Uma das piores coisas que alguém pode falar é ser filho do seu tempo. Por dois motivos. O primeiro é que na prática ela está dizendo que não tem responsabilidade sobre o que faz, como se fosse induzida pelos costumes de sua época. A culpa é da sociedade.
O segundo motivo é de caráter ontológico. Ser filho do seu tempo é negar os valores eternos e considerar que a natureza humana pode ser modificada, justamente o que abriu as portas para as crueldades do século XX, onde as experiências de negação da realidade tomaram conta de grande parte do mundo.
Na sua essência, o homem é o mesmo desde sempre. É o sentido maior do livro de Eclesiastes: não existe nada de novo debaixo do sol. Neste sentido, também cito o salmo 32:
Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele nos traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e não a nação que escolheu como herança!
Para mim, os pensamentos que ele nos trás no coração é nossa consciência. Ela sempre está nos tentando avisar que estamos no erro, mesmo que façamos de tudo para silenciá-la. O mundo de hoje está repleto de episódios de negação da realidade, mas no fim, a verdade prevalecerá, como sempre acontece. Normalização da pedofilia, ideologia de gênero, aborto, tudo terá um fim, mas não sem muito sofrimento pelo caminho.