Em defesa do decoro (e da dignidade)

Fico olhando a foto do G7, aquela na praia, enfatizando o distanciamento social, mesmo em ambiente aberto e o que me incomoda mais é ver novamente como o senso de decoro foi destruído no ocidente. Uma das marcas da modernidade, mas que a pandemia só agravou (ou revelou).

Decoro é considerado algo ultrapassado, que não tem lugar no mundo de hoje. Todos temos que ser livres para nos comportarmos como quisermos, desde que seja do jeito que os totalitários da modernidade prescrevem, claro.

Aquele abraço no meio de plástico, a máscara com abertura para comer, o governador acenando para um shopping vazio e por aí vai. Tudo extremamente cafona, feio, sem sentido. O bom senso é destruído, mas não é só isso. O decoro está no coração da nossa dignidade. Quando abrimos mão do decoro, abrimos mão também da dignidade, o que é um passo enorme para desumanização da pessoa.

O século XX nos ensinou bem demais o que acontece quando a pessoa deixa de ser vista como um ser humano.

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