O Homem Eterno: As 5 mortes da fé

No capítulo 6, da parte II, Chesterton trata de uma das questões centrais do cristianismo. Não é que não possa ser derrotado; muitas vezes foi. Ele aponta cinco vezes que o cristianismo desapareceu da terra: na conversão ao arianismo de Juliano, com os albigenses, no humanismo cético da renascença, com Voltaire e seu racionalismo, com Darwin e o cientificismo que se formou. Algumas vezes, ele morreu assassinado, pela violência da perseguição; outras, morreu de velhice, por ter perdido sua alma.

A grande questão é que a Igreja foi fundada a partir de um Deus que renasceu, que sabe sair da tumba. Quanto o cristianismo parece ter perecido, ele retorna, e com surpreendente vigor. Quando os velhos desistem do Cristo, os jovens fanáticos surgem. O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão.

Na modernidade, muitos acreditam em uma direção para a história, discordando apenas no ritmo. Neste rio caudaloso das revoluções e progresso, não há espaço para a religião, a menos que perca sua alma e se torne um corpo moldável. Chesterton usa uma imagem maravilhosa para descrever o cristianismo, como um corpo que sobe o rio, que enfrenta esta correnteza. Ele nos lembra que um corpo morto não é capaz de resistir às correntes, apenas navegar como um barco de papel. Só uma coisa viva, como a Igreja, é capaz de nadar e vencer o rio.

Este capítulo me dá muito o que pensar sobre o momento que vivemos, em que a fé parece perecer pela velhice, especialmente na Europa. Só que na África e Ásia ela renasce com um vigor que pouco se viu na história. Apesar das perseguições, e martírios, ela só cresce. Eu não sei se o cristianismo vai nascer novamente no coração da Europa ou haverá uma invasão de fora, mas este espírito pessimista da Europa passará, as palavras do Cristo permanecerão.

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