Jesus de Nazaré: O Sermão da Montanha

No capítulo IV de seu primeiro livro sobre Jesus, o Papa Bento XVI ressalta que no sermão da montanha Jesus se coloca na tradição judaica, como novo Moisés e a própria Torá, a palavra de Deus. Ele sobe ao Sinai e senta-se, sinais da autoridade de um mestre que veio para ensinar. Não se trata de derrubar os dez mandamentos, mas dar-lhe o verdadeiro alcance.

O sermão gera um enorme incômodo com a tradição judáica porque estabelece uma nova família, baseada na comunhão do Senhor. O velho Israel deixa de ser um limite para a promessa de salvação, que torna-se universal, destinada a todos os povos.

As bem aventuranças não são uma nova versão dos dez mandamentos, mas seu verdadeiro entendimento. Jesus está descrevendo a situação de seus discípulos, daquela época e de hoje, em que o sofrimento acompanha suas virtudes. O mundo rejeitará os mansos, os pobres, o que que tem sede de justiça, mas no fim serão recompensados, por uma justiça que supera qualquer direito humano.

A maior realização de Jesus com o sermão da montanha é tornar sua palavra universal. Não se trata de uma pregação restrita a um povo escolhido, mas de uma palavra destinada aos homens de todas as épocas e lugares. Convertei-vos, é o que pede. De deus discípulos se estabelecerá sua Igreja, que atravessará todos os tempos.

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