Leituras de Natal: O Homem Eterno (G K Chesterton) – Cap 2

Série Leituras de Natal.

Todo domingo e feriado, um capítulo de O Homem Eterno, de Chesterton.

No Capítulo 2, Catedráticos e homens pré-históricos, Chesterton nos chama atenção que a história humana não pode ser estudada da mesma forma como a fabricação de um avião. Neste último caso, pode-se construir o avião e testá-lo, mas não podemos construir o homem do passado para estudá-lo. Assim, os erros derrubam o avião nos testes, mas o erro da avaliação da história não é derrubado da mesma forma.

Quando se trata de pré-história, a coisa é ainda mais complexa, justamente porque ela é pré história, ou seja, anterior aos registros humanos. Rigorosamente, nada sabemos sobre ela além do fato que o homem pré-histórico tinha capacidade de se expressar através da arte, o que em nada o difere do homem de hoje. No entanto, os catedráticos insistem em tirar conclusões elaboradas sobre quem seria este ser. No fundo, o que eles apresentam são suas hipóteses, que possuem tão pouca evidência que Chesterton insistem que são mais fantasias do que qualquer outra coisa.

A única evidência que temos deles é que possuíam uma das características distintivas da espécie humana: as artes, coisa que nenhum animal tem, nem em grau rudimentar. O macaco não desenha mal e o homem, bem. O macaco simplesmente não desenha. Outra distinção da espécie humana é a religiosidade e talvez por isso alguns cientistas tentem a todo custo mostrar que o homem primitivo não a possui.

Outra coisa que podemos deduzir é que houve em algum momento uma família humana formada por um pai, uma mãe e um filho. Esta trindade primordial é necessária para que a espécie tenha se reproduzido. Posteriormente haverá uma inversão desta trindade, que será formada por um filho, uma mãe e um pai, e a chamaremos de sagrada família.

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