Os petistas estão rindo à toa com a confusão que está se armando contra o deputado Raul Jungmann um dos membros mais ativos do grupo que defende ética na câmara. Parte da imprensa já entrou no jogo, feliz da vida em jogar na lama a chamada terceira via.
Andei dando uma pesquisada na acusação. Está no mínimo muito esquisita. Acusam o ex-ministro da agricultura de beneficiar uma acessoria de imprensa sem licitação em um valor de 33 milhões.
Já começa por aí. Os 33 milhões referem-se à licitação, que houve, referente à publicidade do ministério ao longo de 4 anos para várias agências. Uma delas contratou efetivamente a acessoria citada, no valor de 562 mil. Foi sem licitação, mas esta contratação é permitida por lei desta forma. Em 2004 o ministério público solicitou um Processo Administrativo Disciplinar para apurar a prática que chegou exatamente ao quadro acima. Concluiu que não houve irregularidade. Veja que a investigação ocorreu já no governo Lula.
O ministério público resolveu ignorar as conclusões do precesso por ele solicitado e partir para uma Ação Civil Pública. Vejam que o noticiário não deveria estar tratando o caso como corrupção, que é um crime, já que não nenhuma evidência neste sentido. De qualquer forma um outro fato é mais estranho ainda. A licitação foi feita pelo INCRA, orgão subordinado ao Ministério, mas com autonomia administrativa. Pois os dois presidentes do órgão que participaram do caso não foram denunciados. Por que? Se eram os agentes administrativos responsáveis diretos pela licitação por que foram colocados de fora? Só para ficar bem claro: os responsáveis diretos não foram denunciados, mas os indiretos sim. Como?
Parece no mínimo estranha esta acusação. No mínimo. Por que tem mais cara de uso político, mais uma vez, do Ministério Público para dar um basta na turma que pede ética na Câmara dos Deputados. E a imprensa tem entrado neste jogo. Infelizmente.