Leituras de Natal: O Homem Eterno (G K Chesterton) – Cap 4

Série Leituras de Natal.

Todo domingo e feriado, um capítulo de O Homem Eterno, de Chesterton.

Capítulo 4: Deus e a religião comparada

Neste capítulo, Chesterton apresenta sua crítica à idéia de religião comparada. É comum vermos as religiões colocadas em colunas verticais com os nomes de budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo, etc. Nas colunas horizontais as características destas religiões como fundador, profetas, localização, etc.

Pois esta comparação é uma grande falácia. Budismo e confucionismo não são religiões. A única coisa que se compara com o cristianismo é o islamismo, e apenas porque este veio depois como uma espécie de cópia. O cristianismo surge em oposição a uma realidade chamada paganismo.

Mesmo o paganismo já trazia algumas idéias do cristianismo como a certeza que algo grande existia e se afastou, a separação entre o céu e a terra, uma espécie de Deus acima de todos os deuses. Chesterton sugere que antes do politeísmo, existiu o monoteísmo, que depois terminou por se degenerar. As civilizações antigas não são jovens, como se costuma imaginar, mas velhas, que já passaram por uma realidade monoteísta, como o judaísmo e o livro de Jó.

Não há comparação possível entre Deus e os deuses; não existe isso de religião comparada.

A diferença entre monoteísmo e politeísmo não está na quantidade de deuses que se adora, mas de um abismo que existe entre mitologia e religião.

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