Este conto escrito em 1906 mostra o encontro da pobreza com a escravidão. Há um contraste entre o otimismo de Cândido, que espera o nascimento do primeiro filho, e o desespero de não ter dinheiro para sustentá-lo. Para a tia Mônica, só há uma solução: entregá-lo na roda dos rejeitados.
Na última hora, surge uma chance de manter o filho, a captura de uma escrava fugitiva. Desesperada, ela grita com ele que está grávida, que não pode retornar para seu dono.
Machado narra com amargura esta escolha tão humana e tão desumanizante ao mesmo tempo. Lembra-nos também que ser livre não é muito diferente de ser escravo quando se é oprimido pela pobreza.