Uma das grandes dificuldades em discutir com os progressistas é o fato que eles não aceitam a existência de uma lei moral eterna, que não é formulada pela sociedade.
Para um progressista, a lei moral evolui junto com a sociedade, ou seja, é um produto do grau de evolução social. É uma obrigação de uma sociedade evoluída positivar esta lei moral, que seria fruto da razão humana.
O grande problema é que há uma lei, que os religiosos chamam de divina, que existe independente da sociedade ou de nossos desejos. O que a razão nos ajuda é a descobrir e entender esta lei, mas não está a nosso alcance modificá-las. O máximo que podemos fazer é nos revoltar contra a lei, o que se chama de revolta metafísica, que nada mais é que uma revolta contra a realidade. A lei divina está na essência da condição humana; não podemos violá-la sem consequência trágicas para nossas vidas.
O progressismo tem na sua gênese a revolta metafísica. Por isso, apesar das aparências, só pode triunfar por pouco tempo, mesmo assim através do domínio das estruturas do estado e da sociedade. É um império efêmero, que terminará por ruir pois nós não conseguiremos viver para sempre ao arbítrio de alguns iluminados e com as botas do estado esmagando nossas faces. Já há uma rebelião, por enquanto silenciosa, mas que uma hora ganhará impulso e será arrasadora. Não será bonito de ver, mas será inevitável.
Estou meio profético, hoje?
Não sei. Mas como dizia João Grilo, só sei que é assim.