Asbury retorna de Nova Iorque para a fazenda da mãe, no sul americano, para morrer. Aos 25 anos, está com uma doença incurável, coisa que a mãe se recusa a acreditar e insiste em chamar o Dr Block, típico médico de interior. “Minha doença está acima da capacidade dele”, diz o moribundo.
Ele é um escritor fracassado que vê na morte trágica sua forma de ter o fim de um poeta. Já que não tem o conteúdo, o talento, fia-se na forma, emular a vida de um poeta, o que já demonstra que sua doença está realmente acima da capacidade do doutor, é espiritual.
Tanto o Dr Block quanto o estranho padre jesuíta que o jovem chama para irritar sua mãe e ter uma conversa intelectual, são formas como a graça aparece para Asbury. O padre ao invés de jogar o jogo proposto pelo rapaz lhe diz poderosas verdades: ele tem que pedir pela graça para recebê-la. No fundo, está dizendo que ele precisa se abrir para a realidade espiritual.
No fim, ma surpresa que coloca Asbury diante de sua própria finitude e tendo que escolher como viverá o resto de sua vida.
Mais uma profunda reflexão de Flannery sobre a graça e a forma como ela nos toca, e como a recusamos em função das coisas do mundo.