A Elegância do Ouriço

Fazia tempo que não me divertia tanto com um livro de ficção!

Muriel Barbery conseguiu montar um mini cosmos interessantíssimo em um prédio residencial de classe média alta em Paris. A personagem central é Renée, a concierge do edifício. Rude e retraída, na verdade é ume mulher de meia idade culta, mas que esconde sua verdadeira natureza para não se incomodada pelos moradores.

É um romance filosófico, onde tanto Renée quanto uma jovem de 12 anos, Paloma, que planeja o próprio suicídio, refletem sobre as pessoas e as situações que testemunham. A vida das duas correm quase em paralelo até que se cruzam na parte final, graças a um terceiro personagem que se muda para um apartamento que vagou, o viúvo japonês Ozu.

Há cenas memoráveis como o primeiro encontro de Ozu com Renée, em que ele percebe que há algo de errado com a concierge ou o processo um tanto caótico que Mercedes empurra Renée para um jantar. Bem narrado e muito espirituoso, A Elegância do Ouriço merece a visita.

Um livro muito interessante, que nos conquista desde as primeiras páginas e nos faz pensar muito na vida, arte, filosofia e o que importa realmente no meio do caos e da feiura que infelizmente nos acostumamos.

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