São elas:
- O país precisa caminhar para uma economia em que o bem-estar dependa do esforço, da criatividade e do êxito dos indivíduos, e não do apoio do governo.
- Que o papel do Estado seja o de ajudar as pessoas a buscar esse êxito, e não apenas transferir renda.
Segundo Giambiagi o Brasil tornou-se “um show-case de políticas sociais voltadas para clientelas específicas”. Alerta que o gasto público primário do governo central passou de 14% para 24% do PIB desde 1991. O principal responsável pelo crescimento foi as despesas previdenciárias, seja ela contábil ou programa assistencial como considera o atual governo.
No fundo a velha questão: quem tem capacidade de criar riquezas para valer é a sociedade civil, e não o Estado. Foi o que provou a União Soviética e sua experiência de Estado totalitário socialista.