Partiu Olavo

Um verdadeiro filósofo incomoda, e muito. Uma das primeiras lições que recebi de Olavo de Carvalho foi que a filosofia nasce com o espanto, com um questionamento a alguma opinião estabelecida socialmente. A fórmula filosófica, dizia ele, não é afirmar A, mas dizer que não é B e sim C. Se alguma coisa a história nos ensinou, desde Sócrates, que descobriu a liberdade interior, passando por Cristo, que nos revelou a verdade, é que desafiar opiniões dos poderosos ou da maioria é algo muito perigoso.

Olavo de Carvalho deixou um legado escrito, que é conhecido de parte de seu público, mas que merece ser estudado seriamente. Talvez agora se comece um distanciamento que permita este movimento, mas não há garantias. Felizmente, temos as redes sociais, o que pode evitar o destino de pensadores como Gustavo Corção, que foi jogado no esquecimento por uma esquerda raivosa que não tinha argumentos para enfrentá-los, com ajuda de parte de uma direita invejosa, como costuma acontecer.

Que descanse em paz e Deus conforte sua família. Quem já assistiu aulas suas sabe que ele repetia sempre que é na morte que se constrói a biografia de uma pessoa, que ela se eterniza como um legado. E o dele é gigantesco, para desespero de seus detratores que só enxergavam nele o retrato que desejavam fazer, projetando suas próprias mesquinharias em um verdadeiro mestre.

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